Edição digital
PUB
Digital

Como Bernardo Almeida fatura €300 mil com o YouTube

Abandonou o curso de engenharia mecânica no Instituto Superior Técnico para produzir vídeos para o canal de tecnologia que criou em 2014. Uma década depois, o youtuber Bernardo Almeida, que pode cobrar entre €3 mil e €70 mil por trabalho, acaba de lançar um novo canal e é a estrela de um documentário que recorda o seu percurso

Luis Batista Gonçalves
Digital

Como Bernardo Almeida fatura €300 mil com o YouTube

Abandonou o curso de engenharia mecânica no Instituto Superior Técnico para produzir vídeos para o canal de tecnologia que criou em 2014. Uma década depois, o youtuber Bernardo Almeida, que pode cobrar entre €3 mil e €70 mil por trabalho, acaba de lançar um novo canal e é a estrela de um documentário que recorda o seu percurso

Sobre o autor
Luis Batista Gonçalves
Artigos relacionados
Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões
Media
Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos
Marketing
El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições
Publicidade
Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre
Digital
Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)
Publicidade
Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing
Marketing
Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo
Media
Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza
Publicidade
Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana
Media
Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta
Marketing

Dez anos depois de ter criado um canal de tecnologia no YouTube, momento que revisita no documentário que acaba de estrear, Bernardo Almeida está a lançar um novo canal, Finanças do Bernardo, para mostrar a outros criadores de conteúdos como podem ganhar dinheiro com a internet.

“É uma área pela qual me comecei a interessar há cinco anos, quando fiz 25 anos. Desde então, tenho-a estudado muito”, revela ao M&P o youtuber de 30 anos, que soma 809 mil subscritores no canal de tecnologia a que dá nome e que, em 2023, faturou €300 mil em parcerias com marcas e empresas.

A Worten é uma delas. “Já trabalho com eles há seis anos. Sou uma das caras do canal de YouTube da marca e inaugurei o perfil de Instagram da Worten, em 2017. É uma marca que está muito presente no meu canal”, revela o influenciador digital e empresário, que começou a gravar os primeiros vídeos no seu quarto em casa dos pais, em Lisboa, quando tinha 20 anos.

XTB, Sport TV, Emma, Pingo Doce, Xiaomi, HP, Microsoft, Dyson, OLX, Samsung, Liga Portugal, Huawei e Visa são algumas das insígnias para as quais tem trabalhado nos últimos seis anos, quando a produção de vídeos sobre novidades tecnológicas que começa a fazer por brincadeira se torna num negócio efetivo. “Trabalho também mensalmente com a Nos. Apesar de seguir as diretrizes que me fazem chegar, dão-me muita liberdade e o que temos desenvolvido tem resultado muito bem”, garante.

A produção de vídeos curtos para as redes sociais é um dos formatos que as marcas mais lhe têm solicitado no último ano, a par de menções no YouTube, inserções publicitárias a meio dos vídeos que podem durar entre 20 e 30 segundos. “Têm de fazer sentido para o tema que estou a abordar, senão prefiro não as fazer. As marcas pedem-nas muito porque a taxa de conversão que se consegue é, nestes casos, maior. Mas, além de ter pouco espaço para essas inserções, só as faço com marcas em que acredito e que eu uso”, afiança Bernardo Almeida.

Algumas empresas também lhe pedem vídeos dedicados, um formato que evita. “Neste caso, compram essencialmente tempo de antena. Não influenciam a minha opinião, mas faço uma análise ao produto ou serviço que pretendem promover que nem sempre é elogiosa. Vou agora fazer um sobre uma nova bicicleta elétrica. Achei interessante para a minha audiência, porque ainda nunca tinha feito nenhum sobre este meio de transporte”, explica.

