Será este anúncio da Crioestaminal demasiado forte? (com vídeo)
A criatividade é da 2034. A Crioestaminal teve o apoio de Pedro Bidarra e João Wengorovius enquanto consultores
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Rui Oliveira Marques
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“Mãe, Pai, guardaram as minhas células?” A pergunta é feita por uma criança no mais recente anúncio de televisão da Crioestaminal, que já obrigou a marca a defender a campanha na sua página no Facebook. A empresa sustenta que mais de 80 doenças podem ser tratadas com recurso às células estaminais do sangue do cordão umbilical e que existe uma hipótese em 200 de que, ao longo da vida, “uma pessoa seja diagnosticada com uma doença cujo tratamento pode estar nestas células do próprio ou de um dador compatível”. É nessa altura que, segundo o anúncio, os pais têm de estar preparados para responder à pergunta do filho. “Quando desenvolvemos a campanha, a Crioestaminal tinha consciência de que a mensagem era forte. A campanha pretende alertar a sociedade para o impacto que estas células podem ter, uma vez que são utilizadas no tratamento de diversas doenças, que podem ocorrer ao longo da vida e em que nem sempre se pensa no momento do nascimento”, disse ao M&P fonte oficial da marca. “Respeitamos todos os comentários, no entanto acreditamos nesta causa e vamos continuar a defendê-la”, completa. A campanha, também presente em imprensa, continuará nos meios até Junho.
Desde que a campanha estreou, têm-se multiplicado na página da marca no Facebook comentários negativos, com alguns consumidores a garantirem que vão apresentar queixa junto da ERC e do ICAP. “Como têm coragem de falar em esperança e futuro quando apelam ao sentimento de culpa dos pais para incentivar a preservação de células estaminais”, questiona Sónia Mendes de Almeida. “Sinto-me torturada, inferiorizada, desrespeitada, mal tratada enquanto mãe, pelo vosso anuncio. Podiam informar sem ofender! A campanha é demasiado agressiva”, escreveu Ana Cláudia no mural da Crioestaminal.
Criatividade da 2034, com apoio de Bidarra e Wengorovius
A campanha foi criada pela 2034, de Marco Dias. A produção dos filmes esteve a cargo da Ministério dos Filmes, com realização de Marco Martins. João Wengorovius e Pedro Bidarra trabalharam como consultores da Crioestaminal no processo de definição da estratégia de comunicação e marketing que levou à escolha da 2034. Ao M&P, Pedro Bidarra disse considerar que “a campanha é forte e tem uma componente de serviço público, para educar as pessoas. Por isso é que no filme a voz de companhia não refere a Crioestaminal”, acrescentando, a propósito das críticas de que o anúncio pode ofender pais com menos recursos, que “mesmo que as pessoas não tenham dinheiro para guardar as células num banco privado, podem optar por um banco público. Aqui não se diz às pessoas para não escolherem o banco público”. “As pessoas e os médicos estão muito desinformados sobre esta questão”, remata.