Marketing

“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

Luis Batista Gonçalves
Marketing

“As marcas próprias já representam 34% das vendas”

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro, explica a modernização da imagem da cadeia grossista, os patrocínios a eventos gastronómicos e a aposta na marca própria

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Luis Batista Gonçalves
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Apesar de estar a patrocinar eventos criados para o consumidor final e a vender produtos como retalhista na plataforma de comércio eletrónico 360hyper e na ‘marketplace’ própria, a Makro continua a assumir-se como grossista, direcionando a maioria da comunicação para o canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés).

Em entrevista ao M&P, Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da empresa, justifica a aposta estratégica no setor da restauração e da hotelaria e fala da evolução do negócio e da nova abordagem comunicacional para rejuvenescer a imagem da marca.

A Makro está a rejuvenescer a imagem. Qual é o posicionamento da marca em Portugal?

Estamos a assumir quem somos ao mercado. Durante muito tempo, as pessoas conheciam-nos como uma marca antiga, como aquela loja grande que só vende para profissionais, mas nunca nos afirmámos como grossistas.

Não está a mudar quem somos, mas o orgulho de dizer quem somos. É isso que se tem vindo a ver na nossa evolução enquanto marca. Hoje, somos orgulhosamente grossistas, uma empresa que serve um setor que é fundamental para o nosso país, que é o canal Horeca. A evolução da marca reafirma este posicionamento.

Embora se afirmem como grossistas, têm produtos à venda em plataformas de comércio eletrónico como o 360hyper, que é um retalhista. Como é que gerem esta dualidade?

70% dos nossos clientes vêm do canal Horeca e o nosso foco é esse setor. É para estes clientes que as nossas lojas são feitas. Vendemos grandes volumes. Dificilmente se conseguem comprar lá muitas coisas à unidade.

A nossa comunicação em loja é completamente diferente da do retalho tradicional. A parceria com o 360hyper é apenas mais uma área de negócio. Tem alguma oferta do nosso portefólio, mas não tem tudo o que temos, até porque o consumidor final não consegue comprar as quantidades e os volumes que vendemos em loja.

A renovação das lojas é pensada tendo apenas em conta as necessidades do canal Horeca?

Sim. Pretendemos ser o parceiro dos nossos clientes e é isso que estamos a querer afirmar, ao renovar a experiência de compra em loja, simplificando-a e tornando-a mais eficiente, até em termos da reposição de ‘stocks’, para garantir sempre produto.

Filipa Herédia, diretora de comunicações, assuntos públicos e responsabilidade social corporativa da Makro FOTO FRAME IT

Na entrada da loja, estão os equipamentos e os utensílios, depois os produtos de higiene e os alimentares e, na reta final, os congelados e os frescos. A comunicação procura dar visibilidade a esses setores, dando até palco aos nossos clientes nas comunicações que fazemos.

A Makro chega a Portugal há 35 anos como grossista, mas tem vindo a alargar o leque de consumidores. Como é que estão a comunicar para conquistar novos clientes?

O nosso foco é o canal Horeca. A estratégia e a transformação do negócio que estamos a fazer é direcionada para esses consumidores. Sendo uma rede de lojas profissionais à qual qualquer negócio pode ter acesso, como um escritório de advogados ou uma agência criativa, por exemplo, temos uma área de negócio que não podemos descurar. Mas o nosso foco, a 100%, é a restauração, a hotelaria e os cafés.

Como é que a marca comunica?

Temos uma estratégia que é definida pela equipa de marketing, que recorre muito ao marketing digital e que é complementada com uma estratégia de comunicação ao cliente através de SMS e newsletters.

Temos também os nossos catálogos, redes sociais e uma revista, a Mundo Makro, que nos promove de forma mais generalista. O tipo de comunicação que fazemos é mais ‘below-the-line’, com exceção de algumas campanhas que, cirurgicamente, vamos fazendo, em televisão e na rádio.

Em termos de comunicação, quais são os objetivos estratégicos para 2025?

A comunidade gastronómica continua a ser o principal foco. Além de a apoiar, vamos continuar a dar-lhe visibilidade, valorizando também a produção nacional. A nível da sustentabilidade, estamos a trabalhar, em termos de comunicação, em novos projetos nacionais e em projetos europeus que temos de implementar, que ainda não podemos divulgar.

A estratégia de comunicação para 2025 difere muito da de 2024?

Consolida-a. Vamos evoluindo e explorando novas áreas para comunicar mas, nesta fase, o caminho é reafirmar o posicionamento de grossista. Não vamos mudar substancialmente, mas vamos inovar. Queremos sempre surpreender e captar a atenção.

Apresentam-se como parceiros para todas as ocasiões. Este conceito vai continuar a nortear a estratégia de comunicação?

O sucesso do negócio dos nossos clientes é o nosso sucesso. Acaba por ser esse o nosso ‘claim’. É assim que vemos a forma como trabalhamos e o sermos parceiros está inevitavelmente associado a este posicionamento, que nos define.

A aposta nos eventos gastronómicos

A aposta em eventos gastronómicos é local ou faz parte da estratégia internacional da Makro?

