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Os Donos Disto Tudo

Mudança de ano pede balanços e o M&P quis saber quem mandou na publicidade em 2018. Analisados os vencedores dos principais prémios nacionais e internacionais, mostramos quem são os Donos Disto Tudo no que toca a troféus nas áreas de criatividade, design, meios, eventos, comunicação e produção. Com o ano de 2019 a arrancar, ficam também os desejos e receios de quem quer, pode e manda nestes sectores.

Pedro Durães
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Os Donos Disto Tudo

Mudança de ano pede balanços e o M&P quis saber quem mandou na publicidade em 2018. Analisados os vencedores dos principais prémios nacionais e internacionais, mostramos quem são os Donos Disto Tudo no que toca a troféus nas áreas de criatividade, design, meios, eventos, comunicação e produção. Com o ano de 2019 a arrancar, ficam também os desejos e receios de quem quer, pode e manda nestes sectores.

Pedro Durães
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Mudança de ano pede balanços e o M&P quis saber quem mandou na publicidade em 2018. Analisados os vencedores dos principais prémios nacionais e internacionais, mostramos quem são os Donos Disto Tudo no que toca a troféus nas áreas de criatividade, design, meios, eventos, comunicação e produção. Com o ano de 2019 a arrancar, ficam também os desejos e receios de quem quer, pode e manda nestes sectores

 

Criatividade

Fuel
FuelO ano de 2018 foi movimentado para a Fuel, que viu sair três dos seus fundadores. Miguel Barros subiu à presidência da Havas Creative, sendo sucedido à frente da Fuel por João Ribeiro, enquanto a direcção criativa passa a estar nas mãos de Jorge Teixeira na sequência da saída da dupla Marcelo Lourenço e Pedro Bexiga. Movimentações à parte, a mais nova das duas agências criativas do grupo voltou a ser considerada a mais eficaz no mercado português ao ser eleita Agência do Ano nos Prémios Eficácia. Título acompanhado do troféu principal no evento com o grande prémio para o projecto Jameson St. Patrick’s Bar.
“Somos obcecados com resultados e também nós louvamos a era das métricas”, admite João Ribeiro, embora o CEO da Fuel ressalve logo de seguida que “se é a razão que comanda todas as estratégias de comunicação, cabe ao coração acelerado, ao frio na barriga e ao nó no estômago fazerem a diferença, fazerem bonito, fazerem especial”. “Para 2019, desejamos que se recorra mais ao instinto e ao entusiasmo no momento da aprovação de ideias. Esperamos que os indicadores-chave de desempenho (KPI) sejam cada vez menos sinónimo de Kastrar Por Insegurança”, desafia.

Jack The Maker
JackTheMakerNo plano internacional, 2018 não foi muito significativo para as agências portuguesas. No principal festival de criatividade, Cannes Lions, não houve projectos nacionais entre os vencedores. Ainda assim, houve uma empresa portuguesa com contributo importante em três leões de uma agência internacional: dois leões de prata em Outdoor e um de bronze em Relações Públicas conquistados pelo projecto Segue a Bola, criado pela brasileira Lew Lara TBWA para a Nissan. A agência teve como parceira tecnológica a portuguesa Jack The Maker.
Olhando para o novo ano que agora começa, Tiago Alvorão, afirma que “2019 será mais um ano a fazer aquilo que consideramos ser a nova era da comunicação: Advertising Of Things”. “Um termo inspirado na ‘internet das coisas’, adequado às necessidades da comunicação, inovação e marketing”, explica o fundador da agência, antecipando que “será também ano de internacionalização com o reforço da equipa em São Paulo”. Desejos? “Mais parcerias que reforcem o nosso potencial de criatividade tecnológica, tal como aconteceu este ano com Fidelidade. Mais parcerias que permitam alargar as nossas áreas de actuação relacionadas com inovação, prototipagem, criação de produto ou invenções. Seja no interior de agências, de marcas, no interior do país, na câmara de uma cidade ou de um bairro – de preferência ali para os lados do Beato a fazer pontes entre empresas do Hub e da Factory, seja a fazer pontes com a comunidade local linkando o ecossistema. Portas abertas no LAB de São Paulo ou Lisboa para talento e para quem sonha com impossibilidades. E já agora, prémios!”.

Leo Burnett
Leo BurnettA agência do grupo Publicis esteve em destaque no festival do Clube de Criativos de Portugal (CCP), de onde saiu com o título de Agência do Ano.
“Há uma frase nas nossas redes sociais que nos define: Aqui vais perceber porque é que quem já trabalhou na Leo Burnett gostava de voltar a trabalhar. E porque os que trabalham, não querem sair’”. A frase é recordada por Steve Colmar, director criativo executivo da agência, a propósito do desejo que têm para 2019: “Gostávamos que este fosse um sentimento que se perpetuasse por outros cantos, que mais empresas considerassem a sua cultura como algo tão importante como o talento por trás do trabalho”. “Esta mesma cultura torna-se fundamental num sector que caminha para a integração de especialidades. É preciso ter uma cultura colaborativa, assente em critério e valor, com espaço para todas as partes. Se as agências e networks não conseguirem assegurar isto, o trabalho final será apenas uma soma das partes, quando na realidade deveria ser um espelho de todos os talentos envolvidos”, afirma.

Partners
PartnersNum ano em que protagonizou um dos maiores negócios do mercado publicitário português nos últimos anos, ao ser adquirida pela network multinacional Denstu Aegis, a Partners foi uma das agências criativas mais dominantes nos palcos nacionais ao arrecadar três títulos de Agência do Ano e outros tantos grandes prémios. Foi para a agência o principal troféu dos Prémios Criatividade M&P, feito repetido mais duas vezes ao longo do ano no festival do CCP e nos Prémios Sapo graças à campanha Can’t Skip Portugal criada para o Turismo de Portugal. Com excepção do festival do CCP, foi eleita simultaneamente Agência do Ano nos restantes, títulos aos quais juntou o de Agência Criativa do Ano nos Prémios M&P.
“O desejo da Partners é que continue o processo de integração da criatividade e meios. As marcas pedem esta ligação, o sector precisa desta cooperação. Um processo criativo que integre estas duas realidades é a melhor forma de conhecer as pessoas, criar campanhas relevantes e fazer a diferença”, aponta João Ribeiro, director de estratégia da agência, referindo que “existem alguns movimentos tímidos mas faltam mais soluções que promovam este trabalho em equipa de forma sólida e estruturada”.
Por sua vez, Lourenço Thomaz, partner e director criativo, afirma que “o receio para 2019 é que, num clima de instabilidade, o medo limite a criatividade”. “Num ambiente de insegurança, é mais fácil perder a confiança para arriscar, do que fazer diferente. Existe o perigo de que os decisores das marcas se agarrarem à falsa segurança dos números e esqueçam a criatividade como vector fundamental da eficácia”, chama a atenção.

Design

Solid Dogma
SolidDogmaA agência criada por Pedro Pires e Alexandre Farto (Vhils) tem dominado os principais prémios na área do design. Com vários trabalhos em destaque, a Solid Dogma encerrou o ano de 2018 com três títulos de Agência de Design do Ano: primeiro nos Prémios Design M&P, seguindo-se o festival do Clube de Criativos de Portugal (CCP) e os Prémios M&P.
Motivos mais do que suficientes para que Pedro Pires resuma desta forma o seu desejo para este ano: “Na Solid Dogma esperamos 2019 como 2018. Um ano de enormes desafios e de grande crescimento. Um ano em que  fomos capazes de equilibrar de forma quase perfeita a aposta no trabalho mais autoral e o trabalho para as grandes marcas e sempre que possível juntar essas duas componentes de forma a criarmos projectos verdadeiramente diferenciados”. O profissional lembra que “vivemos num contexto europeu e mundial complexo, do Brexit às trade wars, da desinformação aos recentes avisos do FMI à navegação mundial”, chamando a atenção para o facto de que “alguns destes aspectos, assim como a progressiva digitalização da economia, estão já a ter impactos graves no retalho e na distribuição e consequentemente poderão ter também impactos no nosso mercado”. Ainda assim, aconselha, “esta não é uma altura para ficar parado à espera do que possa acontecer, e nessa medida acreditamos que a nossa aposta na capacidade de surpreender, de arriscar e de criar discursos afirmativos e concretos para as marcas continuará a ter espaço para se desenvolver”.

