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Como Bernardo Almeida fatura €300 mil com o YouTube

Abandonou o curso de engenharia mecânica no Instituto Superior Técnico para produzir vídeos para o canal de tecnologia que criou em 2014. Uma década depois, o youtuber Bernardo Almeida, que pode cobrar entre €3 mil e €70 mil por trabalho, acaba de lançar um novo canal e é a estrela de um documentário que recorda o seu percurso

Luis Batista Gonçalves
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Como Bernardo Almeida fatura €300 mil com o YouTube

Abandonou o curso de engenharia mecânica no Instituto Superior Técnico para produzir vídeos para o canal de tecnologia que criou em 2014. Uma década depois, o youtuber Bernardo Almeida, que pode cobrar entre €3 mil e €70 mil por trabalho, acaba de lançar um novo canal e é a estrela de um documentário que recorda o seu percurso

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Dez anos depois de ter criado um canal de tecnologia no YouTube, momento que revisita no documentário que acaba de estrear, Bernardo Almeida está a lançar um novo canal, Finanças do Bernardo, para mostrar a outros criadores de conteúdos como podem ganhar dinheiro com a internet.

“É uma área pela qual me comecei a interessar há cinco anos, quando fiz 25 anos. Desde então, tenho-a estudado muito”, revela ao M&P o youtuber de 30 anos, que soma 809 mil subscritores no canal de tecnologia a que dá nome e que, em 2023, faturou €300 mil em parcerias com marcas e empresas.

A Worten é uma delas. “Já trabalho com eles há seis anos. Sou uma das caras do canal de YouTube da marca e inaugurei o perfil de Instagram da Worten, em 2017. É uma marca que está muito presente no meu canal”, revela o influenciador digital e empresário, que começou a gravar os primeiros vídeos no seu quarto em casa dos pais, em Lisboa, quando tinha 20 anos.

XTB, Sport TV, Emma, Pingo Doce, Xiaomi, HP, Microsoft, Dyson, OLX, Samsung, Liga Portugal, Huawei e Visa são algumas das insígnias para as quais tem trabalhado nos últimos seis anos, quando a produção de vídeos sobre novidades tecnológicas que começa a fazer por brincadeira se torna num negócio efetivo. “Trabalho também mensalmente com a Nos. Apesar de seguir as diretrizes que me fazem chegar, dão-me muita liberdade e o que temos desenvolvido tem resultado muito bem”, garante.

A produção de vídeos curtos para as redes sociais é um dos formatos que as marcas mais lhe têm solicitado no último ano, a par de menções no YouTube, inserções publicitárias a meio dos vídeos que podem durar entre 20 e 30 segundos. “Têm de fazer sentido para o tema que estou a abordar, senão prefiro não as fazer. As marcas pedem-nas muito porque a taxa de conversão que se consegue é, nestes casos, maior. Mas, além de ter pouco espaço para essas inserções, só as faço com marcas em que acredito e que eu uso”, afiança Bernardo Almeida.

Algumas empresas também lhe pedem vídeos dedicados, um formato que evita. “Neste caso, compram essencialmente tempo de antena. Não influenciam a minha opinião, mas faço uma análise ao produto ou serviço que pretendem promover que nem sempre é elogiosa. Vou agora fazer um sobre uma nova bicicleta elétrica. Achei interessante para a minha audiência, porque ainda nunca tinha feito nenhum sobre este meio de transporte”, explica.

Os trabalhos que as marcas mais pedem

A Energy Sistem é a primeira empresa que aposta em Bernardo Almeida. Pouco tempo após a publicação do primeiro vídeo, em 2014, a marca espanhola oferece-lhe uns auscultadores em troca de um vídeo de análise do produto. Seguem-se outras permutas, sempre de marcas estrangeiras, numa fase inicial. O primeiro trabalho remunerado só chega três anos depois, com a participação no evento Lisbon Games Week, onde esteve oito horas a tirar fotografias e a conversar com jogadores.

A partir daí, a visibilidade que vai ganhando atrai outros eventos e marcas, dispostos a investir nos conteúdos de análise que Bernardo Almeida produz. A decisão de abandonar o curso de engenharia mecânica, que frequentava no Instituto Superior Técnico, para se sentar em frente a uma câmara a falar de tecnologia não agradou inicialmente aos pais, mas a determinação foi mais forte.

