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1991 – 2024. O que é que se passou na Global Media?

Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do […]

Cristina Dias Neves
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1991 – 2024. O que é que se passou na Global Media?

Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do […]

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Cristina Dias Neves
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Está aberta uma nova era. A assembleia geral realizada a 19 de fevereiro, por convocatória dos acionistas minoritários José Pedro Soeiro e Kevin Ho, dá novo fôlego às publicações do Global Media Group. É nomeada uma nova administração após a demissão dos administradores executivos indicados pelo acionista maioritário World Opportunity Fund e aberta a porta para a reorganização dos títulos.

A TSF, o Jornal de Notícias (JN) e O Jogo, bem como as publicações JN História, Notícias Magazine, Evasões e Volta ao Mundo ficam apalavradas para um novo grupo de investidores, constituído por Diogo Freitas, da OfficeFood Brands, empresa sediada em Ponte de Lima que se dedica à fabricação e distribuição alimentar, e mais três entidades: o Grupo Parsoc e o Grupo Ilíria, que têm em comum o estarem no negócio da distribuição de tabaco, e a empresa Mesosystems, que atua na área da cosmética. Os históricos Diário de Notícias (DN) e Açoriano Oriental mantêm-se sob gestão direta do Global Media Group (GMG), cujos sócios são Marco Galinha, José Pedro Soeiro, Kevin Ho e António Mendes Ferreira.

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De saída está o mais recente acionista, o polémico World Opportunity Fund (WOF). Os termos e os valores em que esta saída acontece não são ainda conhecidos, mas certo é que também nunca foram divulgados os termos e os valores da sua entrada.

Entretanto, Domingos de Andrade, antigo diretor do Jornal de Notícias foi indicado para diretor-geral dos títulos que passam para as mãos do grupo de empresários do Norte, liderado pela OfficeFood Brands. Também a Global Media escolheu um novo presidente executivo, Vitor Coutinho, um antigo padre que foi vice-reitor do Santuário de Fátima. Entraram também novos elementos para a administração: Diogo Queiroz de Andrade, que estava no Observador, e Rui Rodrigues, um gestor comercial da área dos media que é atualmente sócio da Spectacolor, a empresa que explora a publicidade das caixas Multibanco.

O Meios & Publicidade apurou que o objetivo é a Global Media manter uma quota de 30% na nova sociedade constituída pelo grupo de novos acionistas do JN. A ideia é conseguir explorar as sinergias que existem entre as publicações do grupo. Assim, se tudo correr de feição para a nova administração do GMG, já justificaria dar um novo nome à empresa.

O grupo que Joaquim Oliveira comprou por 300 milhões de euros à Portugal Telecom (PT) pouco ou nada tem a ver com o que é agora. Se a quota de 40% que Marco Galinha adquiriu em 2020 for valorizada pelo montante que consta que tenha despendido na sua aquisição (cerca de 10 milhões de euros, dos quais 6 milhões em injeções de capital fresco), poderá querer dizer que, em setembro de 2020, o grupo valeria uns 25 milhões de euros, apenas 8% do que era 15 anos antes.

Tendo em consideração tudo o que se tem vindo a passar no universo dos media nestes últimos anos, não se estranha que tenha acontecido uma grande desvalorização, mas justifica-se uma perda tão significativa de valor? Embora o grupo não tenha já no seu portfólio dois valiosos edifícios históricos, as sedes do Jornal de Notícias no Porto e do Diário de Notícias em Lisboa, avaliadas em 2015 em 40 milhões de euros, ainda possui uma quota bastante significativa na agência de notícias Lusa, bem como na distribuidora Vasp.

Afinal de contas, o que se passou? Como foi possível que uma empresa detentora de títulos tão fortes e prestigiados no panorama português tenha chegado a esta situação? E já depois de ter sido sangrada por três camadas de despedimentos coletivos, um ainda na Controlinveste, outro, na era dos capitais da lusofonia e, por fim, um terceiro, no consulado de Marco Galinha.

A génese do grupo Lusomundo / PT Multimedia

Não querendo recuar a meados do século XIX, quando, em 1864, o Diário de Notícias foi criado, assinalamos a data e damos um salto do tamanho de um século para lembrar como é que este título histórico foi parar à esfera da Portugal Telecom.

Quando no final da década de 1990, o Governo lançou o programa de (re)privatizações em Portugal, o tenente-coronel Luís Silva, patrão da Lusomundo e detentor de uma fortuna considerável por conta dos direitos de transmissão das principais majors norte-americanas, viu a possibilidade de adquirir alguns títulos nacionalizados no 25 de Abril, como uma oportunidade para diversificar o negócio. Assim, em 1991 comprou os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias, lançando a génese do atual grupo de media.

Apesar de, na altura, haver alguma perda de brilho dos históricos títulos, fruto sobretudo da animada concorrência que emergia — O Independente, fundado em 1988, teve os anos de ouro ao longo da década de 1990 e o diário Público chegou às bancas em março de 1990 — a verdade é que o Diário de Notícias continuava a ser o jornal de referência de Lisboa e das suas elites, lugar que assumiu totalmente após a extinção do O Século e. posteriormente, do Diário de Lisboa. Na eterna cidade invicta, o Jornal de Notícias mantinha a sua senda de jornal popular, chegando várias vezes a atingir o primeiro lugar do ranking dos mais vendidos em Portugal.

