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‘Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar’

Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. […]

Carla Borges Ferreira
Media :: Artigos de Fundo

‘Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar’

Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. […]

Sobre o autor
Carla Borges Ferreira
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Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. Manter o jornalismo de qualidade, reforçar a profundidade e a proximidade e acabar com a “percepção externa” de que o Público é um “instrumento político” são alguns dos objectivos.

Meios&Publicidade (M&P): No início de Outubro, quando foi anunciada como directora, disse ao M&P que o objectivo passava por “consolidar a matriz fundacional do Público: bom jornalismo, isento e de referência”. O que é que quis dizer?

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Bárbara Reis (BR): O Público é um jornal de referência há 20 anos. Nasceu como resposta a uma certa letargia que existia na imprensa portuguesa. Nasceu com ousadia, com vontade de dar aos leitores informados e cultos informação informada e culta. Quando dizemos que queremos manter a matriz é isso.

M&P: Consolidar e manter não é a mesma coisa. A matriz estava ameaçada? Tinha-se perdido?

BR: Quem quiser pode tentar interpretar todas as nossas palavras, o editorial de dia 1 e tudo o que eu lhe disser como uma oposição como passado. Não é nada disso. Estou no Público há 20 anos, o Nuno Pacheco está na direcção há 20 anos, o Manuel Carvalho há mais de 10… Não estamos aqui doidos a achar que vamos reinventar o Público ou que agora é que vai ser um jornal de referência. Não, pelo contrário. Não há um novo Público, não há um renascimento. O que há é um novo começo e, nesse novo começo, obviamente que é importante afirmarmos quem somos. Houve um colunista que escreveu “aqueles arrogantes do Público, agora dizem que vão fazer jornalismo culto e responsável”. Quando o dizemos estamos a dizer quem somos e o que é o Público: um jornal culto e responsável, feito por pessoas cultas e responsáveis, para leitores cultos e responsáveis, há 20 anos. Será sempre assim. Quem quiser interpretar tudo como uma crítica com o passado poderá fazê-lo, mas está a cometer um erro. O que se trata é de dizermos aos leitores quem somos e ao que vimos. Uma das nossas mensagens é que não vão estranhar o Público.

M&P: Falou também num novo ciclo, com projectos a curto, médio e longo prazo. Quais são?

BR: Estamos ainda a pôr as mãos na massa. Uma das vantagens de sermos uma direcção que conhece bem o jornal é que a avaliação é relativamente fácil. Sabemos quais os problemas, as coisas que temos que resolver e melhorar.

Estamos a falar, em termos imediatos, de muitas coisas que têm a ver com rotinas internas, coisas que até já tinham sido criadas mas que foram caindo, no fundo por falta de uma gestão mais metódica de todos nós. Há também a questão dos editoriais não assinados e a criação do Cidades, que vai sair no dia 13. Esse caderno existe como resposta a um dos problemas que identificámos, que é a proximidade e o jornalismo de proximidade ter profundidade. Identificámos um triângulo de prioridades cuja concretização é o nosso grande objectivo: investigação, profundidade e proximidade. As prioridades a médio prazo têm a ver com… No fundo há um momento em que temos que avaliar alguns dos problemas do jornal.

Estamos a falar, por exemplo, do online, da economia e da cultura. Há muitas ideias que estão pendentes e precisam de uma decisão e de concretização. Depois, numa terceira fase, vamos criar novos caminhos que nos dêem não só prestígio como dinheiro e aqui estamos a falar de criar produtos que interessem a nichos muito reduzidos e identificados. Depois, a longo prazo, voltaremos ao online e vamos explorar formas inovadoras de o desenvolvermos. São coisas que não se fazem em 15 dias e nada disto é inventar a roda. São problemas que todos nós conhecemos, mas vamos é encontrar soluções.

M&P: Assume a direcção numa altura em que tanto as audiências como a circulação paga estão a descer. Como é que pensa inverter esta tendência?

