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Ricardo Tomé, director coordenador da Media Capital Digital e docente na Católica Lisbon School of Business and Economics

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Para esquecer o telemóvel em férias, 5 livros para levar o digital em papel

Há os que sofrem de Nomofobia (poder ficar sem telemóvel a qualquer momento) e os que sofrem de FOMO (Fear of Missing Out), mas do lado oposto também há os […]

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Para esquecer o telemóvel em férias, 5 livros para levar o digital em papel

Há os que sofrem de Nomofobia (poder ficar sem telemóvel a qualquer momento) e os que sofrem de FOMO (Fear of Missing Out), mas do lado oposto também há os […]

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Há os que sofrem de Nomofobia (poder ficar sem telemóvel a qualquer momento) e os que sofrem de FOMO (Fear of Missing Out), mas do lado oposto também há os que querem fugir de grupetas digitais e likes (JOMO – Joy of Missing Out) e os que já deixaram de aceitar convites para aderir seja ao que for por receio das consequências (FOJI – Fear of Joining In). Para todos ofereço em tempo de férias a desculpa perfeita para deixar o telemóvel de lado, como ele bem precisa (e nós também), e ocupar o tempo a aprofundar o meio digital pela via tradicional em papel (ou eReadar, vá).

What’s the future and why it’s up to us
Tim O’Reilly

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Poderoso e difícil. Tim demonstra porque é efetivamente uma entidade viva. O livro partilha histórias contadas na primeira pessoa, mas evolui depois com um Tim mais pensador. A tecnologia e o seu papel na economia, na política, na igualdade e no futuro do trabalho. Mais importante, na nossa orientação moral. Em pano de fundo, uma reflexão técnica sobre o modelo económico esgotado, a frustrar milhões e, no limite, carente de refundação ou afinação. De permeio a sua partilha de como Amazon, Google, Tesla ou SpaceX olham o mundo e a transformação de um ponto de vista realmente diferente, a ponto de não os compreendermos. Pode não ser um livro que democratiza a reflexão, mas aos que tenham já alguma estrutura temática dos temas digitais vai certamente marcar profundamente.

 

21 lições para o século XXI
Yuval Noah Harari

Discordando do título e da pretensão de nos querer dar “lições” (“reflexões” mais ajustado, ainda que possa aceitar que estas lições possam não ser do autor, mas da vida), o livro encaminha-nos por 21 temas no séc. XXI numa caminhada que começa pela Liberdade e o Trabalho e termina na Religião, na Educação e na Meditação. Segue num crescendo. Começamos a abordar aspetos mais terrenos e confesso que senti a segunda metade (do livro e dos temas) bastante mais profunda, provocadora e até reveladora. Talvez no final, a conclusão maior e transversal é que seja difícil percebermo-nos numa continuação dos milénios até aqui, e aceitar que a nossa espécie será alterada. Pelos efeitos da inteligência artificial, da biotecnologia, e por arrasto nas nossas conceções do que é liberdade, paz, educação e futuro, e por fim o nosso lugar no mundo, o sentido da vida. Não é um livro espiritual, mas não deixa de provocar a reflexão.

Os inovadores
Walter Isaacson

O desafio das 520 páginas (mais notas) pode intimidar, mas a densidade prova-se leve de ler e entusiasmante. Fala-se aqui de programação, computação, inteligência artificial, chips, microchips, redes e todo o mundo online que, entretanto, se tornou o normal. A viagem inicial feita com Ada Lovelace no início do séc. XIX é um marco do livro; até porque a narrativa de Isaacson, de forma cinematográfica, decide encerrar o livro unindo a visão de uma mulher num mundo de muitos homens, clarividente há mais de 200 anos (!) sobre o que poderia ser (e foi mesmo) um mundo onde as máquinas “inteligentes” convivem com o mais comum dos seres humanos. Desde os primórdios do cálculo, à reflexão em torno de mecanismos de processamento de dados, a Alan Turing e o seu contributo sobejamente conhecido para a luta contra o poderio alemão na WWII, e claro, mais recentemente no séc. XX com Tim Berners-Lee, Tim O’Reilly, Bill Gates, Steve Jobs e outros tantos nomes de Sillicon Valley. No final, a grande ideia que o livro passa é que todas as criações são construídas com ideias de muitos, e não por um homem só, onde os génios existem e a obra nasce da inspiração, mas sim sobretudo da transpiração em unir conceitos, ideias, descobertas daqui e dali, da empresa ao lado, da conversa de há minutos ou dias.

