Nova campanha da McDonald’s recorda presenças da marca em produções de êxito (com vídeo)
“Como aparece em” é o nome da nova campanha publicitária portuguesa da McDonald’s. Em alinhamento com a estratégia promocional global da insígnia norte-americana, a versão nacional de “Famous orders” arranca […]
Nova campanha da McDonald’s recorda presenças da marca em produções de êxito (com vídeo)
“Como aparece em” é o nome da nova campanha publicitária portuguesa da McDonald’s. Em alinhamento com a estratégia promocional global da insígnia norte-americana, a versão nacional de “Famous orders” arranca […]
“Como aparece em” é o nome da nova campanha publicitária portuguesa da McDonald’s. Em alinhamento com a estratégia promocional global da insígnia norte-americana, a versão nacional de “Famous orders” arranca hoje e prolonga-se até dia 16 de outubro em 193 dos 194 restaurantes da popular cadeia de restauração em Portugal. O do Aeroporto de Lisboa é a exceção.
Além dos pontos de venda, marca também presença em exterior e no digital, nas redes sociais e em display. Para televisão, a TBWA Lisboa adaptou, em exclusivo para o mercado nacional, o vídeo que recorda as presenças da McDonald’s em produções internacionais de renome, como é o caso das séries “Seinfeld” e “Friends” e de filmes como “Velocidade furiosa” ou “Um príncipe em Nova Iorque”.
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“Todos têm um pedido McDonald’s, não importa o quão grande ou famoso és” é o mote da comunicação estratégica, que acompanha também o lançamento de um novo menu promocional com um packaging especial, composto pelos pedidos favoritos de muitos dos fãs da marca e dos famosos nas diferentes produções cinematográficas internacionais selecionadas.
“O packaging do menu disponibiliza ainda um código QR na embalagem do Big Mac que dá acesso a uma landing page com merchandising da McDonald’s, [desenvolvida] em parceria com a marca internacional Palace”, informa a empresa em comunicado de imprensa.
“Com esta campanha, reforçamos a relevância cultura da McDonald’s e a sua globalidade de uma forma como só a McDonald’s pode fazer, celebrando os pedidos mais famosos e as referências mais memoráveis da marca no mundo do entretenimento”, refere também Sérgio Leal, diretor de marketing da McDonald’s Portugal.
O anúncio do novo Papa, Leão XIV, não é apenas um momento histórico para a Igreja Católica, mas também um gatilho imediato para as marcas. De forma quase instantânea, vários anunciantes reagem nas redes sociais com campanhas criativas que rapidamente se tornam virais.
Em Portugal, as marcas não tardam a responder, fazendo-o com humor, agilidade e referências ancoradas na linguagem papal. A Control é uma das primeiras a entrar em cena, com uma publicação que estabelece uma ligação entre o emblemático “Habemus Papam” e a disponibilidade dos seus produtos, escrevendo “Habemus quando é possível…”.
A Sumol aproveita a ocasião para promover o novo sabor de limão. A campanha é apresentada como se de uma deliberação do conclave se tratasse. “SUMO-L Pontífice afirma: o nosso conclave já decidiu. Há Sumol de limão até ao fim do verão”. A criatividade da associação de palavras e a estética da publicação ajudam a captar a atenção dos consumidores e a reforçar o ADN leve e jovem da marca.
A Cerelac opta por um estilo mais minimalista, mas igualmente eficaz. Basta escrever “Habemus” numa imagem simples para evocar de forma direta a frase tradicional que marca a eleição de um novo Papa.
A Midas também aproveita a simbologia do momento para associar os serviços ao anúncio do novo Papa. A publicação mostra um automóvel com fumo branco a sair do escape, acompanhada da frase: “Fumo branco? Habemus Midas”.
Marcas como a Staples e o Ikea juntam-se igualmente ao momento, com publicações que tiram partido da expressão “Habemus” para criar associações inesperadas com os seus produtos. No caso da Staples, a ligação é feita com o mundo da papelaria e organização, enquanto o IKEA recorre ao habitual tom lúdico para integrar o acontecimento no universo doméstico.