BR: Eu adorava ter uma varinha mágica, mas não tenho…

M&P: Mas é possível ou a tendência mesmo é os jornais irem perdendo tanto vendas como audiência?

BR: A tendência é essa no mundo inteiro. E eu não tenho a varinha mágica como ninguém tem. Este Verão tive a oportunidade de passar quase um mês nos EUA e contactei imensos jornais e especialistas de think tanks que só estudam o futuro do jornalismo. Uns acham que o papel acabou, outros que não acabou totalmente. Constatei com alguma tristeza, e ao mesmo tempo com algum alívio, que as dúvidas que eles têm são iguais às nossas. Ninguém sabe qual é a solução, o modelo de negócio. Toda a gente sabe que a publicidade ainda está no papel, e a publicidade é central para a sobrevivência dos jornais, todos sabemos que há cada vez menos leitores no papel, mas também sabemos que há, e haverá sempre, mercado para bom jornalismo. Para o tal jornalismo profundo, pertinente e relevante. Portanto, todos os projectos que vamos desenvolver são nesse sentido.

M&P: Acabou por não responder à questão da circulação e audiências. Acredita que podem subir ou os números que o Público tem hoje são inevitáveis porque o mercado não dá para mais?

BR: Não sabemos. Não há aqui fórmulas mágicas. Podia dizer “queremos vender mais 5 mil à quarta e 10 mil à sexta”. Definia aqui um objectivo e dava-lhe um título.

Mas isso não me serve nem a mim, nem a si e sobretudo não serve o jornal. Sabemos que estamos num momento de crise, muitas vezes fazemos jornais dos quais nos orgulhamos particularmente e os leitores não pegam, como aconteceu nos 20 anos da queda do Muro de Berlim, em que fizemos um trabalho muito sólido e interessante na Pública e vendemos menos 2 por cento do que no domingo anterior.

Não é um exercício que me estimule muito este jogo do adivinha.

M&P: Há muito que se especula sobre a possibilidade do Público deixar de sair em papel alguns dias. Há algum fundamento?

BR: Não, isso não é verdade. É um boato para o qual nunca consegui encontrar explicação.

M&P: Nunca estudaram a hipótese de sair de quinta a domingo?

BR: Nunca foi sequer uma hipótese. O que se passou é que já há muito tempo houve a pergunta “o que é que pode acontecer a 10 ou 20 anos?”. Apareceram 10 ou 15 respostas e essa era uma delas. Não é mais do que isso.

M&P: Ao contrário do que acontece no papel, na internet o Público é o título generalista com mais páginas vistas.

Como é que esses números se rentabilizam?

BR: Tivemos 30 milhões de pageviews em Outubro. A publicidade online neste momento já é 10 por cento da publicidade total do Público. Sabemos portanto que está a crescer.

M&P: Mas daí até que se torne realmente relevante… E outras fontes de receita?

BR: Mas isso é “traga-me a bola de cristal e diga-me o que vai acontecer”. Confesso que não compreendo porque é que os anunciantes não olham para o número de pageviews e não pensam “bem, é aqui que tenho que pôr publicidade”.

Não apostar no nosso online é a incógnita da década, não consigo perceber. Espero que haja aqui algum trabalho de mudança de mentalidade e que aconteça com rapidez.

M&P: Para além da publicidade não estão a pensar em explorar outras receitas?

BR: Formas imediatas não há. Há soluções que estão a ser exploradas pelo mundo fora, nomeadamente o mecenato. O New York Times publicou no outro dia o primeiro artigo financiado por leitores. Há cada vez mais novas ideias para financiar o jornalismo de qualidade. Sabemos que há sites em França e nos EUA totalmente financiados por mecenas, como já há esse modelo do Spot.us, uma organização sem fins lucrativos de cidadãos onde os jornalistas fazem um pitch dos temas a investigar, dizem quais as despesas e as pessoas vão contribuindo com 20 euros, 5 euros…

M&P: Acha que é um modelo que faz sentido em Portugal?