Mas a era da Lusomundo Media chegou ao fim. Em 2000, o coronel Luís Silva decidiu vender os negócios e os títulos à PT Multimédia, que, recorde-se, herdou os ativos da extinta TV Cabo, que resultou, mais tarde, após imposição da Autoridade da Concorrência, numa nova operadora, a ZON, atualmente NOS. O racional que estava por detrás deste negócio era reunir os conteúdos da Lusomundo Media à infraestrutura que a PT Multimédia tinha montado para, desta forma, criar uma oferta de valor aos subscritores do cabo. Para uma empresa que tinha como objetivo criar valor acrescentado aos seus subscritores através dos conteúdos, a Lusomundo Media era de facto apetecível.

O princípio fazia sentido. Aliás, parte do plano foi concretizado. Ainda hoje, a NOS que, recorde-se, surgiu da PT Multimédia, detém uma quota de mais de 60% do mercado nos cinemas, para não falar das comunicações e media, onde detém uma quota de 30% a 40 %, dependendo do serviço prestado.

Relativamente aos jornais e outros meios de comunicação, que, entretanto, se juntaram ao grupo, cedo a PT percebeu que gerir jornais era uma dor de cabeça. Não havia vocação interna para assumir um negócio tão característico como o dos media e, por outro lado, a ideia de que a gestão poderia ter alguma influência nos conteúdos depressa foi descartada. Seja como for, foi uma época com uma certa estabilidade em que o diretor, Mário Bettencourt Resendes, representava o Diário de Notícias (entre 1993 e 2004) junto das altas instâncias lisboetas, e Frederico Martins Mendes assegurava bem o Jornal de Notícias, no Porto.

Entrada da Controlinveste

Estamos em 2005. A Portugal Telecom, liderada por Miguel Horta e Costa, vende o negócio de media, por 300 milhões de euros, a Joaquim de Oliveira, dono da Olivedesportos, empresa concessionária da publicidade nos jogos de futebol da Primeira Liga. Joaquim de Oliveira, tal como o seu irmão António Oliveira, treinador de futebol, é um conhecido empresário do norte de Portugal, detentor de uma fortuna oriunda da negociação de direitos de transmissão futebolísticos. Ainda hoje, Joaquim Oliveira detém interesses na Sport TV. Na altura, o negócio foi bastante comentado. Não se percebia porque estava um empresário do futebol interessado no negócio da comunicação social, até porque já se anteviam problemas no setor. E sabia-se que o empresário do futebol tinha contraído uma dívida importante para adquirir títulos muito fortes, mas que nem à PT, à época ainda com golden share do Estado, servia. Além disso, o título com mais impacto na capital já mostrava sinais de forte instabilidade, o diretor do Diário de Notícias tinha saído pouco antes, tendo sido difícil encontrar alguém para o lugar. Entre 2004 e 2007, ocuparam o posto nada menos do que seis diretores, dois dos quais interinos, à média de seis meses no posto. O Jornal de Notícias não teve a vida tão difícil. Leite Pereira manteve-se no posto entre 2005 e 2011. Aliás é de justiça referir que o Jornal de Notícias é, até hoje, a joia da coroa comercial grupo.

Mal ou bem, o certo é que no DN, a direção só voltou a estabilizar quando João Marcelino ocupou o lugar, entre 2007 e 2014. Estabilizou, mas não o suficiente para recuperar o brilho do passado. Na era de Marcelino, talvez à imagem dos jornais de onde vinha, o Correio da Manhã e anteriormente o Record, o Diário de Notícias optou por uma abordagem mais rápida e simples da atualidade, procurando novos leitores num segmento menos tradicional. Não perdeu leitores, mas também não os recuperou.

De lembrar que 2009 foi um ano de recessão para toda a imprensa, tal como 2012, pelo que a recuperação do jornal esteve sempre adiada. Os negócios da Olivedesportos também não correram de feição, com o aparecimento de outros players no mercado. Nesses anos, o grupo Controlinveste endividou-se cada vez mais.

O Período Lusófono Eixo Angola – Macau

No final de 2013, a chegada de novos rostos ao grupo editorial reveste-se de pompa e circunstância. Acredita-se num recomeço. No capital da Controlinveste entram novos sócios, aliviando Joaquim de Oliveira que, entretanto, via a fortuna a começar a esvair-se no pagamento de dívidas. O angolano António Mosquito, homem ligado à petrolífera angolana Sonangol, com interesses vários em Portugal, com destaque para uma participação na construtora Soares da Costa, novo protagonista a entrar em cena, passa, então, a controlar 27,5% do grupo, a mesma porção de capital mantém Joaquim de Oliveira. Como acionista estreia-se também Luís Montez, o conhecido empresário da rádio e dos espetáculos, que assume 15% do capital, bem como os bancos BES e BCP, cada um com 15%, por conta da dívida de Oliveira.

Para gerir a empresa são contratados Victor Ribeiro, gestor saído do grupo Amorim, e José Carlos Lourenço, vindo do grupo Impresa onde exercia funções de administrador executivo para a área comercial. A presidência da empresa é entregue ao conhecido advogado Daniel Proença de Carvalho. E é esta equipa de luxo que anuncia uma forte reestruturação do grupo, a começar pelo nome que passa a chamar-se Global Media Group, uma alusão às suas ambições internacionais. A estratégia anunciada passava por uma internacionalização da marca no espaço lusófono, otimizando o negócio sobre a língua portuguesa.