Os trabalhos que as marcas mais pedem

A Energy Sistem é a primeira empresa que aposta em Bernardo Almeida. Pouco tempo após a publicação do primeiro vídeo, em 2014, a marca espanhola oferece-lhe uns auscultadores em troca de um vídeo de análise do produto. Seguem-se outras permutas, sempre de marcas estrangeiras, numa fase inicial. O primeiro trabalho remunerado só chega três anos depois, com a participação no evento Lisbon Games Week, onde esteve oito horas a tirar fotografias e a conversar com jogadores.

A partir daí, a visibilidade que vai ganhando atrai outros eventos e marcas, dispostos a investir nos conteúdos de análise que Bernardo Almeida produz. A decisão de abandonar o curso de engenharia mecânica, que frequentava no Instituto Superior Técnico, para se sentar em frente a uma câmara a falar de tecnologia não agradou inicialmente aos pais, mas a determinação foi mais forte.

“Na altura em que começo a ganhar algum dinheiro, passa-me pela cabeça que, se calhar, consigo viver disto. Nessa altura, a minha principal preocupação passa a ser faturar mil ou mil e tal euros por mês, que é o valor de um ordenado médio. Hoje, encontro-me numa posição altamente privilegiada, apesar de ter muitas despesas”, reconhece. “No último ano, o trabalho mais barato que fiz foi na casa dos €3 mil e o mais caro na dos €70 mil”, revela.

Na empresa que cria quando profissionaliza a produção de vídeos, emprega um colaborador a tempo inteiro. Agenciado pela Mohit, conta ainda com uma equipa de quatro comerciais da agência de marketing digital e de marketing de influência lisboeta. “Há marcas que me contratam para fazer reels para o Instagram e outras para menções no YouTube. Há quem me encomende packs de 10 menções. Também há quem me peça vídeos picados nesta plataforma, mas barro sempre essas propostas, porque gosto de ter o controlo sobre a parte criativa dos vídeos”, esclarece.

Procura de youtubers supera a oferta

Nos últimos anos, as empresas reforçaram os investimentos nas redes sociais e em plataformas digitais como o YouTube, uma oportunidade que o criador de conteúdos tem sabido rentabilizar.

“As marcas têm vindo a alocar uma percentagem maior do seu orçamento de marketing nas redes sociais, mas a explosão do Instagram e do TikTok não retirou verbas ao investimento no YouTube, porque há poucos criadores de conteúdo youtubers em Portugal”, refere Bernardo Almeida.

“A procura é maior do que a oferta. As marcas têm pouquíssimas opções porque construir uma comunidade no YouTube é muito mais moroso e exigente do que nas redes sociais tradicionais”, esclarece. “O número de seguidores é uma métrica de vaidade para nós. O que deve interessar às marcas, seja no YouTube ou nas redes sociais, é a existência de comunidades”, defende.

Uma década depois, Bernardo Almeida continua sem se deslumbrar. “Isto nasceu como um projeto de paixão e não pretendo que deixe de o ser. Posso estar errado, mas não trabalho para maximizar lucros. Não sou uma empresa cotada em bolsa que tem de apresentar resultados aos acionistas. Por isso, giro-a como acho melhor”, explica.

O imperativo de manter a credibilidade

Tal como nos vídeos caseiros dos primeiros tempos, além de preservar a liberdade criativa, Bernardo Almeida recusa-se a comprometer a integridade a troco de dinheiro.

“Não gosto de marcas, gosto de produtos. Se uma empresa lançar algo de espetacular, vou partilhar essa informação com as pessoas, mas se, a seguir, apresentarem um produto que não é tão bom, também o vou dizer. Nos vídeos que tenho feito, nunca escondi as minhas opiniões nem menti às pessoas. Faço muita pesquisa. Mexo sempre muito nos equipamentos antes de me pronunciar”, explica o youtuber, revelando que nem todas as marcas reagem bem quando são criticadas.

“Muitas só estão disponíveis para ouvir coisas boas, em vez de aproveitarem as críticas para melhorarem os produtos”, lamenta. “Como as pessoas levam a minha opinião muito em conta, não as posso enganar. A minha credibilidade demorou muito tempo a ganhar e não posso correr o risco de perder o meu emprego de sonho”, justifica ainda.