BR: É um modelo que faz sentido nos países onde a cidadania e o espírito comunitário são muito dinâmicos e fazem a diferença em muitas áreas, nomeadamente na cultura. Quando chega à Metropolitan Opera, em Nova Iorque, em qualquer cadeira tem uma plaquinha onde diz “Henry Smith”. Sabemos que estamos naquela sala maravilhosa porque aquele senhor, e todos os que têm o nome na cadeira, deram qualquer coisa. O jornalismo vai ser como a Metropolitan Opera de Nova Iorque? Se calhar sim e se calhar não estamos assim tão longe disso.

M&P: E nessa altura será também tão elitista como ainda é hoje a ópera?

BR: Não, pelo contrário. No fundo isto até permite a proximidade, há aqui uma participação muito mais activa do cidadão. Permite que os temas considerados difíceis, que demoram mais tempo, e que com as redacções cada vez mais pequenas vão sendo abandonados, avancem. São temas que exigem método, tempo… Hoje em dia o tempo é um luxo, um luxo total. O cidadão não vai pagar 20 euros para ter uma notícia, como eu acabei de escrever para o online (a entrevista realizou-se no dia 26 de Novembro), a dizer que a Shakira vem a Portugal para a cimeira Ibero Americana. Mas vai querer pagar para ler uma investigação a fundo sobre um problema da sua cidade, do seu governo, do tribunal da sua vila. Isto permite manter vivo o jornalismo de qualidade, profundo e que exige tempo. E o tempo paga-se.

M&P: Estão a pensar mesmo avançar com esta ideia?

BR: Não, isto é só uma das hipóteses, vamos estudar todas. Mas o cidadão pode ter um papel interventivo na manutenção do jornalismo de qualidade. E quando digo cidadão tanto posso estar a falar do pequeno cidadão que dá 20 euros como do cidadão milionário, que então é um mecenas, e dá 2 milhões.

M&P: O que me leva a pensar no engenheiro Belmiro de Azevedo…

BR: E não está longe da realidade. No fundo, o que são o engenheiro Belmiro de Azevedo e a Sonae senão grandes mecenas do jornalismo em Portugal?

M&P: O Público é cronicamente deficitário. Acredita que pode ser viável ou está destinado a viver do tal mecenato?

BR: Seria utópico dizer que ao fim de 20 anos com problemas económicos vamos deixar de os ter. Mas estamos a fazer um grande esforço, e não é de agora, para encontrar novos caminhos e conter os custos. A redacção do Porto, por exemplo, vai mudar-se, para umas belíssimas instalações, e isso vai traduzir-se numa poupança de milhares de euros.

M&P: Ao contrário do seu antecessor não vai fazer parte da administração. Porquê?

BR: Por pedido meu. Pela primeira vez em 20 anos o director do Público não é administrador. Havendo uma relação óptima, de diálogo fácil e diário, não há necessidade de sobrecarregar o director, que tem que se concentrar em questões editoriais, com tarefas administrativas.

M&P: Tem também a particularidade de não vir da área política ou económica…

BR: Para grande choque de muitas pessoas.

M&P: Como é que devemos entender esse facto?

BR: Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar. Além de ser mulher, estou grávida do terceiro filho e nunca fiz política nem economia… Fui editora de cultura, do P2, correspondente em Nova Iorque. Mas uma pessoa é jornalista ou não é, é exigente ou não, tem os parâmetros elevados e como objectivo elevá-los ou não… Não ser igual aos 99 por cento dos directores de Portugal é um facto que resulta do meu percurso, que foi assim como podia ter sido de outra maneira. Ser homem ou mulher é irrelevante, temos muitas mulheres na chefia e isso é encarado com toda a naturalidade. A questão da política para algumas pessoas pode ser uma desvantagem, para outras é uma vantagem. Os directores têm um papel que vai muito para além do debate partidário ideológico e o jornalismo é muito mais do que isso, mesmo sendo o Público um jornal onde a política é um elemento muito forte.