Com este desígnio em mente, é realizada uma reestruturação bastante significativa dos principais títulos, que inclui a entrada de novos diretores: André Macedo para o Diário de Notícias e Afonso Camões para o Jornal de Notícias. Segue-se o redimensionamento e um novo layout dos jornais, o lançamento de uma nova grelha na TSF e o reforço das equipas de marketing e digital do grupo. Tudo isso enquanto se efetiva um processo de despedimento coletivo que leva à saída de mais de 200 pessoas e a um emagrecimento geral da estrutura operacional.

Em entrevista ao Meios & Publicidade, José Carlos Lourenço explica, nessa altura, que, após a reestruturação do grupo, tenciona ter as contas equilibradas em 2015. Mal ou bem, o certo é que o Global Media Group, que tinha um EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] negativo de 8 milhões em 2014, conseguiu gerar um EBITDA positivo de 186 mil euros.

Pode dizer-se que 2016 foi de consolidação da estratégia do grupo. Foram várias as iniciativas postas em marca, como o lançamento de uma área de branded content e a aposta em grande no digital. Viveu-se um clima de muito dinamismo na área dos eventos com parcerias com grandes anunciantes, como o Continente e o Millenium BCP, pela mão do conhecido diretor comercial Luís Ferreira e a sua equipa, que atualmente está na Medialivre, antiga Cofina.

Em março desse ano, anunciou-se a venda da emblemática sede do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade e a sua transferência no final do ano para novos escritórios nas Torres de Lisboa. O valor oficial da venda não é divulgado, mas os meios de comunicação social avançam o valor de 20 milhões. O ano de 2016 termina com um EBITDA de 2,4 milhões de euros,. Mas, apesar do encaixe com a venda do edifício, a empresa continua com prejuízos superiores a quatro milhões e uma dívida aos bancos de 35 milhões de euros.

Novos acionistas

Em março de 2017, talvez pela necessidade de capital decorrente da perda de poder de compra dos angolanos na sequência da quebra do preço do petróleo, é a vez de entrarem novos acionistas no grupo. Desta vez, vindos do Extremo-Oriente. O grupo macaense KNJ Global Holdings, que atua na construção civil e está ligado ao empresário Kevin Ho, identificado na imprensa local como sobrinho de Edmund Ho, conhecido político macaense, que foi chefe do executivo de Macau entre 1999 e 2009, é o novo acionista. Chega através de uma injeção de 15 milhões de euros, ficando com uma quota de 30%.

“A Global Media Group informa que os seus accionistas chegaram a acordo com o empresário de Macau Kevin Ho, nos termos do qual este empresário aportará ao capital da empresa holding do Grupo o montante de 15 milhões de euros, passando o novo investidor a deter 30% do capital social da sociedade. O capital investido no grupo vai ser utilizado, fundamentalmente, em projetos destinados a reforçar a liderança do consórcio no digital e à sua internacionalização especialmente nas geografias onde se fala português e junto das nossas comunidades no estrangeiro”, adianta a empresa.

Em simultâneo, as participações que eram de António Mosquito e de Luís Montez são transferidas para José Pedro Soeiro, empresário e gestor angolano com participação em empresas portuguesas, angolanas e do Reino Unido. Nesta fase, dá-se nova alteração da estrutura acionista através de um aumento de capital, findo o qual fica assim a composição: KNJ, com 30%, J P Soeiro, com 30%, Oliveira, com 20%, e BCP e BES com 10% cada. A comissão executiva é reconduzida, mas entra um novo administrador executivo em representação de Kevin Ho. Paulo Rego, ex-jornalista da LUSA e fundador do jornal bilingue plataforma Macau, é o novo vice-presidente da comissão. Em comunicado, afirma: “Por um lado, a GMG descobriu recentemente a estabilidade económica, por meio da reestruturação financeira bem-sucedida, permitindo que a GMG se concentre no crescimento futuro. Por outro lado, uma migração digital forte, combinada com uma nova ambição em todos os mercados portugueses também contribui para o interesse da operação”.

A KNJ é uma empresa privada de investimentos com sede em Macau, afirma, justificando: “Nós procuramos o lucro e este negócio não é diferente. Esta injeção de capital será utilizada para aumentar o valor de participação. Mas também somos pessoas de Macau e sentimo-nos felizes em contribuir, ajudando a Região Administrativa Especial de Macau a ser conhecida, em todo o mundo, como uma plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. Criava-se, assim, um círculo virtuoso de língua portuguesa agora a valer 55 milhões de euros.

Tempos conturbados

O ano de 2018 é particularmente dinâmico. Além da saída José Carlos Lourenço para a ZAP, operadora da ZON em Angola, logo em abril, avançam investimentos por iniciativa dos sócios chineses, nomeadamente nas áreas de gaming e gambling, como o lançamento de uma plataforma de jogos e apostas online ou o lançamento do projeto de vídeo V, nenhum dos quais com retorno a curto prazo. É também tomada a decisão de tornar o Diário de Notícias um jornal semanal, reforçado com novos suplementos e jornalistas. A CFO, Maria Teresa da Graça sai em setembro, sendo substituída por Guilherme Pinheiro. O alerta da tesouraria é dado no Natal de 2018, quando a empresa se atrasa no pagamento do subsídio aos colaboradores.

