Hás-de Cá Vir evolui para vodcast em 2024
A ideia nasceu durante o surto de covid-19 que confinou o mundo. “Eu e o Francisco conhecemo-nos através do Instagram em plena pandemia. Passávamos bastante tempo a falar ao telemóvel […]

Luis Batista Gonçalves
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A ideia nasceu durante o surto de covid-19 que confinou o mundo. “Eu e o Francisco conhecemo-nos através do Instagram em plena pandemia. Passávamos bastante tempo a falar ao telemóvel sobre vários temas e, normalmente, o que mais surgia era a comunidade LGBTQIAPN+. Pensámos então em gravar o que dizíamos para mostrar às outras pessoas”, revela Diogo Coelho, coautor do podcast Hás-de Cá Vir.
Os dois primeiros episódios foram para o ar a 27 de abril de 2021. “Hoje, já contamos com quase 120 episódios”, sublinha Francisco Crispim.
“O que nos diferencia de outros podcasts é, provavelmente, a forma como abordamos os assuntos. Somos descontraídos. Descrevemos o Hás-de Cá Vir como a mesa de uma esplanada onde dois amigos cis gays falam do tema daquela semana sem constrangimentos e de forma leve, onde as pessoas que nos ouvem, que passámos a designar como as manas, estão sentadas em mesas à nossa volta, podendo participar na conversa”, explica Diogo Coelho.
“É um podcast sem cortes. Carregamos no REC e gravamos”, revela Francisco Crispim. Um dos momentos altos foi “a nomeação para o festival Podes na categoria Vozes, que destaca podcasts que falam de temas sociais e que dão voz às minorias”, orgulha-se. Além de assinalar o centésimo episódio com uma emissão ao vivo, os podcaststers desenvolveram vários episódios especiais para a segunda temporada de Hás-de Cá Vir.
“Cada episódio tem sido dedicado a cada uma das letras da sigla LGBTQIAPN+, com convidados, nacionais e internacionais, que se identifiquem com a letra desse episódio para que nos contem experiências de vida, amores, desamores e tudo o que vier à conversa. Além deste fim de temporada cheio de caras novas, contamos, em 2024, estrear a terceira temporada num formato de videocast no YouTube e no Spotify”, revela Diogo Coelho.
“Ideias não nos faltam. Só falta tempo para colocar tudo em prática”, lamenta Francisco Crispim. “Estamos presentes em todas as plataformas principais e mais conhecidas, incluindo Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts todas as segundas-feiras, às 07h, para que as manas tenham companhia a caminho do trabalho, no início da semana. Além disso, temos um perfil no Instagram e no Patreon, onde mensalmente lançamos episódios mais pessoais, contando as nossas histórias e experiências”, divulga.
As temáticas que abordam estão longe de ser consensuais. “O desafio maior tem sido, acima de tudo, a discriminação proveniente do desconhecimento e ignorância. Por exemplo, no episódio 67, o nosso convidado contou-nos como é viver com HIV nos dias de hoje e falou-nos de todo o preconceito que sofreu, incluindo do pessoal médico que o acompanhava. Felizmente, conseguimos, mesmo assim, trazer um episódio leve e descontraído, com muitas gargalhadas e sorrisos, como gostamos de encarar a vida”, desabafa.