Nos Estados Unidos, equipas desportivas de Chicago, cadeias de fast food e outras marcas usam a ligação geográfica com a cidade natal do novo Papa para reforçar a identidade local ou transmitir mensagens de orgulho nacional. Outras recorrem a trocadilhos ou imagens que exploram a novidade histórica de se tratar do primeiro pontífice norte-americano.
Veja abaixo como as marcas norte-americanas reagem à nomeação do primeiro Papa norte-americano na história da Igreja Católica.
Nuno Riça é jurado de ‘shortlist’ de Films em Cannes
“Vai ser uma injeção em dose industrial das melhores ideias do mundo, um privilégio. Pede-se exigência, sentido de responsabilidade e justiça na avaliação, mas conto divertir-me muito pelo caminho”, refere Nuno Riça (na foto), em declarações ao M&P
Nuno Riça, diretor criativo da Bar Ogilvy, é jurado de seleção da ‘shortlist’ na categoria Films do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade. É também o único criativo em representação de agências nacionais a integrar um júri da edição deste ano do festival, que decorre em Cannes de 16 a 20 de junho.
“Espero ver muitos exemplos de excelência daquilo a que a indústria criativa já nos habituou ser capaz, com muita frescura, ‘craft’ imaculado, relevância e impacto. Mas confesso que estou mais ansioso por ver o que nunca pensámos ser possível, o supostamente inconcebível mas que afinal bate certo, ideias que criam um novo padrão”, refere Nuno Riça em declarações ao M&P.
O diretor criativo da Bar Ogilvy, desde 2020, considera que a seleção dos trabalhos a concurso, que posteriormente serão votados para prémio por outro grupo de jurados, “vai ser uma injeção em dose industrial das melhores ideias do mundo, um privilégio. Pede-se exigência, sentido de responsabilidade e justiça na avaliação, mas conto divertir-me muito pelo caminho”.
O trabalho de Nuno Riça é reconhecido nos principais festivais de criatividade e eficácia, em Portugal e no Cannes Lions, incluindo um Leão de Ouro em 2022, ao longo do percurso profissional em que trabalha marcas como Galp, TAP, Millennium, Nestlé, Frize, Olá e Jogos Santa Casa. Nascido em Lisboa, é licenciado em relações públicas e publicidade e começa a estagiar na BBDO, em 2006, como redator. Seguem-se a Strat e a Havas Worldwide, até 2013. Posteriormente, passa cinco anos na Bar Lisboa e transita para a Bar Ogilvy.
Em relação ao desempenho das agências portuguesas, Nuno Riça defende que “precisamos de ganhar consistência em Cannes, temos potencial para isso e acredito que as agências portuguesas podem dar mais um passo nesse sentido este ano”.
O júri de seleção de ‘shorlist’ abrange especialistas globais de todas as indústrias criativas, de 79 mercados e divididos pelas várias categorias do festival, em que o Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Islândia e Mongólia estão representados este ano pela primeira vez. Marian Brannelly, diretora global de prémios do Cannes Lions, considera que “o júri de seleção de 2025 é um verdadeiro reflexo da natureza global da criatividade hoje. A adição de novos mercados como Azerbaijão, Bósnia e Herzegovina, Islândia e Mongólia é uma prova da crescente influência criativa e das economias dessas regiões”.
O jogo que pode decidir o campeão nacional está na origem dos dois anúncios da nova vaga comunicacional da operadora, protagonizados por Pote, Geovany Quenda, Fredrik Aursnes, Vangelis Pavlidis e Júlio Isidro
A segunda vaga da nova campanha da Nos, ‘Liga Tudo A Que Ligas’ (na foto), tira partido do dérbi que opõe o SL Benfica ao Sporting CP a 10 de maio, apresentando dois filmes publicitários, um para cada equipa. Com criatividade da agência O Escritório, produção de Estela Rocha e da Krypton Films, realização de Augusto Fraga e estratégia de meios da Arena Media, os filmes contam com a participação dos futebolistas Pote, Geovany Quenda, Fredrik Aursnes e Vangelis Pavlidis e do apresentador de televisão Júlio Isidro.