A nível internacional, cada mercado tem a sua estratégia, mas é inevitável que o canal Horeca e a gastronomia andem de mãos dadas e, enquanto parceiros de negócio, devemos ser um dos grandes apoiantes desses momentos, em Portugal.

FOTO FRAME IT

A gastronomia está muito em voga, mas há 35 anos, quando houve o evento Chefe Cozinheiro do Ano, que hoje em dia é o Chefe do Ano, a figura de chef existia, mas não era uma coisa de que todos falássemos. Não conhecíamos os chefs nem sabíamos quem eram. Mas a Makro já estava nesses eventos, a dar visibilidade a talentos.

Foram visionários?

Sim. Uma das pessoas que passou pelo Chefe Cozinheiro do Ano foi o Henrique Sá Pessoa, que hoje é um chef com duas estrelas Michelin. Já estávamos nestes eventos gastronómicos antes de terem a visibilidade que têm hoje.

Continuam a patrocinar chefs?

A Makro tem relação com muitos chefs mas, neste momento, não patrocinamos nenhum. Os patrocínios centram-se nos eventos.

A visibilidade é o que leva a Makro a investir nesses eventos?

O Chefs on Fire é o único evento que é direcionado para o consumidor final. O Congresso de Cozinha, o Chefe do Ano, os Prémios Mesa Marcada e a Gala Michelin Portugal são eventos profissionais. Com o Chefs on Fire, a intenção é trabalhar com a comunidade gastronómica, porque é um evento onde a cabeça de cartaz é a cozinha.

A gastronomia tem vindo a ganhar um espaço de destaque, o que nos leva a apoiar o evento, com os nossos ingredientes. No início, até tínhamos lá um espaço aberto ao consumidor final e tínhamos esta relação, mas entretanto mudámos de estratégia.

Porquê?

Pela transformação que estamos a fazer para nos afirmarmos como grossistas. No evento Chefs on Fire em Cascais, que é o maior, nunca temos um espaço aberto ao consumidor. O espaço a que damos nome, o Makro Chef’s Lounge é uma zona exclusiva para os chefs e para as suas equipas, para reforçar a ideia que é para estes clientes que trabalhamos.

A estratégia é apoiar o evento que lhes dá a oportunidade de terem pessoas a conhecê-los e de descobrirem os restaurantes que representam, também com a intenção de criar uma relação com a comunidade gastronómica. Se o negócio deles crescer, o nosso também cresce. Há uma relação de mutualidade.

Os visitantes do Chefs on Fire apercebem-se da presença da Makro no evento?

Sim, provam os nossos ingredientes, com os quais os chefs cozinham e a marca está visível no espaço, mas de uma forma muito integrada no evento. Estamos presentes de uma forma subliminar, sem o ‘in your face’, e, mesmo assim, conseguimos que as pessoas retenham a Makro como uma das marcas que apoiam o evento.

Voltam a patrocinar o Chefs on Fire este ano?

A informação que temos mostra que estamos no caminho certo. Por isso vamos voltar a patrocinar o Chefs on Fire este ano.

Também renovam o apoio aos outros eventos?

Sim, vamos continuar com a Gala Michelin Portugal, com o Congresso de Cozinha e com os Prémios Mesa Marcada.

Qual é a percentagem do orçamento de comunicação canalizado para esse apoio?

70% do orçamento de comunicação da Makro é afeto ao apoio a eventos, essencialmente gastronómicos.

FOTO FRAME IT

No Chefs on Fire e no festival de gastronomia de Santarém, têm uma grande presença de visitantes fora do canal Horeca. Põem a hipótese de aproveitar esses eventos para fazer ativações de marca com consumidores que não costumam ir às vossas lojas?

O nosso foco não vai passar pelo consumidor final. Enquanto marca, é importante termos esta presença, porque entre os consumidores pode haver sempre potenciais clientes.

Além disso, queremos que seja uma marca que as pessoas tenham sempre presente. Apesar de não ser o foco da nossa estratégia, é inevitável que a comunicação que fazemos atinja o consumidor final.

A associação à música

Tendo em conta a distribuição no 360hyper, uma plataforma de retalho para consumidores finais, ponderam vir a patrocinar eventos desportivos ou musicais?

Pode vir a estar nos nossos planos. A iniciativa Sabores com Música by Makro é um formato que se insere nessa estratégia. Mas, em vez de patrocinarmos um concerto ou um um festival, levamos a música ao nosso cliente grossista, permitindo-lhe anunciar que vai receber um espetáculo do Diogo Piçarra no seu restaurante num determinado dia, por exemplo, gerando-lhe negócio por essa via.

Estamos cada vez mais a querer encontrar formas diferentes e alternativas para promover o negócio dos nossos clientes do canal Horeca.

Com patrocínios a eventos generalistas chegam mais facilmente ao cliente final. Apesar de terem o vosso ‘marketplace’ digital aberto a todos os consumidores, a estratégia não passa por aí?

Não quer dizer que não possa haver uma possibilidade de trabalharmos outro tipo de eventos, mais direcionados para o consumidor final. O importante é que tenham sempre relevância do ponto de vista do negócio e que também tenham representatividade do nosso cliente nesse evento.

