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TVI 24: Um projecto que quer ser diferente

A26 de Fevereiro, dia do arranque das emissões da TVI 24, a luta pelas audiências entre a SIC e a TVI vai começar a ser também disputada no cabo. Oito […]

Filipe Pacheco
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TVI 24: Um projecto que quer ser diferente

A26 de Fevereiro, dia do arranque das emissões da TVI 24, a luta pelas audiências entre a SIC e a TVI vai começar a ser também disputada no cabo. Oito […]

Filipe Pacheco
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A26 de Fevereiro, dia do arranque das emissões da TVI 24, a luta pelas audiências entre a SIC e a TVI vai começar a ser também disputada no cabo. Oito anos após a estação dirigida por José Eduardo Moniz ter demonstrado a intenção de lançar um novo canal de televisão – projecto obstaculizado pelos impasses negociais entre Pais do Amaral e a PT – , a TVI vai ver finalmente concretizada a ambição de discutir em pé de igualdade com a SIC e a RTP o seu espaço no cabo, através de um canal de informação.

A meta traçada por José Eduardo Moniz esta semana, durante a apresentação do canal, foi a de trazer um espaço de informativo de referência para o sector audiovisual português. Para tal, o director-geral da estação de Queluz de Baixo manifesta a intenção de transportar para o novo canal a “independência e verdade” que diz serem os eixos característicos da informação da TVI ao longo dos últimos anos. Ou seja, a concretização de um “espaço de referência”, onde o “espectador não seja apenas visto como um consumidor, mas como um cidadão que tem de ser informado”, refere.

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Uma perspectiva diferente de fazer jornalismo, que explique e ajude os espectadores “a retirarem as suas próprias ilações sobre propostas e pessoas”, é o aspecto que, na opinião de Moniz, vai determinar a diferença entre este e os projectos concorrentes. Evoca ainda “a frontalidade e a ausência de medo de falar a verdade” que têm pautado a forma de produzir informação da TVI como elementos diferenciadores em relação aos concorrentes SIC Notícias e RTP N. Mas não define, em números concretos, os objectivos, a curto e a médio prazo, de audiências para o canal. Fala, isso sim, da determinação de toda a equipa que ajudou a pôr de pé, em “tempo recorde”, um canal em que “os portugueses acreditem”.

Para conquistar esse capital de confiança, a TVI apresenta o debate, as entrevistas e o comentário, com enfoque na actualidade política, económica e desportiva, como as grandes apostas do novo canal. A qualidade dos comentadores, com capacidade para trazerem “acutilância e inteligência para o debate” público, é outro das vertentes assinaladas por Moniz para alcançar a meta proposta. Vasco Pulido Valente, Vital Moreira, Rui Ramos, o ministro dos assuntos parlamentares Augusto Santos Silva, o ex-titular da pasta Nuno Morais Sarmento, Joaquim Pina Moura, que se prepara para deixar a presidência do conselho de administração da Media Capital, e Braga de Macedo figuram entre os nomes que, em vários programas da grelha, discutirão os grandes temas da actualidade.

A aposta no desporto e em figuras do mundo do entretenimento, como Pedro Granger e Alexandra Lencastre para apresentadores dos programas Rédea Solta e Conversa Indiscreta, é a resposta “ao facto das pessoas desejarem ver tratados, num canal de informação, uma maior variedade de tópicos”, refere João Maia Abreu, director de informação da TVI. O responsável nega, contudo, que os programas apresentados pelos dois actores se desviem do posicionamento informativo do canal. A criação de parcerias com cadeias francesas de televisão, para mostrar ao “público outras formas de fazer documentário” – que difiram do registo da BBC, canal com o qual a SIC Notícias tem uma relação de exclusividade -, é outra das cartadas apresentadas pelo responsável de informação do canal. Tudo para atingir aquele que é o grande objectivo de João Maia Abreu, o de “bater a SIC Notícias”.