“Reforçando o propósito da campanha, continuamos a apostar em ligar as pessoas às suas paixões, e, se há algo que apaixona os portugueses, é o futebol. A poucos dias do dérbi que poderá decidir quem será o próximo campeão nacional, lançamos novos spots que vêm reafirmar a sua relação com o futebol e a parceria com os dois clubes”, explica a Nos em comunicado de imprensa.
Divulgados em televisão e digital desde 8 de maio, os anúncios amplificam a campanha, que terá mais momentos relacionados com a final do campeonato de futebol nacional e com a celebração do título. Os próximos anúncios são revelados antes do fim do mês. “Todos estes spots estão alinhados com o objetivo da marca se tornar mais relevante para os portugueses, mais atual e capaz de acompanhar as conversas do momento”, salienta o documento.
Estudo do Cannes Lions revela que só 13% dos anunciantes está aberto a campanhas publicitárias que desafiem a criatividade, com 51% a assumirem incapacidade para gerar ‘insights’ fortes
Os anunciantes estão com mais medo de arriscar. Segundo o estudo ‘State of Creativity 2025: A Call For Confidence’ (na foto), divulgado pelo Cannes Lions, 87% das marcas têm aversão ao risco, sendo que apenas 13% estão abertas a campanhas publicitárias que rompam com os padrões convencionais e desafiem os limites da criatividade.
“Os resultados da pesquisa mostram que, em grande parte devido à falta de ‘insights’ sólidos e de relevância cultural, estamos a ver menos anunciantes a assumir riscos criativos, com muitos a ficarem-se pelos limites tradicionais e a não irem além das convenções, das barreiras que condicionam a confiança criativa e as impedem de gerar melhores resultados comerciais a longo prazo”, revela Patrick Jeffrey, vice-presidente do Lions Advisory, citado no estudo.
De acordo com a análise, que tem por base as respostas de mil ‘marketers’ e criativos de todo o mundo a um inquérito promovido entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, 51% das marcas assumem a incapacidade de conseguir gerar ‘insights’ suficientemente fortes para potenciarem a criatividade das campanhas. Apenas 13% consideram que os que apresentam às agências criativas têm força suficiente para originar anúncios que se destaquem pelo lado criativo.
“A investigação mostra que a aversão ao risco está a atrapalhar as empresas, com 29% das marcas a admitirem ser altamente avessas ao risco”, refere o documento. Além da falta de compreensão e clareza sobre o que constitui um ‘insight’ de boa qualidade, o estudo refere que o tempo alocado para o desenvolvimento de ‘briefings’ mais pormenorizados “tende a ser insuficiente”, até porque essa tarefa “não é considerada das mais prioritárias”.
“No entanto, as marcas que assumem riscos geram margens de lucro quatro vezes superiores, de acordo com pesquisas do World Advertising Research Center (WARC) e da Kantar, e, como relata a Deloitte, as que revelam maior propensão para assumir riscos criativos têm 33% mais probabilidades de ver um crescimento de receitas a longo prazo”, salienta o estudo, que já vai na quinta edição anual.
57% das marcas têm dificuldade em acompanhar tendências
A análise do Cannes Lions defende que, quanto mais forte for a relação entre anunciantes e agências criativas, maior será a capacidade das marcas de desenvolverem ‘insights’ com uma qualidade superior. “Tanto as equipas como os métodos devem ser pluralistas para evitarem preferências pessoais em detrimento da compreensão do consumidor, sendo que o uso de inteligência artificial (IA) e de dados sintéticos pode aumentar a eficiência e reduzir enviesamentos e limitações”, recomenda o estudo.
O inquérito internacional revela ainda que 57% das marcas têm dificuldade em acompanhar tendências e adaptar-se à conjuntura cultural. “O relatório mostra uma correlação positiva entre a capacidade e a perceção dos anunciantes para reagirem a mudanças culturais face à aversão ao risco, com apenas 12% a considerarem que o fazem de uma forma que pode ser considerada excelente”, refere a análise.