Começa outra vez a ouvir falar-se em reestruturação e na entrada para breve de um novo acionista. Ao que parece o círculo virtuoso lusófono não vingou. Se, em 2017, os prejuízos ainda se mantêm nos 4,5 milhões de euros, em 2018 duplicam para 9 milhões. A dívida continua elevada, na casa dos 60 milhões de euros. No final do ano, Paulo Rego, que, para além dos novos negócios tinha assumido a área de operações, em substituição de José Carlos Lourenço, deixa o grupo. Poucos meses mais tarde, já em 2019, antes do final do seu mandato que tinha sido renovado em 2017, é a vez do CEO Victor Ribeiro se ir embora.

De acordo com o semanário Expresso, o Global Media Group estaria à espera de financiamento bancário para avançar com novos despedimentos. A injeção de capital serviria ainda para financiar a mudança da redação do portuense JN do histórico edifício da baixa da cidade invicta, vendido recentemente, para se instalar numa antiga garagem. Segundo a revista Sábado, o imóvel foi vendido a uma sociedade detida por gerentes da KNJ, do empresário macaense Kevin Ho, para aí construir um hotel de luxo.

Finalmente, no último trimestre de 2019, os accionistas KNJ e José Pedro Soeiro adquirem a quota dos bancos no grupo. Não se sabe oficialmente o valor do negócio, mas, segundo o jornal Eco, estes conseguem um desconto superior a 80%. Mais uma vez, é alterada a estrutura acionista, agora com os chineses e José Pedro Soeiro, cada um com cerca de 40% e Oliveira com cerca de 20%.

O Período Galinha

Primeiro, são apenas rumores, depois confirma-se. Em 2020, dá-se a entrada de um novo sócio no grupo. Marco Galinha, um empresário de Alcobaça com interesses em várias áreas das quais se destaca a distribuição e a logística, compra uma participação de 40%, pelo valor de 4 milhões de euros e faz uma injeção de 6 milhões de euros. Galinha é um conhecido self-made man, que fez crescer a pulso o seu grupo Bel e passa a ser conhecido do público português pela sua participação no programa de televisão “Shark tank” ao lado de outros empresários, como Mário Ferreira.

O grupo sofre nova reestruturação, que implica o já antecipado despedimento coletivo de 81 colaboradores, dos quais 17 jornalistas.

São nomeados novos diretores para as principais publicações: Rosália Amorim para o Diário de Notícias e Inês Cardoso para o Jornal de Notícias. Domingos Andrade lidera a TSF, acumulando o cargo com as funções de diretor editorial do grupo.

A redação foi reforçada com a entrada de vários jornalistas: Alexandra Tavares-Teles, Bruno Horta, Isabel Laranjo e Manuel Catarino integram o grupo. A revista Evasões abandona o formato em papel e transforma-se num caderno destacável do DN e do JN. O mesmo acontece com a Notícias Magazine, que acaba no formato de revista e passa a ser suplemento do JN. Pedro Lucas, até então diretor das revistas Men’s Health e Women’s Health Portugal, passa a assumir a coordenação da revista Volta ao Mundo, acumulando a coordenação de todas as revistas do GMG. Ainda no final do ano, o DN é relançado e volta a ter edição diária em papel.

Em fevereiro de 2021, é a vez de ser apresentada uma nova administração com Marco Galinha à frente. Domingos de Andrade e Guilherme Pinheiro ficam como administradores executivos. O elenco de vogais sem funções executivas integra António Manuel Frade Saraiva, João Pedro Alves Ventura Silva Rodrigues, José Pedro Carvalho Reis Soeiro, Kevin King Lun Ho, Philip Manuel Eusébio Yip, Rui Fernando Baptista Moura, Maria Inês Cardoso e Rosália Maria Amorim.

Apesar de todas as mudanças, não se pode dizer que o grupo estivesse finalmente em paz, pois mantinham-se as fortes restrições financeiras e os cortes de despesas. Recorde-se que, a acrescer a todas as restrições existentes, estamos em plena crise pandémica da covid-19. A partir de 15 de maio, o grupo informa que vai aderir ao regime de apoio à retoma progressiva, o que implica a redução do horário de trabalho e cortes efetivos nos ordenados acima de 2 mil euros brutos, bem como outras limitações e benefícios fiscais.

Rapidamente, surge um primeiro sinal de que as coisas podem não estar a correr bem. As diretoras Rosália Amorim e Inês Cardoso demitem-se da administração em solidariedade com os respetivos conselhos de redação, no mês de junho de 2021. Estes insurgem-se contra medidas tomadas por Marco Galinha, como prescindir que todos os cronistas politicamente expostos recebessem pelos artigos de opinião, bem como pelo facto de a administração ter acedido às passwords das páginas de redes sociais dos títulos sem conhecimento prévio da direção.

A cavalgar este descontentamento, inicia-se uma guerra, que ainda hoje subsiste com o Bloco de Esquerda e Mariana Mortágua, que inicia com a acusação feita ao empresário de querer silenciar a líder do BE ao prescindir das suas crónicas remuneradas no JN e continua com acusações do órgão de comunicação oficial do partido, o Esquerda.net, a Galinha, insinuando que as suas ligações familiares à Rússia – Marco Galinha é casado com a filha de um empresário russo radicado em Portugal – não são inocentes.