“Na altura em que começo a ganhar algum dinheiro, passa-me pela cabeça que, se calhar, consigo viver disto. Nessa altura, a minha principal preocupação passa a ser faturar mil ou mil e tal euros por mês, que é o valor de um ordenado médio. Hoje, encontro-me numa posição altamente privilegiada, apesar de ter muitas despesas”, reconhece. “No último ano, o trabalho mais barato que fiz foi na casa dos €3 mil e o mais caro na dos €70 mil”, revela.

Na empresa que cria quando profissionaliza a produção de vídeos, emprega um colaborador a tempo inteiro. Agenciado pela Mohit, conta ainda com uma equipa de quatro comerciais da agência de marketing digital e de marketing de influência lisboeta. “Há marcas que me contratam para fazer reels para o Instagram e outras para menções no YouTube. Há quem me encomende packs de 10 menções. Também há quem me peça vídeos picados nesta plataforma, mas barro sempre essas propostas, porque gosto de ter o controlo sobre a parte criativa dos vídeos”, esclarece.

Procura de youtubers supera a oferta

Nos últimos anos, as empresas reforçaram os investimentos nas redes sociais e em plataformas digitais como o YouTube, uma oportunidade que o criador de conteúdos tem sabido rentabilizar.

“As marcas têm vindo a alocar uma percentagem maior do seu orçamento de marketing nas redes sociais, mas a explosão do Instagram e do TikTok não retirou verbas ao investimento no YouTube, porque há poucos criadores de conteúdo youtubers em Portugal”, refere Bernardo Almeida.

“A procura é maior do que a oferta. As marcas têm pouquíssimas opções porque construir uma comunidade no YouTube é muito mais moroso e exigente do que nas redes sociais tradicionais”, esclarece. “O número de seguidores é uma métrica de vaidade para nós. O que deve interessar às marcas, seja no YouTube ou nas redes sociais, é a existência de comunidades”, defende.

Uma década depois, Bernardo Almeida continua sem se deslumbrar. “Isto nasceu como um projeto de paixão e não pretendo que deixe de o ser. Posso estar errado, mas não trabalho para maximizar lucros. Não sou uma empresa cotada em bolsa que tem de apresentar resultados aos acionistas. Por isso, giro-a como acho melhor”, explica.

O imperativo de manter a credibilidade

Tal como nos vídeos caseiros dos primeiros tempos, além de preservar a liberdade criativa, Bernardo Almeida recusa-se a comprometer a integridade a troco de dinheiro.

“Não gosto de marcas, gosto de produtos. Se uma empresa lançar algo de espetacular, vou partilhar essa informação com as pessoas, mas se, a seguir, apresentarem um produto que não é tão bom, também o vou dizer. Nos vídeos que tenho feito, nunca escondi as minhas opiniões nem menti às pessoas. Faço muita pesquisa. Mexo sempre muito nos equipamentos antes de me pronunciar”, explica o youtuber, revelando que nem todas as marcas reagem bem quando são criticadas.

“Muitas só estão disponíveis para ouvir coisas boas, em vez de aproveitarem as críticas para melhorarem os produtos”, lamenta. “Como as pessoas levam a minha opinião muito em conta, não as posso enganar. A minha credibilidade demorou muito tempo a ganhar e não posso correr o risco de perder o meu emprego de sonho”, justifica ainda.

Com o novo canal de finanças, também é essa a preocupação. “É mais um trabalho de paixão. Sem ter sido publicitado, teve logo 40 mil visitas, através do algoritmo do YouTube, o que para mim é um motivo de orgulho. Neste momento, está fechado a patrocínios, mas poderemos vir a abrir um ou dois slots. O objetivo, nesta fase, é criar uma comunidade como a que temos no canal de tecnologia”, esclarece.

A intenção é não voltar a dar um passo maior do que a perna, como chegou a fazer no passado, quando contratou o primeiro colaborador numa altura em que o negócio não estava suficientemente maduro, como assume no depoimento que deu para o documentário. A obra que recorda o seu percurso foi realizada por Aidan Kless e produzida por Beatriz Albergaria, que coeditou o registo documental em parceria com O Rui, assistente de Bernardo Almeida e presença regular nos vídeos.

