Receitas e lucros do IPG caem 1,8% e 37,2%, em 2024
Para 2025, o IPG prevê um recuo entre 1% e 2% da faturação, com Philippe Krakowsky, CEO, a salientar que os novos negócios do quarto trimestre e do início de 2025 darão frutos, mas não vão compensar as perdas de clientes em 2024. Está em marcha um plano de reestruturação para poupar 250 milhões de dólares

Daniel Monteiro Rahman
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As receitas mundiais de faturação do Interpublic Group (IPG) diminuem 1,8% em 2024, para 10,69 mil milhões de dólares (€10,29 mil milhões), face a 2023, com os lucros a decrescerem 37,2%, para 689,5 milhões de dólares (€661,1 milhões). Face a esta queda, Philippe Krakowsky, CEO do IPG, anuncia um plano para a ‘holding’ poupar 250 milhões de dólares (€238 milhões), em 2025, através da reestruturação das agências e de outras áreas da empresa.
No último trimestre de 2024, a faturação da ‘holding’ IPG tem uma diminuição maior (5,5%), para 2,85 mil milhões de dólares (€2,75 mil milhões), e o os lucros recuam 25,6%, para 344,5 milhões de dólares (€330,3 milhões), em comparação com o período homólogo.
A reestruturação abrange a centralização de funções empresariais, ‘offshoring’ e ‘nearshoring’ em “serviços empresariais e em certas áreas de prestação de serviços ao cliente”, bem como a “aceleração do progresso” em áreas como a produção e os serviços analíticos, de acordo com Philippe Krakowsky, citado na Ad Age. O plano inclui ainda alterações operacionais e imobiliárias, em determinadas agências que não são especificadas.
Philippe Krakowsky justifica a descida dos lucros com o impacto da rotação de clientes ao longo de 2024, em que o grupo perdeu “um número considerável” de contas de meios muito significativas. O CEO do IPG salienta que o fator determinante nas decisões mais importantes relativas a essas contas foi a compra de espaço publicitário para posterior revenda a potenciais clientes, a preços superiores, e “especificamente as condições comerciais possibilitadas nessa compra a grande escala”.
A perda da conta da Pfizer para o Publicis Groupe, em 2024, – que o IPG tinha ganho 10 meses antes – é outra das razões apontadas por Philippe Krakowsky para justificar o desempenho do grupo IPG.
Relativamente a 2025, o IPG prevê que as receitas de faturação diminuam entre 1% e 2%, com Philippe Krakowsky a salientar que “os novos negócios do quarto trimestre e do início de 2025 darão frutos no final deste ano, no entanto, não vão compensar as perdas significativas de clientes registadas em 2024, em grande parte devido a alterações no ambiente comercial do setor de meios”.