Substack quer ser plataforma de financiamento de criadores de conteúdos
A plataforma de ‘newsletters’ independentes (na foto) tem procurado influenciadores, criadores de conteúdos e ‘podcasters’ para aderirem aos seus serviços, com base em subscrições. A ideia é perder a dependência do formato de texto, no qual o Substack é criado e que é cada vez mais difícil de monetizar

Daniel Monteiro Rahman
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O Substack está a tentar mudar de rumo. A plataforma de ‘newsletters’ independentes, lançada em 2017, está a posicionar-se como uma plataforma central, para pagar a criadores de todo o tipo, sem estar ligada ao ciclo das notícias. A ideia é perder a dependência do formato de texto, no qual é criado e que é cada vez mais difícil de monetizar, noticia o Semafor, site cofundado em 2022 por Ben Smith, ex-editor-chefe do BuzzFeed News e colunista de media do The New York Times, e Justin B. Smith, ex-CEO do Bloomberg Media Group.
Em 2023, o Substack soma mais de um milhão de subscritores pagos. A empresa revela ao Semafor que a cobertura em direto de grandes eventos noticiosos, como a saída de Joe Biden da corrida à candidatura presidencial e os respetivos debates presidenciais, aumentou em milhões as receitas de subscrição dos seus editores. A empresa, no entanto, ainda não é lucrativa e escusa-se a declarar quanto aumentou de receitas, desde os 9 milhões de dólares (€8,2 milhões) registados em 2022.
Para evitar fracassar na mesma medida que concorrentes como o Medium, o Substack está a tentar tornar-se menos numa plataforma de jornalismo e mais num sistema de mecenato para criadores de conteúdos, com base em subscrições. Nos últimos meses, a empresa tem procurado influenciadores, criadores de conteúdos e ‘podcasters’ para convencê-los a aderir à plataforma. A empresa pretende ser o principal veículo de apoio financeiro aos criadores de conteúdos, independentemente do meio.
Este reposicionamento coloca o Substack em concorrência mais direta com serviços como o Patreon, site norte-americano de financiamento coletivo que, em grande parte, ainda se apresenta mais como uma forma de apoiar financeiramente artistas e músicos do que como a base de um sistema de subscrições. A estratégia do Substack é ficar com uma percentagem de 10% dos pagamentos, uma taxa mais elevada do que os 8% do Patreon. Mas também permitir que os ‘Substackers’ fiquem com as suas listas de emails, oferecendo flexibilidade aos criadores de conteúdos que queiram oferecer subscrições pagas, sem ficarem presos a uma plataforma específica.