“Não tive ninguém que me mostrasse o caminho. Tive de o desbravar sozinho e, como fui um dos primeiros criadores de conteúdo a fazer este tipo de vídeos em Portugal e a ter um estúdio próprio, bati muitas vezes com a cabeça na parede. Aprendi muitas coisas da pior maneira e, se puder transmitir esse conhecimento a outros para que tenham a vida facilitada, fico muito feliz”, recorda.

Investir para surpreender
–––

O arrendamento de um espaço com 300 m2 para construir o atual estúdio é um dos muitos investimentos que Bernardo Almeida fez ao longo da última década para aumentar a comunidade de seguidores e atrair novas marcas.

“Tenho de ser sempre o melhor e, para isso, tenho de estar sempre a investir, para apresentar coisas novas. Há uns tempos, fiz uns vídeos onde andava a oferecer telemóveis em Lisboa e no Porto. Eu é que os paguei. Como a minha ideia era inspirar as pessoas a fazer coisas boas, não me fazia sentido ter uma marca a patrocinar estes vídeos”, confidencia o youtuber, que prefere canalizar parte da faturação para novos investimentos de produção.

“Não tenho a ambição de ter uma grande casa ou carro. A minha extravagância é comprar câmaras ou luzes novas. Para o cenário do canal de finanças comprei um conjunto de iluminação novo. Estive mais de três horas a ajustar as lâmpadas para conseguir a tonalidade certa e senti o gozo e a emoção dos primeiros tempos”, conta.

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Effies arrancam com nova categoria e patrocinadores

“Como patrocinador principal do evento entrou a Dreammedia, que vai oferecer €30 mil em espaço na rede digital, para dar os parabéns à agência e anunciante vencedores”, avança ao M&P Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN

Catarina Nunes

Está dado o pontapé de saída dos Effies Awards Portugal 2025, que substituem os Prémios Eficácia e cujas inscrições estão abertas de 16 de maio até 11 de julho. Uma nova categoria e novos patrocinadores, nomeadamente a criação do estatuto de patrocinador principal, são algumas das novidades previstas para a edição deste ano.

Esta é uma iniciativa conjunta da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) e da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade, Marketing e Comunicação (APAP), representantes oficiais da rede global Effie Worldwide em Portugal, que concede o licenciamento destes prémios que distinguem a eficácia em comunicação de marketing.

“Como patrocinador principal do evento entrou a Dreammedia, que vai oferecer €30 mil em espaço na rede digital, para dar os parabéns à agência e anunciante vencedores”, avança ao M&P Ricardo Torres Assunção, secretário-geral da APAN. A Bauer Media e a Mediaprobe entram como patrocinadores, enquanto a Adsmovil e a Playce saem.

Sofia Barros, secretária-geral da APAP, por seu lado, revela ao M&P que, face aos Prémios Eficácia, os Effies Awards Portugal “introduzem a nova categoria Sucesso Sustentado, que distingue campanhas com mais de três anos, como, por exemplo, a campanha da Dove”.

Como principais vantagens da mudança dos Prémios Eficácia para o ‘franchising’ dos Effies, Ricardo Torres Assunção aponta a apresentação dos casos a concurso numa plataforma internacional e a possibilidade de os vencedores em Portugal poderem entrar na avaliação mundial dos Effies.

Durantes dois anos, este concurso será promovido em  Portugal em cobranding, com a denominação Effie Awards Portugal with Prémios Eficácia e um logótipo adaptado localmente pela VML. “Há um período de transição para garantir ao mercado que os critérios de avaliação e a senioridade do júri se mantêm”, justifica Sofia Barros, acrescentando que “não se pode ‘matar’ a referência do mercado”.

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O que pode ler na edição 981 do M&P

O Lado B, última página do jornal, revela as agências e as produtoras com mais trabalhos na ‘shortlist’ do Festival CCP. A rubrica Fatal, Banal, Genial destaca uma ativação da Bottega Veneta na China, da agência LePub, com redação de Ruben Barros e direção de arte de João Araújo

Na edição 981, o M&P foi ouvir agências de meios, grupos de media e a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) sobre a suspensão do Playce, que representa uma perda de €12 milhões em investimento publicitário.

Num artigo de opinião, Luís Mergulhão, presidente e CEO do Omnicom Media Group, defende que “sem uma solução como o Playce, o investimento continuará a migrar para plataformas globais como Google, Meta ou Netflix, que já captam mais de 60% do investimento digital em Portugal”.

