Portugueses estão a ler mais, revela estudo da APEL
A faixa etária dos 25 aos 34 anos é a que mais compra livros (76%) e a dos 15 aos 24 anos é a que diz ter comprado mais do que em 2022. Livros em papel continua a ser o formato preferido por 93% dos portugueses

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O mercado editorial português registou um crescimento de cerca de 7% em 2023, com um volume total de vendas de €187 milhões, face aos €175 milhões em 2022, de acordo com o estudo ‘Mercado do Livro: Hábitos de Compra e Leitura em Portugal’, apresentado por Pedro Sobral (na foto), presidente da APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros), durante o Book 2.0, evento sobre o futuro dos livros em Portugal e na Europa.
Os valores avançados no estudo dizem respeito a 87% do mercado livreiro e não têm em conta os livros vendidos em plataformas de comércio eletrónico. O estudo, desenvolvido pela Nielsen/GFK para a APEL, revela que a percentagem de portugueses que compraram livros aumentou para 65% em 2023 (62% em 2022), mas o grande destaque vai para a mudança no perfil dos compradores, tendo em conta que a faixa etária dos 25 aos 34 anos passou a ser a que mais compra (76%) e que a faixa etária dos 15 aos 24, foi a que respondeu ter comprado mais livros do que em 2022, com 41% do total dos inquiridos. Já a classe média (C) retomou a liderança na compra de livros (73%).
“Os dados atualizados sobre os hábitos de compra e leitura dos portugueses dão-nos pistas muito relevantes sobre a forma como devemos fortalecer o diálogo com as autoridades públicas, as editoras e as instituições educacionais, de modo a continuar a promover ações concretas para estimular a leitura e a literacia no nosso país”, afirma Pedro Sobral, presidente da APEL citado em comunicado de imprensa.
“Parece que finalmente estamos a adquirir hábitos de leitura e que mais pessoas estão a abrir portas a novos mundos e ideias, em especial nos mais novos, e isso advém da preocupação dos pais e cuidadores em envolvê-los na experiência da leitura e da compra do livro. São boas notícias, estamos a criar estes leitores e a crescer neste campo, mas também é verdade que partimos de uma base muito baixa, o que significa que ainda temos um longo trabalho pela frente. Cada um destes livros comprados é mais uma oportunidade para influenciar a próxima geração a resistir à manipulação e a ter um pensamento crítico robusto”, adianta.
O estudo, apresentado na segunda edição do Book 2.0, evento de discussão do futuro dos livros em Portugal e na Europa, que decorre até 6 de setembro no Museu do Oriente, em Lisboa, adianta que o número médio de livros adquiridos por pessoa subiu, passando de 4,7 em 2022 para 4,8 em 2023. Já 82% dos portugueses compram para consumo próprio e 44% para oferecer.
Ao nível das principais categorias, 61% dos portugueses continua a preferir o romance (69% em 2022), seguido do policial com 49% (42% em 2022), do romance histórico com 43% (52% em 2022) e do infantil-juvenil com 42% (50% em 2022).
Os portugueses leem em média 5,6 livros por ano, com 73% dos portugueses a afirmarem ter lido pelo menos um livro nos últimos 12 meses. Destes, 34% leram menos livros que em 2022, 23% leram mais livros e 39% leram a mesma quantidade de livros. Entre os leitores, o número médio de livros lidos nos últimos 12 meses é de 7,9. O papel continua a ser o formato preferido de 93% dos portugueses para ler, mas 17% refere que também lê livros em formato digital.