Y&R Branding
Y&R BrandingA unidade de design do grupo Young & Rubicam Brands conquistou, graças ao projecto de branding da Liga das Nações para a UEFA, o Grande Prémio nos Prémios Design M&P.
Contextualizando o desejo para o próximo ano, Pedro Gonzalez refere que, “quando bem feita, a criação de um sistema de identidade de uma empresa, produto ou serviço obriga ao desenvolvimento de uma verdadeira parceria entre a agência e o cliente. Sem isso, é impossível conhecer as marcas a fundo, conhecer a sua essência, a sua história, a sua cultura”. “Em concursos que envolvam criatividade, com prazos de entrega de poucas semanas e envolvendo várias agências, este trabalho é inglório para todas as partes. Para o cliente, que recebe uma solução que seguramente ficará aquém das suas expectativas e necessidades, e para a agência, que investe tempo e recursos numa solução trabalhada com informação insuficiente”, explica o managing director da agência. Nesse sentido para 2019 deseja que as marcas decidam “o parceiro criativo com quem trabalhar o seu sistema de identidade avaliando metodologia, portfólio, equipa, preço e tempo de execução proposto com base no briefing que elaboraram”. Em sentido contrário, numa espécie de anti-desejo, “dispensamos em 2019 outra tempestade perfeita para quem trabalha sistemas de identidade: uma nova crise, com o recuo de investimento e reflexo no lançamento de novas marcas, novos produtos e serviços”. “Branding e retracção económica não combinam”, resume Pedro Gonzalez.

Meios

Arena
Arena MediaO título de Agência de Meios do Ano nos Prémios Eficácia ficou nas mãos da agência do grupo Havas. Para 2019, o desejo de Rodrigo Albuquerque é que “seja um ano de grande sucesso para todas as agências de meios em Portugal”. “Desejo-o, em primeiro lugar, porque o merecem, por tudo o que têm feito nos últimos anos, contribuindo de forma relevante para a transformação do mercado publicitário em Portugal, através de fortes investimentos em research, em tecnologia e pessoas”, começa por explicar o director-executivo da Arena, acrescentando ainda o investimento “no desenvolvimento de novos processos, ferramentas e na geração de emprego, inclusivamente com a criação de novas profissões”. Por outro lado, esclarece, “uma boa performance por parte das agências de meios é sinónimo de sucesso para as marcas, anunciantes e, consequentemente, para a nossa indústria, tanto no curto prazo, como para a sua evolução”. Em sentido contrário, “em ano ímpar, sem competições internacionais de futebol e outros eventos equivalentes, o maior receio é que o ritmo de crescimento do mercado publicitário possa abrandar, depois de um bom ano de 2018”.

Wavemaker
WavemakerMEC e Maxus, agências de meios do GroupM, deram origem a uma nova estrutura na sequência de uma fusão anunciada ao mercado logo no primeiro mês de 2018. A nova Wavemaker chega ao final do seu primeiro ano com dois títulos de Agência de Meios do Ano, um nos Prémios M&P e outro nos Prémios Sapo.
Maria João Oliveira, managing director da agência, refere que “consultoria e apoio ao negócio dos clientes é cada vez mais o propósito da Wavemaker”. “Vai ser em 2019 e já é hoje. Trabalhamos todos os dias para sermos a agência mais distintiva e admirada nos três pilares básico da nossa oferta: media, content e tecnologia”, reforça, antecipando: “Em 2019 continuaremos a perseguir esta nossa ‘obsessão’” já que “mais do que um desejo, temos a firme convicção de que as agências de meios, em geral, são, cada vez mais, os principais ‘trusted advisors’ de todos os clientes/marcas que recorrem à comunicação persuasiva”. “2019 está aí à porta para cimentar e confirmar este posicionamento, da grande maiorias das boas agências de meios”, afirma, mostrando confiança no futuro: “Receios, não temos. Prudência, sim.”

Eventos

Desafio Global
Desafio GlobalO título de Agência de Eventos do Ano nos Prémios M&P voltou este ano a ser conquistado pela agência liderada por Pedro Rodrigues.
“O desejo da Desafio Global, no sector dos eventos, é que os clientes sejam mais ambiciosos nos projectos com que nos desafiam. E quando falamos em ambição, não é a ambição reinante do clichê de fazer um evento em menos tempo, com menos dinheiro e com mais impacto. É a ambição de sonhar, ousar e arriscar em fazer coisas diferentes”, espera Pedro Rodrigues.
“Por outro lado não gostaríamos de assistir a um fenómeno, felizmente pontual, de colocarem os departamentos de compras a negociar e a adquirir serviços nas áreas dos eventos. Salvo honrosas excepções, falamos de processos aptos a comprar, e discutir, resmas de papel e derivados, mas sem competência nem sensibilidade para valorizar experiência na nossa área, e para distinguir fornecedores, equipamentos e soluções daquilo num evento”, alerta o responsável, antes de terminar com a expectativa de que 2019 “seja um ano fantástico para todo o mercado de comunicação e para todos os players que façam valorizar o seu sector e o seu próprio trabalho”.

Comunicação

Central de Informação
Central de InformaçãoO título de Agência do Ano nos Prémios Comunicação M&P foi este ano dividido entre duas agências, com a Central de Informação a partilhar a distinção com a SA365.
Rodrigo Viana de Freitas acredita que “2019 poderá vir a ser um grande ano” e “gostávamos que fosse um grande ano para todo o sector”, afirma. “Para isso, um dos desejos que temos é que mais agências nacionais assumam preponderância internacional, respondendo a concursos fora do país e criando consórcios com empresas de outras geografias, para que juntos possamos afirmar o talento e capacidade da comunicação portuguesa. É esse o nosso caminho e ficaremos todos a ganhar se for esse o caminho de mais empresas”, considera o director-geral da Central de Informação. Do outro lado, reconhece, “também temos algumas preocupações”. “Uma delas prende-se com a necessidade de a comunicação alargar competências e passar a ter capacidade de gerir projectos não apenas de assessoria de imprensa, mas de áreas digitais, de activação, de branded content”, refere, apontando um receio para este ano: “Tememos que muitas agências possam estar a ser ultrapassadas nos modelos e processos de trabalho, o que não valoriza o nosso sector.”

M Public Relations
M Public RelationsÀ consultora liderada por Daniel Vaz coube em 2018 o título de Agência de Comunicação do Ano nos Prémios M&P.
“O sector da comunicação continua em profunda mudança. Os media estão em transformação, os branded content vieram para ficar e a gestão de influenciadores vai manter-se como parte do dia-a-dia da comunicação, de forma mais intensa. Este cenário coloca enormes desafios às equipas que compõem as agências de comunicação, que vão ter de se superar, ser cada vez mais multidisciplinares, apresentando novas soluções que vão além da comunicação pura”, antecipa Daniel Vaz, director-geral da M Public Relations, chamando a atenção para o facto de que, “se vemos o mercado a crescer, com vista a poder absorver as novas oportunidades, temos de perceber que não nos podemos inebriar com este sucesso. Para a sustentabilidade do sector, é fundamental que a concorrência seja leal e que os clientes possam escolher livremente, num ambiente saudável”, deseja o responsável.
Do lado dos receios, Daniel Vaz considera que “os preços praticados continuam a ser a principal preocupação do sector”. “A existência de mais agentes de mercado tem vindo a pressionar os preços e isso poderá ter consequências no futuro. A qualidade também se paga e isso tem de ser uma bandeira não só de alguns, mas de todos, já que queremos fomentar o crescimento de agências, potenciar emprego e solidificar um mercado com boa reputação”, afirma.