Faz sentido para a Makro investir em comunicação em eventos desportivos?

Sim. Temos uma parceria com o Casa Pia Atlético Clube, promovendo a importância da nutrição no desporto. Lá fora, a Metro, a nossa casa-mãe, patrocina a equipa de futebol alemã Fortuna Düsseldorf. Em Portugal, ainda não o fazemos, mas não quer dizer que não seja um caminho que se possa vir a explorar, mas não para já.

A evolução do negócio

Como é que as vendas têm evoluído?

Apesar de essa não ser a minha área, posso afirmar que temos conseguido ter uma evolução bastante estável. No ano fiscal de 2023/24, atingimos um volume de vendas de €600 milhões.

A aposta no canal Horeca tem aumentado a fidelização à marca?

O nosso posicionamento faz com que 70% dos nossos clientes sejam do canal Horeca. Mas, mesmo aí, apesar de termos uma presença muito forte no setor, temos margem para crescer.

Como é que o vosso ‘marketplace’ digital é comunicado?

Faz parte da nossa abordagem multicanal para os três canais de venda. Além das lojas de ‘cash & carry’, temos o ‘food service distribution’ e o ‘marketplace’. Tentamos ter uma abordagem em que os clientes podem usar os três canais como espaços de compra.

FOTO FRAME IT

O cliente do canal Horeca pode vir à loja para comprar determinados artigos, mas também os pode receber no seu estabelecimento, tendo nesse caso acesso a um sortido maior, que não nos é possível ter em loja pelo espaço limitado de que dispomos. No ‘marketplace’, é possível encontrar uma amplitude grande de sortido não alimentar, o que nos está a permitir crescer na área de suporte da cozinha, que em loja estamos limitados para expor.

Há mais vantagens que o ‘marketplace’ traga ao negócio da Makro?

Além de ser mais um canal de venda e de nos dar um espaço de visibilidade adicional, permite-nos trabalhar com mais fornecedores, aumentando o leque de oferta. O sortido de produtos não alimentares passa, nos últimos anos, de 20 mil para 120 mil artigos, focados nas necessidades dos setores de hotelaria e restauração.

O ‘marketplace’ já representa que a percentagem do negócio?

Estamos em linha com os objetivos de negócio definidos, tendo registado um crescimento de 50% em relação ao ano transato. Mais de 70% das vendas são realizadas com clientes profissionais, cerca de 60% das vendas são efetuadas por clientes com cartão Makro e a taxa de fidelização também se mantém elevada, com cerca de 55% das vendas a serem realizadas por clientes que já efetuaram compras anteriormente.

Zebras, astronautas e estátuas gregas revolucionam promoção da marca

Na comunicação têm privilegiado o humor, como a campanha da Comon em 2024, que enche as redes sociais, os múpis e as lojas Makro de zebras, astronautas e estátuas gregas. A estratégia é para manter?

Foi uma estratégia disruptiva, da nossa equipa de marketing, que traz uma novidade na forma como a Makro comunica. É esse o caminho que temos vindo a seguir.

Temos feito comunicações com mais humor, mais fora da caixa em relação ao habitual. Não diria que vai ser sempre assim, mas é importante mostrarmos que estamos atualizados e mais adaptados ao mercado. A Makro já não é aquela empresa mais envelhecida. É também isso que procuramos transmitir na comunicação.

A websérie ‘Negócios Temperados com Paixão’ é utilizada para mostrar o novo posicionamento. Vão explorar outros caminhos nesta área?

É possível que sim. Essa série fala de histórias reais, de negócios que passam de geração em geração. Os episódios, protagonizados por clientes da Makro, numa perspetiva de valorização, mostram a dureza do que é trabalhar no setor da restauração.

Mas há também uma beleza, principalmente quando é uma família a recordar as histórias dos avós e dos pais quando começaram o negócio. Estas narrativas desvendam o outro lado da gastronomia e da restauração e temos muito orgulho em dar-lhes palco.

Como é que exploram esse ‘storytelling’ para comunicar marcas e produtos?

Há muitas histórias para contar neste setor. Quando cá cheguei, há quatro anos, mergulhei num mundo totalmente novo e, a cada dia, descubro coisas novas. Como é um setor cativante, onde as pessoas que trabalham vivem com muita entrega e paixão, não faltam histórias para partilhar.

O ‘storytelling’ é muito explorado em formatos de ‘branded content’. Também o usam para comunicar com os clientes?

Também. Estamos a fazê-lo para divulgar a plataforma Dish by Makro, uma plataforma de reservas profissionais para restaurantes. Nas redes sociais, também exploramos esse ‘storytelling’, divulgando experiências e testemunhos de clientes.

Marcas próprias representam 34% das vendas

Em termos de consumo, quais são as áreas que têm crescido mais?

O que se nota mais é a abertura de diferentes tipologias de negócios, que leva a uma diversificação. Os produtos para ‘brunchs’ têm uma grande procura, os restaurantes italianos permanecem muito fortes, assim como a comida asiática e a comida típica portuguesa. Os donos desses espaços de restauração acabam por ser os nossos principais clientes.