Modelo de Negócio

A TVI 24 vai estar a funcionar na posição sete da Zon TV Cabo, depois de ter sido assinado, em Março do ano passado, o contrato que dá à empresa presidida por Rodrigo Costa o exclusivo de transmissão do canal durante o primeiro ano. Do acordo, resulta um modelo de exploração de receitas semelhante ao existente entre a SIC Notícias e a mesma operadora. A Zon explora as receitas publicitárias do canal, pagando, em contrapartida, um determinado montante à TVI, cujo valor não foi adiantado por José Eduardo Moniz. Em relação à posição de exclusividade da Zon, Eduardo Moniz refere que poderá ser discutida mais tarde, pois, na altura de terem sido fechadas as negociações com o operador, ainda não existia o Meo, da PT.

Sem definir os valores investidos neste canal, que o Correio da Manhã avança como sendo de 6,5 milhões de euros, José Eduardo Moniz manifesta o desejo de disputar os mesmos públicos em pé de igualdade com os concorrentes. Em relação às audiências, o responsável evoca os objectivos traçados quando foi convidado para dirigir a estação. Nessa altura, Eduardo Moniz falava em alcançar um terço das audiências. Hoje o canal generalista é líder de mercado.

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 Há espaço para mais um canal

Essa é a opinião dos vários especialistas à pergunta se haverá espaço para mais um canal de informação no cabo. Além de existir, a TVI poderá reforçar a força da sua marca com esta operação
Com o aparecimento de um novo canal na televisão por cabo, são vários os cenários que se colocam em relação à canalização de investimentos publicitários para o cabo e os vários canais concorrentes da TVI 24. A fazer fé nas palavras de Manuel Falcão, director-geral da Nova Expressão, não há dúvidas sobre a existência de mercado para a emergência de um projecto com as características do apresentado esta semana pela TVI. “Tudo dependerá das audiências e dos públicos que o canal conseguir atingir, porque, em teoria, existe espaço para mais um canal”, assegura, sublinhando que “a história da comunicação é feita de novos projectos”.
Mas esta é uma questão que não é específica para os canais por cabo e, muito menos, por aqueles que disputam espaço no segmento da informação. “O que se passa com os canais de informação é o mesmo que se passa com os restantes media. Num mercado pequeno, como o português, existe uma massa crítica bastante baixa em termos de investimento publicitário”, explica Alberto Rui Pereira. Partindo desta constatação, das duas uma: ou a TVI consegue captar mais audiências e, com isso, mais receita para o cabo ou, caso não aconteça, poderá tornar os outros dois canais menos competitivos “Já existiam dois canais de informação, e os dois têm audiências. Há, portanto, a expectativa de saber se o canal vai buscar audiências aos outros dois canais ou consegue criar audiências próprias. Isto porque o bolo de investimento publicitário não vai aumentar”, destaca o director-geral da Initiative.
E a conjuntura actual de diminuição do investimento publicitário não inviabilizará o novo projecto. Antes pelo contrário. Poderá até reforçar a posição da TVI no mercado. “É sempre bom lançar novos projectos em ciclos de crescimento. Mas a crise não pode inviabilizar todos os projectos”, diz Alberto Rui Pereira. Por outro lado, em sua opinião a TVI poderá reforçar as suas sinergias e ganhar uma nova dimensão na sua imagem. “A marca TVI não tem tanta força na informação e esta é uma forma de se projectar nessa área”, complementa.
Embora a conjuntura esteja a dificultar as contas de todos os players na área dos media, Filipa Osório, directora-geral da Opera, diz que a grande vantagem para a TVI é que o novo canal vem “complementar uma oferta em relação a um canal que tem um grande favoritismo comercial”, traçando como cenário ideal a oferta “vir a ser um dia coberta também pelo Meo”.
Mas o sucesso do projecto da TVI dependerá sobretudo da sua capacidade para se diferenciar, nos conteúdos, em relação à concorrência. “Já há dois canais e, como tal, o terceiro vai ter mais dificuldade para se impor no mercado. Nesse âmbito, é necessário perceber se vai ou não conseguir diferenciar-se ou ser igual aos outros dois projectos. Se for igual aos outros dois terá mais dificuldades, até porque a SIC e a RTP têm um pedigree na informação que a TVI não tem”, sustenta André Freire de Andrade, director-geral da Carat.