Com o novo canal de finanças, também é essa a preocupação. “É mais um trabalho de paixão. Sem ter sido publicitado, teve logo 40 mil visitas, através do algoritmo do YouTube, o que para mim é um motivo de orgulho. Neste momento, está fechado a patrocínios, mas poderemos vir a abrir um ou dois slots. O objetivo, nesta fase, é criar uma comunidade como a que temos no canal de tecnologia”, esclarece.

A intenção é não voltar a dar um passo maior do que a perna, como chegou a fazer no passado, quando contratou o primeiro colaborador numa altura em que o negócio não estava suficientemente maduro, como assume no depoimento que deu para o documentário. A obra que recorda o seu percurso foi realizada por Aidan Kless e produzida por Beatriz Albergaria, que coeditou o registo documental em parceria com O Rui, assistente de Bernardo Almeida e presença regular nos vídeos.

“Não tive ninguém que me mostrasse o caminho. Tive de o desbravar sozinho e, como fui um dos primeiros criadores de conteúdo a fazer este tipo de vídeos em Portugal e a ter um estúdio próprio, bati muitas vezes com a cabeça na parede. Aprendi muitas coisas da pior maneira e, se puder transmitir esse conhecimento a outros para que tenham a vida facilitada, fico muito feliz”, recorda.

Investir para surpreender
–––

O arrendamento de um espaço com 300 m2 para construir o atual estúdio é um dos muitos investimentos que Bernardo Almeida fez ao longo da última década para aumentar a comunidade de seguidores e atrair novas marcas.

“Tenho de ser sempre o melhor e, para isso, tenho de estar sempre a investir, para apresentar coisas novas. Há uns tempos, fiz uns vídeos onde andava a oferecer telemóveis em Lisboa e no Porto. Eu é que os paguei. Como a minha ideia era inspirar as pessoas a fazer coisas boas, não me fazia sentido ter uma marca a patrocinar estes vídeos”, confidencia o youtuber, que prefere canalizar parte da faturação para novos investimentos de produção.

“Não tenho a ambição de ter uma grande casa ou carro. A minha extravagância é comprar câmaras ou luzes novas. Para o cenário do canal de finanças comprei um conjunto de iluminação novo. Estive mais de três horas a ajustar as lâmpadas para conseguir a tonalidade certa e senti o gozo e a emoção dos primeiros tempos”, conta.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Artigos relacionados
Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões
Media
Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos
Marketing
El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições
Publicidade
Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre
Digital
Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)
Publicidade
Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing
Marketing
Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo
Media
Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza
Publicidade
Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana
Media
Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta
Marketing
PUB
Media

Impresa com prejuízo de €4 milhões. SIC aumenta lucros para €1,3 milhões

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros

O prejuízo da Impresa nos primeiros seis meses do ano foi de €4 milhões, uma variação de 0,9% em relação ao período homólogo em 2023, já que é na estrutura do grupo que são consolidados os custos financeiros, refere o Grupo Impresa em comunicado de imprensa referente aos resultados no primeiro semestre de 2024.

As receitas da Impresa cresceram 0,7% no primeiro semestre para €86,6 milhões, impulsionadas pela publicidade e pela venda de conteúdos a terceiros. O grupo manteve a tónica no controlo de custos operacionais, que foram reduzidos em 1,2% face ao mesmo período no ano anterior, e melhorou o desempenho operacional em todos segmentos, o que se refletiu no reforço das margens.

O EBITDA da Impresa foi de €4,5 milhões, o valor mais elevado desde 2021 e um aumento de 57,7% face aos primeiros seis meses de 2023, segundo a Impresa. Sem considerar os custos de reestruturação, o EBITDA recorrente foi de €4,7 milhões, representando um crescimento de 41,8% em termos homólogos.

A dívida remunerada líquida da Impresa cifrou-se nos €142,8 milhões, traduzindo uma redução de 1,7% face ao final de junho de 2023. Este valor sustenta e está alinhado com a trajetória de redução do valor da dívida verificado nos últimos anos, segundo a Impresa.