Mas nota-se que há tipologias de novos negócios a aparecer todos os dias no tecido empresarial português, o que faz com que estejamos atentos para ver se o nosso portefólio é suficiente ou se é necessário fazer algum tipo de adaptação.

As marcas próprias já representam que percentagem do negócio?

A representatividade das marcas próprias tem vindo a crescer. No ano fiscal de 2020/21, representavam 28% do total de vendas, tendo aumentado para os 34% no último ano fiscal, referente a 2023/24.

A promoção de Francisca Fernandes, em outubro, para gerir a oferta e as marcas próprias da Makro, vai dar origem a novos produtos?

A Francisca fazia parte da equipa de compras. Neste momento, está a fazer uma revisão do sortido, procurando perceber o que é que temos que pode não ser tão interessante para o nosso cliente, uma vez que abandonámos um bocadinho o retalho tradicional que tínhamos, para nos focarmos mais no retalho profissional, que é o grossista.

Com esta revisão de sortido, há espaço para detetarmos novas necessidades. Havendo novos produtos, serão imediatamente comunicados aos clientes.

Pode desvendar algumas das novidades?

Ao longo de todo o ano, teremos diversas novidades nas marcas próprias Metro Premium, Sabores Lusitanos, Metro Chef, Metro Professional, Rioba, Sigma, Tarrington House e Aro, mas também nos vinhos de marca própria.

As últimas novidades são as manteigas da Rioba, o sal marinho, os flocos de cebola, as bagas de zimbro e a pimenta-rosa da Metro Chef e os vinhos Monte Baixo Touriga Nacional, Monte Baixo Syrah, Monte Baixo Moscatel de Setúbal e Monte Baixo Special Blend.

A campanha publicitária que a Makro lança em meados de 2024 continua a ser exibida nas lojas do grossista

O portefólio de produtos ‘premium’ é comunicado de forma isolada?

Comunicamos ativamente os produtos premium, através dos catálogos, com muita frequência. Como o nosso sortido é, em grande parte, todo ele fora de série, não fazemos propriamente uma distinção. No caso dos vinhos de marca própria, a comunicação tanto abrange os mais caros como os mais baratos, não fazendo com que seja o preço a definir a qualidade do vinho.

A Makro produz os produtos de marca própria em Portugal?

80% do nosso sortido de marca própria é de produção nacional.

Como é que esses produtos são testados?

Os primeiros a experimentá-los são os colaboradores. Candidatam-se e, quando são selecionados, recebem o produto, experimentam-no e dão-nos feedback, do produto em si e da embalagem.

Novos paradigmas de consumo

A preocupação com uma alimentação saudável está refletida na vossa estratégia de comunicação?

Está, no sentido de divulgarmos a certificação, de termos produtos sustentáveis e de estarmos a apostar na produção local. Temos um portefólio gigante nessa área, para que os nossos clientes possam oferecer esses produtos aos deles. A definição dos menus é feita pelos nossos clientes, só temos que garantir que temos os produtos de que necessitam.

Como é que a sustentabilidade é comunicada, dentro e fora de loja?

Internamente, comunicamo-la muito. Há um relatório da Metro que indica as metas de sustentabilidade do grupo a nível interno, que partilhamos com os nossos colaboradores, para que também estejam aptos a responder às dúvidas dos clientes.

Dentro de loja, temos as indicações da origem dos produtos à vista e, quando temos ações ligadas a essa temática, também as comunicamos externamente, aos media.

O apoio a eventos como o Chefs on Fire, que tem uma política de plástico zero e de redução do desperdício alimentar através do reaproveitamento, também se insere nessa estratégia?

Sim. Em loja, o nosso sortido de utensílios descartáveis sustentáveis é gigante. Isso também mostra a aposta que fazemos para que o nosso cliente, quando tem um serviço de ‘takeaway’ ou organiza um evento, tenha uma oferta mais ecológica, em papel em vez de plástico.

Como é que a estão a utilizar inteligência artificial (IA) na comunicação e nas estratégias de venda?

É algo que estamos a explorar. É uma ferramenta de trabalho, mas o nosso negócio é muito humanizado. Os funcionários das lojas sabem o nome dos clientes e o contrário também sucede. Estamos a explorar como é que a IA nos pode tornar mais eficientes no negócio, mas acredito que o fator humano vai estar sempre muito presente no processo de compra.

A estratégia de ’employer branding’ da Makro, desenvolvida em colaboração com a Tux&Gill, tem os colaboradores da empresa como protagonistas

Há muitos retalhistas e até grossistas globais a investir em ‘retail media’. Também é o caso da Makro?

Não, porque a nossa comunicação é mais ‘below-the-line’. Podemos comunicar ‘above-the-line’, através de ‘outdoors’ ou outros meios, mas fazemo-lo sempre cirurgicamente, para determinadas campanhas, como foi o caso da das zebras, dos fatos espaciais e das estátuas gregas. Mas essa não é a forma como a Makro comunica habitualmente.

Antes de estar neste cargo, trabalha em publicidade e em eventos. Como perspetiva a evolução destas duas áreas em Portugal?

