Receitas da Havas crescem 1,5% para €2,73 mil milhões
A perda da conta da Pfizer nos Estados Unidos, no início de 2024, é a principal causa do decréscimo de 0,8% das receitas orgânicas, que não contabilizam novas aquisições, e da queda de 6,6% na faturação na América do Norte

Daniel Monteiro Rahman
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As receitas de faturação da Havas aumentam 1,5% em 2024, para €2,73 mil milhões, face aos €2,69 mil milhões registados em 2023, revelam os primeiros resultados anuais da ‘holding’ francesa de agências, desde que se separa da Vivendi. Os lucros da empresa liderada por Yannick Bolloré aumentam 2,7% para €189 milhões, face aos €184 milhões registados no período homólogo.
Em termos de receitas por região, a Havas apresenta uma tendência de aumento na maioria dos mercados, com um crescimento de 1,2% na Europa, 14,7% na América Latina e 1,1% na Ásia-Pacífico e África. No entanto, na América do Norte, a empresa regista um decréscimo de 6,6% face ao ano anterior, devido à perda da conta da Pfizer nos Estados Unidos, no início de 2024.
“Excluindo este cliente, o crescimento orgânico teria sido superior a 2%”, revela Yannick Bolloré, CEO da Havas, citado na Reuters. Esta perda é a principal causa de um decréscimo de 0,8% das receitas orgânicas, que não contabilizam novas aquisições, registado pela ‘holding’, dado que o setor da saúde é o mais rentável, representando 29% das receitas totais.
“A Havas cumpriu integralmente as expetativas para 2024. Estamos empenhados em impulsionar o lucro e aproveitar as oportunidades em áreas de rápido crescimento, como o digital, o retalho, a experiência do cliente, o design e a consultoria estratégica, ao mesmo tempo que aumentamos os nossos investimentos em dados, tecnologia e inteligência artificial (IA) e fortalecemos a nossa rede global de conteúdos”, declara Yannick Bolloré, em comunicado de imprensa.
Quanto às receitas segmentadas por área de negócio, a Havas Media representa 38%, a Havas Creative 40% e a Havas Health 22%. Após a separação da Vivendi, em dezembro de 2024, a ‘holding’ entra na bolsa Euronext Amesterdão, tendo as ações desvalorizado cerca de 27% desde a entrada em bolsa.
Para 2025, a Havas prevê um crescimento de 2% das receitas de faturação, mantendo o foco em dados, tecnologia e IA, ao continuar com a estratégia ‘Converged’, que prevê um investimento de €400 milhões até 2027 nessas áreas, bem como numa estratégia de fusões e aquisições. “Tendo concluído seis aquisições em 2024, continuamos a seguir uma estratégia dinâmica de fusões e aquisições, com três novas aquisições em áreas-chave de crescimento desde o início do ano”, salienta Yannick Bolloré.