No entanto, no final do ano, segundo Galinha, o esforço feito parece ter sido recompensado. De acordo com um comunicado do grupo, a administração afirma que o EBITDA voltou a estar positivo em 2021, comparado com um EBITDA negativo de 5 milhões em 2020. Informa que o grupo cresceu em vendas 9% e teve 35 milhões de lucros operacionais.

O ano de 2022 parece regressar com boas notícias no campo das audiências. Logo em janeiro, o grupo volta a ser auditado pelo ranking de audiência digital netAudience da Marktest e consegue números muito positivos. Regressa com entrada direta para a liderança, somando 4 milhões e 427 mil pessoas alcançadas pelas suas plataformas digitais. O Jornal de Notícias fica em primeiro lugar, à frente do Correio da Manhã, na categoria generalistas; o Dinheiro Vivo em segundo lugar, a seguir ao Jornal de Negócios na categoria económicos e a TSF entra também para primeiro do ranking das rádios.

Externa e internamente, a conjuntura complica-se: 2022 é também o ano do início da guerra da Rússia na Ucrânia, do aumento do preço do petróleo, bem como da escalada da inflação. Por isso, a pressão não esmorece. A contestação continua quando é anunciado um programa de rescisões por mútuo acordo. Desta vez, é a comissão sindical que expressa a sua indignação sugerindo que o grupo já está nos limites em termos de recursos humanos. Mesmo o aumento dos salários mais baixos do grupo, não esmorece a contestação. Todas as decisões editoriais tomadas por Galinha e a sua equipa, num ambiente de restrição são sempre altamente contestadas pelos órgãos representativos dos jornalistas e trabalhadores. É o caso da contratação da jornalista Alexandra Borges para o cargo de diretora de grande reportagem, com equipa própria. A decisão de reforçar as participações na distribuidora Vasp também parece não ser pacífica, sugerindo que Marco Galinha tencionava favorecer o seu grupo Bel com a única rede de distribuição de meios de comunicação social nacional. Por fim, o facto de o empresário ser casado com uma russa e viver numa continua troca de acusações públicas e agressivas com Mariana Mortágua – acusações essas que chegaram mesmo aos tribunais – num ambiente de guerra e crispação, não contribuem para a paz social, nem para a paz mediática.

Neste corrupio, 2023 traz mais um sócio para o grupo: António Mendes Ferreira, dono da United Resins, uma indústria exportadora da Figueira da Foz que fica com 10% do capital. Poucos meses depois, é a vez de Marco Galinha liderar uma operação de reestruturação do capital, que é reduzido em 20 milhões de euros, para fazer face a prejuízos acumulados de anos anteriores. Dessa forma, o empresário aumenta a sua participação em mais 1,5 milhões de euros. É agora acionista maioritário da empresa, com 50,2%.

Nos dias quentes do verão do ano passado, começa a soar no mercado que estará para surgir novo investidor, um fundo desconhecido que dá pelo nome de World Opportuny Fund. Segundo o Jornal Económico, o WOP compra 37% da empresa Páginas Civilizadas, o que lhe dá acesso ao controlo do GMG. O valor da venda não foi divulgado. No mês seguinte, o GMG e o Grupo Bel, de Marco Galinha, anunciam a intenção de vender a participação que detêm na agência Lusa. O Estado português é o comprador natural. Em setembro do ano passado, é anunciada uma nova comissão executiva, constituída pelo jornalista João Paulo Fafe, ex-diretor do jornal Tal & Qual, Diogo Agostinho e Filipe Nascimento. A partir daí, a história ainda do GMG está fresca na memória de todos.

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Angie Silva reforça equipa de realizadores da Krypton

Em Portugal, nos últimos 15 anos, Angie Silva (na foto) colaborou com marcas como Placard, Sumol, Riberalves, Olá, L’Oréal, Continente e Cofidis, além de produções feitas para Espanha e África do Sul. O também músico e realizador de videoclipes refere que “a publicidade veio como tendência natural”

Nascido em Évora e com um passado ligado à música e às artes performativas, Angie Silva é a nova contratação da Krypton, produtora que conta no seu portefólio com realizadores como Augusto Fraga, Fred Oliveira, Pedro Pinto e Vasco Eusébio. O também vocalista e guitarrista dos Humble, banda da Quiksilver, tem formação em produção e marketing audiovisual.

Em Portugal, nos últimos 15 anos, Angie Silva colaborou com marcas como Placard, Sumol, Riberalves, Olá, L’Oréal, Continente e Cofidis, mas também conta no currículo com produções feitas para Espanha e África do Sul.

“Enquanto músico, acabei por fazer todos os videoclipes da banda. Foi quando me apaixonei pela realização. A publicidade veio como tendência natural. Sou um grande admirador do percurso da Krypton e dos realizadores que a integram. Sinto que, aqui, poderei internacionalizar a minha carreira”, refere Angie Silva, citado em comunicado de imprensa.

Com o aumento da equipa, a produtora reforça o posicionamento. “Esta contratação é mais um passo estratégico para fortalecermos, ainda mais, a nossa posição no mercado”, afirma João Vilela, sócio e diretor-geral da produtora.

“Traz à Krypton não apenas uma vasta experiência, mas também uma paixão inigualável pelos projetos que realiza, sempre com uma enorme vontade de fazer bem feito. Essa dedicação reflete-se na excelência das suas produções, garantindo que cada projeto seja executado com um nível de cuidado e qualidade que certamente elevarão ainda mais os padrões da empresa”, acrescenta João Vilela.