Digital vortex
Jeff Loucks, James Macaulay, Andy Noronha, Michael Wade

Para tornar uma grande empresa numa empresa ágil, ao invés de centros de decisão pequenos e distribuídos temos pirâmides hierárquicas centralizadoras; ao invés de rapidez na tomada de decisão em desenvolver pequenos projetos que avançam ou se matam, temos longos processos de análise e discussão… Os autores apresentam aqui uma poderosa ferramenta, sistematizada numa matriz com três eixos de análise da disrupção digital que impulsiona novos negócios: Modelo de Pricing, Plataforma, Valor da Experiência. Após isso, o livro oferece a matriz para a agilidade e a sobrevivência em redor de mais três eixos: Hyper-Conhecimento, Decisões Informadas e Execução Rápida. Mais denso e técnico, mas poderoso para quem trabalha com estratégia digital.

 

Minimalismo digital
Cal Newport

Em redor do título desta crónica, pois claro. Cal Newport aprofunda o tema de forma leve, mas sem ser incipiente, bem no oposto contribuindo com estudos, pesquisa e factos históricos que nos ajudam a perceber que vivermos rodeados de tecnologia não deve significar alhearmo-nos dos outros. É fácil cair no engano de que estarmos conectados é o mesmo que estarmos próximos e humanamente ligados. Os nossos cérebros são empáticos, mas a socialização de que necessitam é física e tridimensional. Não é por receber comentários e likes a posts que as nossas mentes socializam, sendo meros estímulos momentâneos. Colocando à parte os radicalismos de medidas que nem todos poderão aplicar, a simples tomada de consciência do impacto da tecnologia à volta das aplicações que usamos no telemóvel é em si já valor que chegue para dedicar tempo ao tema e ler o livro. Caberá a cada um depois decidir o que fazer a seguir.

Artigo de opinião assinado por Ricardo Tomé, diretor coordenador da Media Capital Digital e docente na Católica Lisbon School of Business and Economics

 

 

 

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Lola Normajean faz Black Friday e oferece campanhas sociais

A ideia é estimular os grandes anunciantes do mercado a fazer mais e melhor na área da responsabilidade social e “para isto estamos dispostos a oferecer a nossa criatividade a preços de Black Friday”, explica Rodrigo Gomes da Silva, CEO da Lola Normajean

A Lola Normajean está a aproveitar a Black Friday para fazer uma promoção inusitada. Está a oferecer os tradicionais descontos associados à época a empresas de telecomunicação, distribuição e bebidas e refrigerantes, que decidam apostar em desenvolver campanhas que tenham um impacto positivo na sociedade.

“A Lola Normajean sempre acreditou no poder transformador das ideias e quando vemos que o mundo nunca precisou tanto de ideias para o bem como hoje, não podíamos ficar de braços cruzados”, declara Rodrigo Silva Gomes CEO da Lola Normajean, em comunicado de imprensa.

De acordo com Rodrigo Gomes da Silva, a ideia é estimular os grandes anunciantes do mercado a fazer mais e melhor na área da responsabilidade social e “para isto estamos dispostos a oferecer a nossa criatividade a preços de Black Friday”, enfatiza o CEO da Lola Normajean.

Ainda no espírito da época, a Black Friday da Lola Normajean está ‘limitada ao stock existente’ e é válida apenas para ‘briefings’ enviados entre 29 de novembro e 6 de dezembro. A iniciativa pretende espelhar o “histórico da agência nacional que sempre integrou no seu ADN criativo, campanhas, projetos e clientes do terceiro setor ou com grandes preocupações sociais”, refere ainda o documento emitido pela agência.