Os concorrentes do TVI 24

A SIC Notícias foi pioneira, em 2001. No cabo, a estação de Carnaxide apostava no lançamento de um canal exclusivamente vocacionado para a informação. Na altura, ainda pairava a dúvida sobre se haveria mercado e mesmo matéria, em Portugal, para um projecto desta natureza. Hoje, as dúvidas estão dissipadas. O canal dirigido por António José Teixeira é líder de audiências no cabo, só ficando atrás dos três canais generalistas.

Os 3,8 por cento de share alcançados em 2008 contribuem para esta posição. Mesmo assim, o projecto da estação de Carnaxide já se situou na fasquia dos quatro por cento. Foi assim logo no ano do seu arranque, em que termina com um share de 4 por cento, e foi também assim em 2003, altura em que atinge o número de 4,4 por cento, a melhor prestação da SIC Notícias desde a abertura. Um canal de notícias, debates e reportagens líder de mercado, o que demonstra bem o apetite dos portugueses pelo consumo de informação…em televisão. Mas não todos. Mais os da grande Lisboa, onde o canal atingiu 39,5 por cento de audiência no final do ano, e os do Litoral Centro, mesmo assim com uma diferença significativa para os espectadores da capital, com uma audiência de 16,7 por cento. Menor expressão, só no sul e no interior do país, zonas onde o canal atingiu audiências médias de 7,6 e de 7,9 por cento, respectivamente.

Mas também são mais os portugueses com maior poder económico a consumir os conteúdos da SIC Notícias. O contraste entre os 35,7 por cento de audiências médias das classes A/B e os 13,9 por cento da classe D são disso prova. Mesmo nas classes situadas no meio dos dois extremos, a diferença é notória. Basta salientar os 33,9 por cento de audiências médias registados na classe C1, quando comparados com os 16,4 por cento atingidos na classe C2.

A publicidade captada em 2008 é outro indicador da vocação de liderança da SIC Notícias no cabo. Os 79,6 milhões de euros de investimento publicitário, a preços de tabela, dão conta da supremacia do canal face ao concorrente directo, a RTP N, que encerrou o ano com 24,4 milhões de euros de espaço publicitário vendido. Só um canal como o AXN se aproxima timidamente do desempenho do canal noticioso da SIC, ao registar cerca de 54 milhões de euros de investimento publicitário.

Com o estatuto de crónica vencida face à SIC Notícias na guerra das audiências, a RTP N começou foi o primeiro canal do segmento a imprimir mudanças antes do lançamento do novo canal da TVI. Em Outubro de 2008, altura de alterações gráficas e de grelha no canal, o director José Alberto Lemos reconhecia ao Meios & Publicidade a necessidade de antecipar a chegada da TVI 24. “Esperamos que quando a TVI 24 surgir a RTPN já esteja num patamar mais confortável em termos de audiências e que seja uma referência mais afirmativa no panorama noticioso nacional”. Um percurso que seria trilhado com a aposta em nomes como José Adelino Faria, um rosto tornado conhecido dos portugueses com a sua passagem pela SIC Notícias, e Carlos Daniel, como apresentador do Jornal das 21.