SA365
SA365O título de Agência do Ano nos Prémios Comunicação M&P foi dividido em 2018 entre duas agências, com a SA365 a partilhar a distinção com a Central de Informação.
“A adopção rápida de novas tecnologias pelos consumidores altera a forma como se relacionam com as marcas. Neste sentido, o nosso maior desejo é que as marcas abracem esta mudança de paradigma e o desafio de desenvolver estratégias que permitam construir uma narrativa ainda mais assertiva e envolvente, ao longo de 2019”, salienta Margarida Pinto, head of operations da agência, frisando que “ser data-driven permite muito mais do que obter conhecimento sobre o comportamento das pessoas, diz-nos para onde a criatividade e os negócios devem ir, com maior impacto positivo na sociedade”.
Em sentido oposto, Margarida Pinto refere que  “o maior receio é que as marcas fiquem presas a um modelo padrão de agência que parece não corresponder inteiramente aos desafios actuais de comunicação”. “Temos vindo a observar que este modelo separa, cada vez mais, criatividade e compra de meios, estratégias que se precisam de cruzar constantemente para tomadas de decisão eficazes”, explica, manifestando acreditar “que uma forma de evitar esta situação é aproximarmos equipas multidisciplinares de criação, meios e tecnologia para darmos uma resposta inovadora e focada em resultados”. “A agilidade é determinante”, aponta.

Produção

Garage
GarageA produtora fundada por Miguel Varela está de regresso a esta lista depois de ter voltado a conquistar este ano o título de Produtora do Ano nos Prémios M&P.
De forma directa, o desejo de Miguel Varela é “que a qualidade impere, que continue a destacar-se, e que façamos parte dela”, ao passo que “o receio é que este parâmetro seja posto em causa”.

Índigo
ÍndigoUma vez mais, a Índigo subiu ao palco dos Prémios M&P para receber o título de Produtora de Som do Ano.
Manuel Faria, em antecipação do que espera para 2019, sublinha a vontade de ter “uma Índigo cada vez mais virada para a inovação e para a intervenção em todos os lugares onde as marcas produzem som”. “Ajudar as marcas a encontrar a sua própria sonoridade, baseada na sua identidade, nos seus valores e personalidade”, explica, reforçando que “não são só os anúncios, são as lojas, call centers, eventos, todos os pontos de contacto entre a marca e o consumidor”, uma “área que está a crescer em todo o mundo”. Por outro lado, refere, “queremos continuar a ser pioneiros em experiências. Desde o som 3D para auscultadores às instalações em multicanal, passando por altifalantes de ultra-sons, abre-se hoje um grande leque de oportunidades para experiências marcantes. A actividade habitual continua, claro, com total entusiasmo, mas é preciso andar para a frente”, aconselha.

Ministério dos Filmes
Ministério dos FilmesO prémio de Produtora de Imagem do Ano atribuído pelo festival do Clube de Criativos de Portugal foi entregue em 2018 à produtora liderada por Alberto Rodrigues.
Nas palavras do fundador, foi “um bom ano, com trabalho com relevância na rua para os anunciantes e agências, foi muito divertido e saímos com o sentimento de que fomos sérios”. “Em 2019 fazemos 20 anos, passa a correr, mas sentimo-nos com força para mais 20, principalmente porque, fazendo uma retrospectiva, fomos muito solicitados para lançar novos desafios ao mercado, crescemos muito com isso, mas o mercado, sobretudo o da produção, cresceu muito com a exigência da Ministério e as competências dos nossos realizadores e equipe em geral”, considera Alberto Rodrigues, deixando para o próximo ano “votos de saúde, criatividade, competência, responsabilidade, trabalho, espírito de autocrítica, muita vontade de estar sempre a inovar e ser relevante com o trabalho que nos confiam”. “O único receio prende-se com a criatividade e com o facto de algumas pessoas não perceberem que somos e temos gente em Portugal muito capaz”, afirma, deixando o apelo “para que nos desafiem com o difícil” já que, assegura, “em produção isso não existe”.

Núcleo
NucleoA produtora criada por Alberto Vieira e Fred Pinto Ferreira foi distinguida no seu primeiro ano de actividade com o título de Produtora de Som do Ano no festival do Clube de Criativos de Portugal.
Os dois responsáveis consideram, sem surpresa, que “2018 foi um ano muito positivo para o Núcleo”. “Foi o ano zero da nossa empresa mas foi a consolidação de vários anos de trabalho. O Núcleo rebentou e fomos felizes ao constatar que todo o trabalho e esforço que tínhamos vindo a desenvolver deu frutos e foi bem recebido pelo mercado”, afirmam, lembrando que fizeram “parte de projectos que nos fizeram crescer enquanto empresa e profissionais”. Para 2019, referem, “preferimos não ter receios e sermos positivos. Do lado do Núcleo, queremos continuar a crescer e primar sempre pela qualidade rodeados dos nossos parceiros, músicos e amigos que elevam o nosso trabalho diariamente. Do lado do mercado queremos continuar a ajudar as marcas a serem elas próprias e a crescerem também, que através do som possam descobrir caminhos únicos para se destacarem sem perder o que as torna especiais.”

Sobre o autorPedro Durães

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Futebolista Rafael Leão protagoniza adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas (com vídeo)

Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha publicitária, que internacionalmente conta com a participação de nomes como Zinedine Zidane, Jenna Ortega e Anitta, entre outros, foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti, e realizada por Vincent Haycock

Rafael Leão, futebolista português a jogar no AC Milan, é o protagonista da adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas, intitulada 1000 Back. O desportista, um dos embaixadores nacionais da marca, surge nas fotografias promocionais, que já estão a ser divulgadas nas redes sociais e nas lojas da insígnia, a usar um par de Adidas Originals Samba, um dos três modelos de calçado desportivo que a etiqueta alemã está a publicitar, a par do Adidas Originals Gazelle e do Adidas Originals Spezial.

Realizado por Vincent Haycock e protagonizado globalmente por Carlisle Aikens, skater profissional que integra a equipa Adidas Skate Team, o filme publicitário que integra a campanha revisita a história da marca alemã. “Para além do vídeo e das imagens da campanha, recordamos o espírito das três silhuetas clássicas e das pessoas que as influenciaram, com um espaço digital que será preenchido com conteúdos gerados pelos utilizadores”, informa a Adidas em comunicado de imprensa.

“Os fãs dos modelos são convidados a apresentar os seus looks usando os hashtags #adidasSamba, #adidasGazelle e #adidasSpezial”, refere o documento. Zinedine Zidane, Jenna Ortega, Pusha T, Anitta, Hoyeon Jung, David Beckham, Serge Gnabry, Jella Hasse e Stormzy são outros dos embaixadores internacionais da marca que promovem os novos modelos da marca. Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti. A direção de fotografia é de Evan Prosofsky.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Já são conhecidos os 14 representantes portugueses no Young Lions

As sete duplas criativas, selecionadas entre os 70 pretendentes que participaram num bootcamp em Lisboa, vão competir entre 17 a 21 de junho, em Cannes. VML, Arena Media, LLYC e Judas são as agências mais representadas na competição internacional

Já são conhecidos os nomes dos 14 vencedores da Tangity Young Lions Portugal que, entre 17 a 21 de junho, terão a oportunidade de representar o país na competição internacional que integra a 71a edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em França. A partir do dia 17 de junho, as sete duplas selecionadas receberão os briefings de uma instituição de solidariedade social ou de uma organização não-governamental, tendo apenas 24 horas para a concretização de uma estratégia que vá ao encontro do desafio proposto. A exceção é a dupla selecionada para a categoria de Filme, que terá 48 horas para o executar.

Foram 70 os finalistas que participaram no bootcamp de seleção, realizado na NTT Data, em Lisboa. “Com a determinação e paixão demonstrada nos últimos dias, os 14 jovens profissionais selecionados representarão a alma da criatividade nacional, ao mais alto nível”, garante Ana Paula Costa, representante nacional do Lions Festivals. “Este ano, registámos um aumento de 16% do número de candidaturas, um crescimento que espelha a vontade dos jovens profissionais em ir mais além. As duplas vencedoras têm, agora, a oportunidade de ficar na cabeça e no ouvido das mentes mais criativas”, refere ainda.

“Costumo dizer que os Young Lions representam o futuro do setor da publicidade, criatividade e marketing e são sempre uma fotografia do setor. Este grupo de 70 jovens reflete isso mesmo, uma mistura de jovens de grande qualidade que trabalham em agências e empresas consagradas com outros de novas agências mais recentes que cada vez mais têm dado cartas neste mercado”, sublinha também Vasco Perestrelo, CEO da Multimédia Outdoors Portugal (MOP), entidade representante do Lions Festivals em Portugal. “Esse é o espírito certo que queremos para os jovens criativos nacionais”, acrescenta ainda o responsável.