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Impresa e Porto Editora promovem literacia mediática em cinco mil escolas

Desafiar alunos e professores a explorarem questões como as notícias falsas, a veracidade da informação e o impacto da desinformação é a intenção dos dois grupos empresariais, liderados por Vasco Teixeira, da Porto Editora, e Francisco Pedro Balsemão, da Impresa (na foto). O acordo é válido por três anos

A Impresa, em representação do Expresso e da SIC, assinou um protocolo de colaboração com o Grupo Porto Editora para lançar, através da Escola Virtual, a iniciativa ‘Informar para Aprender’. O acordo, que se prolonga por três anos, arranca a 25 de outubro, com o lançamento do concurso ‘Informar ou Desinformar?’, em cinco mil escolas nacionais, envolvendo um milhão de estudantes.

O projeto, que reflete o compromisso de ambas as instituições com a responsabilidade social e a qualidade educativa, pretende desafiar alunos e professores a explorarem questões como as notícias falsas, a veracidade da informação e o impacto da desinformação.

“Promover a literacia mediática nas escolas, desde o ensino básico até ao secundário, é absolutamente fundamental no tempo em que vivemos. Saber interpretar conteúdos noticiosos e distinguir o que é informação verdadeira do que são as ‘fake news’ é hoje quase tão relevante como saber ler e escrever”, afirma Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, citado em comunicado de imprensa.

Dirigido a alunos dos três ciclos do ensino básico e estudantes do ensino secundário e do ensino profissional, o concurso prolonga-se até 31 de janeiro de 2025. As inscrições podem ser feitas nos sites da Escola Virtual, do Expresso e da SIC.

“Numa era de crescente desinformação, capacitar os alunos para questionar e verificar a veracidade das informações é uma prioridade para o nosso grupo. Neste contexto dinâmico, contamos com o apoio dos professores, que desempenham um papel essencial ao guiarem os alunos na construção de uma visão crítica e responsável sobre a informação que consomem”, apela Vasco Teixeira, administrador do Grupo Porto Editora, citado no documento.

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Automatização obriga marcas a priorizar transparência e a proteger dados

O estudo ‘CX Roles of the Future 2035’, que antecipa mudanças na interação das empresas de experiências de cliente com os consumidores na próxima década, correlaciona os avanços tecnológicos com a evolução do perfil dos intervenientes nas transações, valorizando fatores como inteligência emocional, criatividade, colaboração e comunicação

O mundo está a mudar a uma velocidade vertiginosa e, de acordo com o estudo ‘CX Roles of the Future 2035’, realizado pela Foundever em colaboração com o Instituto Superior de Gestão (ISG), não vai ser preciso muito para começar a sentir os efeitos de algumas das mudanças, ainda que os maiores impactos afetarão sobretudo a vida dos membros da geração Z e da geração Alfa.

Segundo o documento, que antecipa mudanças fundamentais na forma como as empresas de experiências de cliente vão interagir com os consumidores na próxima década, o processo de automatização em curso vai obrigar as marcas a priorizar a transparência e a proteger os dados dos potenciais compradores.

As que o fizerem ganharão a confiança dos clientes e as que conseguirem equilibrar a inovação tecnológica com um forte foco humano estarão melhor posicionadas para liderar o mercado, garante a consultora especializada em experiência de cliente (CX).

A convivência entre os humanos e tecnologia nos ‘contact centers’ do futuro promete não só aumentar a eficiência mas também redefinir o papel dos profissionais que os operam, com a inteligência artificial (IA) a ganhar um protagonismo crescente nas interações.

“Será uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência e a personalização no atendimento ao cliente. Os ‘chatbots’ e os assistentes serão responsáveis por resolver a maioria dos problemas comuns. No entanto, a confiança dos clientes nas empresas dependerá da transparência no uso dos dados e da IA”, defende o estudo.

A análise também correlaciona os avanços tecnológicos em curso com a evolução do perfil dos agentes intervenientes nas transações, valorizando fatores como a inteligência emocional, a criatividade, a colaboração e a comunicação.

“Com a automação a assumir as tarefas rotineiras, os agentes terão um papel mais especializado, focando-se em resolver questões complexas que exigem empatia e compreensão emocional. Equipas descentralizadas e altamente especializadas serão a norma, com empresas a procurar talentos a nível global, promovendo uma maior diversidade e flexibilidade”, defende o estudo.

“As empresas, não só em Portugal como em todo o mundo, devem preparar-se para um cenário onde os consumidores vão exigir interações cada vez mais personalizadas e eficientes, algo que só será possível com equipas altamente especializadas e a adoção massiva de tecnologias de IA”, afirma Benedita Miranda, diretora-geral da região multilíngue da Foundever.

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Heinz soma mais uma polémica e remove anúncio por promover estereótipos racistas

A campanha em questão, denominada ‘Smiles’ (na foto), foi lançada na Europa na semana passada e é o primeiro trabalho do recém-inaugurado escritório da Gut, em Nova Iorque. Os anúncios estão a ser criticados por fazer lembrar os espetáculos de ‘blackface’ e de ‘menestréis’ do século XIX e do início do século XX

A Heinz soma mais uma polémica e mais um pedido de desculpas tendo removido uma campanha publicitária criada pela Gut, que alegadamente promove estereótipos racistas, noticia a Ad Age. Esta é a segunda vez numa questão de dias que a Heinz pede desculpa por uma campanha considerada racialmente insensível.