Em vésperas de eleições legislativas, o ranking da Snack Content Portugal, em exclusivo para o M&P, indica que
André Ventura é o candidato que vence no Instagram, com uma média de 8130 interações (gostos e comentários) por publicação, seguido a longa distância por Mariana Mortágua, com 2602 interações.

Susana Albuquerque, presidente do Festival CCP, revela o melhor do que se pode esperar da edição deste ano do festival do Clube da Criatividade de Portugal, que arranca a 16 de maio, e os ajustamentos feitos no júri e na programação de conferências.

A rubrica De Portugal Para O Mundo, dedicada a profissionais expatriados, é protagonizada por Xavier Nunes, diretor global de expansão e ativação de marca da Marathon Des Sables, que trabalha a partir de Madrid para os vários países onde a maratona tem provas.

O dossier especial é dedicado ao branding, que continua a ser o diferenciador entre as marcas esquecidas e as
com futuro. Entre a herança e a inovação, seis especialistas revelam ao M&P o que realmente importa.

Na opinião, Pedro Simões Dias, fundador da Comporta Perfumes e advogado de proteção de direitos de marcas, argumenta que Hélder Pombinho, diretor criativo de design de marca da VML Branding, é um ‘conceituador’, ao
criar uma nova categoria de marcas.

Na crónica Costela de Adão? Não, Paula Cosme Pinto, comunicadora pela igualdade de género e temas sociais,
questiona as marcas e as agências sobre a invisibilidade das pessoas deficientes – que também são consumidoras de produtos e serviços – em campanhas publicitárias.

Steve Colmar, diretor criativo executivo do Publicis Groupe Portugal, partilha a experiência enquanto jurado nos prémios One Show e as cinco reflexões sobre criatividade que traz na bagagem.

O Lado B, última página do jornal, revela as agências e as produtoras com mais trabalhos na ‘shortlist’ do Festival CCP (Dentsu, Uzina, Leo Lisboa; 78 Films, Casper Films, Garage, entre outras). A rubrica Fatal, Banal, Genial destaca uma ativação da Bottega Veneta na China, da agência LePub, com redação de Ruben Barros e direção de arte de João Araújo.

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TV: Os programas que dominam as audiências, gravações e redes sociais em abril

O futebol lidera a lista dos programas mais vistos. Nas gravações diárias, o ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’ conquista a primeira posição. A TVI ganha novamente nas menções nas redes sociais com os programas ‘Big Brother’ e ‘Dois às 10’

Em abril, o futebol, à semelhança dos meses anteriores, lidera o top de programas, com o jogo a contar para a Taça de Portugal que opõe o Tirsense ao Benfica a ser o programa mais visto. Transmitido na RTP1 a 9 de abril, com uma audiência média de 1,125,400 espectadores, segundo a análise da Marktest com base nos dados da Mediamonitor.

Na segunda posição encontra-se o encontro entre o Rio Ave e o Sporting, igualmente a contar para a Taça de Portugal, exibido a 22 de abril na RTP1, com uma audiência média de 1,096,000 espectadores. A fechar as três primeiras posições está o ‘Jornal da Noite’, transmitido a 24 de abril, na SIC.

Nos programas gravados e visionados no próprio dia, a liderança cabe a um episódio do programa ‘Casados à Primeira Vista’, transmitido na SIC a 10 de abril, que regista 226,600 espectadores em termos de audiência média. Nas gravações de sete dias, é a emissão especial do mesmo programa, ‘Casados à Primeira Vista – A Decisão’, na SIC a 27 de abril, que ocupa o primeiro lugar.

Nas redes sociais, o ‘reality show’ da  TVI ‘Big Brother’ e o programa da manhã ‘Dois às 10’, encontram-se em destaque nas primeiras e segundas posições da tabela, respetivamente.

Na terceira posição surge o ‘reality show’ da SIC ‘Casados à Primeira Vista’, à frente do programa da tarde da TVI ‘Goucha’, que ocupa a quarta posição. Os lugares seguintes são ocupados pelas novelas da TVI e da SIC. Em quinto lugar, ‘A Fazenda’, em sexto, ‘A Protegida’, em sétimo, a ‘A Herança’ e, na oitava posição, ‘Senhora do Mar’.