Mesmo assim, o canal não esboça uma aproximação em relação à SIC Notícias. Acaba 2008 com um share de 1,6 por cento e um perfil de espectador sobretudo diferente na sua distribuição geográfica. Ao contrário da SIC Notícias, é no grande Porto que a RTP N consegue atingir maior expressão, atingindo 28,8 por cento de audiências médias. Um valor que representa uma diferença algo significativa em relação à Grande Lisboa, zona do país onde há registo de audiências médias de 19,4 por cento de audiências médias. Contudo, é no perfil dos espectadores que se verifica a vocação mais democrática do canal. Embora à semelhança da SIC Notícias, as classes A/B sejam aquelas que têm maior expressão nas audiências, com 29 por cento, a grande diferença sobressai quando se registam os 25,3 por cento verificados na classe D, valor ligeiramente acima dos 25,2 por cento obtidos pela classe C1 com maiores audiências. Analisados os perfis dos dois canais de informação, resta por agora perceber onde o novo canal da TVI se vai posicionar para ganhar o seu espaço de mercado.

Sobre o autorFilipe Pacheco

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Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

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Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

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Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas.

O Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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“Os dinamarqueses recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas”

Insatisfeita com a precariedade e a falta de oportunidades laborais em Portugal, Cláudia Vale da Silva emigra para a Dinamarca em 2014, para gerir as redes sociais da Velux. Em sete anos, chega a gestora de produto sénior. Atualmente, é a diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga. E não tem intenção de regressar

Inicia a carreira a produzir conteúdos para o SAPO Saúde em 2010. Dois anos depois, Cláudia Vale da Silva troca o jornalismo pelo marketing e a Plot Content Agency pela Leroy Merlin. Além de redatora na Avon, foi gestora de conteúdos digitais na Portugal Telecom. Insatisfeita com a precariedade do mercado laboral português, emigra para a Dinamarca, para gerir as redes sociais da Velux. É, desde janeiro de 2022, diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga, onde reside.

Trabalhar no estrangeiro era uma ambição ou acabou por ser uma circunstância?

Apesar de sempre ter tido imensa curiosidade em experienciar novas culturas, emigrar nunca esteve nos meus planos. Sabia que queria passar uns tempos fora para perceber como é que se vive e se trabalha noutros países, mas seria sempre temporário.

Em 2014, já trabalhava há quase quatro anos, sentia-me desvalorizada e com poucas perspetivas. A oportunidade surgiu numa altura em que o meu contrato de trabalho estava a terminar e não pensei duas vezes.

É muito diferente trabalhar na Dinamarca e em Portugal?

Muito diferente, pela positiva. A minha integração foi fácil, talvez por me identificar muito com os valores escandinavos. A sociedade dinamarquesa assenta na confiança e o sistema está desenhado para nos facilitar a vida. As pessoas, regra geral, confiam nas nossas capacidades. A cultura sul-europeia é totalmente oposta.

Primeiro, desconfia-se e, só depois de mostrarmos o que valemos, é que confiam, o que faz com que se criem barreiras desnecessárias e contraproducentes. Sempre me senti valorizada aqui. As pessoas com mais experiência vinham pedir-me opinião. Além disso, valoriza-se muito o equilíbrio entre a vida laboral e a pessoal.

Os dinamarqueses levam muito a sério o lema ‘Work smart, not hard’. A família é a prioridade. O patrão é uma pessoa igual às outras, não é um ser superior. E o trabalho é para ser feito dentro do horário estipulado. Se trabalhas mais horas, significa que não geres bem o teu tempo ou que é preciso mais uma pessoa para te ajudar.

Cláudia Vale da Silva está na Dinamarca desde 2014

Essa é a única diferença?

Não. É feito muito investimento para melhorar e agilizar processos de trabalho e para manter trabalhadores felizes e atualizados. A maioria das empresas têm orçamentos alocados ao desenvolvimento pessoal, encorajam e suportam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional porque sabem que isso aumenta a produtividade.

O único desafio para mim tem sido o dinamarquês. Como tenho sempre trabalhado em multinacionais, onde a língua oficial é o inglês, não o pratico tanto como deveria.

No seu trabalho, qual é a mais-valia de ser portuguesa?

Talvez a abertura para fazer coisas que estão fora da minha área de expertise e a disponibilidade para fazer horas extraordinárias. Os dinamarqueses, muitas vezes, recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas e têm maior resistência em ficar no trabalho até mais tarde. Como vim de um país com condições de trabalho difíceis, procuro não desiludir.