M&P: José Manuel Fernandes surgia com muita frequência a fazer comentário na SIC Notícias. Como é que vão resolver essa questão?

BR: Uma das coisas em que esta direcção dá o salto é em não concentrar tudo numa pessoa. A ideia do director ser uma pessoa que faz tudo, que é polivalente e um dia fala sobre política, no dia a seguir sobre ópera e ao terceiro dia sobre futebol é um modelo, mas não é o único. As tarefas podem ser distribuídas por várias pessoas. Temos uma equipa de directores com valências diferentes, portanto não estamos nada preocupados. A nossa prioridade neste momento não é aparecer na televisão

M&P: Mas dá notoriedade ao jornal. Não acha importante que os leitores do Público conheçam bem a directora?

BR: Não acho fundamental, sinceramente. Em Portugal há um certo culto de personalidade em torno do director do Público. E hoje já estamos numa fase em que não é necessariamente assim. Pode não ser o director a fazer opinião, pode ser a Teresa de Sousa, que faz opinião há 20 anos, ou o Miguel Gaspar. Acho o culto de personalidade em volta do director uma coisa um bocadinho passé.

M&P: Os editoriais deixaram de ser assinados. Tem a ver com o jornal ficar demasiado vinculado à ideia de quem o assina?

BR: Sentimos, ao fim de 20 anos, que os argumentos usados para os editoriais serem assinados eram utópicos. Hoje sabemos que o editorial, apesar de ter lá o nome do director, vincula todo o jornal. Sentimos que era necessário retirar a autoria e criar um gabinete onde os temas são discutidos. Para nossa surpresa, está a correr melhor do que pensávamos. Ao meio dia é definido o tema, vemos quem é a pessoa certa para o escrever e depois há de facto uma discussão.

M&P: Sendo tão consensuais não se tornam menos incisivos?

BR: Pelo contrário. Há neste momento uma campanha contra o Público, que se aproxima de terrorismo industrial, por causa dos editoriais. Alguém está a inundar os nossos anunciantes com um texto a reclamar por causa de um editorial sobre o casamento gay.

M&P: Há seis diários generalistas pagos em Portugal. De acordo com Martim Avillez Figueiredo, 50 por cento dos leitores do I são em simultâneo leitores do Público…

BR: Adivinho quem são. São leitores que compram o I porque acham a capa muito bonita e depois ficam frustrados com a superficialidade dos artigos e têm que comprar o Público.

M&P: Há espaço para seis diários em Portugal?

BR: Sinceramente, não.
– “Muitos leitores olhavam para nós como se fossemos um instrumento político”

M&P: No dia 1 de Novembro, no primeiro editorial, citavam Vicente Jorge Silva, numa afirmação onde defendia que a imprensa de referência está afectada, para concluírem que se trata de “um balanço duro, mas uma conclusão lúcida”.

Afirmaram então pretender “repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico do jornal”. A acusação de estarem a levar a cabo uma campanha negra contra o governo e o caso das escutas afectaram a credibilidade do jornal?

BR: Penso que sim e isso preocupa-nos. E toda a imprensa acabou por ser afectada, porque não envolveu só o Público. Sabemos que muitos leitores olhavam para nós como se fossemos um instrumento político, e não somos.

Independentemente de analisarmos se era ou não verdade, sabemos que olhavam para o Público como um jornal onde se misturava opinião com informação. Isso não acontecia, mas havia essa percepção externa. Quando falamos em retirar o peso ideológico tem a ver com isso. Vamos fazer um esforço para que essa percepção externa desapareça.

M&P: Mas essa percepção externa estava errada, ou não? É que se estiver não estão a agir em conformidade com os desejos de quem a pretendia criar?