O top 10 dos programas com mais menções nas redes sociais é completado pela a série juvenil da TVI ‘Morangos Com Açúcar’, na nona posição, seguida do programa ‘Funtástico’, em décimo.

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Primor investe em experiência imersiva para promover manteiga

Desenvolvida em parceria com a IARB, a Mindshare e a MOP, a instalação (na foto), com três divisões visitáveis no interior, está localizada no interior do interface de transportes do Cais do Sodré, em Lisboa

Uma embalagem de manteiga com sete metros de cumprimento esconde, no interior, uma experiência imersiva que celebra o sabor, a tradição e as memórias ligadas ao alimento. Batizada de ‘Museu da Manteiga’, a instalação foi desenvolvida pela Primor em colaboração com a IARB, a Mindshare e a MOP, podendo ser visitada entre 16 e 31 de maio.

“Quisemos criar algo que não só destacasse o valor da manteiga no quotidiano português, como também despertasse memórias afetivas. É uma instalação para ver, cheirar, tocar e sentir”, explica Beatriz Cunha, gestora da marca, citada em comunicado de imprensa.

Localizada no interior do interface de transportes do Cais do Sodré, em Lisboa, tem entrada gratuita e integra três divisões visitáveis, proporcionando “uma experiência sensorial e emocional pensada para envolver todos os sentidos e reconectar os portugueses com um dos sabores mais icónicos da sua mesa”, explica a Primor no documento.

Dois dos espaços expositivos do museu mostram o processo industrial de produção da manteiga, enquanto que a última divisão recria a cozinha de uma casa típica portuguesa. “É uma viagem imersiva pelo interior da manteiga, num espaço onde, de forma inesperada, tudo é da cor amarela”, revela a marca, fundada em 1947, em Vale de Cambra.

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Kika Cerqueira Gomes protagoniza campanha da Women’secret

A influenciadora e modelo, de 22 anos, filha de Maria Cerqueira Gomes, é o novo rosto da campanha de verão da marca de lingerie, ao lado da ‘portuguese girl’, Caetana Botelho Afonso

A influenciadora e modelo Kika Cerqueira Gomes, de 22 anos, é a nova imagem da Women’secret e protagoniza a campanha de verão, que inclui fatos de banho e roupa de praia da marca de lingerie.

O lançamento da campanha contou com várias personalidades do mundo digital, com destaque para Caetana Botelho Afonso, a ‘portuguese girl’ que tem conquistado milhares de seguidores com combinações únicas de ‘prints’ e tons.

A influenciadora também faz parte da campanha de verão da marca Women’secret, “surgindo em imagens que representam um dia perfeito, passado entre a praia e a tranquilidade das vilas costeiras portuguesas”, segundo o comunicado de imprensa.

A ‘portuguese girl’ Caetana Botelho Afonso

Marise Passão, diretora comercial da Women’secret Portugal, explica a premissa da campanha, que apresenta uma praia ideal, onde não se comenta o corpo das outras pessoas e onde se pode verdadeiramente relaxar.

“A chegada do verão desperta um interesse excessivo pela aparência física, convidando a múltiplos julgamentos. Esta campanha relembra-nos que a beleza não está nas medidas, mas sim nesta autenticidade, na diversidade e na aceitação”, reforça

Após uma mudança no design e modelos das peças, “a marca apresenta agora uma linha que traz frescura, estilo e tendência aos looks de verão”. A coleção já está disponível tanto nas lojas físicas como online.

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Conheça os cantores que dão voz a novas campanhas

Tiago Nacarato reinterpreta Amália Rodrigues em anúncio da Bioderma, Cuca Roseta associa-se à Saúde Prime e Fernando Tordo alerta para os desafios do angioedema hereditário

Três cantores dão voz a três novas campanhas. Tiago Nacarato (na foto, à esq.) reinterpreta um dos temas mais emblemáticos do repertório de Amália Rodrigues, para o novo anúncio da Bioderma. Cuca Roseta (ao centro), a nova embaixadora Saúde Prime, amplifica o movimento Saúde com Voz, participando em campanhas, conteúdos e eventos. Fernando Tordo (à dir.) transforma em canção as dores de quem sofre de angioedema hereditário em ‘A Esperança Chegou’, já disponível no Spotify.