Está atenta ao que se vai fazendo em Portugal em termos de marketing e comércio eletrónico ou está mais focada na realidade dinamarquesa?

Estou muito atenta ao que se vai fazendo, consumo muitas notícias portuguesas e acompanho de perto a realidade. No entanto, é aqui que adquiro conhecimento. Existem imensos grupos dedicados a áreas específicas onde encontramos e partilhamos conhecimento entre empresas.

Como mata saudades de Portugal no quotidiano?

Para ser sincera, não sinto saudades de Portugal todos os dias. Tenho saudades das pessoas, da comida e do sol, mas apenas pontualmente. Apesar de ter a minha vida e a minha rede de amigos aqui, mantenho contacto diário com a família e os amigos. Vou a Portugal de férias pelo menos duas vezes por ano e, de vez em quando, participo em eventos da associação de portugueses que cá temos, que é bastante dinâmica.

Regressar a Portugal é um objetivo?

Não está nos meus planos, de todo. Pode parecer estranho, chocante ou até arrogante, mas a verdade é que acho difícil encontrar outro lugar que reúna todas as condições sociais, económicas e culturais que a Dinamarca oferece e que eu valorizo. Aqui, sinto-me preenchida, feliz e com uma boa perspetiva de futuro.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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In-Store Media investe €2 milhões na digitalização de pontos de venda

Continente é o primeiro retalhista português com o circuito digital de publicidade da empresa espanhola especializada em retail media e shopper marketing. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito de 400 ecrãs, distribuídos por 41 hipermercados e 24 supermercados MC. Anunciar em junho e julho custa entre €10 mil e €15 mil, por duas semanas

Impactar mais de dois milhões de clientes do Continente, no local onde 82% dos consumidores decide os produtos e as marcas que leva para casa, é o propósito do circuito digital de ecrãs de televisão com publicidade da in-Store Media, que esta empresa espanhola, especializada em retail media e shopper marketing, acaba de instalar em 65 pontos de venda da MC, entre 41 hipermercados Continente e 24 supermercados Continente Modelo e Continente Bom Dia.

Estrategicamente posicionados no corredor central das superfícies da grande distribuição, uma área que 90% dos clientes atravessa, os 400 ecrãs verticais exibem anúncios publicitários de produtos à venda nas prateleiras do retalhista ou de marcas que queiram aproveitar a visibilidade que o circuito nacional de suportes visuais lhes dá, de norte a sul do país.

A implementação do sistema integra o pacote de investimentos que a in-Store Media aprovou para os próximos dois anos. Entre 2024 e 2026, a multinacional, que está presente em oito países, pretende investir em Portugal €2 milhões, uma verba semelhante à que despendeu em território nacional no pós-pandemia. “Em 2022, recuperámos a quebra de negócio registada nessa fase e superámos a faturação registada em 2019. Em 2023, crescemos cerca de 15%”, avança ao M&P Jordi Cassani, diretor-geral da in-Store Media Portugal.

“O mercado da publicidade exterior está a evoluir entre 15% a 20% ao ano e nós estamos em linha com esses valores. O ano passado, crescemos cerca de 15%”, refere o responsável da empresa, que gere também a publicidade do ecrã gigante do El Corte Inglés de Lisboa, o maior outdoor digital no centro da capital portuguesa. Para além do novo circuito publicitário, a in-Store Media tem desenvolvido estratégias de digitalização de pontos de venda para a Auchan, Pingo Doce e Fnac.

Campanhas potenciam vendas em 20%

A comercialização do espaço publicitário que integra o circuito digital de live markets é assegurada pela in-Store Media, no âmbito do contrato assinado com a MC, um acordo que também permite à empresa explorar comercialmente, além do corredor central, a zona de entrada e os lineares das superfícies comerciais do retalhista. A percentagem de divisão das receitas nessas três localizações, com filosofias de rentabilização diferentes, varia em função da negociação previamente feita com as marcas.