As duplas vencedoras

 

Media (Leroy Merlin)

1º lugar: João Santos (Arena Media) + Débora Jaime (Arena Media)

2º lugar: Margarida Brilhante (Mindshare) + Bernardo Graça (Mindhsare)

3º lugar: Leonor Moniz (Group M) + Mafalda Aleixo (EssenceMediacom)

 

PR (EDP)

1º lugar: Beatriz Raposo (LLYC) + Rita Paulo (LLYC)

2º lugar: Sofia Melo Mendes (Verlingue) + Inês de Amorim Almeida (EDP New)

3º lugar: Hernâni Correia (Leo Burnett) + Manuel Menezes (Havas)

 

Marketing (Worten)

1º lugar: Mariana Coimbra (Era Imobiliária) + Francisco Vaz Santos (Nova SBE)

2º lugar: Sara Aguiar (P&G) + Filipe Santiago Lopes (Nos)

3º lugar: Catarina Espírito Santo (Nos) + Vanessa Marques (Nos)

 

Filme (Turismo de Portugal)

1º lugar: Francisco Machado (Judas) + Daniel Gordon (Trix)

2º lugar: Carlota Real (Judas) + Luís Ferreira Borges (Stream and Tough Guy)

3º lugar: Miguel Valente (Bar Ogilvy) + Beatriz Roque (BBDO)

 

Imprensa/Outdoor (Betclic)

1º lugar: Maria Branco (Judas) + Catarina Araújo (VML)

2º lugar: Joana Quintela Moura (Havas) + Mariana Trindade (Uzina)

3º lugar: Guilherme Kaufmann (FunnyHow) + Rúben Vilaça (FunnyHow)

 

Digital (Nos)

1º lugar: Tomás de Matos Almeida (BBDO) + João Chicau (VML)

2º lugar: Nuno Miguel Coelho (Acne Lisboa) + Tomás Toste (freelancer)

3º lugar: Welzimar Silva + Pedro Silva (O Escritório)

 

Design (MOP)

1º lugar: David Canaes (Fuel) + Francisco Roque do Vale (VML)

2º lugar: Michelle Silva (Judas) + Carolina Gonçalves (Judas)

3º lugar: Mercedes Alves (This is Pacifica) + Eduardo Abilheira (Abilheira.design)

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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“Vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media”

Um ano depois da aquisição da The Goat Agency pela GroupM, Paul Scannell, líder regional para a EMEA, vem a Lisboa para o lançamento da agência em Portugal. Em entrevista exclusiva ao M&P, explica a aposta no marketing de influência e os desafios deste mercado

Catarina Nunes

Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), veio a Lisboa para o lançamento em Portugal desta agência de marketing de influência, adquirida pela GroupM em 2023. Em entrevista ao M&P, fala sobre o posicionamento da Goat, as questões em torno da transparência das publicações de influenciadores nas redes sociais, a necessidade de autorregulação e a importância dos dados primários neste mercado.

Por que razão a GroupM está a investir agora em marketing de influência com uma agência própria, que comprou em 2023?

O marketing de influência já era uma parte interna do nosso negócio, mas agora a WPP investiu fortemente. No espaço de um ano, comprou as empresas Obviously, a Village Marketing e a The Goat Agency, três grandes investimentos em marketing de influência.

Há anos que o marketing de influência é uma tendência. A WPP está a entrar tarde?

Acho que estamos ainda no início da jornada. A indústria do marketing de influência, dependendo dos dados que lermos, estava avaliada em 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões), em 2023, o que é menos de 2% do mercado global de publicidade. Li uma citação do Goldman Sachs que referia que a economia dos criadores vai duplicar nos próximos cinco anos e vai ser cada vez mais importante. Isto decorre do facto de que estamos a passar por uma grande mudança na forma como consumimos media, em particular nas gerações mais jovens. Sou parte da geração mais velha que ainda liga a televisão todas as noites, mas as pessoas já não consumem media assim. Está a acontecer uma mudança geracional. A forma como consumimos conteúdos agora é no que chamaríamos de plataformas sociais, que já nem são propriamente sociais, são apenas plataformas de conteúdos, como o TikTok e o YouTube, que mudaram completamente o paradigma.

Qual é a origem da denominação da agência, Goat?

Foi a primeira pergunta que fiz também [risos]. Toda gente julga que é porque somos os melhores de todos os tempos [GOAT é o acrónimo de greatest of the all time], mas os fundadores da Goat [Arron Sheperd, Nick Cooke e Harry Hugo] gostam de manter a explicação do nome relativamente desconhecida. Anteriormente, tiveram a empresa Sportlobster [app de envolvimento de fãs de desporto] e, quando se lançaram como uma agência de influenciadores, quiseram manter a coisa animal. Os três fundadores mantêm-se na Goat e ajudam no crescimento da agência. O Arron é o CEO global da empresa, o Nick é o diretor de clientes e o Harry é o diretor de campanhas e, dependendo de a quem perguntar a origem do nome da Goat, a história é diferente.

É responsável pela EMEA. Nesta região, quais são os países onde os consumidores se envolvem mais e menos com o marketing de influência?

Há mercados que são mais emergentes. Estivemos na Polónia, há cerca de um mês, a falar com a nossa equipa, que tem cerca de 29 pessoas a trabalhar no negócio da Goat. Olhámos para mercados como Eslováquia, Chéquia, Hungria e todos os mercados do Leste Europeu, para tentar perceber se é possível uma abordagem central, se são ou não muito diferentes culturalmente. Diria que estes mercados ainda não descolaram em termos de marketing de influência. Mas, nos grandes mercados, nos cinco grandes na Europa, há muito marketing de influência já a acontecer.

A Goat afirma-se como líder mundial nas agências de marketing social. Quais são os dados que sustentam esta afirmação?

Agora, que temos o negócio integrado, temos cerca de 450 pessoas a trabalhar em todo o mundo, em 36 mercados diferentes, com campanhas ativadas em 70 países distintos. Não vemos mais ninguém que esteja a fazer marketing de influência neste nível de escala, globalmente. Também entendemos que o nível de dados que temos em termos de desempenho, dados que impulsionam todas as nossas tomadas de decisão e a forma como trabalhamos com influenciadores e como os selecionamos, é mais avançado do que qualquer outro que tenhamos visto. Tendo trabalhado na indústria durante oito anos, diria que somos os maiores e os melhores. Depois de ter observado tudo e de todas as maneiras possíveis de analisar a escala, acho que não há mais ninguém que possa competir connosco.

E em termos de receitas do negócio?

Não sabemos as receitas de todas as agências de influenciadores do mundo. Em relação às da Goat, se as partilhasse, o que não posso fazer, alguém provavelmente cortar-me-ia a cabeça, mas posso dizer que somos uma grande parte de uma indústria de 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões). Temos um vlog, e, se seguir a agência no LinkedIn, verá os vídeos que criamos três a quatro vezes por semana, todas as semanas, que são um meio de documentar a ascensão dos fundadores e a mostrar o que eles têm vindo a fazer desde há dez anos.

O vlog fala das receitas, dos números do negócio da Goat?

O vlog é sobre construir um negócio de um bilião de dólares, que é o valor a que estamos a tentar chegar, o que lhe pode dar uma ideia da escala.

O que é que a Goat tem de diferente de outras agências de marketing de influência?

Muita da diferença prende-se com os dados e com a tecnologia que alimentam a nossa abordagem ao marketing de influência. Quando os fundadores começaram a Sportlobster, em 2012 – há muito tempo, ainda antes de o marketing de influência ser realmente relevante – começaram a trabalhar com influenciadores, com uma app de redes sociais para tentar impulsionar downloads. Cada vez que trabalhavam com alguém, reuniam todos os dados, quanto pagavam, quantos downloads de aplicações eram feitos e todo o tipo de informações.

A Sportlobster é a empresa que gere os dados e a tecnologia?