“O primeiro semestre foi desafiante e as equipas da Impresa estão de parabéns pelo cumprimento dos nossos objetivos. Melhorámos os resultados operacionais, em particular através do crescimento nas receitas e redução de custos, com o consequente crescimento em mais de 40% no EBITDA”, refere Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa.

Na SIC, por seu lado, o lucro subiu para €1,3 milhões, um crescimento de 116,7% quando comparado com os €600 mil de lucro no semestre homólogo em 2023, de acordo com os dados divulgados pelo Grupo Impresa, que detém a SIC e a Impresa Publishing (Expresso).

As receitas totais da SIC, por seu lado, aumentaram 1,7%, para €74,6 milhões, impulsionadas pelas vendas de conteúdos e de publicidade. Os custos operacionais mantiveram-se em linha com o valor do primeiro semestre de 2023, refere o documento do grupo de media, salientando que o EBITDA da SIC cresceu 30,7% para €4,5 milhões .

Em termos de audiências, a estação de televisão terminou o primeiro semestre de 2024 com uma média de 15,1% de share, em dados consolidados. No target comercial – ABCD 25/64, a SIC teve 12,9% de quota de mercado. De janeiro a maio, a SIC representou 47,1% de quota de mercado do investimento publicitário entre os canais generalistas.

Na Impresa Publishing, que detém o Expresso, o EBITDA aumentou 29,4% para €800 mil. O Expresso foi o jornal mais vendido do país, com uma média de 85 mil exemplares por edição entre janeiro e março, segundo os dados da APCT, citados pela Impresa no comunicado com os resultados relativos ao primeiro semestre de 2024.

No digital, o Expresso registou uma média de 48 mil exemplares por edição em circulação digital paga, entre janeiro e março. O universo de websites da marca Expresso alcançou, no primeiro semestre, uma média mensal de 2,3 milhões de visitantes únicos.

No áudio, o Expresso lançou 14 novos podcasts, verificando-se um aumento de 77% no acumulado de downloads, face ao semestre homólogo, representativo de quase 24 milhões de downloads. Entre os podcasts com mais descargas destacaram-se o ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ (2,8 milhões), ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ (2 milhões), ‘Contas-Poupança” (2 milhões), ‘Expresso da Manhã’ (1,8 milhões) e ‘Eixo do Mal (1,4 milhões).

“No segundo semestre, daremos continuidade aos vários projetos em curso. Por um lado, vamos continuar a trazer mais valor para anunciantes e agências, reforçando a nossa posição enquanto grupo em Portugal com mais investimento publicitário. Por outro, vamos manter a nossa estratégia de expansão digital e diversificação de fontes de receitas, nomeadamente através da concretização de apostas já anunciadas como a realização do Tribeca Festival em Lisboa e a nossa nova parceria na área da bilhética com a BOL”, avança Francisco Pedro Balsemão.

 

 

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

Mais artigos
Marketing

Fora do Escritório com António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos

Durante as férias, mal abre o computador, mas confessa que se estiver em Portugal espreita a televisão para ver os blocos publicitários ou futebol. A Sagres acompanha-o, porque tem a mania que é o ‘rei da grelha’ e “não há grelha sem Minis”

Uma viagem em família à Florida, em agosto de 2022, (na foto) é a escolha de António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da Nos, do ‘álbum de férias’, “porque nela estamos profundamente felizes, por estarmos juntos, por estarmos conscientes da sorte que temos e porque somos amantes do ‘american way of life'”.

O que é que não faz durante as férias, que faça habitualmente quando está a trabalhar?

Não toco no despertador, a não ser no primeiro dia para a saída. Mal abro o computador. Mas confesso que se estiver em Portugal espreito a televisão para ver os blocos publicitários ou alguns jogos de futebol. Espreito campanhas, admito.

Estar de férias significa desligar ou inspirar-se para novas ideias a aplicar no trabalho?