BR: Isso é olhar para trás. As pessoas imaginavam coisas que não existiam, manobras maquiavélicas e mãos invisíveis a manipular os jornalistas, o que nunca aconteceu. Mas não nos interessa olhar para trás.

M&P: A saída de José Manuel Fernandes era inevitável nesta altura?

BR: A saída foi decidida nos primeiros dias de Julho.

Achou-se, na altura, que devia ser depois das eleições para não haver leituras políticas. Infelizmente todas estas decisões e datas se sobrepuseram.

Sobre o autorCarla Borges Ferreira

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Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

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Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

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Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas.

O Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

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No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas, enquanto o Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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“Os dinamarqueses recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas”

Insatisfeita com a precariedade e a falta de oportunidades laborais em Portugal, Cláudia Vale da Silva emigra para a Dinamarca em 2014, para gerir as redes sociais da Velux. Em sete anos, chega a gestora de produto sénior. Atualmente, é a diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga. E não tem intenção de regressar

Inicia a carreira a produzir conteúdos para o SAPO Saúde em 2010. Dois anos depois, Cláudia Vale da Silva troca o jornalismo pelo marketing e a Plot Content Agency pela Leroy Merlin. Além de redatora na Avon, foi gestora de conteúdos digitais na Portugal Telecom. Insatisfeita com a precariedade do mercado laboral português, emigra para a Dinamarca, para gerir as redes sociais da Velux. É, desde janeiro de 2022, diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga, onde reside.

Trabalhar no estrangeiro era uma ambição ou acabou por ser uma circunstância?

Apesar de sempre ter tido imensa curiosidade em experienciar novas culturas, emigrar nunca esteve nos meus planos. Sabia que queria passar uns tempos fora para perceber como é que se vive e se trabalha noutros países, mas seria sempre temporário.

Em 2014, já trabalhava há quase quatro anos, sentia-me desvalorizada e com poucas perspetivas. A oportunidade surgiu numa altura em que o meu contrato de trabalho estava a terminar e não pensei duas vezes.

É muito diferente trabalhar na Dinamarca e em Portugal?

Muito diferente, pela positiva. A minha integração foi fácil, talvez por me identificar muito com os valores escandinavos. A sociedade dinamarquesa assenta na confiança e o sistema está desenhado para nos facilitar a vida. As pessoas, regra geral, confiam nas nossas capacidades. A cultura sul-europeia é totalmente oposta.

Primeiro, desconfia-se e, só depois de mostrarmos o que valemos, é que confiam, o que faz com que se criem barreiras desnecessárias e contraproducentes. Sempre me senti valorizada aqui. As pessoas com mais experiência vinham pedir-me opinião. Além disso, valoriza-se muito o equilíbrio entre a vida laboral e a pessoal.

Os dinamarqueses levam muito a sério o lema ‘Work smart, not hard’. A família é a prioridade. O patrão é uma pessoa igual às outras, não é um ser superior. E o trabalho é para ser feito dentro do horário estipulado. Se trabalhas mais horas, significa que não geres bem o teu tempo ou que é preciso mais uma pessoa para te ajudar.

Cláudia Vale da Silva está na Dinamarca desde 2014

Essa é a única diferença?

Não. É feito muito investimento para melhorar e agilizar processos de trabalho e para manter trabalhadores felizes e atualizados. A maioria das empresas têm orçamentos alocados ao desenvolvimento pessoal, encorajam e suportam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional porque sabem que isso aumenta a produtividade.

O único desafio para mim tem sido o dinamarquês. Como tenho sempre trabalhado em multinacionais, onde a língua oficial é o inglês, não o pratico tanto como deveria.

No seu trabalho, qual é a mais-valia de ser portuguesa?

Talvez a abertura para fazer coisas que estão fora da minha área de expertise e a disponibilidade para fazer horas extraordinárias. Os dinamarqueses, muitas vezes, recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas e têm maior resistência em ficar no trabalho até mais tarde. Como vim de um país com condições de trabalho difíceis, procuro não desiludir.