“Os desafios que limitam uma maior agilidade cultural prendem-se com as muitas fases que costumam marcar os processos de aprovação, além dos recursos e investimentos limitados e das dificuldades em conseguir alinhar os ‘insights’ das marcas com as tendências culturais. As empresas são aconselhadas a construir estruturas que permitam ações rápidas e estratégicas. As marcas que assumem riscos e que se distinguem criativamente são mais bem sucedidas”, garante o relatório.
“O inquérito deste ano mostra também que os anunciantes estão a migrar cada vez mais para planeamentos de curto prazo, com a percentagem dos que o fazem a aumentar de 53% em 2023 para 63% em 2025”, revela o estudo.
O relatório recomenda aos anunciantes o reforço do investimento na formação. “À medida que as equipas melhoram as suas capacidades, aumenta também o apetite por trabalhos maiores e mais ousados”, assegura Patrick Jeffrey.
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto uns concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos ou na formação de funcionários
O número de agências a nomear profissionais para o cargo de diretor de inteligência artificial (IA) tem vindo a aumentar, refletindo o papel crescente que a IA assume nas estratégias empresariais, noticia a Ad Age. Nos últimos três meses, tanto a Stagwell como a Monks nomeiam diretores de IA, enquanto o IPG cria uma posição executiva focada no desenvolvimento das capacidades comerciais com IA.
A função tem significados diferentes consoante a agência e abrange diversas áreas de atuação. Enquanto alguns diretores de IA concentram-se na revisão das operações internas, outros centram-se no trabalho com os clientes, na venda de produtos e na seleção de parcerias. Alguns destes executivos são também responsáveis pela educação e formação dos funcionários, bem como pela gestão da ética e da governação.
A nomeação de um líder dedicado à IA ajuda as agências, que investem milhões nesta tecnologia, a tirar o máximo partido da mesma. No entanto, esta é uma função que requer adaptação e responsabilidade. A maioria dos diretores de IA tem experiência em dados e automação, mas nem todos têm experiência em agências tradicionais.
Os diretores de IA são responsáveis pelo desenvolvimento de ferramentas e sistemas que simplificam o trabalho dos funcionários e dos marketers, mas também têm de garantir que as ferramentas que desenvolvem são construídas de forma responsável e ética.
É o caso de Daniel Hulme, diretor global de IA do WPP, que está a desenvolver agentes de IA para ajudar o WPP em tarefas como a compra de meios e soluções de ‘back-end’, mas também é responsável por garantir que os sistemas de IA são seguros e se comportam de forma sensata.
Estes profissionais devem ainda manter-se a par dos mais recentes desenvolvimentos da tecnologia e saber democratizar a informação em toda a equipa, educando os funcionários e aliviando as suas preocupações, segundo revelam alguns dos executivos contactados pela Ad Age.
Há 38 projetos em ‘shortlist’ nos Briefs Abertos CCP 2025
Os desafios, lançados em parceria com as marcas Betclic, Leroy Merlin, Nos/WTF e Zippy, deram origem a 161 propostas, apresentadas por 362 jovens criativos. Os vencedores são conhecidos no dia 23
Dos 161 projetos apresentados por 362 jovens criativos em resposta aos quatro desafios dos Briefs Abertos CCP 2025, 38 integram a lista de finalistas. “Este ano, a iniciativa conta com dez trabalhos em ‘shortlist’ no Brief Aberto Betclic, nove trabalhos no Brief Aberto Nos/WTF, nove trabalhos no Brief Aberto Leroy Merlin e também dez trabalhos no Brief Aberto Zippy”, informa o Clube da Criatividade de Portugal (CCP) em comunicado de imprensa.
Um júri, composto por representantes das marcas e profissionais convidados pelo CCP, avalia os trabalhos, com os vencedores a serem conhecidos no dia 23 de maio, durante a 27ª Gala de Entrega de Prémios CCP, que terá lugar na Fábrica de Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.