Os quatro spots de 10 segundos exibidos a cada minuto, que vão sendo substituídos por outros, de duas em duas semanas, são sempre intercalados com duas autopromoções visuais do Continente, para garantir a identidade visual do retalhista e assegurar a uniformidade estética, com os ecrãs horizontais que já existiam nas lojas. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito.

Os valores cobrados pela in-Store Media variam em função das campanhas contratualizadas. Para o período do UEFA Euro 2024, que decorre de 14 de junho a 14 de julho, a empresa criou uma tarifa promocional que permite aos anunciantes publicitar no circuito por um valor inferior ao praticado habitualmente. “Estamos a cobrar entre €10 mil e €15 mil neste período, que será de grande consumo”, antevê Jordi Cassani.

Os resultados das campanhas que a in-Store Media angaria e veicula são posteriormente analisados à lupa. “Conseguimos comunicar diretamente com 90% dos consumidores no local onde, minutos depois, eles podem efetivar a compra, algo que a publicidade noutros suportes não consegue. Segundo os dados que temos, a conversão em vendas é, em média, 20% superior nas marcas que publicitam no nosso circuito”, garante o espanhol, que dirige a filial portuguesa da empresa desde outubro de 2023.

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Comunicação

José Pedro Mozos lidera área de assuntos públicos da All Comunicação

Licenciado em jornalismo pela ESCS, o novo responsável de marketing da All Comunicação passou pelas redações da SIC, da Visão e do Observador e pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus antes deste novo desafio profissional

José Pedro Mozos é o novo responsável pela área de assuntos públicos da agência de comunicação All Comunicação. Ex-jornalista e ex-adjunto nos dois últimos Governos, licenciou-se em jornalismo pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) em 2015, completando posteriormente uma pós-graduação em jornalismo multiplataforma pela Universidade Nova de Lisboa (UNL).

José Pedro Mozos foi jornalista entre 2016 e 2019, passando pelas redações da SIC, da Visão e do Observador, nas editorias de política. Posteriormente, integrou a equipa do executivo como adjunto político e para a comunicação do Governo, onde, até mais recentemente, passou pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, fazendo parte da coordenação da comunicação política. 

José Aguiar, sócio da All Comunicação, destaca que em José Pedro Mozos “encontrámos o perfil, o conhecimento e o talento para concretizar a ambição que alimentávamos há já algum tempo: robustecer a nossa equipa de assuntos institucionais, para respondermos às necessidades e aos desafios crescentes dos nossos clientes de forma mais robusta e integrada. Hoje, o aconselhamento em assuntos públicos é uma das prioridades das empresas, pelo que entendemos que era chegado o momento de reforçar uma área que, não só está na génese da criação da All Comunicação, como também é parte fundamental dos percursos dos seus sócios fundadores e, por isso, bastante acarinhada por nós”, afirma o responsável.

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Digital

Faturação da Meta suplanta investimento publicitário global em televisão linear em 2025, antevê estudo

A empresa criada e presidida por Mark Zuckerberg deverá faturar €144,6 mil milhões este ano e reforçar a faturação no próximo ano, estima o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center. O aumento do investimento chinês é uma das razões apontadas

Em 2025, a faturação da Meta, dona das redes sociais Facebook, Instagram e Threads e da aplicação móvel de comunicações WhatsApp, será superior ao investimento publicitário global em televisão linear, antevê o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center (WARC). “O Facebook e o Instagram cresceram mais de 20% face ao ano anterior no primeiro trimestre de 2024 e a previsão é que a Meta fature €144,6 mil milhões este ano, o que corresponde a 63% do investimento publicitário global”, refere o documento.