A campanha em questão, denominada ‘Smiles’, foi lançada a nível europeu na semana passada e é o primeiro trabalho do recém-inaugurado escritório da Gut, em Nova Iorque. Os anúncios mostram pessoas a sorrir com ketchup espalhado à volta da boca. “It ha ha has to be Heinz”, lê-se no título dos anúncios, em alusão ao novo filme da Warner Bros. ‘Joker: Folie à Deux’.

Algumas pessoas criticaram imediatamente a campanha, particularmente o anúncio que apresenta um homem negro, alegando que as imagens fazem lembrar fortemente os espetáculos de ‘blackface’ e de ‘menestréis’ do século XIX e do início do século XX, em que os homens negros, representados por atores brancos, apresentavam feições exageradas e semelhantes às de um palhaço, incluindo grandes lábios vermelhos.

“Como é que ainda nos faltam as equipas diversificadas e a competência cultural para que a semiótica das nossas imagens seja devidamente analisada antes de sair para o mundo?”, escreveu Andre Gray, diretor criativo da agência Annex88, no LinkedIn. “Os negros têm sido estereotipados e desumanizados muito antes do Joker, e muito, muito mais frequentemente do que o Joker”, acrescentou.

Numa declaração à Ad Age, a Kraft Heinz pediu desculpa pela campanha e afirmou que irá remover a campanha. “Sendo uma empresa obcecada pelo consumidor, estamos a ouvir e a aprender ativamente e pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa causada pela nossa recente campanha ‘Smiles'”, afirma um porta-voz da Kraft Heinz, citado no Ad Age.

“Embora a campanha se destinasse a ressoar com um determinado evento da cultura popular atual, reconhecemos que isso não desculpa a mágoa que possa ter causado. Faremos melhor. Estamos a trabalhar para remover o anúncio imediatamente”, acrescenta o responsável. Os anúncios da campanha estavam a ser veiculados na Europa, em mercados como o Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Países Baixos e Itália.

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Black Friday 2024: Descubra como obter 100% de cashback na promoção antecipada da E-goi

Oferta antecipada garante 100% de cashback em planos e extras de contactos até 31 de outubro.

A Black Friday 2024 está marcada para o dia 29 de novembro, mas a E-goi – plataforma de Automação de Marketing Omnichannel, já lançou uma oferta imperdível: 100% de cashback em todos os planos e extras de contacto adquiridos.

A proposta é simples: todo o valor investido em planos ou extras de contacto será convertido em saldo para uso na plataforma. Por exemplo, um investimento de 1.000 € resulta em 1.000 € de saldo, duplicando o poder de marketing do cliente.

As empresas que adquirirem os serviços da E-goi durante o período da promoção poderão preparar-se para a Black Friday, mas também para as festas de fim de ano e o Carnaval, tirando partido das diferentes funcionalidades da plataforma E-goi, como recuperação de carrinho abandonado e automação de marketing.

De acordo com Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi, a antecipação da promoção visa permitir que as empresas utilizem os planos da plataforma para dinamizar as suas campanhas. “Não faria sentido esperar até novembro para comunicar isto, já que os nossos clientes precisam deste serviço para melhorar as suas vendas”, sublinha Caruana.

O cashback será aplicado a todos os planos e extras de contacto adquiridos durante o período de vigência da promoção, que se estende até ao dia 31 de outubro de 2024. Assim, espera-se que as empresas utilizem os serviços contratados já nesta Black Friday.

O saldo recebido em cashback poderá ser utilizado para qualquer serviço da plataforma — desde SMS Marketing, mensagens de voz com IVR até e-mails transacionais — representando uma oportunidade para implementar diferentes estratégias e explorar todo o potencial da E-goi.

“Lançámos esta oferta antecipada porque acreditamos que um bom planeamento é fundamental para o sucesso na Black Friday”, afirma Caruana. “Queremos que os nossos clientes tenham a oportunidade de criar estratégias eficazes e criativas com o recurso ao multicanal.”

A oferta é válida para novas contas na E-goi e o cashback aplica-se apenas ao primeiro pagamento, seja ele mensal, trimestral, semestral, anual ou bianual. Para aproveitar a promoção, aceda ao site: Black Friday E-goi 2024.

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Julgamento sobre tecnologia publicitária da Google decidido em novembro

As propostas de sanções a aplicar foram recebidas a 8 de outubro e podem ir desde a restrição da possibilidade de estabelecer acordos exclusivos de pesquisa até à dissolução forçada da empresa. A Google está ainda sob pressão de empresas como TikTok, Perplexity AI, Amazon e Epic Games

O julgamento da Google nos Estados Unidos, relativo ao domínio da empresa no mercado da tecnologia publicitária, deverá ficar decidido até final de novembro, noticia o Digiday. Leonie Brinkema, juíza federal do distrito de Virginia e responsável pelo caso, terá ouvido os argumentos finais na semana de 30 de setembro.

Durante o processo instaurado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Google tentou fazer valer vários argumentos fundamentais. Por um lado, o mercado de anúncios digitais é mais competitivo, com mais concorrentes, do que os indicados no argumento do Governo. Por outro, as decisões comerciais da Google, nomeadamente a forma como gere a sua plataforma de anúncios e as licitações de anúncios na internet, são adequadas porque as empresas não têm de desenvolver produtos que se adaptem aos concorrentes.