“Os vencedores na ‘shortlist’ ganham a anuidade sócio CCP, passando a integrar o Diretório CCP e a ser membros do ADCE. Têm também acesso a descontos no festival, nas atividades e nos parceiros. Aos grandes vencedores dos Briefs Abertos 2025 soma-se o prémio de €1.000, a possibilidade de ser jurado júnior no Festival CCP e ainda de representar Portugal em iniciativas do ADCE”, informa o documento.
BT-03 – Marta Rodrigues, Liliana Dantas e André Elvas BT-04 – Eduardo Mendes Cid e António da Costa Saraiva BT-11 – Rui José da Silva Oliveira e Rodrigo Miguel Caixinha Abrantes BT-13 – Rafael Luis Rodrigues Gomes e Joana Quintela de Noronha Moura BT-26 – Carolina Rodrigues e Pedro Chula BT-30 – Jéssica Lagos e Zé Perdigão BT-38 – Elsa Nogueira BT-41 – Carolina Leitão e João Tavares BT-44 – Francisco Lopes Lampreia, Tetyana Golodynska e Miguel de Abreu Duarte BT-53 – Rodrigo Montez e José Sampaio
WTF-01 – Ana Beatriz Ribeiro e Flor Kong WTF-24 – David Canaes e Francisco Roque do Vale WTF-25 – Patricia Barros Francisco e Pedro Chula WTF-32 – Tiago Pereira, André Nunes e Marisa Ferreira WTF-43 – Ana Luísa Dias Santos e Duarte Dargent de Figueiredo WTF-44 – Beatriz Martinho e Catarina Moura WTF-46 – Raquel Aguiar e Pedro Escarameia WTF-54 – Carolina Leitão e Mariana Cordeiro WTF-57 – Marta e Sena Nunes e Leonor Ventura Pedro
LM-05 – Udo Döhler Neto LM-06 – Marta Rodrigues, Liliana Dantas e André Elvas LM-09 – Guilherme Vasques e Cláudia Encarnação LM-11 – Liza Semegen LM-25 – Patricia Barros Francisco e Zé Perdigão LM-29 – Carolina Leitão e João Tavares LM-31 – Rita Costa e Bernardo Barros LM-33 – Henrique Santos e Marta Carrilho LM-34 – Duarte de Figueiredo e Mário Correia Aleixo
ZP-01 – Maria Panarra, Beatriz Ryder e Patrícia Caxatra Coelho ZP-02 – Débora Gonçalves Patrocínio ZP-13 – Joana Antunes e Mariana Trindade ZP-24 – David Canaes e Francisco Roque do Vale ZP-31 – Maicon Douglas de Oliveira Costa e Maria Vaz De Oliveira ZP-33 – Inês Soares Furtado Amaral Design ZP-34 – Beatriz Almeida e Henrique Santos ZP-38 – Tiago Dias Filipe e Mariana Casaca Afonso ZP-45 – André Coelho e Pedro Escarameia ZP-48 – Manuel Stock e Renato Porfírio
A marca de moda francesa, que colaborou com a Max na produção da série ‘The White Lotus’, escolhe o ator, que interpreta a personagem Greg Hunt, para protagonizar a nova campanha
A Jacquemus procura capitalizar o êxito da terceira temporada da série ‘The White Lotus’, ao escolher Jon Gries (na foto) como o novo rosto da marca. O ator norte-americano, que interpreta a personagem Greg Hunt, protagoniza a campanha de primavera/verão 2025 da marca, fotografada por Andrew Jacobs e filmada por Yoann & Marco, num campo de golfe.
Os anúncios mostram o ator, que faz 68 anos a 17 de junho, com peças da nova coleção da marca, a segurar bananas, o fruto que aparece nos boxers que Jon Gries exibe num dos looks. A banana também integra o padrão do vestido que a Jacquemus apresentou no desfile de moda que realizou em janeiro, em França. A campanha já está a ser divulgada em imprensa, meios digitais e redes sociais.