A nível de eventos, está a acontecer muita coisa. Portugal tornou-se no país que interessa a todos os organizadores de eventos, não só para o consumidor final como para o profissional. A nível de publicidade está cada vez mais interessante.

Estamos mais arrojados e inovadores, com uma criatividade forte. Os media digitais e até os meios em papel estão a começar a encontrar novos espaços e formas de comunicar e a publicidade está a acompanhar essa tendência.

 

“A comunicação interna continua a ser o parente pobre”

As estratégias de comunicação interna das empresas são pouco faladas. Por que razão?

A comunicação interna continua a ser o parente pobre da comunicação, tal como o ’employer branding’, que também é pouco falado. No caso da comunicação interna, aplicamos muitas vezes os conhecimentos que trazemos do marketing externo para dentro da empresa.

Não podemos comunicar para fora sem haver um alinhamento interno. E, da mesma maneira que tem que ser espampanante para fora, a comunicação interna também tem de ser aliciante para dentro.

As equipas têm de estar motivadas e têm de acreditar no que estamos a comunicar para fora, senão a campanha das zebras, dos astronautas e das estátuas gregas é muito engraçada para quem a vê, mas internamente não faz sentido.

Como é que a Makro comunica internamente?

Procuramos envolver as equipas para as motivar, para que sintam o mesmo amor pela marca e o deixem transparecer para fora. Parte do nosso trabalho enquanto departamento de comunicação foca-se na comunidade interna, os nossos primeiros ‘stakeholders’.

No caso da campanha que desenvolvem com a Comon, como é que envolvem os funcionários na comunicação?

Fizemos vídeos com os colaboradores a circular pela loja, um com uma cabeça de uma zebra e outro com uma cabeça de astronauta.

Com a loja aberta aos clientes?

Sim, os clientes viram esta ação a acontecer. Esses vídeos foram depois divulgados internamente. Quando lançámos a campanha ‘Leve Mais Pague Menos’, fizemos uma corrida interna nas lojas, para ver qual dos colaboradores é que conseguia encher mais o carrinho e pagar menos. Fomos com os colaboradores para as lojas para testar o conceito.

Também tivemos o Toy a entrar-nos pelo escritório adentro a cantar. Fazemos muitas ativações internas deste género. Não são conhecidas porque não são divulgadas. Mas não é só a Makro que as faz. Há muitas empresas a fazê-lo.

 

‘Employer branding’ é trabalhado pela Tux&Gill

O departamento de comunicação também contribui para a estratégia de ’employer branding’ da Makro?

Sim, o conceito é definido estrategicamente pelo grupo a que pertencemos e, sempre que se implementa em Portugal, cria-se um grupo de trabalho que envolve a comunicação e o marketing, para pensar como é que o desenvolvemos.

Por norma, vamos falar com uma agência. Com o ‘People & Culture’ estamos a trabalhar com a Tux&Gill, que criou um conceito, a partir dos nossos ‘briefings’, relacionado com uma coisa que é muito nossa, muito portuguesa, que é a expressão ‘N formas de’ fazer qualquer coisa, por exemplo, com o N como expressão de grandeza matemática, completamente alinhado com o Makro, que é uma palavra que também remete para algo grande.

Como é que esse conceito é materializado?

Substituímos o ‘N formas de’ pela expressão ‘M formas de’’. Neste momento, ‘M formas de acrescentar valor’ é o nosso ‘claim’ de ’employer branding’. O conceito evoluiu entretanto para uma campanha com os colaboradores, em que cada um explica como é que acrescenta valor à Makro dentro daquela que é a sua área de atuação.

Temos a participação de um empregado do talho, de um funcionário da peixaria, de um colaborador da equipa de vendas e de um diretor de loja. O conceito é bastante amplo e permite-nos criar essa comunicação interna de várias maneiras.

Só internamente?

A ideia era que só vivesse internamente, mas estamos também agora a utilizar esse conceito para comunicar a marca externamente. Esta campanha vive nas nossas redes sociais, está a ser divulgada no LinkedIn. Foi feito um pequeno anúncio, que tem tido algumas declinações.

Estão previstas novas declinações?

Vamos continuar a explorar o conceito, ao longo do ano, com o propósito de falar de quem somos culturalmente enquanto empresa e também no que representamos enquanto lugar para trabalhar. Podemos falar em ‘M formas de’ evoluir ou ‘M formas de’ celebrar. São muitas as possibilidades.

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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A informação foi divulgada no julgamento ‘antitrust’ que envolve a Google e as suas práticas no mercado. A empresa é ainda acusada de utilizar os dados de pesquisa para treinar os modelos de IA

A Google está a ser acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de ter pago à Samsung “grandes quantias” de dinheiro para para colocar a app do Gemini AI pré-instalada nos dispositivos da empresa sul-coreana, noticia a Reuters.

O acordo é semelhante ao estabelecido com a Apple, no valor de 20 mil milhões de dólares (€17,3 mil milhões), para o Google ser o motor de busca padrão dos dispositivos da Apple.

A informação foi apresentada no julgamento ‘antitrust’ que envolve a Google e as práticas no mercado. Segundo David Dahlquist, advogado do Departamento de Justiça, “o acordo envolve um pagamento mensal da Google à Samsung, além de uma percentagem das receitas publicitárias e um bónus de ativação”, argumenta o advogado na declaração de abertura do julgamento de 21 de abril, acrescentado que se trata do “manual do monopolista em ação”.