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António Roquette mantém presidência da direção da APAP

António Roquette (na foto) é reeleito presidente da direção, para o triénio 2024/2027. A única alteração na direção passa pela substituição de Duarte Durão, CEO da Nossa, por João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da Stream and Tough Guy

A Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing (APAP), reelegeu António Roquette como presidente da direção para o triénio 2024/2027.

Na direção da associação, o CEO da Uzina é acompanhado por Alberto Rui Pereira, CEO da IPG Mediabrands, e Erilk Lassche, CEO da Fullsix Portugal, enquanto vice-presidentes. João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da Stream and Tough Guy, Paula Lopes, diretora de comunicação do Publicis Groupe, Pedro Santana, coCEO  da Fuel, e Rodrigo Freixo, diretor de experiência de marca da VML, são eleitos vogais.

Em termos de alterações face aos elementos da direção anterior, há a substituição de Duarte Durão, CEO da Nossa, que, após seis anos, opta por não continuar na associação, por João Ribeiro, cofundador e sócio-gerente da Stream and Tough Guy.

“A reeleição em continuidade da maioria dos membros da direção é justificada pela avaliação positiva dos associados da APAP, do trabalho desenvolvido ao longo do último triénio e pela expetativa de conclusão dos diversos projetos atualmente em curso, designadamente, e a título de exemplo no curto prazo, o lançamento dos Effie Awards Portugal, em 2025, e as ações de atração e formação de talento, que estão previstas para o primeiro trimestre de 2025”, refere o comunicado de imprensa da APAP.

Para António Roquette, o objetivo principal para o mandato é “promover e potenciar o nosso reconhecimento coletivo, enquanto indústria, através da valorização da criatividade e da inovação, como os fatores críticos para o sucesso das marcas e dos negócios em Portugal e, agora potenciado pelos Effie Awards, a nível global”.

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Austrália proíbe redes sociais a menores de 16 anos

O projeto de lei sobre a idade mínima de acesso às redes sociais torna a Austrália um país de teste. Em janeiro, começa a ser testado um método de aplicação da lei, mas a proibição só entra em vigor no final de 2025

A Austrália acaba de aprovar a proibição das redes sociais a menores de 16 anos, na sequência de um debate que tem dominado o país, estabelecendo um precedente para o resto do mundo e representando um dos regulamentos mais rigorosos contra as grandes empresas tecnológicas.

A nova lei obriga as plataformas digitais, como Instagram, Facebook e TikTok, por exemplo, a impedir o acesso a menores de 16 anos, sob pena de multas que podem atingir os 49,5 milhões de dólares australianos (€27,7 milhões). Em janeiro, começa a ser testado um método de aplicação da lei, mas a proibição só entra em vigor no final de 2025.

O projeto de lei sobre a idade mínima de acesso às redes sociais torna a Austrália um país de teste para um número crescente de Governos que decretaram, ou pretendem impor, uma restrição de idade nas redes sociais, devido à preocupação com o impacto na saúde mental dos jovens.

Países como França e alguns estados dos Estados Unidos já têm leis que restringem o acesso de menores a redes sociais, sem a autorização dos pais, mas a proibição australiana é absoluta. A proibição enfrentou a oposição dos defensores da privacidade e de alguns grupos de defesa dos direitos das crianças, mas 77% da população apoia-a, de acordo com as últimas sondagens.

A proibição pode afetar as relações da Austrália com os Estados Unidos, sendo que o proprietário do X, Elon Musk, uma figura central na administração do presidente eleito Donald Trump, refere numa publicação no X que a medida parece ser uma “forma de controlar o acesso à internet por todos os australianos”.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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CCP reelege direção de Susana Albuquerque

Susana Albuquerque, Pedro Mesquita, Andreia Ribeiro, Mafalda Quintela, Daniel Caeiro, José Maria Machado e Judite Mota (na foto, da esq. para a dir.), esta última um novo membro, constituem a direção do CPP para o biénio 2024/2026

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) acaba de reeleger a direção e os corpos sociais para o biénio 2024/2026. Os sócios do CCP elegem a Lista A para a direção do CCP, nos próximos dois anos. Susana Albuquerque, cabeça de lista, mantém-se como presidente do CCP e os restantes elementos mantêm-se também nos mesmos cargos.