Jon Gries, que tem apenas 67,6 mil seguidores no Instagram, é o único ator a figurar nas três temporadas da série ‘The White Lotus’, com a audiência do último episódio da terceira temporada a atrair a atenção de 6,2 milhões de espectadores, mais 1,4 milhões do que os 4,8 milhões que viram o final da segunda. De acordo com o The New York Times, a terceira história da série já foi vista por cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.
A Jacquemus colaborou com a plataforma de streaming Max na produção de ‘The White Lotus’, desenvolvendo figurinos para várias personagens. Alex Bovaird, a figurinista que assina os looks das personagens nas três temporadas, trabalhou com o designer Simon Porte Jacquemus na criação de alguns dos visuais que Chloe, personagem interpretada pela atriz Charlotte Le Bon, usa na produção.
Uma das criações da Jacquemus que a atriz Charlotte Le Bon usa na terceira temporada de ‘The White Lotus’
A ‘Whatever’s Comfortable’, da Southern Comfort, é a campanha que Miguel Valente, diretor criativo da Winicio, gostaria de ter feito. ‘4 Anos de Isolamento’, da Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer, revela na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?
A confiança da personagem masculina a caminhar despreocupada pela praia, imersa no seu próprio mundo, sem se preocupar com a opinião dos outros, é o que Miguel Valente, diretor criativo da Winicio, destaca na campanha ‘Whatever’s Comfortable’ (na foto), criada para a marca de uísques e licores norte-americana Southern Comfort.
A tranquilidade genuína do banhista contrasta com a postura desencantada da protagonista de ‘4 Anos de Isolamento’, o emotivo filme publicitário da Associação Salvador que Miguel Valente realizou quando ainda era redator da MSTF Partners. E que lhe permitiu conquistar o primeiro prémio da carreira.
Qual é a campanha publicitária que gostaria de ter feito?
Gostava de ter feito muitas das campanhas que vejo nas minhas pesquisas, mas se tiver de escolher apenas uma, a que me vem à cabeça é a ‘Whatever’s Comfortable’, a campanha da Southern Comfort lançada em 2012, e criada pela Wieden+Kennedy, uma agência independente de Nova Iorque.
Quais são as razões dessa escolha?
Nesta campanha temos uma confiança genuína, que não depende da aparência do protagonista do anúncio, mas da atitude que ele apresenta. Há um charme natural na forma como caminha despreocupadamente pela praia, imerso no seu próprio mundo, sem se preocupar com o que os outros possam pensar.
O que é que lhe chama mais a atenção na campanha?
O primeiro detalhe que me chamou a atenção foi o bigode do protagonista. A seguir, foi o bronzeado reluzente, que é quase um troféu da experiência de vida que demonstra ter. Mas o que realmente me prende neste anúncio é a sua postura inabalável.
A forma como ele caminha com um ritmo próprio, como se a praia fosse o seu palco e ele o dono absoluto do espetáculo. A escolha da banda sonora, composta pelo tema ‘Hit Or Miss’, de Odetta, reforça ainda mais essa energia de autoconfiança e liberdade. A mensagem é clara: estarmos confortáveis na nossa própria pele é magnético.
A campanha de 2012 da Southern Comfort, protagonizada por um banhista desinibido, é realizada por Tim Godsall FOTO DR
Esta campanha inspira-o a nível criativo?
O que mais me inspira é a mensagem que transmite. Trabalhar em publicidade é isto mesmo, é fugir das fórmulas tradicionais. A criatividade deve vir de um lugar de autenticidade e confiança, essa é a grande lição que retiro desta campanha. As ideias que realmente funcionam são as que não têm medo de ser diferentes e que não seguem as tendências.
Qual é a campanha que fez que mais o concretizou profissionalmente?
Foi a campanha ‘4 Anos de Isolamento’, para a Associação Salvador. Tenho motivos pessoais para a escolher. Além da causa que estávamos a representar, foi uma das minhas primeiras campanhas na rua e o meu primeiro prémio no Festival CCP, promovido pelo Clube da Criatividade de Portugal.