No julgamento, que está em curso para decidir quais as sanções a aplicar à Google pelo alegado abuso de posição dominante no setor da pesquisa, esta não é a única prova apresentada de que a tecnológica está a tentar alargar este império à IA. David Dahlquist salienta que a Google tem utilizado os dados de pesquisa para treinar os respetivos modelos de IA.

O Departamento de Justiça insta mais uma vez o tribunal a abordar o monopólio de pesquisa da Google, exigindo que a empresa venda o Chrome como parte da solução.

A Google terá utilizado este tipo de acordo de distribuição na pesquisa para manter a liderança no mercado, com Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, responsável pelo caso, a determinar, em agosto de 2024, que a Google tinha estabelecido um monopólio ilegal na pesquisa, referindo os acordos de distribuição como a razão principal.

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Campanha ‘Pobres Managers’ da Factorial apoia quem lidera equipas

A campanha satírica é acompanha de um mocumentário (na foto), criado em parceria com a agência espanhola Fuego Camina Conmigo, que retrata o dia a dia de quem tem a responsabilidade de liderar

A Factorial, plataforma de gestão empresarial, acaba de lançar a campanha ‘Pobres Managers’, com o objetivo de sensibilizar e apoiar os gerentes, que são “os verdadeiros pilares das equipas, muitas vezes esquecidos e sobrecarregados”, refere a Factorial, em comunicado de imprensa.

Num tom satírico, a campanha dá voz aos desafios diários enfrentados por quem lidera, sublinhando a solidão, a exaustão e a pressão que caracterizam as funções de gestão. “Queremos mudar a perceção sobre os gerentes. Tradicionalmente vistos como os ‘maus da fita’, são os que menos apoio recebem. Através desta campanha, damos-lhes voz, empatia e soluções”.

A campanha é veiculada em vários formatos ‘out-of-home’ nas cidades de Lisboa, Oeiras, Braga e Porto, bem como em ‘connected TV’ e plataformas digitais. É ainda lançado um mocumentário, criado em parceria com a agência criativa espanhola Fuego Camina Conmigo, que retrata, com ironia, o dia a dia de quem tem a responsabilidade de liderar.

53% das pessoas em cargos de gestão sentem-se exaustas com o trabalho, ultrapassando a média dos restantes colaboradores, de acordo com o relatório Work Trend Index da Microsoft. Este dado, reforçado por estudos da Harvard Business Review e da DirigeHoy, é o ponto de partida para a campanha, que apela à necessidade de promover o bem-estar dos líderes.

A Factorial pretende mostrar que é possível gerir equipas de forma mais eficaz, recorrendo a ferramentas que automatizam processos repetitivos e libertam tempo para o que mais importa: as pessoas.

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Nuno Borges reforça embaixadores da La Roche-Posay

Além da colaboração com a seleção feminina de futebol, iniciada em 2024, a marca associa-se ao tenista (na foto) para promover os protetores solares e reforçar a importância de proteger a pele

Nuno Borges reforça a lista de embaixadores nacionais da La Roche-Posay. O tenista é o rosto escolhido para promover os protetores solares da marca dermatológica francesa e reforçar a importância de proteger a pele, especialmente no contexto desportivo.

A marca refere que a parceria com o atleta, que dedica grande parte do tempo a treinos e competições ao ar livre, “reflete perfeitamente os valores de marca e é uma inspiração para muitos portugueses”, conclui Inês Carrilho Ribeiro, diretora de ativação de marca La Roche-Posay, citada em comunicado de imprensa.

Depois da colaboração com a seleção feminina de futebol iniciada em 2024, a marca dá mais um passo na missão de sensibilizar para a proteção solar como gesto essencial de prevenção – não só contra o fotoenvelhecimento, mas também contra o cancro da pele.

“Proteger a pele é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. Ao longo da minha carreira, aprendi que o sol pode ser um adversário silencioso, e, por isso, esta parceria com La Roche-Posay faz todo o sentido”, revela Nuno Borges, que tem 54,5 mil seguidores no Instagram.

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“Os maiores ‘players’ do setor estão alinhados em travar os suportes ilegais e restabelecer a ordem no mercado”, diz Ricardo Bastos, CEO da empresa, que reforça a oferta em Santa Maria da Feira (na foto)

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A apresentadora de rádio e televisão (na foto), que tem 270 mil seguidores no Instagram, protagoniza ‘Embrace Memories’, a campanha da coleção primavera/verão 2025 da marca

A apresentadora de rádio e televisão, Catarina Maia, volta a representar a Seaside na nova campanha ‘Embrace Memories’, que promove a coleção primavera/verão 2025 da marca de calçado e acessórios, da qual é embaixadora.

Com produção dos Lalaland Studios e de Diogo Oliveira, a campanha foi fotografada por Frederico Martins, assistido por Gabriel Rosa, com estilismo de Tiago Miguel Andrade, cabelos de Alex Origuella e maquilhagem de Inês Aguiar. As primeiras imagens da campanha, com videografia de Madalena Moura, já estão a ser divulgadas em media, em digital e em loja.