Está atenta ao que se vai fazendo em Portugal em termos de marketing e comércio eletrónico ou está mais focada na realidade dinamarquesa?

Estou muito atenta ao que se vai fazendo, consumo muitas notícias portuguesas e acompanho de perto a realidade. No entanto, é aqui que adquiro conhecimento. Existem imensos grupos dedicados a áreas específicas onde encontramos e partilhamos conhecimento entre empresas.

Como mata saudades de Portugal no quotidiano?

Para ser sincera, não sinto saudades de Portugal todos os dias. Tenho saudades das pessoas, da comida e do sol, mas apenas pontualmente. Apesar de ter a minha vida e a minha rede de amigos aqui, mantenho contacto diário com a família e os amigos. Vou a Portugal de férias pelo menos duas vezes por ano e, de vez em quando, participo em eventos da associação de portugueses que cá temos, que é bastante dinâmica.

Regressar a Portugal é um objetivo?

Não está nos meus planos, de todo. Pode parecer estranho, chocante ou até arrogante, mas a verdade é que acho difícil encontrar outro lugar que reúna todas as condições sociais, económicas e culturais que a Dinamarca oferece e que eu valorizo. Aqui, sinto-me preenchida, feliz e com uma boa perspetiva de futuro.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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In-Store Media investe €2 milhões na digitalização de pontos de venda

Continente é o primeiro retalhista português com o circuito digital de publicidade da empresa espanhola especializada em retail media e shopper marketing. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito de 400 ecrãs, distribuídos por 41 hipermercados e 24 supermercados MC. Anunciar em junho e julho custa entre €10 mil e €15 mil, por duas semanas

Impactar mais de dois milhões de clientes do Continente, no local onde 82% dos consumidores decide os produtos e as marcas que leva para casa, é o propósito do circuito digital de ecrãs de televisão com publicidade da in-Store Media, que esta empresa espanhola, especializada em retail media e shopper marketing, acaba de instalar em 65 pontos de venda da MC, entre 41 hipermercados Continente e 24 supermercados Continente Modelo e Continente Bom Dia.

Estrategicamente posicionados no corredor central das superfícies da grande distribuição, uma área que 90% dos clientes atravessa, os 400 ecrãs verticais exibem anúncios publicitários de produtos à venda nas prateleiras do retalhista ou de marcas que queiram aproveitar a visibilidade que o circuito nacional de suportes visuais lhes dá, de norte a sul do país.

A implementação do sistema integra o pacote de investimentos que a in-Store Media aprovou para os próximos dois anos. Entre 2024 e 2026, a multinacional, que está presente em oito países, pretende investir em Portugal €2 milhões, uma verba semelhante à que despendeu em território nacional no pós-pandemia. “Em 2022, recuperámos a quebra de negócio registada nessa fase e superámos a faturação registada em 2019. Em 2023, crescemos cerca de 15%”, avança ao M&P Jordi Cassani, diretor-geral da in-Store Media Portugal.

“O mercado da publicidade exterior está a evoluir entre 15% a 20% ao ano e nós estamos em linha com esses valores. O ano passado, crescemos cerca de 15%”, refere o responsável da empresa, que gere também a publicidade do ecrã gigante do El Corte Inglés de Lisboa, o maior outdoor digital no centro da capital portuguesa. Para além do novo circuito publicitário, a in-Store Media tem desenvolvido estratégias de digitalização de pontos de venda para a Auchan, Pingo Doce e Fnac.

Campanhas potenciam vendas em 20%

A comercialização do espaço publicitário que integra o circuito digital de live markets é assegurada pela in-Store Media, no âmbito do contrato assinado com a MC, um acordo que também permite à empresa explorar comercialmente, além do corredor central, a zona de entrada e os lineares das superfícies comerciais do retalhista. A percentagem de divisão das receitas nessas três localizações, com filosofias de rentabilização diferentes, varia em função da negociação previamente feita com as marcas.