Pedro Mesquita é reeleito vice-presidente, Andreia Ribeiro mantém-se como primeira vogal, Mafalda Quintela como segunda vogal, Daniel Caeiro como terceiro vogal e José Maria Machado enquanto tesoureiro. Judite Mota é o novo membro na direção e assume a função de quarta vogal.

O CCP, que conta com 581 sócios ativos, registou 34 presenças na assembleia geral de 28 de novembro, que visou a aprovação de contas de 2023, a alteração dos estatutos do aumento de três para quatro vogais de direção e a eleição da direção, conselho fiscal e mesa de assembleia geral para os próximos dois anos, bem como a análise do plano de atividades da mesma.

Direção e Corpos Sociais CCP para 2024/2026

Direção

Presidente: Susana Albuquerque

Vice-presidente: Pedro Mesquita

Tesoureiro: José Maria Machado 

1ª vogal: Andreia Ribeiro 

2ª vogal: Mafalda Quintela 

3º vogal: Daniel Caeiro

4ª vogal: Judite Mota 

Conselho Fiscal

Presidente: Mário Mandacarú 

1ª vogal: Anabela Vaz Borges

2ª vogal: Maria Magalhães 

Assembleia Geral

Presidente: Luís Alvoeiro 

Vice-presidente: Luís Mileu

Secretário: José Ricardo Monteiro

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Label ganha comunicação da Barral

“O nosso foco não vai ser tanto criar campanhas ou conteúdos para as redes sociais, vai ser mais criar diálogos reais entre a marca e os consumidores”, explica ao M&P Raquel Alves, diretora executiva da Label, agência criativa que procura humanizar as marcas

A Label ganhou o ‘pitch’ lançado pela Barral e, a partir de janeiro do próximo ano, começa a comunicar a marca de cosmética dos laboratórios farmacêuticos Atral. A proposta apresentada pela agência criativa, que desenvolve um trabalho estratégico que pretende humanizar marcas e empresas, foi a que suscitou maior interesse.

“Percebemos que a Barral tem uma vantagem única e diferenciadora, que é a sua história e a sua ligação emocional e genuína aos consumidores portugueses. O nosso objetivo é reforçá-la e conquistar novos públicos. O nosso foco não vai ser tanto criar campanhas ou conteúdos para as redes sociais, vai ser mais criar diálogos reais entre a marca e os consumidores, para que a Barral tenha uma presença ainda mais ativa nas suas vidas”, explica ao M&P Raquel Alves, diretora executiva da Label.

Apesar de reforçar a autenticidade da marca ser uma das ambições da agência, a nova estratégia de comunicação da Barral, que também contempla a produção de campanhas e de ativações, não vive apenas do passado. “Vamos adicionar-lhe novos atributos para a comunicarmos de forma mais impactante”, afirma a responsável, sem adiantar mais pormenores.

A Label conquista a conta da Barral numa altura em que adota um novo posicionamento. “Somos uma agência que tem o propósito de criar marcas humanas, desenvolvendo projetos de comunicação que consigam estabelecer ligações mais autênticas com os consumidores. Pretendemos contar histórias e experiências que gerem interações reais entre as marcas e os seus públicos, através do design e da inovação”, esclarece.

A conquista de três prémios no concurso internacional Red Dot Award: Brands & Communication Design, em setembro, com dois projetos desenvolvidos para a Revigrés e um para a Delta, enche os profissionais da Label de orgulho. “Vemos o design como uma ferramenta que nos permite chegar às pessoas, possibilitando que as marcas se relacionem com elas, despertando as tais emoções”, afirma Raquel Alves.

A expetativa é que as distinções conquistadas no certame tragam mais clientes internacionais à agência em 2025. “Estes prémios acabam por validar a nossa metodologia, a nossa visão e a nossa abordagem criativa”, refere a responsável.