A locutora da Mega Hits e apresentadora da RTP, que tem 270 mil seguidores no Instagram e 76,5 mil seguidores no TikTok, foi anunciada como a nova embaixadora da marca em maio de 2024, sucedendo a personalidades como Mafalda Castro, Pedro Teixeira, Sofia Ribeiro, Catarina Gouveia e Rita Pereira.

“Catarina Maia, figura conhecida da rádio, da televisão e das redes sociais, é a escolha ideal para, mais uma vez, representar a marca, numa sintonia de valores que reforça a renovação da imagem da marca e a aproximação a públicos mais jovens”, explica a Seaside em comunicado de imprensa.

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73% dos ‘marketers’ reforçam investimento em embaixadores

As parcerias com celebridades, além de atraírem mais atenções, também geram taxas de aprovação maiores, na opinião de 34% dos inquirido, revela um estudo da agência de marketing Billion Dollar Boy

73% dos ‘marketers’ planeiam reforçar o investimento em embaixadores em 2025, revela um estudo da agência de marketing de influência global Billion Dollar Boy, realizado a partir de um inquérito a 500 diretores de marketing e gestores de marca britânicos e norte-americanos. Nos Estados Unidos, a percentagem chega aos 85%, enquanto que no Reino Unido ronda os 61%.

De acordo com a análise, 61% dos ‘marketers’ aumentaram o investimento em embaixadores em 2024, com 36% dos inquiridos a garantirem que a contratação de figuras públicas para promover marcas, produtos e serviços torna a comunicação com os clientes e com os potenciais consumidores mais autêntica.

“A nossa investigação mostra como as figuras que emprestam a imagem a produtos e serviços estão a ganhar espaço à medida que as marcas reconhecem o seu valor no alcance de comunidades de nicho, através de relações fiáveis ​​e ágeis que permitem que acompanhar a evolução do mercado”, sublinha Thomas Walters, cofundador da Billion Dollar Boy e CEO da filial europeia da agência, nas conclusões do estudo.

Campanhas com embaixadores geram mais envolvimento

As parcerias com celebridades, além de atraírem mais atenções, também geram taxas de aprovação maiores, na opinião de 34% dos inquiridos. Para 32% dos ‘marketers’, as parcerias com as figuras públicas também geram um envolvimento maior com os consumidores.

Segundo o estudo, 31% dos profissionais consideram que o marketing de influência que recorre a embaixadores melhora a comunicação das marcas, com 28% a referirem que ter embaixadores conhecidos torna o custo das campanhas mais eficiente, além de aumentar as taxas de memorização.

“Os embaixadores das marcas sempre foram um pilar do marketing mas a sua popularidade tem oscilado à medida que as campanhas de influenciadores de curta duração passaram a ser priorizadas quando se pretendem resultados rápidos em termos de notoriedade e de objetivos de vendas”, conclui Thomas Walters.

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Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira promovem Bioderma

A campanha de apresentação do protetor solar foi desenvolvida internamente pela Bioderma Portugal, conta com a dupla de influenciadores (na foto) e está a ser divulgada no Instagram da marca

Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira são os embaixadores nacionais de Bioderma e dão a conhecer o novo fotoprotetor Photoderm XDefense SPF50+. A campanha digital de apresentação do produto foi desenvolvida internamente pela Bioderma Portugal e está a ser divulgada no perfil de Instagram da marca.

“Quisemos mostrar que em cada rotina, há sempre um passo comum: a proteção solar. Acreditamos que isto faz com que o consumidor se identifique e recrie o gesto”, explica ao M&P Beatriz Queiroz, diretora de marketing da Bioderma, marca do grupo Naos.

O anúncio, que mostra momentos do quotidiano de Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira, recria um arraial alfacinha nos santos populares, estando também a ser preparado um evento inspirado nas festividades para dar a conhecer a novidade a jornalistas e influenciadores, a 13 de maio, em Lisboa.

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Marcas britânicas reduzem orçamentos de marketing pela primeira vez em quatro anos

Os orçamentos de publicidade no Reino Unido encolheram nos primeiros três meses do ano antevendo uma escalada da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, segundo dados do Institute of Practitioners in Advertising

Os anunciantes britânicos estão a reduzir os orçamentos de marketing pela primeira vez em quatro anos de acordo com dados do Institute of Practitioners in Advertising (IPA), antevendo uma escalada da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, noticia o Financial Times.

“Com receio do impacto das tarifas de Trump na economia mundial, é compreensível que as empresas no Reino Unido tenham adotado uma abordagem cautelosa de ‘esperar para ver’ relativamente aos gastos com marketing neste trimestre”, considera Paul Bainsfair, diretor-geral do IPA, citado no Financial Times.

Segundo os dados do IPA, os orçamentos de publicidade encolheram nos primeiros três meses do ano. Cerca de um quarto das marcas incluídas na análise do IPA referiram que cortaram nos orçamentos, enquanto que apenas um quinto referiu que haveria um aumento. Isto significa que, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2021, a maioria das marcas britânicas vai diminuir o investimento em publicidade.