Todo o processo foi uma grande aprendizagem. Na altura, por causa da pandemia, estávamos a trabalhar a partir de casa, o que exigiu uma grande sincronia para dar corpo ao projeto.
Como é que chegou à ideia e avançou para a execução?
A ideia surgiu numa conversa por telefone com o meu diretor criativo. O isolamento social foi o nosso ponto de partida. Se para a maioria das pessoas, a pandemia foi uma realidade passageira, para as pessoas com deficiência o isolamento acaba por ser uma realidade constante. Daqui até à execução, aconteceu tudo muito depressa.
‘4 Anos de Isolamento’, da Associação Salvador, dá a Miguel Valente o primeiro prémio da carreira, no Festival do CCP FOTO DR
As novas tecnologias trouxeram mais desafios à publicidade?
Atualmente, o que mais me fascina é a forma como a tecnologia abriu novas possibilidades para criar. Temos mais ferramentas, mais formatos e uma maior capacidade de interação com o público que antes era impensável.
Isso é uma vantagem ou também é uma desvantagem?
Há os dois lados da moeda. Por um lado, temos mais ferramentas e formatos que permitem uma interação imediata com o público, o que torna a comunicação mais ágil, personalizada e eficaz. Por outro, essa mesma rapidez aumenta a pressão e a necessidade de um fluxo constante de conteúdos, o que pode resultar em mensagens menos impactantes.
O grande desafio é equilibrar inovação e relevância, de forma a garantir que as marcas mantêm a sua autenticidade sem comprometerem a qualidade da comunicação.
É a favor da utilização de inteligência artificial (IA) em campanhas?
Sou a favor da utilização de IA mas apenas na fase de criação, nunca como o produto final que chega ao público. Uma vez que a regulamentação nesta área ainda é escassa, acredito que a IA deve ser usada de forma responsável e complementar à criatividade humana.
Miguel Valente assume a direção criativa da agência de marketing e publicidade Winicio em janeiro de 2025 FOTO DR
Na Winicio, utilizamo-la para agilizar o processo criativo, o que nos permite visualizar conceitos rapidamente e antever o resultado com maior precisão. Isso não só otimiza o tempo como também amplia as possibilidades criativas de toda a equipa.
O que é que faz quando não tem ideias?
O truque é o trabalho em equipa. A folha em branco é sempre um desafio mas com uma conversa entre equipa, somos capazes de transformar os desafios em boas oportunidades. Pelo menos, é o que tenho aprendido na Winicio.
Ficha técnica
Campanha ‘Whatever’s Comfortable’ Cliente Southern Comfort Agência Wieden+Kennedy Diretor criativo Ian Reichenthal Diretor criativo executivo Scott Vitrone Redator Nick Kaplan Produtora Biscuit Filmworks Produtora executiva Holly Vega Assistente de produção Alison Hill Realizador Tim Godsall Diretor de fotografia Edu Grau Diretor de arte Jeff Dryer Editor Gavin Cuttler Pós-produção Sasha Hirschfeld Efeitos visuais Suspect Colorista Tim Masick Engenheiro de som Phil Loeb País Estados Unidos Ano 2012
Ficha técnica
Campanha ‘4 Anos de Isolamento’ Cliente Associação Salvador Agência MSTF Partners Diretores criativos Ivo Purvis e Vasco Thomaz Diretora criativa executiva Maria Bastos Redator Miguel Valente Produtora Take It Easy Produtor Martim Lemos Diretora de contas Paula Cardoso País Portugal Ano 2019
Slideshow produz campanha da Vangest protagonizada por surfista Andrew Cotton
Com a criatividade desenvolvida internamente, a campanha é uma minissérie de ‘spots’ e pretende unir as marcas Moliporex, Distrim 2, Grandesign e EHTP sob a marca Vangest, associando o universo industrial da empresa da Marinha Grande ao surf de ondas grandes
Sob o mote ‘How do I Go Faster?’, a Vangest, empresa especializada em serviços industriais, lança uma nova campanha produzida pela Slideshow e protagonizada por Andrew Cotton, surfista britânico de ondas grandes. A campanha, cuja criatividade é desenvolvida internamente, é composta por uma minissérie de ‘spots’.