Consigo desligar. Mesmo. Nos primeiros dias ainda me vêm à cabeça coisas de trabalho, mas no final há um sinal perfeito para saber se desliguei mesmo: esqueço as ‘passwords’. Isso quer mesmo dizer que carreguei baterias e posso voltar. Só desligando é que depois posso voltar para inspirar e ser inspirado.

Quais são os jornais, programas de televisão, podcasts, sites, plataformas digitais ou outros meios de comunicação que segue durante as férias?

Não sigo. O maior luxo das férias é não seguir, é fazer o que não fazemos nos outros dias/meses de trabalho. O meu telefone até pode sentir FOMO, mas eu nem tanto.

Quais são as marcas que o acompanham nas férias?

A Nos, claro, porque ainda assim preciso de rede. A Sagres, porque tenho a mania que sou o ‘rei da grelha’ e não há grelha sem Minis. A Kobo, porque aproveito para pôr leitura em dia. Agora, vendo bem, duas delas são grandes marcas nacionais. Bom sinal.

Qual é a primeira coisa que faz quando regressa ao escritório?

Reúno com a equipa. Porque nada se faz sozinho, porque até aposto que terei saudades, porque preciso que me ponham a par o mais rapidamente possível, porque a nossa atividade é, acima de tudo, um ‘desporto de equipa’.

 

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

Mais artigos
Publicidade

El Ojo de Iberoamérica anuncia calendário de inscrições

A 27ª edição do festival de criatividade argentino realiza-se nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires. As candidaturas podem ser entregues até 30 de setembro, mas voltam a existir tarifas diferenciadas para os que as submeterem antes

31 de julho é a data de encerramento inicial das candidaturas à próxima edição do festival de criatividade sul-americano El Ojo de Iberoamérica, que se realiza nos dias 13, 14 e 15 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina. A partir dessa data, à medida que o tempo for passando, o preço vai progressivamente aumentando. A primeira prorrogação prolonga-se depois até 31 de agosto e a segunda estende-se até 20 de setembro. 30 de setembro é a data de encerramento final.

À semelhança de anos anteriores, o festival volta a contar com cinco momentos de inscrição, com vantagens acrescidas para que os concluírem o processo com maior celeridade. Além das categorias de rádio e áudio, digital e redes sociais, design, relações públicas, inovação e eficiência, o júri vai também distinguir os melhores trabalhos nas áreas de transformação criativa, produção audiovisual, desporto, produção gráfica, sustentabilidade, grafismo e comércio criativo.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Digital

Receitas da Alphabet aumentam 14% no segundo trimestre

As receitas de publicidade no YouTube sobem para €8 mil milhões, enquanto na Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) descem para €6,8 mil milhões. O Google Search representa mais de metade da faturação total da Alphabet

A Alphabet, que detém a Google e o YouTube, aumentou as receitas em 14% no segundo trimestre de 2024, para um total de 84,742 mil milhões de dólares (€78 mil milhões). O Google Search (48,509 mil milhões de dólares/€44,633 mil milhões) representa mais de metade da faturação, de acordo com os resultados financeiros anunciados pela empresa.

As receitas de publicidade no YouTube ascendem a 8,663 mil milhões de dólares (€8 mil milhões), face aos 7,665 mil milhões de dólares (€7 mil milhões) registados no segundo trimestre de 2023, enquanto a Google Network (rede de sites e aplicações de telemóvel com anúncios pagos criados no Google Ads) representa 7,444 mil milhões de dólares (€6,8 mil milhões), em queda em relação aos 7,850 mil milhões de dólares (€7,22 mil milhões) no período homólogo em 2023.

A faturação da Google Cloud, por seu lado, ultrapassa a do YouTube, totalizando 10,347 mil milhões (€9,52 mil milhões), a subir em relação a 2023 (8,031 mil milhões/€7,4 mil milhões). Sundar Pichai, CEO da Alphabet, refere que “o forte desempenho este trimestre destaca a força contínua no ‘Search’ e o impulso na ‘Cloud’. Estamos a inovar em todas as camadas da ‘AI stack’. A nossa infraestrutura de liderança de longa data e equipas internas de pesquisa posicionam-nos bem, à medida que a tecnologia evolui e que acompanhamos as muitas oportunidades vindouras”.