É a empresa que precedeu a Goat, o negócio original dos fundadores. Quando eles viram o poder do marketing de influência, com esse tipo de influenciadores de nicho a falar para comunidades de nicho com os seus conteúdos, direcionaram o negócio para uma agência de influenciadores. Depois, passaram os oito anos seguintes a construir a que era, na época, a maior agência de influenciadores independentes do mundo. Sempre que alguém fazia uma publicação ou uma campanha para a Goat, rastreavam-na e mediam-na, construindo uma enorme base de dados numa pilha de tecnologia que nos permite tomar decisões sobre os influenciadores com os quais trabalhamos e para que clientes, sempre tendo em conta os objetivos da campanha que temos de entregar.

Qual é a diferença em relação a outras agências que também têm dados?

A nossa principal diferença é que estamos a mudar o marketing de influência a partir de uma abordagem baseada em relações públicas, através da qual se tenta que os influenciadores façam as coisas de graça, e eles não são valorizados como um canal de media. Isto funciona muito bem para as marcas, mas nós vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media, para ser possível comparar, contrastar e medir.

Os influenciadores são os novos meios de comunicação?

Acho que sim. O MrBeast é o maior, mas, se olhar para o número de visualizações que ele gera em comparação com a visualização de televisão em horário nobre nos Estados Unidos, no Reino Unido ou em qualquer outro lugar, é um canal de media genuíno por conta própria, apenas com o canal no YouTube. É desta forma que muitas pessoas estão, hoje, a consumir os media e, por isso, temos de o tratar como um canal de comunicação social.

Houve, no passado recente, o movimento de ‘desinfluenciar’, que promovia a autenticidade e a verdade nos influenciadores. Ainda é uma tendência que esteja a moldar a indústria?

Acho que sim. Provavelmente ganhou mais manchetes do que potencialmente teria ganho se não fosse uma parte emergente de um negócio sobre o qual o mundo inteiro está a falar. O interessante é que a tendência de desinfluência ganhou dimensão porque os influenciadores estavam a promovê-la, conferindo-lhe uma dimensão maior. Isto mostra o poder dos influenciadores na visibilidade de uma tendência que é sobre influência. Todas as pessoas que trabalham bem o marketing de influência entenderam sempre como fundamental trabalhar com alguém que seja autêntico para uma marca. Falamos muito sobre os dados e a tecnologia, mas, quando estamos num processo de seleção de influenciadores, estamos realmente perante uma verdadeira arte e uma ciência. Trabalhar esta área obriga-nos a tentar perceber quais os que vão impulsionar melhor o desempenho, mas é preciso encontrar pessoas que falem autenticamente sobre a marca para as suas audiências, sem causar problemas. Caso contrário, poderá gerar uma perceção negativa, se o influenciador trabalhar com uma marca que nunca ressoaria com o seu público.

Isso acontece muito…

Pode parecer estranho, mas a grande maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos rejeita muitos negócios, por não serem adequados para eles. Dizem aos clientes para os voltarem a contactar quando tiverem uma marca que se encaixe no seu perfil, porque eles conhecem bem o seu público. Como passaram anos e anos a construir as suas comunidades, não vão querer arriscar, são muito profissionais, pelo menos a maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos.

O que é mais importante: o perfil e o número de seguidores do influenciador ou os valores e a narrativa da marca?

O mais importante é encontrar alguém que seja autêntico para a marca. Trabalhamos com grandes influenciadores e até já trabalhámos com o MrBeast, mas a maior parte do trabalho que fazemos é com influenciadores de nicho, que podem tocar uma comunidade mais segmentada. Depende também da marca e dos seus objetivos, porque, às vezes, apenas querem um alcance de massa e trabalhar com alguém que é enorme e relevante. E é por isto que o endosso de celebridades é procurado. Todos os anúncios do Super Bowl têm uma celebridade endossada porque, às vezes, funciona para o que se quer.

Funcionam na conversão em vendas?

Tendemos a achar que as campanhas que funcionam melhor são as que…. Como sabe, as pessoas vão para as redes sociais para encontrar a sua tribo e subcultura. E é por isso que as pessoas se conectam. Encontram o seu pequeno nicho e pessoas que falam sobre ele de uma maneira que lhes agrada, envolvendo-se com elas. É esta a razão pela qual as pessoas realmente se sintonizam.

A sua empresa está a vender produtos.

Sim, mas pode vender produtos… Por exemplo, fazemos muito trabalho para a empresa 3M, que produz tudo. Aliás, um dos seus slogans é “Nunca está a mais de dez pés [três metros] de distância de um produto 3M”. Eles estavam a tentar vender capacetes de soldadura e, na América Latina, havia uma comunidade de pessoas que foram viver na floresta, construíram as suas próprias casas e criaram comunidades sociais. Mesmo quando se tenta vender capacetes de soldadura, que acho que custavam 500 dólares [€461], é possível encontrar as pessoas certas, se se souber onde procurar e encontrar as comunidades de nicho certas. Quem é que vai ser capaz de falar com essa audiência de determinada forma? Pode ser esta comunidade que construiu esse público ao longo do tempo.

Quando fala em nicho, isso é diferente de microinfluenciadores?

Há muitas maneiras diferentes de falar, cada qual tem a sua maneira de referir-se a diferentes tipos de influenciadores. A maioria das pessoas vai dizer que um microinfluenciador tem entre 10 mil e 100 mil seguidores, mas acho que é mais complicado do que essa distinção. Porque um microinfluenciador na área da beleza pode parecer muito diferente de um microinfluenciador que é um consultor em tecnologia de informação B2B. Mas as pessoas têm de ser colocadas em categorias porque a indústria em que trabalhamos funciona assim. O nicho tem mais a ver com o alcance da comunidade, que é diferente da quantidade de seguidores.

Como é possível uma marca destacar-se no ultrapovoado cenário digital?

Uma das coisas que a Goat tem é uma equipa de estratégia, que fala muito sobre a ideia do efeito oddball, porque há muitos conteúdos nas redes sociais que parecem o mesmo. A equipa de estratégia tem uma apresentação com uma dezena de imagens num ecrã, que um influenciador fotografou num barco num lago, que mostra também um pequeno clipe com um urso. Depois, perguntam qual é a imagem que apareceu no ecrã durante mais tempo. Toda a gente diz sempre que foi a imagem do urso, mas, na verdade, todas elas estiveram o mesmo tempo de exposição no ecrã. A equipa depois fala sobre isto, numa perspetiva criativa, sobre a relevância da irrelevância daquilo com que trabalhamos.

Qual é a conclusão?

Quando trabalhamos com influenciadores que são relevantes para a marca em causa, eles têm os mesmos valores. Mas é preciso criar algo que se destaque, algo criativo e ligeiramente diferente do que as outras pessoas estão a fazer.

Acertar nisso é rocket science.

Sim, e nem sempre acertamos. Mas a ideia é ter um pensamento criativo e estratégico para entender a plataforma, as tendências e como funciona o marketing de influência, para ter ideias incríveis que permitam que algo se destaque num mercado saturado. Acho que é isto que está em causa quando se trata de pessoas e criatividade.

Com tantas plataformas digitais que existem, e que continuam a aparecer, qual é o desafio?

Isso pode ser um desafio e uma oportunidade. Há campanhas em que posso inclinar-me para o YouTube, se quero entregar uma determinada mensagem para um determinado público de uma determinada maneira. Depois, há campanhas que me inclino mais para o TikTok ou para o Instagram. Penso que dão-nos mais opções, mais capacidade para trabalhar com criadores de uma maneira diferente. Os criadores do TikTok são muito diferentes dos do YouTube.

Não é mais difícil trabalhar com muitas plataformas?

Só porque existem mais plataformas não significa que em cada campanha se deve acrescentar mais. Trata-se de encontrar as pessoas certas. Se existirem mais, isso só dará mais capacidade de trabalhar com pessoas mais interessantes de maneiras mais diversas, que criam diferentes tipos de conteúdos que atraem públicos diferentes.

Os consumidores estão saturados de tantas plataformas?