Apesar de ter criado a estratégia de comunicação da Alou, a nova operadora de comunicações cabo-verdiana, a maior parte do trabalho da agência continua a ser desenvolvido em Portugal. O rebranding do Parque Terra Nostra, nos Açores, encomendado pela Bensaude Hotels Collection, um dos maiores projetos da Label em 2024, está na origem a uma nova linha de merchandising inspirada na natureza da ilha de São Miguel.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Decisão do julgamento da Google só em 2025

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que a Google abusa da posição na tecnologia publicitária, para prejudicar os concorrentes. Se for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar

Os argumentos finais do julgamento da Google nos Estados Unidos, referente ao domínio da empresa no mercado da tecnologia publicitária, já foram apresentados, mas a decisão final, que se previa que seria em novembro, está marcada para depois do primeiro trimestre de 2025.

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega novamente que a Google abusou da posição no mercado da tecnologia publicitária, ao manipular as regras para favorecer os seus produtos e prejudicar os concorrentes. A entidade norte-americana argumenta ainda que a gigante tecnológica monopolizou três segmentos fundamentais do ecossistema de tecnologia publicitária: os servidores de anúncios das empresas editoriais, as redes dos anunciantes e as plataformas que ligam os anunciantes às empresas editoriais.

A defesa da Google centra-se no argumento de que o Departamento de Justiça possui uma definição incorreta do mercado, que se centra estritamente na publicidade na internet e ignora a concorrência da empresa nos telemóveis, nas redes sociais e na ‘connected TV’, onde enfrenta a concorrência de empresas como a Meta e a Amazon.

A Google alega também que os seus produtos de tecnologia publicitária não são monopolistas, mas sim parte de um panorama competitivo, e que a integração das suas ferramentas beneficia os anunciantes e as empresas editoriais, ao simplificar as operações.

A empresa norte-americana de tecnologia considera que as provas apresentadas pelo Departamento de Justiça são seletivas e que o processo do Governo carece de provas substanciais de danos anticoncorrenciais. O Departamento de Justiça, por seu lado, critica a Google por não ter preservado provas, uma vez que apagou mensagens que poderiam ter revelado intenções anticoncorrenciais.

Leonie Brinkema, a juíza federal do distrito de Virginia responsável pelo caso, afirma que a decisão não vai ser tomada antes do primeiro trimestre de 2025, mas elogia a qualidade dos argumentos de ambas as partes. Se a Google for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar.

Entre as medidas propostas pelo Departamento de Justiça para quebrar o monopólio de pesquisa da Google, estão a venda do navegador de internet Chrome e uma proibição que impede a gigante tecnológica de fazer parte do mercado dos programas de navegação durante cinco anos. A entidade governamental também pretende proibir a Google de assinar contratos de exclusividade com empresas como a Apple e a Samsung, para ser o motor de pesquisa por defeito dos dispositivos das empresas.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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The Trade Desk lança sistema de ‘streaming’ para televisões conectadas

O novo sistema operativo de ‘streaming’ vai competir com plataformas e sistemas como Android TV, da Google, Fire TV, da Amazon, Apple TV e Roku TV, e é uma forma de monetizar a compra de espaços publicitários em ‘connected TV’

A The Trade Desk está a lançar um sistema operativo de ‘streaming’ para televisões conectadas, à semelhança da Android TV e da Apple TV, abrindo uma nova frente na disputa pela liderança do mercado de tecnologia publicitária com a Google, noticia a Ad Age. A iniciativa coloca a The Trade Desk numa posição mais competitiva para aquele que é o futuro da publicidade programática, que está cada vez mais focado no formato ‘connected TV’.

O novo sistema operativo de ‘streaming’ para televisões conectadas da The Trade Desk, intitulado Ventura TV OS, vai competir com plataformas e sistemas como a Android TV, da Google, a Fire TV, da Amazon, a Apple TV e a Roku TV. Ao revelar a estratégia por trás do novo projeto, a empresa liderada por Jeff Green, indica que o Ventura TV OS é uma forma eficiente de monetizar a compra de espaços publicitários em ‘connected TV’.