‘Um Verão à Portuguesa, Com Certeza’ é o título do tema de Tiago Nacarato que serve de banda sonora à nova campanha publicitária omnicanal da Bioderma, protagonizada pelo ator Tiago Teotónio Pereira e pela influenciadora Rita Patrocínio. A canção pode ser ouvida no perfil da marca no Spotify.

A Saúde Prime também se associa a uma artista. A marca anuncia uma parceria com a cantora Cuca Roseta, a nova embaixadora dos planos de saúde da empresa. A colaboração, intitulada ‘Saúde Com Voz’, pretende inspirar os portugueses a cuidarem-se com equilíbrio, proximidade e consciência. Ao longo do ano, a intérprete dá rosto a campanhas e conteúdos, estando também presente em eventos promocionais da marca.

O lançamento oficial da parceria é feito através de ativações nas redes sociais, nos media e nas plataformas digitais da Saúde Prime. “A Cuca Roseta representa aquilo que somos: uma marca próxima e com valores muito sólidos, e um compromisso genuíno com as pessoas, falando para mulheres, famílias e diferentes gerações, com alma e simplicidade”, justifica Margarida Garcia, diretora de marketing operacional do Grupo Future Healthcare, que gere a marca Saúde Prime, citada em comunicado de imprensa.

O lançamento das novas campanhas da Bioderma e da Saúde Prime coincidem com a divulgação de ‘A Esperança Chegou’, canção de Fernando Tordo que assinala o Dia Mundial do Angioedema Hereditário, a 16 de maio. Disponível no Spotify, o tema apresenta testemunhos de pacientes que integram a Associação de Doentes com Angioedema Hereditário (ADAH). A gravação da canção conta com o apoio da empresa farmacêutica BioCryst.

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Aumento da desinformação põe em risco reputação das marcas

Coca-Cola, Sephora e Burger King são algumas das marcas mais recentes a enfrentarem crises de reputação. Especialistas propõem a criação de uma rede de influenciadores e coerência nas mensagens

Há vídeos a circular nas redes sociais que acusam a Coca-Cola de denunciar trabalhadores sul-americanos ao serviço de imigração dos Estados Unidos. A alegação é falsa, mas a marca enfrenta boicotes, críticas públicas e um impacto real nas vendas. Este é o mais recente exemplo de uma marca apanhada na teia da desinformação, num contexto em que a omnipresença da inteligência artificial (IA) e dos algoritmos sociais torna mais fácil do que nunca espalhar narrativas enganosas online.

Várias marcas enfrentam ondas de desinformação com impacto direto na reputação e na relação com os consumidores. A Sephora é alvo de boicotes devido a alegados donativos à campanha de Donald Trump, que a empresa garante nunca ter realizado.
O Burger King aparece numa publicação falsa no X, que afirma que a marca se orgulha de não ter denunciado o alegado assassino do CEO da UnitedHealth, Luigi Mangione, detido após uma denúncia feita por um funcionário da McDonald’s. A OXO, marca de utensílios de cozinha, por seu lado, vê-se forçada a lidar com a repercussão de uma notícia falsa que alega que as espátulas de plástico negro da marca libertam toxinas nocivas.

Com as empresas de redes sociais, como a Meta, a deixarem de verificar factos e monitorizar conteúdos falsos, torna-se mais difícil para as marcas navegar num mar de desinformação. Num contexto de forte polarização cultural, os consumidores desconfiam mais das marcas e exigem que estas desempenhem um papel importante no combate à desinformação.

Redes de influenciadores e comunicação coerente entre as soluções

De acordo com especialistas contactados pela Ad Age, as marcas precisam de estar preparadas com uma estratégia e um protocolo de crise caso se envolvam em controvérsias ou em falsas narrativas. “A imagem de uma marca e a sua reputação são tão preciosas como os dados pessoais”, afirma Pam Jenkins, diretora de assuntos públicos da Weber Shandwick.

Os ‘marketers’ devem também cultivar uma rede de apoiantes, incluindo influenciadores pagos e criadores de conteúdos, que podem ser mobilizados conforme necessário. Se uma informação falsa começar a espalhar-se, as marcas devem contactar de imediato estes grupos e apresentar-lhes uma narrativa alternativa. “Certifiquem-se de que os defensores, aliados e amigos da vossa marca estão por perto e de que construíram essas relações ao longo do tempo”, acrescenta Pam Jenkins.