“A faturação será alavancada pela atual onda de investimento dos exportadores chineses e pela popularidade das suas ferramentas de inteligência artificial (IA)”, estima a WARC. “Ferramentas como a Advantage+ da Meta, que automatizam algumas ações criativas e de planeamento de media têm vindo a ganhar muita popularidade junto dos anunciantes. No entanto, algumas marcas têm-se queixado da eficiência das campanhas”, sublinha, no entanto, o relatório.

Para o sucesso comercial da Meta têm sido decisivos os formatos inovadores que a empresa tem vindo a desenvolver e a apresentar ao mercado. “No último trimestre de 2024, o número de anúncios nas diferentes plataformas cresceu 19,1%, com muitas das sessões de reels [formato de vídeo] a exibir atualmente sete anúncios ou até mais”, refere o relatório. “As plataformas ambicionam melhorar a eficiência da monetização com novas funcionalidades de pesquisa e com novos formatos de anúncios de compras”, avança ainda a análise da WARC.

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Media

News Now, novo canal 9 do cabo, arranca no início do verão. Concorre diretamente com CMTV, também da Medialivre

Início das emissões está dependente da conclusão das obras de remodelação dos novos estúdios. Os 59 jornalistas contratados já iniciaram a formação. António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e Américo Aguiar estão confirmados como comentadores

O News Now, novo canal informativo da Medialivre, que vai ocupar a posição 9 na grelha dos serviços de subscrição televisiva da Meo, da Nos e da Vodafone, explorará sinergias com outros títulos do grupo, como o Negócios, a Sábado, a Máxima e a Record. Irá rivalizar com a CMTV, o primeiro canal de televisão lançado pela Cofina, antes da venda da empresa aos novos donos. “Vão ser concorrentes. São destinados a públicos distintos e diferenciados”, assume ao M&P Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre à margem da apresentação do News Now, a 3 de maio.

“Vamos ter uma proposta diferenciadora ao nível das notícias, com jornalismo de investigação, e juntar as redações dos vários títulos da Medialivre. Vamos ter uma proposta diferenciadora também ao nível da opinião, apostando em protagonistas e especialistas. Vamos fugir aos ‘tudólogos’, comentadores que falam sobre tudo, um conceito que está cada vez mais degradado nas televisões”, revela Carlos Rodrigues, avançando que o News Now pretende recuperar também o conceito da hora certa, com informação exata e noticiários à hora certa. “É raro isto acontecer hoje em televisão”, lamenta.

O arranque das emissões está dependente da conclusão das obras de transformação da antiga área de design em estúdios tecnologicamente avançados. “Tão depressa quanto possível arrancaremos”, afirma Carlos Rodrigues, sem todavia se comprometer com uma data. “Espero que avance antes do verão”, assume durante a intervenção na apresentação do canal. Paulo Oliveira Lima, diretor executivo do News Now, também não arrisca uma previsão. “Nas próximas semanas vamos implementar revoluções tecnológicas, que vão fazer a diferença ao nível da operação e da imagem”, anuncia.

“Depois disso, serão necessários os respetivos ensaios para levar até ao espetador um produto diferenciador, de qualidade, bem feito, que acrescenta valor. Há sempre uma forma diferente de fazer as coisas. O segredo é a alma do negócio, mas podem ter a certeza que não vamos fazer como os outros”, assegura o responsável ao M&P. Os 59 jornalistas contratados iniciaram a formação a 2 de maio, véspera da apresentação do novo canal. Os políticos António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e o bispo Américo Aguiar estão confirmados como comentadores do novo canal informativo.

O logotipo do News Now, uma opção sóbria em branco e azul, foi desenvolvido internamente pelo departamento gráfico do grupo. “Desenganem-se os que acham que vamos ser um canal cinzento e institucional. Seremos o contrário disso”, garante Carlos Rodrigues. “Temos muita vocação para fazer televisão e já o provámos com a CMTV”, sublinha Luís Santana, CEO da Medialivre. “Este projeto foi pensado para um público que não se revê na atual oferta televisiva e para uma larga faixa, que há muito abandonou esta forma de se manter informado”, refere ainda o gestor do grupo de media.

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