Os quatro spots de 10 segundos exibidos a cada minuto, que vão sendo substituídos por outros, de duas em duas semanas, são sempre intercalados com duas autopromoções visuais do Continente, para garantir a identidade visual do retalhista e assegurar a uniformidade estética, com os ecrãs horizontais que já existiam nas lojas. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito.

Os valores cobrados pela in-Store Media variam em função das campanhas contratualizadas. Para o período do UEFA Euro 2024, que decorre de 14 de junho a 14 de julho, a empresa criou uma tarifa promocional que permite aos anunciantes publicitar no circuito por um valor inferior ao praticado habitualmente. “Estamos a cobrar entre €10 mil e €15 mil neste período, que será de grande consumo”, antevê Jordi Cassani.

Os resultados das campanhas que a in-Store Media angaria e veicula são posteriormente analisados à lupa. “Conseguimos comunicar diretamente com 90% dos consumidores no local onde, minutos depois, eles podem efetivar a compra, algo que a publicidade noutros suportes não consegue. Segundo os dados que temos, a conversão em vendas é, em média, 20% superior nas marcas que publicitam no nosso circuito”, garante o espanhol, que dirige a filial portuguesa da empresa desde outubro de 2023.

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Comunicação

José Pedro Mozos lidera área de assuntos públicos da All Comunicação

Licenciado em jornalismo pela ESCS, o novo responsável de marketing da All Comunicação passou pelas redações da SIC, da Visão e do Observador e pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus antes deste novo desafio profissional

José Pedro Mozos é o novo responsável pela área de assuntos públicos da agência de comunicação All Comunicação. Ex-jornalista e ex-adjunto nos dois últimos Governos, licenciou-se em jornalismo pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) em 2015, completando posteriormente uma pós-graduação em jornalismo multiplataforma pela Universidade Nova de Lisboa (UNL).

José Pedro Mozos foi jornalista entre 2016 e 2019, passando pelas redações da SIC, da Visão e do Observador, nas editorias de política. Posteriormente, integrou a equipa do executivo como adjunto político e para a comunicação do Governo, onde, até mais recentemente, passou pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, fazendo parte da coordenação da comunicação política. 

José Aguiar, sócio da All Comunicação, destaca que em José Pedro Mozos “encontrámos o perfil, o conhecimento e o talento para concretizar a ambição que alimentávamos há já algum tempo: robustecer a nossa equipa de assuntos institucionais, para respondermos às necessidades e aos desafios crescentes dos nossos clientes de forma mais robusta e integrada. Hoje, o aconselhamento em assuntos públicos é uma das prioridades das empresas, pelo que entendemos que era chegado o momento de reforçar uma área que, não só está na génese da criação da All Comunicação, como também é parte fundamental dos percursos dos seus sócios fundadores e, por isso, bastante acarinhada por nós”, afirma o responsável.

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Digital

Faturação da Meta suplanta investimento publicitário global em televisão linear em 2025, antevê estudo

A empresa criada e presidida por Mark Zuckerberg deverá faturar €144,6 mil milhões este ano e reforçar a faturação no próximo ano, estima o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center. O aumento do investimento chinês é uma das razões apontadas

Em 2025, a faturação da Meta, dona das redes sociais Facebook, Instagram e Threads e da aplicação móvel de comunicações WhatsApp, será superior ao investimento publicitário global em televisão linear, antevê o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center (WARC). “O Facebook e o Instagram cresceram mais de 20% face ao ano anterior no primeiro trimestre de 2024 e a previsão é que a Meta fature €144,6 mil milhões este ano, o que corresponde a 63% do investimento publicitário global”, refere o documento.

“A faturação será alavancada pela atual onda de investimento dos exportadores chineses e pela popularidade das suas ferramentas de inteligência artificial (IA)”, estima a WARC. “Ferramentas como a Advantage+ da Meta, que automatizam algumas ações criativas e de planeamento de media têm vindo a ganhar muita popularidade junto dos anunciantes. No entanto, algumas marcas têm-se queixado da eficiência das campanhas”, sublinha, no entanto, o relatório.