Em termos de resultados operacionais, a Google Services tem um lucro operacional de 29,674 mil milhões de dólares (€27,3 mil milhões), o que representa um crescimento face aos 23,454 mil milhões de dólares (€21,6 mil milhões) no mesmo período em 2023. A Google Cloud totaliza 1,172 mil milhões de dólares (€1,078 mil milhões) em lucro operacional, o triplo do valor registado em 2023 (395 milhões de dólares/€363,5 milhões).

Ruth Porat, presidente e diretora financeira da Alphabet, salienta que “apresentámos receitas de 85 mil milhões, a subir 14% em termos homólogos, impulsionadas pela ‘Search’ bem como pela ‘Cloud’, que pela primeira vez ultrapassou os 10 mil milhões de dólares nas receitas do trimestre e os mil milhões de dólares em lucro operacional. À medida que investimos para suportar as nossas maiores oportunidades de crescimento, mantemos o compromisso com a criação de uma capacidade de investimento com o trabalho que temos em andamento, para reprojetar a nossa base de custos de forma duradoura”. No segundo trimestre de 2024, os custos e despesas totais da Alphabet são de 57,317 mil milhões (€52,7 mil milhões), a subir face aos 52,766 mil milhões de dólares (€48,5 mil milhões) registados no mesmo período no ano passado.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Publicidade

Segunda campanha da Havas Portugal para a APSI põe 26 crianças à prova (com vídeo)

Desenvolvida em parceria com a Havas Germany, foi produzida pela Fred Fabrik e tem realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel. O filme mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à vigilância de pais e educadores

Com direção criativa executiva de Paulo Pinto, direção criativa de Michael Schöpf e Walter Zigler e redação de Gonçalo Paiva, a segunda campanha da Havas Portugal para a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), desenvolvida em colaboração com a Havas Germany, mostra como a morte por afogamento é rápida e silenciosa, apelando à prevenção daquela que é a segunda causa de morte acidental entre crianças e jovens, com 19 vítimas mortais só em 2022.

Para o filme de sensibilização, produzido pela Fred Fabrik, com realização de Pedro Carvalhinho e sonorização da Guel, foram desafiadas 26 crianças a gritar por socorro com a boca cheia de água, demonstrando que a ingestão acidental do equivalente a meio copo é suficiente para silenciar uma criança. Com direção de arte de Alexandre Meneses, a campanha tem direção de produção Pedro Silva, produção de Raquel Coelho e produção gráfica de Nuno Nascimento.

Para além da APSI, a iniciativa envolve também a GNR que, ao longo do verão, está a realizar de ações de sensibilização para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e ambientes naturais. “No último triénio de que há dados oficiais, referente a 2020-2022, o número de mortes mais do que duplicou. De uma média anual de 7,3 por ano em 2017-2019, passamos para uma média anual de 15”, informa a organização não-governamental numa publicação nas redes sociais.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Marketing

Patrícia Ramos regressa à Repsol como gestora de marketing

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, a nova contratação da empresa petrolífera desempenhou, nos últimos três anos e meio, funções no departamento de marketing da Leroy Merlin

Patrícia Ramos é a nova gestora de marketing da Repsol Portugal, empresa onde iniciou a carreira profissional em agosto de 2018. “Ao fim de seis anos, é muito especial voltar à empresa onde a minha jornada começou. Obrigado pela receção calorosa, estou cheia de energia para o que está para vir”, escreveu a nova contratação da empresa petrolífera na publicação que fez no LinkedIn.

Patrícia Ramos vai trabalhar sob a liderança da nova diretora de marketing da Repsol Portugal, que vai substituir Marta Marques, que abandona o cargo. O nome da nova responsável será anunciado publicamente nos próximos dias, apurou o M&P.