As marcas também precisam de garantir que são vistas como dignas de confiança pelos consumidores, mesmo antes de ocorrer um potencial evento de desinformação. Para tal, é necessário manter a coerência das mensagens e do marketing. Algumas marcas, como o Target, passaram anos a desenvolver campanhas de marketing à volta da diversidade, da equidade e da inclusão, mas recentemente recuaram. Como resultado, têm sido alvo de boicotes.

“Com a desinformação, a construção da confiança é fundamental, e ganhar essa confiança é mostrar, e não dizer, que se é digno de crédito”, considera Peña Brower, sócia fundadora e diretora de operações da consultora de marketing e estratégia NewWorld, sublinhando que as marcas devem provar isto diariamente através das respetivas comunicações e ações.

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JC Decaux assina com Strada Outlet e instala rede 100% digital

“As soluções digitais da JC Decaux, incluindo a oferta Programmatic Digital Out-Of-Home (pDOOH), proporcionarão às marcas uma comunicação mais direcionada e eficaz e integrarão o Strada Outlet (na foto)”, avança a JC Decaux

No âmbito do contrato assinado com o Strada Outlet por dez anos, a JC Decaux é responsável pela instalação de uma rede 100% digital, composta por 20 ecrãs digitais com dois metros quadrados de área, nas zonas de maior circulação desta superfície comercial, detida pela Mundicenter,

A nova infraestrutura visa oferecer “uma plataforma de comunicação premium, impactante, dinâmica e adaptada aos hábitos de consumo modernos”, conforme refere a empresa em comunicado.

Philippe Infante, diretor-geral da JC Decaux Portugal, considera que “o novo contrato vem reafirmar a confiança que a Mundicenter deposita, há mais de dez anos, na qualidade e eficácia das soluções de comunicação da JC Decaux. Sendo o Strada um ativo com uma audiência e posicionamento únicos, estamos certos de que iremos aliar a tecnologia à criatividade e proporcionar às marcas uma presença robusta e relevante”.

As novas soluções digitais incluem também a oferta Programmatic Digital Out-Of-Home (pDOOH), permitindo uma comunicação mais segmentada, integrada na transformação digital do setor.

O Strada intitula-se como o principal outlet da capital, tendo registado cerca de 7,5 milhões de visitantes, em 2024. Enquanto parceira da Mundicenter, a JC Decaux explora também soluções de comunicação nos centros comerciais Amoreiras Shopping Center, Braga Parque, Oeiras Parque, Spacio Shopping e Forum Aveiro.

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Judas cria a primeira campanha da Amigo

A campanha de lançamento da marca de telecomunicações de baixo custo (na foto), que pertence à Vodafone, é protagonizada por quatro amigos, que apresentam o serviço e representam as diferentes características da marca

A Judas é a responsável pela criatividade da primeira campanha da Amigo, marca de telecomunicações de baixo custo que pertence à Vodafone, para a qual já tinha criado a marca e a estratégia digital.

“Estamos muito orgulhosos de ter feito algo inédito em Portugal, pela primeira vez uma agência foi responsável por criar uma marca de um novo serviço de telecomunicações, desenvolver a estratégia de comunicação 360º, digital e a campanha de lançamento. Um processo longo no qual ganhámos novos amigos. Em especial uma equipa de marca que se tornou parte da família Judas”, refere Vasco Thomaz, diretor criativo da Judas, citado em comunicado de imprensa.

A campanha de lançamento da Amigo é protagonizada por quatro amigos, que apresentam o serviço e representam as diferentes características da marca. “Estes personagens vão acompanhar os portugueses na descoberta dos serviços amigo, explicando de forma próxima e divertida que a relação com as telecomunicações pode ser simples, só com o essencial, e a um preço mais baixo”, avança o comunicado da Judas.

O objetivo é apresentar a Amigo como uma marca que prometer só o que é preciso, “nem mais, nem menos, nem aquelas coisas estranhas que aparecem na fatura e que ninguém sabe bem o que são”, explica o comunicado. A campanha, que já está no ar em televisão, digital e redes sociais, “mostra que a Amigo é mais do que uma operadora: é uma nova atitude num mercado que precisa de novas soluções simples”, argumenta Vasco Thomaz.

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