Não vejo isso. Não acho que as pessoas não se lembram das marcas por causa do número de plataformas, a questão prende-se com a mensagem. A saturação é uma desculpa. Sempre tivemos desculpas suficientes para nos distrairmos. Durante anos, houve horas e horas de conteúdos publicados em todas as plataformas. Trata-se de criar coisas que se destaquem e atraiam o público. Se conseguirmos isto, quer haja uma dezena de plataformas ou um milhão, não importa. Se encontrarmos o público certo, é possível atingi-lo com as pessoas certas no momento certo, o conteúdo vai destacar-se e as pessoas vão lembrar-se.

Como é que vê as questões em torno dos influenciadores, com as publicações comerciais não identificadas, a legislação e respetiva fiscalização?

Esta questão é mesmo muito importante. No Reino Unido, somos membros fundadores da organização Influencer Marketing Trade Body (IMTB), desde há quatro anos. É uma entidade de autorregulação porque acreditamos que temos de dar esse primeiro passo, para que não sejamos regulados por pessoas que não entendem a indústria. Criámos um código de conduta, há dois anos, que todos subscrevemos enquanto membros e que se tornou o padrão na abordagem aos influenciadores, do ponto de vista da transparência em relação às audiências. Porque não queremos apenas uma regulamentação de governos, que estão a tentar dar um ponto de vista político a coisas que não entendem sobre esta indústria.

Porquê?

Temos de ser capazes de nos autorregular, mas, para fazer isso, precisamos que as pessoas que são influentes no marketing de influência colaborem e se certifiquem de que estamos a trabalhar juntos para garantir que todos estão a fazer as coisas da maneira certa. Infelizmente, o espaço de marketing de influência cria muito ruído e muitas manchetes e os políticos de todo o mundo podem usá-lo para uma voz política, em vez do que deveriam estar a fazer. Parece atrair muito mais atenção os influenciadores serem pagos para ir a um determinado lugar e não divulgarem isso no post versus o mundo editorial, em que não sei o quanto tudo é escrito nos mesmos termos, por exemplo, quando escrevem sobre um top 10 de destinos de férias. Não me parece que isto tenha o mesmo nível de atenção, mas, se calhar, é porque estou no espaço dos influenciadores.

Jornalismo é diferente de publicidade.

Exatamente. Mas onde é que essa linha é traçada? No universo do
marketing de influência, eles recebem presentes e escrevem sobre essas ofertas.

E são pagos para fazerem isso.

Às vezes. A questão é que a quantidade de conteúdos que as pessoas consomem de influenciadores e de criadores de conteúdos tornou-se um tema quente de debate. A minha opinião pessoal é pela autorregulação, que é o caminho a seguir, mas tem de ser feito corretamente.

Concorda com as publicações identificadas como publicidade?

Sim, absolutamente. Se alguém pagou a um influenciador para falar sobre uma marca, essa situação deve ser identificada, como em qualquer outro meio de comunicação.

Isso é suficiente?

É o requisito mínimo. Se os influenciadores estão a construir negócios, a criar conteúdos, a trabalhar com marcas, a construir marcas e negócios para elas, então estão a agir com um canal de media.

A relação dos influenciadores com as marcas é totalmente transparente, em relação, por exemplo, ao número de seguidores que podem ou não ter sido comprados?

Isso é algo em que os estamos a pressionar há anos. A grande maioria do mundo dos influenciadores ainda é construído em capturas de ecrã dos dados das plataformas.

Dessa forma, os números podem ser alterados no Photoshop.

Potencialmente, mas não trabalhamos dessa forma. Trabalhamos com dados de API [Application Programming Interface], que são retirados diretamente da plataforma. Pedimos aos influenciadores que se conectem à plataforma precisamente por esse motivo.

A questão da transparência dos influenciadores é com os utilizadores, os seguidores e com as empresas com as quais trabalham, as marcas.

Obviamente, alguns influenciadores estão a tentar ganhar a vida e, portanto, o incentivo deles é mostrar que entregam uma audiência e impressões. Mas fomos sempre muito claros sobre o facto de trabalharmos com dados primários, diretamente da plataforma. É por isto que considero que o mundo dos influenciadores precisa de continuar a amadurecer, de continuar a crescer. A questão não é se os influenciadores devem fornecer dados primários, isso é uma necessidade porque temos de ver esses dados. Sempre fomos muito inflexíveis nisto. A transparência é absolutamente tudo, porque, caso contrário, prejudica toda a indústria.

A inteligência artificial (IA) é uma oportunidade, uma ameaça ou ambas?

Essa é uma grande pergunta. Provavelmente, as duas coisas, porque já vimos as últimas coisas que a OpenAI está a produzir, de texto para vídeos, e o quanto a edição está a ser alterada pela IA. Há uma parte de mim que pensa que, se as pessoas podem ser mais produtivas e produzir mais vídeos de alta qualidade mais rapidamente, isso é ótimo. Mas, então, onde é traçada a linha que deixa claro que foi um vídeo produzido com IA? Porque, obviamente, todos usamos o Photoshop há anos. Mas, à medida que vamos mais longe, o influenciador terá de declarar que produziu uma legenda com recurso a IA? Há muita coisa que precisamos de melhorar e ninguém tem todas as respostas neste momento, porque estamos a aprender à medida que avançamos. Mas uma grande parte de fazer parte do IMTB é ter estas conversas com as pessoas que lideram a indústria. É preciso ser capaz de abordar estas questões e de tomar decisões sensatas e adultas, que garantam que a indústria se mantém saudável.

Qual é a sua opinião sobre os influenciadores digitais gerados por IA?

Na nossa equipa, há alguns exemplos de trabalhos com avatares artificiais e IA com várias marcas importantes, mas ainda não têm escala. É algo que ainda estamos a descobrir a coisa certa a fazer. Acho que, desde que as pessoas saibam que é media social de animação com IA, que não é real, não vejo nenhum problema nisso. Neste momento, não é uma parte significativa da nossa oferta, mas não vejo razões para que não o seja no futuro.

Qual é a plataforma de redes sociais que vê como dominante no curto prazo?

É difícil de dizer, porque, muitas vezes, não se consegue ver até ao momento em que acontece. A BeReal foi uma das redes sociais de que falamos até à exaustão o ano passado e agora já não se fala. Antes, tinha sido aquela plataforma de áudio Clubhouse. Toda a gente estava no Clubhouse, que entretanto morreu.

Qual é a plataforma que usa mais?

Sou velho…

O Facebook?

Sim… [risos] Estou a começar a estar mais no TikTok mais do que na maioria das outras redes sociais, porque o algoritmo leva-me a ver o conteúdo que quero mais rapidamente.

Acha que o TikTok virá a tornar-se na maior das redes?

Sim, mas depende muito da política e do que está a acontecer nos Estados Unidos [o projeto de lei que pode banir o TikTok do país] e o que isso significa em termos de regulação. O TikTok é incrível, provavelmente é um dos maiores agora. É lá que o público jovem está a gastar o seu tempo. Vamos ver o que acontece.

Todas as marcas precisam de marketing nas redes sociais?

Enquanto marcas, por tudo aquilo que envolvem, seria insensato não estarem nas redes sociais, porque, presumivelmente, têm a intenção de fazer crescer o seu negócio. Para o expandirem, precisam de encontrar mais clientes e, hoje, praticamente toda a gente está nas redes sociais. Esta é a mudança geracional de que falámos no início desta conversa. É nas redes sociais que as pessoas estão a passar o tempo e a envolver-se com conteúdos gerados por utilizadores, pessoas que conhecem e de quem gostam e que seguem porque querem experimentar esses conteúdos. Acredito que possam existir marcas que não precisem de estar nas redes sociais, mas eu não conheço nenhuma. Acho que é mau não estar, mas tenho a certeza que alguém vai ler esta entrevista e dizer que a marca X não precisa das redes sociais.

Perfil
Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency na EMEA

 

Da televisão até aos influenciadores

Qual foi o seu percurso antes de chegar à liderança regional da The Goat Agency?

Comecei nos media, em 2005, a vender publicidade em televisão para clientes e agências, até mudar para a venda de espaço publicitário em cinemas, o que era fácil, falava sobre filmes o dia todo. Depois transitei para o suporte digital e, mais tarde, para os anúncios nativos e depois para os influenciadores.