Formada em gestão pela Iscte Business School e pós-graduada em ‘marketing intelligence’ pela Nova IMS, Patrícia Ramos fez um estágio na multinacional espanhola, antes de transitar para a Nos e para a Dreamia. Em novembro de 2020, é contratada pela Leroy Merlin, onde permanece até julho de 2024, trabalhando em comunicação, publicidade, marketing corporativo e ativações de marca.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Media

Media Capital aumenta receitas publicitárias e reduz prejuízo

A dona da TVI salienta o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’ (na foto), aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção do canal

No primeiro semestre de 2024, o grupo Media Capital aumentou as receitas de publicidade em 16%, atingindo os €50,5 milhões, e teve um prejuízo de €2,7 milhões, face aos €4,8 milhões negativos que registou no período homólogo em 2023, segundo os dados divulgados pelo grupo de media que detém a TVI e a CNN Portugal, entre outros.

O resultado líquido ajustado apresentou uma melhoria de €3,3 milhões face ao período homólogo, “naquele que é o semestre mais condicionado pela sazonalidade da atividade de media”, atingindo os €1,3 milhões negativos, justifica a Media Capital.

O aumento das receitas publicitárias, por seu lado, é reflexo do “crescimento concretizado quer no mercado publicitário de canal aberto, onde superou largamente o crescimento de mercado, quer no mercado de publicidade de canais de televisão paga, onde cresceu 40% face aos resultados atingidos no período homólogo”, refere a Media Capital.

Os outros rendimentos operacionais registaram um ligeiro aumento para €25,8 milhões, mais 1% que no mesmo período no ano anterior, destacando-se a performance do segmento de produção audiovisual, que cresce 10% para €20,23 milhões. Nos primeiros seis meses de 2024, os rendimentos operacionais apresentaram um aumento de 10%, devido às vendas de publicidade.

Os gastos operacionais, excluindo amortizações, depreciações, gastos líquidos com provisões e reestruturações, registaram um acréscimo de 3%, passando de €70,4 milhões no primeiro semestre de 2023 para €72,6 milhões em 2024. “Os gastos operacionais ajustados refletiram o aumento significativo da atividade de produção e do investimento no Euro 2024, aliados a uma gestão criteriosa e eficiente”, adianta o grupo de media.

Excluindo os gastos líquidos com provisões, imparidades e reestruturações, o EBITDA consolidado do grupo atingiu, no primeiro semestre de 2024, €3,8 milhões, o que representa um aumento de €4,9 milhões face ao período homólogo. Os gastos com provisões, imparidades e reestruturações totalizaram, no primeiro semestre de 2024, €1,4 milhões, um valor que reflete a continuidade da concretização do plano de reestruturação levado a cabo pelo grupo Media Capital.

Quanto ao resultado operacional (EBIT), este foi negativo em €1,1 milhões no primeiro semestre de 2024, uma melhoria face ao resultado operacional negativo de €4,8 milhões, em 2023.

O grupo de canais TVI é líder há 12 meses consecutivos, tendo registado um aumento de quota de audiência face ao período homólogo em universo total dia e em horário nobre de 0,8 e 1,2 p.p., respetivamente, segundos os dados da Media Capital, que destaca que “na comparação com os principais grupos nacionais, o grupo de canais da TVI foi líder no primeiro semestre de 2024, no share do total dia, nos targets Universo, Adultos e ABCD 15-54”.

A Media Capital salienta ainda o incremento de 50% do consumo do TVI Player, devido, sobretudo, ao sucesso da novela ‘Cacau’, aos ‘reality-shows’ e à recuperação do arquivo de ficção da TVI.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Publicidade

Havas trabalha embalagens, publicidade e redes sociais de nova gama da Milaneza

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram (na foto)

A Milaneza estreia a 31 de julho a segunda vaga da campanha de lançamento da nova gama de massas para saladas, com o slogan “Combina com o Verão”, em que todas as vertentes foram trabalhadas por agências do grupo Havas – Havas Design (embalagens), Havas Publicidade (campanha), Havas Media (planeamento de meios) e Havas Digital (redes sociais), exceto as relações públicas (Global Press).

