Classe Zero da Renault considerada publicidade enganosa
“Se polui Zero, paga Zero” é o claim da campanha da Renault criada pela Publicis que agora foi considerada publicidade enganosa pela Autorregulação Publicitária, que determina o seu fim imediato.
Pedro Durães
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“Se polui Zero, paga Zero” é o claim da campanha da Renault criada pela Publicis que agora foi considerada publicidade enganosa pela Autorregulação Publicitária, que determina o seu fim imediato. A campanha, que criava uma Classe ZERØ exclusiva para clientes particulares de eléctricos Zoe, deu origem a uma queixa por parte da Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagem (APCAP), à qual a Autorregulação Publicitária veio agora dar razão.
“A alegação publicitária (…) ao se encontrar desconforme com os dispostos nos artigos 4º – nº1, 5º, 9º – nº1 e 12.º – n.º 1 do Código de Conduta da ARP, consubstancia uma prática de publicidade enganosa, atenta a respectiva suscetibilidade de indução do destinatário em erro”, pode ler-se na deliberação do júri, que entende também “assistir razão à APCAP quanto ao por esta referido no sentido de que não cabe, nem pode caber, à Renault Portugal a prerrogativa de criar ou alterar os tipos de classe de veículos para efeitos de aplicação das tarifas de portagem”.
“A mensagem transmitida na publicidade ‘Classe Zero: se polui zero, paga zero’ é irresponsável pois induz várias vezes em erro o consumidor”, considera António Nunes de Sousa, presidente da APCAP, explicando que “primeiro, as viaturas eléctricas são zero emissões, não são zero poluição. Poluir menos, não significa poluição zero”. Em segundo lugar, prossegue, “as classes de portagem não estão directamente indexadas à poluição do veículo. Logo, não há qualquer isenção por esse motivo”. Por fim, conclui o mesmo responsável, “a Classe Zero, tal como apresentada pela Renault, não existe na legislação portuguesa”.