Quando é que entra na WPP?

Entrei para a GroupM, que integra a WPP, em 2016. Estou lá há oito anos.

Por que razão escolheu a área do marketing de influência?

Há um momento em que estava a trabalhar com um anúncio digital para uma campanha de uma nova rota da easyJet para Alicante. Queria medir se as pessoas expostas a esse anúncio tinham conhecimento dessa rota ou não. Trabalhávamos em direcionamento comportamental e em como veicular o anúncio no momento certo para a pessoa certa e aprendemos muito sobre segmentação e cookies. Fizemos um estudo em que analisámos os que foram expostos ao anúncio versus os que não foram e concluímos que não havia diferença. Aliás, as pessoas que foram expostas aos anúncios eram menos propensas a conhecer a nova rota.

Isso criou um problema com a easyJet?

Era o líder deste cliente e pus-me à procura de desculpas, a gritar com toda a gente, a questionar por que razão é que não tinha funcionado. Até que a pessoa da área de pesquisa perguntou como era o anúncio. Ninguém sabia. Recebemos uma linha de código que carregámos num servidor de anúncios. Não tinha ideia sobre a criatividade da publicidade nem de como era importante. O que aconteceu foi que o anúncio não mostrava a rota para Alicante antes dos seis segundos. No digital, ninguém chega lá e na agência, na altura, ninguém sabia desta situação. Foi um momento em que questionei o que andava a fazer. Estava a aprender tudo sobre dados, segmentação e todo este tipo de coisas, mas não sabia nada sobre criatividade.

Com esse discernimento, o que fez a seguir?

Iniciei uma jornada, fui ouvir podcasts e ler livros sobre marketing de conteúdo e marketing criativo. Depois, tentei arranjar um emprego em publicidade nativa para tentar perceber melhor, por se tratar de um tipo de conteúdo de formato longo, muito presente nas páginas de internet das editoras. Fiz isto durante algum tempo e, nessa fase, apercebi-me do aumento dos media sociais e do número de criadores de conteúdo. Todo o meu percurso decorre disto, de estar apenas a executar uma campanha sem saber qual é o aspeto visual da parte criativa. É isto que estamos a tentar fazer e foi isso que me levou ao caminho do marketing de influência, onde estou há cinco, seis anos.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Santa Casa põe a concurso conta de €20,85 milhões

O concurso está dividido em três lotes. O maior (€8,1 milhões) diz respeito à criatividade dos jogos Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Eurodreams. O segundo maior (€7,5 milhões) inclui o Euromilhões, o M1LHÃO, o Totoloto, a Raspadinha e o Novo Jogo, enquanto o terceiro (€5,25 milhões) abrange a criatividade institucional das marcas/serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a marca Jogos Santa Casa

Catarina Nunes

Está aberto o concurso para a aquisição de serviços de agência criativa para as marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com um valor máximo de €20,85 milhões. As candidaturas podem ser apresentadas até 26 de maio, de acordo com a informação publicada em Diário da República, e a adjudicação é por três anos.

O concurso está dividido em três lotes, sendo o maior deles (€8,1 milhões) o que diz respeito à criatividade publicitária dos jogos Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Eurodreams. O segundo maior lote (€7,5 milhões) inclui o Euromilhões, o M1LHÃO, o Totoloto, a Raspadinha e o Novo Jogo, enquanto o terceiro maior (€5,25 milhões) abrange a criatividade institucional das marcas/serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a marca Jogos Santa Casa.

Os valores a adjudicar dizem respeito ao fee anual da agência, que inclui a remuneração base da equipa proposta, os custos indiretos e a margem de lucro da empresa, entre outros, com valores máximos para cada um dos lotes: €240 mil (lote um, €7,5 milhões), €300 mil (lote dois, €8,1 milhões) e €250 mil (lote três, €5,25 milhões), de acordo com o caderno de encargos, a que o M&P teve acesso.

Os custos totais de produção de televisão e rádio dos lotes um e dois, com um limite máximo de €300 mil, os direitos de autor durante um ano para todos os meios e os custos de produção da tabela de referência, com um limite máximo de €880 mil, são outras das despesas incluídas na adjudicação.

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Comunicação

Toys ‘R’ Us entrega comunicação e eventos à 17.Com

A agência de relações públicas e eventos fundada por Beatriz Almeida em 2016 passa a ser responsável pela assessoria de imprensa, organização de eventos e gestão das redes sociais do retalhista infantil, nas mãos do Prénatal Retail Group desde 2022

A Toys ‘R’ Us acaba de trocar a ADBD Communicare pela 17.Com. A microagência fundada por Beatriz Almeida em 2016 é agora a responsável pela comunicação e assessoria de imprensa do retalhista infantil. “Fizemo-lo pela relação de proximidade e até uma certa intimidade que se criou e que me permite sentir que conhecem realmente a minha empresa e que estamos a trabalhar verdadeiramente em equipa”, explicou ao M&P Susana Setúbal, diretora de marketing da Toys ‘R’ Us Portugal.

“Há uma maior rapidez de resposta com modelos e soluções que estão bem enquadrados nos nossos objetivos e com melhores níveis de eficácia”, esclarece ainda a responsável, que entregou também à 17.Com a organização de eventos e a gestão das redes sociais da marca, nas mãos do Prénatal Retail Group desde 2022. Prénatal, Douglas, Logitech, Arkopharma e Innovarisk são outras das insígnias que a agência de relações públicas e eventos comunica e que têm feito crescer o negócio.

“O nosso primeiro trimestre não podia ter começado de melhor maneira. Foi um início de ano muito positivo. Superámos o valor de faturação trimestral em comparação com o mesmo período do ano passado”, revela Beatriz Almeida, diretora da 17.Com, sem avançar valores. “Temos novos projetos e eventos fechados até ao final do ano. Continuaremos a investir na nossa equipa, bem como no site e nas redes sociais da empresa, para dar a conhecer todos os serviços que oferecemos”, promete.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Media

O que pode ler na edição 955 do M&P

Um artigo de fundo sobre a ascensão das microagências de comunicação e assessoria de imprensa, um dossiê especial sobre marketing digital e o texto do novo colunista do M&P, Pedro Simões Dias, fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas, são alguns dos temas da edição 955

Na edição 955 do Meios&Publicidade destaca-se um artigo de fundo sobre a ascensão das microagências de comunicação e assessoria de imprensa, num mercado em que, cada vez mais, as marcas nacionais e internacionais trocam agências de comunicação de média e grande dimensão por estruturas mais pequenas. Carlota Morais Pires, fundadora da The Communication Studio, é uma das empresárias da comunicação, entrevistada pelo M&P, que se lançou sozinha com uma microagência. Sofia Jardim, proprietária da Strategic Time, conta as razões para que, ao fim de um ano a operar sozinha na comunicação, tenha criado uma outra empresa com parceiros no Dubai, da Digital Connection.

Na rubrica Como é que não me lembrei disto?, o projeto ADLam de digitalização do alfabeto do idioma pulaar, desenvolvido pela McCann/Nova Iorque, é o trabalho que Levi Olivares, diretor digital da McCann Lisboa, gostaria de ter feito.

O Especial Marketing Digital aborda os temas relacionados com a revolução tecnológica e a necessidade de profissionalização no marketing digital, bem como algumas das transformações que este setor enfrenta, como o avanço da inteligência artificial, a procura crescente por personalização e a adaptação a novas plataformas e formatos.

Na Opinião, Pedro Simões Dias, fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas, é o novo colunista do M&P. Escreve sobre criação e construção de marcas e os desafios relacionados com propriedade intelectual e dados pessoais, entre outros.

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Marketing

Só 41% dos consumidores é que optam por marcas sustentáveis

Ainda que 92% dos compradores nacionais estejam dispostos a adquirir uma insígnia diferente da que costumam comprar por razões de sustentabilidade, a percentagem dos que o fazem efetivamente acaba por ser bastante inferior, revela um estudo da Escolha do Consumidor

Apenas 41% dos compradores portugueses é que têm o hábito de optar por marcas sustentáveis, ainda que 92% estejam dispostos a adquirir outra insígnia se esta for mais sustentável, revela o estudo Escolha do Consumidor. Os restantes 8% preferem manter-se fiéis às marcas que já conhecem. As razões apontadas são a lealdade à marca a que já estão habituados, o preço mais elevado, o gostarem do produto ou serviço que utilizam e o facto de a sustentabilidade não ser um ponto crucial nas suas escolhas.