Durante a apresentação do novo sistema operativo, a The Trade Desk citou o apoio de algumas empresas que detém plataformas de ‘streaming’, incluindo a Disney, a Paramount e a Tubi. A The Trade Desk ainda não anunciou os fabricantes de produtos electrónicos que vão adotar o sistema operativo, mas afirmou que este chegará aos mercados em 2025.

O Ventura TV OS da The Trade Desk é apresentado numa altura em que a sua concorrente direta, a Google, está a ser afetada por julgamentos anticoncorrenciais, alguns dos quais ameaçam desmantelar partes importantes da empresa liderada por Sundar Pichai. Enquanto a Google procura defender-se em diversas frentes, a The Trade Desk tira partido da oportunidade para se posicionar naquele que é um dos mercados principais da Google.

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Judite Mota deixa VML. Sara Soares promovida a diretora criativa executiva

Judite Mota (na foto, à esq.) deixa o cargo de diretora criativa executiva da VML depois de duas décadas ao serviço de agências criativas do grupo WPP. Sara Soares (à dir.) ocupa a posição

Ao fim de duas décadas ao serviço de agências criativas do grupo WPP, Judite Mota, até agora diretora criativa executiva da VML, deixará o cargo, após liderar a integração das equipas criativas da VMLY&R e da Wunderman Thompson.

Sara Soares é promovida a diretora criativa executiva da VML, assumindo a liderança do departamento criativo da agência.

Judite Mota refere, em comunicado de imprensa, que “20 anos passam a correr, quando fazemos o que nos apaixona e com as pessoas de quem gostamos. Esta viagem não foi feita a solo e agradeço a todos os que me acompanharam. Acaba um ciclo, começa outro e espero ser tão feliz nesta nova etapa como fui aqui. À Sara desejo toda a sorte do mundo, embora sabendo que ter a incrível equipa criativa da VML já é uma enorme sorte”.

Nuno Santos, CEO da VML Portugal, diz, por seu lado, que “estamos imensamente gratos à Judite pela sua dedicação e liderança, durante um período de significativa mudança, tendo ajudado a construir uma base que nos servirá para crescimento nos próximos anos”.

“Estamos também entusiasmados por dar as boas-vindas à Sara Soares no novo cargo de diretora criativa executiva. A energia criativa e a visão da Sara serão fundamentais para impulsionar o sucesso contínuo e crescimento da agência, e entregar um trabalho cada vez mais extraordinário aos nossos clientes”, refere Nuno Santos.

Licenciada em estudos de media e publicidade pela Universidade Católica Portuguesa e mestre em ‘design leadership’ pela Executive London Academy, Sara Soares foi redatora em diversas agências criativas em Portugal e no Reino Unido, como a McCann Erickson, Fullsix e Leo Burnett, entre outras. Mais recentemente foi diretora criativa da VML em Londres e, até agora, era diretora criativa da VML Portugal.

“Depois de 12 anos a viver e a trabalhar em Londres, posso dizer que não foi o sol, a praia ou a proximidade ao estádio do Sporting que me convenceram a voltar e a fazer de Portugal a minha casa. Foram as pessoas com quem tive o prazer de trabalhar durante estes dois anos e com quem vou continuar a trabalhar, agora como diretora criativa executiva”, assume Sara Soares.

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DreamMedia e Cemark suspendem participação no estudo de audiências OOH

“Não nos opomos à metodologia, desde que conte com o aval de quem investe, anunciantes e agências. O que não é suposto acontecer é haver influência de operadores do mercado junto da entidade responsável pelo estudo”, diz Ricardo Bastos, CEO da DreamMedia

A DreamMedia e a Cemark anunciam a suspensão da participação no Estudo de Medição de Audiências Out-of-Home (OOH), conduzido pela PSE, por alegada falta de imparcialidade no tratamento dos dados. “Não nos opomos à metodologia, desde que conte com o aval de quem investe, anunciantes e agências. O que não é suposto acontecer é haver influência de operadores do mercado junto da entidade responsável pelo estudo. Com a suspensão do maior parque OOH do mercado, o estudo perde validade porque deixa de refletir o retrato real do setor”, diz Ricardo Bastos, CEO da DreamMedia, citado em comunicado de imprensa.

