Anúncio falso da Dior demonstra potencial de produção da IA (com vídeo)
O ‘spot’ de 50 segundos não foi autorizado pela Dior e apresenta versões de Rihanna (na foto) e Emilia Clarke geradas por IA. “Para a direção artística, explorei inspirações da Grécia antiga e do Japão”, refere David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production
Daniel Monteiro Rahman
Bruno Salomão é o novo CEO do Adclick Group
Natal do Boticário é sobre família e desafios dos cuidadores (com vídeo)
Já são conhecidos os vencedores do ranking do CCP
Lola Normajean faz Black Friday e oferece campanhas sociais
António Roquette mantém presidência da direção da APAP
Austrália proíbe redes sociais a menores de 16 anos
CCP reelege direção de Susana Albuquerque
O que pode ler na edição 970 do M&P
M&P 970: ‘Outdoor’ em ebulição + Renova em Madrid + Dossier Marketing de Desempenho
Os melhores truques para aproveitar as ofertas da Black Friday e reservar escapadas incríveis
Um anúncio falso da Dior, gerado por inteligência artificial (IA) e publicado no LinkedIn, está a chamar a atenção dos profissionais de marketing. O anúncio, protagonizado pela cantora norte-americana Rihanna e pela atriz britânica Emilia Clarke, não se trata de um ‘deepfake’, mas uma tentativa de uma produtora de demonstrar os limites do que é possível quando se utiliza a IA para criar publicidade, noticia a Adage.
“Comecei com a abordagem tradicional de caneta e papel, esboçando cenários básicos sob a forma de um ‘storyboard’. Visto que se tratava de uma ideia original, com poucas ou nenhumas referências, dediquei algum tempo a analisar a marca, concentrando-me no seu estilo visual, na sua missão e na narrativa que utilizam para se relacionarem com o seu público”, revela David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production, referindo-se ao anúncio da Dior.
“O meu objetivo era criar uma justaposição da elegância intemporal da arquitetura antiga com o luxo moderno e a beleza etérea das mulheres, dos seus vestidos e do próprio produto. Foi um projeto que demorou 29 dias a executar e que resultou em 13.212 imagens geradas”, acrescenta David Blagojevic, salientando que “para a direção artística, explorei inspirações da Grécia antiga e do Japão, acabando por ficar algures no meio para criar um visual e uma sensação únicos”.
O ‘spot’ de 50 segundos ‘The Ascendance’, desenvolvido pela Davinci Production, produtora sediada na Sérvia, procurou fazer o que vários anúncios falsos costumam evitar, como representar produtos e logótipos das marcas e retratar pessoas reais. “Isto faz parte de um esforço intencional para ir além da demonstração da capacidade da IA para criar imagens impressionantes, que tem sido o principal foco de atenção dos criativos”, afirma David Blagojevic, cofundador e diretor de cinema da Davinci Production, citado na Ad Age.
O anúncio da Davinci baseia-se em projetos anteriores de criativos, que utilizam marcas reais como modelos para o respetivo conteúdo gerado por IA. Durante o verão, por exemplo, uma publicação de um colorista tornou-se viral no LinkedIn, por ter criado um anúncio da Volvo, que combina o estilo de um anúncio automóvel tradicional com imagens relacionados com o fundo de apoio social e ambiental da Volvo. Tal como os seus antecessores, a Davinci criou o anúncio sem a autorização da marca.