A campanha é composta por cerca de uma dezena de ‘outdoors’ em diferentes praias do país, incluindo o Algarve, com mensagens ajustadas às localizações onde se encontram, como “Edição Especial Saladas combina com camarão e férias em Olhão”, por exemplo. A isto somam-se as cerca de 3.150 posições de múpis, bem como expositores nos supermercados.

Na comunicação digital, a Milaneza vai trabalhar com influenciadores durante três meses, desenvolvendo a rubrica “Salada de Influenciadores”, em que os criadores de conteúdos são convidados a interligar vários ingredientes para fazer a sua própria salada.

A nova gama de massas é composta por três tipos diferentes – Eliche Tricolore (Hélices Tricolor), Farfalle Integrale (Laços Integrais) e Pennoni Rigati (Macarronete GR) –, que a Milaneza recomenda para acompanhar as saladas de verão, por terem uma textura firme e fresca, e uma durabilidade que lhes permite serem consumidas frias sem perder qualquer qualidade nem sabor.

As massas da nova gama, com 14% de proteína, estão aptas a serem servidas como complemento de saladas de verão, por serem feitas a partir de uma seleção de trigo duro e através de um processo de secagem natural. As três tipologias desta edição limitada estão disponíveis em diferentes pontos de venda espalhados pelo país, em embalagens de 500 gramas e com um preço de venda ao público recomendado de €1,58 a unidade.

 

 

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Venda de títulos da Global Media por €16,5 milhões será concluída esta semana

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas

O acordo de venda de parte dos títulos do grupo Global Media à Notícias Ilimitadas deverá ficar fechado até ao final desta semana, por €16,5 milhões, avança o site do Expresso.

A Notícias Ilimitadas, detida a 70% pela empresa veículo Verbos Imaculados, ficará com o JN, a TSF e O Jogo. A Global Media, por seu lado, ficará com o controlo do Diário de Notícias e do Açoriano Oriental, entre outros títulos de menor dimensão, e terá 30% da Notícias Ilimitadas. Dos 70% detidos pelo consórcio de investidores, há 9% que serão entregues a uma cooperativa de trabalhadores que ainda será criada.

Na notícia do Expresso, Diogo Freitas, presidente do grupo Officetotal, que com mais quatro investidores foi o rosto da solução para alguns dos títulos da Global Media, dá conta da sua desilusão com o mundo dos media, ao “perceber a podridão disto tudo, com muitos interesses obscuros, muitas pessoas com interesses duplos, acho que é um mundo complicado e um bocado esquisito”.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Marketing

Carclasse associa-se à Camisola Montanha na Volta a Portugal em Bicicleta

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha (camisola azul) reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, apoiados pela Carclasse, que disponibiliza uma frota automóvel para acompanhar os ciclistas

A Carclasse é a patrocinadora oficial da Camisola Montanha (camisola azul) da 85a Volta a Portugal, assumida pelo ciclista líder da classificação geral da montanha. No âmbito deste patrocínio, a Carclasse disponibiliza um conjunto de viaturas para acompanhar os ciclistas ao longo de toda a caravana.

Sob o mote “Juntos, ligamos os portugueses de norte a sul”, este patrocínio à Camisola Montanha reflete os valores de espírito de equipa, superação e sustentabilidade, que a Carclasse apoia. Juntamente com o Continente, Galp e Placard, a Carclasse é um dos quatro patrocinadores oficiais da principal prova de ciclismo do país. Esta edição conta com a presença de 17 equipas, sendo nove portuguesas e oito estrangeiras, começando em Águeda (Capital da Bicicleta) e terminando em Viseu (Cidade Europeia do Desporto 2024).

A 85a edição da Volta a Portugal, irá decorrer ao longo de 12 dias, de 24 de julho a 4 de agosto, levando uma das principais provas desportivas nacionais às estradas, aldeias, vilas e cidades de Portugal.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.