O objetivo é unir as marcas Moliporex, Distrim 2, Grandesign e EHTP sob a marca Vangest, associando o universo industrial da empresa da Marinha Grande ao surf de ondas grandes. Intitulados Experience, Gear e Community, os três episódios da campanha fazem o paralelismo entre o universo do surf – através do protagonismo de Andrew Cotton – e os serviços da Vangest.
O primeiro episódio, ‘Experience’, retrata a experiência que tanto a Vangest como Andrew Cotton adquiriram ao longo dos anos, para demonstrar que na dedicação ao trabalho não existem atalhos para se dominar uma área.
No episódio ‘Gear’, é abordada a importância do conhecimento dos materiais e de estar a par das inovações que resultem na otimização de resultados, para manter a consistência no topo. Sob o conceito ‘É crucial rodearmo-nos das pessoas certas’, o terceiro episódio ‘Community’ apresenta os valores da Vangest e de Andrew Cotton, que acreditam na importância de moverem pessoas que dão o melhor para que os objetivos sejam concretizados.
A campanha está no ar a 30 de abril e decorre durante três semanas, com o segundo e o terceiro episódios a serem lançados durante o mês de maio. Através de um plano integrado de meios digitais, a campanha está a ser veiculada no Instagram, LinkedIn, Facebook e YouTube da Vangest.
Ajuste de Contas regressa por mais transparência salarial na publicidade
Na edição de 2021, “foi evidente que havia uma grande insatisfação generalizada com os valores e também a percepção clara de que não existia qualquer tipo de escala nem critério uniforme”, diz ao M&P Teresa Verde Pinho, diretora criativa associada da TBWA\Chiat\Day Nova Iorque e uma das organizadoras do projeto
Lutar por mais transparência salarial na indústria da publicidade, combater a desigualdade de género e expor a precariedade nas agências de publicidade nacionais é o objetivo da segunda edição do Ajuste de Contas, iniciativa das plataformas theFside e Quem é Quem.
Disponível a partir de 1 de maio, assinalando o Dia Internacional do Trabalhador, o projeto iniciado em 2021 é levado a cabo através de um formulário anónimo, disponível nas páginas de Instagram do theFside e do Quem é Quem, para quem trabalha em publicidade partilhar o respetivo salário e condições de trabalho. As respostas são automaticamente compiladas num documento de Excel público, que pode ser consultado em tempo real.
“Num mercado onde falar de salários ainda é visto como um risco, queremos transformar o Dia do Trabalhador num verdadeiro dia de ação, dando a cada um o poder de conhecer melhor o seu valor e exigir aquilo que merece”, refere em comunicado a organização do Ajuste de Contas, composta por Teresa Verde Pinho (diretora criativa associada da TBWA\Chiat\Day Nova Iorque), Nádia Pinto (diretora criativa sénior da VML Portugal) e Maria Inês Leiria (diretora criativa global da VML Portugal).
O formulário deve ser preenchido até 15 de maio, para posterior recolha e análise da informação partilhada, para construir um estudo final sobre a situação salarial e laboral da indústria criativa em 2025, que será divulgado publicamente.
Na edição de 2021, “mais do que tirar grandes conclusões a partir dos dados, o foco era a transparência e a partilha. Ainda assim, foi evidente que havia uma grande insatisfação generalizada com os valores e também a percepção clara de que não existia qualquer tipo de escala nem critério uniforme. Cada pessoa ganhava aquilo que conseguia negociar, sem grandes referências ou regras”, recorda Teresa Verde Pinho em declarações ao M&P.
O projeto Ajuste de Contas destaca que a transparência salarial pode reduzir até 20% a diferença salarial entre homens e mulheres, segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas apenas 17% das empresas comunicam abertamente os salários aos seus colaboradores (dados da Comissão Europeia). “Na indústria criativa, onde falar de dinheiro continua a ser tabu, esta transparência ainda é a exceção e não a regra”, refere o comunicado de imprensa.