“Além destes, a falta de informação clara sobre a sustentabilidade dos produtos e serviços é outra das barreiras indicadas à compra deste tipo de produtos”, refere a Escolha do Consumidor em comunicado de imprensa. “No que diz respeito ao momento de compra, 59% adquirem artigos com os quais já estão familiarizados”, refere ainda o documento.

Para 76% dos inquiridos, as iniciativas sustentáveis das empresas podem influenciar a lealdade dos clientes às marcas. “Quando falamos das embalagens dos produtos, 46% dos consumidores afirmam que, sobretudo quando há opções mais sustentáveis disponíveis, a embalagem é um fator decisivo na compra. Apenas 12% não concordam que este seja um fator decisivo”, revela também a análise.

“Vivemos um novo paradigma, onde a sustentabilidade está cada vez mais associada ao nosso consumo. Isso é visível neste estudo, em que a redução das emissões de carbono por parte das empresas, a inovação tecnológica que o serviço ou produto incorpora, de forma a reduzir o impacto ambiental, e o impacto social por detrás dos artigos e serviços são os parâmetros com maior relevância para os consumidores”, sublinha Cristiana Faria, diretora de marketing da ConsumerChoice.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Prémios de Marketing M&P’23: ‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano

Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas. Conheça todos os vencedores

Os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 acabam de ser revelados, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing.

O trabalho ‘É uma menina’, uma inscrição conjunta da Dentsu Creative Portugal, da Mindshare e do Banco BPI, vence o Grande Prémio, enquanto a Dentsu Creative Portugal é eleita Agência Criativa do Ano. Mindshare é a Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte, da Worten, é o Marketeer do Ano.

Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze, a partir dos trabalhos mais pontuados. Estes resultados representam um acréscimo significativo da classificação Ouro, face a 2022, ano em que o júri atribuiu 6 Ouro, 22 Prata e 22 Bronze, o que demonstra uma melhoria na qualidade das campanhas e estratégias apresentadas a concurso.

Dos 118 inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas, depois de analisados por um júri composto por António Fuzeta da Ponte (Worten), António Roquete (Uzina), Bruno Almeida (EssenceMediacom), Constança Macedo (BPI), Graça Leite (OZ), João Pereira (Judas), Mariana Lorena (Hearts & Science), Patrícia Mestre (Microsoft), Rodrigo Albuquerque (Arena Media), Steve Colmar (Publicis Group), Teresa Lameiras (SIVA) e Zé Francisco Leitão de Sousa (Tux&Gill).

Conheça aqui todos os vencedores nas 34 categorias.

 

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Acne assina campanha da CIN que promove as duas áreas responsáveis por 40% da faturação global da empresa (com vídeos)

Divulgada na imprensa escrita, no Expresso e na Visão, a campanha, com planeamento da Mindshare, está também a ser veículada nas edições digitais das publicações da Medialivre, no Público e no Observador, além das redes sociais e do canal de YouTube da marca

Com criatividade da Acne, produção da Deloitte Digital e planeamento de meios da Mindshare, a nova campanha publicitária multimeios da CIN dá a conhecer as gamas de tintas industriais e de proteção anti-corrosiva. Estas duas áreas de performance coating da empresa centenária são responsáveis por 40% da faturação global da companhia, que é o 10º maior fabricante europeu de tintas, segundo a publicação European Coatings Journal.

Divulgada na imprensa escrita, no Expresso e na Visão, a campanha está também presente nas edições digitais das publicações da Medialivre, no Público e no Observador, além das redes sociais e do canal de YouTube da marca, avança a CIN ao Meios&Publicidade. O objetivo é mostrar que a CIN é responsável por decorar e proteger comboios, gruas, bicicletas, túneis, viadutos, pavimentos e até mesmo frascos de cosmética. “É esta dimensão, capacidade de resposta e diversidade que queremos dar a conhecer aos portugueses através da campanha que explica que a CIN também está presente em muito do que nos rodeia”, refere Liliana Leis Soares, diretora-adjunta de marketing da CIN, empresa que fechou 2022 com um volume de negócios consolidado de €389 milhões.

“Nesta nova campanha de posicionamento, damos a conhecer as soluções de alto desempenho que pintam o dia a dia dos portugueses e que vão muito para além do que se imagina. Se vir um anúncio de pistas de esqui, torres eólicas, helicópteros ou barcos, não estranhe, é da CIN”, esclarece a marca em comunicado de imprensa. A nova campanha da antiga Companhia Industrial do Norte, que adotou a designação CIN em 1917, reforça a existência destes dois segmentos e explica aos consumidores a variedade de suportes que utilizam os produtos que desenvolve e comercializa.

“A nossa marca é conhecida por pintar as paredes lá de casa, mas nem todos sabem a amplitude das áreas de atuação da CIN. A verdade é que desenvolvemos um conjunto vasto de soluções inovadoras e de alto desempenho para inúmeros projetos em todo o mundo”, esclarece a diretora-adjunta de marketing da CIN.

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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FCB Lisboa é a única portuguesa no top 25 das melhores agências em causas sociais

O ACT Good Report classifica campanhas, empresas de publicidade, marcas e países pela criatividade na abordagem às questões ambientais e na defesa de mudanças sociais, distinguindo-os como ‘Os melhores a promover o bem’

A FCB Lisboa é a única agência criativa portuguesa na lista das 25 agências mundiais melhor classificadas, a nível das campanhas que promovem causas sociais, figurando na 25.ª posição da tabela do ACT Good Report. Este relatório classifica campanhas, empresas de publicidade, marcas e países pela criatividade na abordagem às questões ambientais e na defesa de mudanças sociais, distinguindo-os como ‘Os melhores a promover o bem’.

A FCB Lisboa é também a única agência portuguesa com um projeto entre as ‘As 40 melhores campanhas a promover o bem’, com a campanha (Re)Constituição Portuguesa, que se encontra na 21.ª posição da lista. Portugal está presente na lista dos 10 países que melhor promovem causas sociais, encontrando-se na 8.ª posição. O ACT Good Report é compilado anualmente pela ACT Responsible, associação internacional sem fins lucrativos de defesa da publicidade, em colaboração com a World Advertising Research Center (WARC), empresa global de estudos de mercado na área da publicidade.

As classificações do ACT Good Report são calculadas combinando o desempenho de campanhas de várias iniciativas do programa ACT Responsible com os resultados do recém-publicado WARC Creative 100. A associação explica em comunicado que o estudo não segue critérios nem categorias elaborados, olhando apenas para a qualidade do trabalho em nome de causas do bem. Um total de 1250 campanhas, produzidas por 804 agências, para 995 anunciantes (sem fins lucrativos, setor público e marcas comerciais), em 76 mercados, foram avaliadas no último relatório ACT Good Report.

Na tabela das 20 redes de agências criativas que melhor promovem causas sociais encontram-se a FCB Global, que lidera a classificação, o Havas Group, que ocupa o segundo lugar, seguido do Grey Group, na terceira posição. Em quarto lugar, figura a DDB Worldwide, enquanto o Publicis Worldwide fecha o top 5.

Entre as 25 agências mundiais que melhor impactam causas sociais com as suas campanhas, a Publicis Conseil, de Paris, é a melhor posicionada, seguida da Adam&EveDDB, de Londres, em segundo lugar, e da Havas Paris, que figura na terceira posição. O quarto lugar é ocupado pela FCB Canadá, seguida pela FCB Índia, na quinta posição.

França, Estados Unidos, Reino Unido, Índia, e o Canadá ocupam, respetivamente, o top 5 da lista dos 10 países que melhor promoveram causas sociais. No que diz respeito às marcas que melhor promovem causas sociais, encontram-se a Renault na liderança, a Unilever no segundo lugar, seguida da Campaign Against Living Miserably (CALM), que ocupa a terceira posição. A Fundação Anne de Gaullen está no quarto lugar, seguida da Adidas na quinta posição.

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