O IPA conclui que marcas britânicas enfrentam um aumento acentuado nos custos de mão de obra, refletido nos orçamentos de 2024. No entanto, vários diretores de marketing ainda esperam que os orçamentos cresçam ao longo do ano. Segundo dados do IPA, cerca de um terço dos inquiridos prevê um aumento dos orçamentos de marketing o dobro dos que preveem uma diminuição.

Os dados revelam ainda que o marketing dirigido aos consumidores foi o que mais aumentou a despesa no primeiro trimestre de 2025, seguido dos eventos e das promoções. Por outro lado, os orçamentos dos canais de marketing de publicidade exterior, áudio e vídeo, foram os mais afetados pelos cortes no investimento.

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Ricardinho é o novo embaixador da Betclic

O desportista (na foto), eleito o melhor jogador de futsal do mundo por seis vezes, protagoniza as próximas campanhas, associando também a imagem a conteúdos exclusivos e a ativações da marca

A Betclic acaba de anunciar Ricardinho, eleito o melhor jogador de futsal do mundo por seis vezes, como o novo embaixador da marca. O ex-desportista, que jogou no SL Benfica (Portugal), no Inter Movistar (Espanha) e no Nagoya Oceans (Japão), protagoniza as próximas campanhas, associando também a imagem aos conteúdos exclusivos e às ativações que a marca tem em preparação.

“Ter como embaixador um ícone do futsal mundial e do desporto português pelo mundo encaixa na perfeição no nosso espírito competitivo, bem como na marca que queremos deixar no desporto nacional”, explica Tiago Simões, gestor nacional da Betclic, citado em comunicado de imprensa.

A primeira campanha omnicanal protagonizada por Ricardinho tira partido da alcunha do antigo desportista, que ficou conhecido como Rei dos Cabritos, pela habilidade de fintar adversários com dribles imprevisíveis, mostrando o ex-atleta numa cozinha a preparar um prato de cabrito.

Com criatividade interna da Betclic e produção da Shot And Cut Films, o filme publicitário é realizado e editado por Filipe Correia dos Santos, com direção de fotografia de Tomás Brice, direção de arte de Camila Fernandes, direção de produção de Sandra de Sousa Melo e produção de Diogo Figueiredo. A edição de cor é assinada pela The Yellow Color e a sonoplastia pelos Salva Studios.

“Juntar-me à Betclic é mais um grande passo da minha carreira, desta vez fora do campo. Estou entusiasmado por me juntar a uma marca que vive o desporto com a mesma paixão do que eu. Será um prazer fazer parte deste projeto e continuar a dar a cara pelo desporto português”, assume Ricardinho, citado no documento.

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Há dois finalistas portugueses no The One Show 2025

Além de ‘Ikea Hidden Tags’ (na foto, à esq.), da Uzina, a lista de finalistas nacionais no festival de criatividade e design inclui ‘Save Us From The USA’ (à dir.), colaboração da Stream and Tough Guy com a Atlantic New York

Há dois finalistas portugueses no The One Show 2025. A campanha ‘Ikea Hidden Tags’, criada e desenvolvida para a Ikea pela Uzina, em colaboração com a Playground e a Mute Sound Design, figura entre os finalistas do festival internacional de criatividade e design, que divulga os vencedores a 15 de maio, na subcategoria Storytelling (Creative Use of Data) e na subcategoria Non-traditional & Guerrilla Marketing (Direct Marketing).

‘Save Us From The USA’, campanha desenvolvida pela Stream and Tough Guy em parceria com a agência criativa nova-iorquina Atlantic New York, cofundada pelo português João Coutinho, consegue duas nomeações. Para além de Integrated/Omnichannel Campaigns for Good (Integrated/Omnichannel), também pode conquistar o prémio da subcategoria Posters – Series (Out of Home).

Entre os finalistas do The One Show 2025 há ainda duas campanhas com mão portuguesa. ‘Magnetic Stories’, criada pela agência nova-iorquina Area 23 para a Siemens Healthineers, e com produção das portuguesas Bro Cinema e Sonido, tem 19 nomeações, nas categorias de Branded Entertainment, Creative Use of Data, Experiential & Immersive’, Music & Sound Craft, Pharmae Radio & Audio-First.

A campanha ‘Motorola Deep Connect’, da Dentsu Creative Gurugram, que envolve a Dentsu Creative Portugal, a Morphedo Technologies, a Noida e a Useful Garbage Creations, é finalista em cinco subcategorias: Technology as a Creative Tool e Experiential – In-person (Creative Use of Technology), Online & Mobile (Health & Wellness), Physical Product & Mobile Integration (Interactive, Online & Mobile) e Innovation – New Ideas in IP & Product Design (IP & Product Design).

A entrega dos prémios do The One Show, festival internacional de criatividade e design criado em 1973, está agendada para 16 de maio, no Cipriani Wall Street, em Nova Iorque.

Das 20 mil candidaturas, oriundas de 49 países, o júri – que conta com a participação de Steve Colmar, diretor criativo do Publicis Groupe Portugal, na categoria Moving Image Craft & Production – apurou 1.654 finalistas.

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