A decisão, tomada com conhecimento da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) e da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), surge após “a identificação de graves falhas de imparcialidade e representatividade no estudo, que colocam em causa a neutralidade no tratamento dos dados e a sua validade como ferramenta estratégica para anunciantes e agências”, refere o documento emitido pela DreamMedia.

“O Estudo de Medição de Audiências OOH foi criado para fornecer dados estratégicos e fiáveis, ajudando as agências e os anunciantes a tomar decisões de investimento mais informadas e eficazes. No entanto, a dependência da PSE impede que o estudo cumpra plenamente esse propósito”, lê-se na nota de imprensa, na qual o CEO da DreamMedia acrescenta que “o crescimento do setor OOH, que já representa mais de 15% do investimento publicitário em Portugal, torna indispensável a existência de um estudo isento e representativo”.

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Ricardo Costa na administração da Impresa. Bernardo Ferrão é o novo diretor de informação da SIC

Ricardo Costa (na foto, à esq.) passa a administrador com o pelouro editorial e com responsabilidade sobre os conteúdos do Expresso e da SIC. Bernardo Ferrão (à dir.) assume o cargo de diretor de informação da SIC e de diretor da SIC Notícias

Ricardo Costa assume, a partir de 6 de janeiro, o cargo de diretor de conteúdos da Impresa, passando a fazer parte da comissão executiva do grupo. Bernardo Ferrão é o novo diretor de informação da SIC, cargo que acumulará com o de responsável máximo da SIC Notícias.

Ricardo Costa passa a ser “administrador com o pelouro editorial” e terá “responsabilidade sobre os conteúdos do Expresso e da SIC, quer na área de informação, quer na área de entretenimento”. A partir dessa data, “Bernardo Ferrão assume o cargo de diretor de informação da SIC e de diretor da SIC Notícias, tendo já sido ouvido o Conselho de Redação da SIC”, refere a Impresa em comunicado de imprensa.

Ricardo Costa está no Grupo Impresa desde 1989. Começa na secção de política do Expresso, tendo sido repórter da SIC a partir de 1992, editor de política entre 1998 e 2001, diretor-adjunto de informação desde 2001 e diretor da SIC Notícias a partir de 2003. Em 2009, ocupa o cargo de diretor-adjunto do Expresso, assumindo a direção do Expresso de 2011 a 2016, função que acumulava com a direção de informação da SIC e da SIC Notícias.

“Ricardo Costa é uma das pessoas com melhor visão estratégica sobre o setor e que melhor conhece o grupo, no qual trabalha há 35 anos. É por isso natural que com a entrada em vigor de um novo plano estratégico, para o triénio 2025-2027, que reforçará a área editorial na estrutura de ‘governance’, Ricardo Costa seja promovido a administrador da Impresa. Contamos com a sua visão, capacidade de liderança e experiência, agora na comissão executiva, para continuar a ajudar o grupo”, diz Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, em nota de imprensa.

Bernardo Ferrão, que é licenciado em comunicação e estudos mediáticos pela Universidade Fernando Pessoa, integra a redação da SIC em 1999, como jornalista de política. Em 2014, passa a ser editor de política do Expresso, de onde sai dois anos depois, para assumir o cargo de subdiretor de informação da SIC e da SIC Notícias. Até agora ocupava as funções de diretor-adjunto de informação da SIC e da SIC Notícias.

“Bernardo Ferrão, pelo rigor, pelas provas dadas na gestão de equipas e pela forma como representa os valores da estação e do grupo, uma casa onde está há 25 anos, é a pessoa certa para assumir a direção de informação da SIC e da SIC Notícias”, justifica o CEO da Impresa, acrescentando que “estamos convictos de que estas alterações nos aproximarão ainda mais dos nossos espetadores, fortalecerão as nossas marcas e darão continuidade ao respeito pelos princípios jornalísticos que nortearam a criação do grupo”.

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