Edições impressas do Mirror, Express e Daily Star deixam de ser rentáveis em 2031
Os três jornais serão deficitários em “seis a oito anos”, mas não se equaciona a possibilidade de os suspender, apostando antes nas versões digitais para suportar os custos de produção das edições em papel

Luis Batista Gonçalves
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Jim Mullen, CEO da Reach, grupo que detém cerca de 120 publicações, diz que as edições impressas dos jornais Mirror, Express e Daily Star deixam de ser rentáveis em 2031. Apesar de a operação poder vir a ser deficitária, o presidente da ‘holding’ aposta numa estratégia digital que assegure a publicação dos títulos para além dessa data.
“Estamos a investir no digital, em estúdios nos nossos principais sites, para a criação de vídeos e de conteúdos para as redes sociais. Contratámos 60 jornalistas digitais para o negócio só no segundo semestre do ano passado”, revela Jim Mullen, citado no The Guardian.
As receitas digitais da Reach crescem 2,1%, para 130 milhões de libras (€153,9 milhões) em 2024, descendo face a 2023. A editora reporta um crescimento de 8,6% no quarto trimestre do ano passado, sendo a taxa mais rápida em três anos.
“Os Estados Unidos e [Donald] Trump são um presente que continua a dar frutos, porque atraem muito tráfego. Quando é que o digital ultrapassa o meio impresso? É difícil de dizer. Mas não tenho de me preocupar com isso neste momento. Quando o digital ultrapassar o ‘print’, suportará os jornais impressos”, realça Jim Mullen.
Na semana passada, a Reach revelou publicamente que a operação de impressão, que abrange a venda de jornais e a exploração publicitária, gerou 406 milhões de libras (€480,7 milhões) em receitas em 2024, o que corresponde a uma quebra de 6% face a 2023.
“Estamos a manter um negócio de impressão muito querido, mas que está em declínio. Estou a falar de rentabilidade, não do fim dos jornais. Pode demorar seis a oito anos”, salienta Jim Mullen.
Embora o número de jornais vendidos pela Reach caia a uma média de 17% nos últimos meses, o CEO da Reach esclarece que os custos da empresa também têm vindo a diminuir devido à redução do número de exemplares, que faz cair os custos da tinta, do papel, do consumo de energia e da utilização de chapas de impressão.