Para o sucesso comercial da Meta têm sido decisivos os formatos inovadores que a empresa tem vindo a desenvolver e a apresentar ao mercado. “No último trimestre de 2024, o número de anúncios nas diferentes plataformas cresceu 19,1%, com muitas das sessões de reels [formato de vídeo] a exibir atualmente sete anúncios ou até mais”, refere o relatório. “As plataformas ambicionam melhorar a eficiência da monetização com novas funcionalidades de pesquisa e com novos formatos de anúncios de compras”, avança ainda a análise da WARC.

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Media

News Now, novo canal 9 do cabo, arranca no início do verão. Concorre diretamente com CMTV, também da Medialivre

Início das emissões está dependente da conclusão das obras de remodelação dos novos estúdios. Os 59 jornalistas contratados já iniciaram a formação. António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e Américo Aguiar estão confirmados como comentadores

O News Now, novo canal informativo da Medialivre, que vai ocupar a posição 9 na grelha dos serviços de subscrição televisiva da Meo, da Nos e da Vodafone, explorará sinergias com outros títulos do grupo, como o Negócios, a Sábado, a Máxima e a Record. Irá rivalizar com a CMTV, o primeiro canal de televisão lançado pela Cofina, antes da venda da empresa aos novos donos. “Vão ser concorrentes. São destinados a públicos distintos e diferenciados”, assume ao M&P Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre à margem da apresentação do News Now, a 3 de maio.

“Vamos ter uma proposta diferenciadora ao nível das notícias, com jornalismo de investigação, e juntar as redações dos vários títulos da Medialivre. Vamos ter uma proposta diferenciadora também ao nível da opinião, apostando em protagonistas e especialistas. Vamos fugir aos ‘tudólogos’, comentadores que falam sobre tudo, um conceito que está cada vez mais degradado nas televisões”, revela Carlos Rodrigues, avançando que o News Now pretende recuperar também o conceito da hora certa, com informação exata e noticiários à hora certa. “É raro isto acontecer hoje em televisão”, lamenta.

O arranque das emissões está dependente da conclusão das obras de transformação da antiga área de design em estúdios tecnologicamente avançados. “Tão depressa quanto possível arrancaremos”, afirma Carlos Rodrigues, sem todavia se comprometer com uma data. “Espero que avance antes do verão”, assume durante a intervenção na apresentação do canal. Paulo Oliveira Lima, diretor executivo do News Now, também não arrisca uma previsão. “Nas próximas semanas vamos implementar revoluções tecnológicas, que vão fazer a diferença ao nível da operação e da imagem”, anuncia.

“Depois disso, serão necessários os respetivos ensaios para levar até ao espetador um produto diferenciador, de qualidade, bem feito, que acrescenta valor. Há sempre uma forma diferente de fazer as coisas. O segredo é a alma do negócio, mas podem ter a certeza que não vamos fazer como os outros”, assegura o responsável ao M&P. Os 59 jornalistas contratados iniciaram a formação a 2 de maio, véspera da apresentação do novo canal. Os políticos António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e o bispo Américo Aguiar estão confirmados como comentadores do novo canal informativo.

O logotipo do News Now, uma opção sóbria em branco e azul, foi desenvolvido internamente pelo departamento gráfico do grupo. “Desenganem-se os que acham que vamos ser um canal cinzento e institucional. Seremos o contrário disso”, garante Carlos Rodrigues. “Temos muita vocação para fazer televisão e já o provámos com a CMTV”, sublinha Luís Santana, CEO da Medialivre. “Este projeto foi pensado para um público que não se revê na atual oferta televisiva e para uma larga faixa, que há muito abandonou esta forma de se manter informado”, refere ainda o gestor do grupo de media.

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