A Google também tentou provar pontos técnicos que podem ser cruciais para o caso, designadamente que o mercado de anúncios online tem duas faces, com compradores e vendedores, o que significa que não seria suficiente para o Governo provar que os editores foram prejudicados por quaisquer táticas da Google. O Governo teria de provar que a outra parte do mercado, os anunciantes, também foram prejudicados, o que constitui uma parte menos preponderante do argumento do Governo.

Se a Google perder, é provável que haja um recurso antes de serem apresentadas quaisquer soluções, no entanto, a empresa de tecnologia liderada por Sundar Pichai poderá ser forçada a cindir o Google Ad Manager, tendo de criar uma empresa autónoma que os editores possam utilizar para resolver as atuais exigências da tecnologia publicitária.

Amit Mehta, juiz federal que classificou a Google como monopolista no final de outro julgamento sobre o império de pesquisa da Google, concluído em agosto, recebeu a 8 de outubro a proposta do Departamento de Justiça para as sanções a aplicar no caso, segundo avança o Financial Times. Estas podem ir desde a restrição da possibilidade de estabelecer acordos exclusivos de pesquisa até à dissolução forçada da empresa. Está prevista para abril de 2025 uma audiência sobre o processo e Amit Mehta pretende tomar uma decisão até agosto de 2025.

Concorrentes pressionam Google

No setor da publicidade de pesquisa, o TikTok começou recentemente a permitir que as marcas direcionem anúncios com base nas consultas de pesquisa dos utilizadores, o que constitui um desafio direto ao principal negócio da Google. A Perplexity, uma startup de pesquisa por inteligência artificial (IA), também planeia introduzir anúncios no final deste mês sob as suas respostas geradas por IA. Estas iniciativas aumentam ainda mais a pressão exercida sobre a Google pela ascensão da Amazon.com, que tem conquistado uma parte das despesas com anúncios de pesquisa, de acordo com o The Wall Street Journal.

A Google foi ainda condenada a disponibilizar abertamente o sistema operativo Android aos concorrentes, na sequência de um processo judicial bem sucedido por parte da Epic Games, criadora do videojogo Fortnite. A ação permite aos concorrentes da Google criarem os seus próprios mercados de aplicações e sistemas de pagamento digitais para competir com a Google Play Store, no mais recente golpe sofrido pela empresa norte-americana de tecnologia, segundo o Financial Times.

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Vasco Palmeirim é o novo diretor criativo da Rádio Comercial

O radialista e apresentador de televisão (na foto) passa, aos 45 anos, a integrar a direção da estação onde trabalha como animador desde 2008. A informação acaba de ser divulgada pela Bauer Media Audio Portugal, proprietária da estação

Vasco Palmeirim é o novo diretor criativo da Rádio Comercial, um novo cargo que a Bauer Media Audio Portugal, dona da estação, acaba de criar. Com a promoção, radialista e apresentador de televisão passa, aos 45 anos, a integrar a direção da estação onde trabalha como animador, desde 2008.

Com a promoção, Vasco Palmeirim assume o pelouro da criatividade, tendo a missão de desenvolver novos conteúdos para a emissão da rádio. O locutor terá também a cargo a criação de conteúdo para as redes sociais da Rádio Comercial e para as emissões especiais que a emissora promove com regularidade.

“Este é o passo lógico na carreira do Vasco. Com a experiência e a maturidade que tem, e com o profundo conhecimento do que é o ADN da estação, vem agora acrescentar à sua performance como animador a sua visão e criatividade na criação de conceitos e conteúdos excecionais para toda a estação, para lá do dia a dia”, afirma Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial, citado em comunicado de imprensa.

A colaborar com a estação há 17 anos, Vasco Palmeirim mostra-se entusiasmado com o desafio. “Sou uma pessoa que tem muitas ideias. Tenho ideias no duche, no metro e quando ando a pé na rua a ouvir música. Como é que isto vai correr? Não faço ideia. Mas vamos a isto”, refere o radialista, citado no mesmo documento.

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Iberdrola promove transição energética com primeira campanha da Fuel (com vídeo)

A nova agência criativa da empresa energética colaborou com a Universal McCann e com a Krypton, produtora responsável pela gravação e produção dos conteúdos. A divulgação está a ser feita em televisão, rádio, digital e exterior, em todo o país

A Iberdrola está a promover a transição energética, num tom leve e apoiado numa estratégia de proximidade que mostra que todos podem contribuir para um mundo mais verde e ainda poupar na fatura, ao abrigo de uma promoção que contempla a oferta de €100 de desconto em serviços.

Com criatividade da Fuel, a nova agência criativa da empresa energética, a campanha multimeios que divulga a iniciativa foi desenvolvida em colaboração com a Universal McCann e com a Krypton, produtora responsável pela gravação e produção dos conteúdos que estão a ser divulgados em televisão, rádio, digital e exterior.

“Esta nossa primeira campanha publicitária para a Iberdrola reflete muito do que imaginam para a marca. É próxima, leve e bem-humorada, focada na realidade dos clientes. É o primeiro passo de um caminho que esperamos longo e bem-sucedido”, afirma João Madeira, co-CEO e diretor criativo da Fuel, citado em comunicado de imprensa.

Despertar para atos que nem sempre têm resultados visíveis, mas que, ainda assim, são suscetíveis de causar um grande impacto é a intenção do filme publicitário. “De um ponto de vista prático, aderir à energia verde da Iberdrola não pressupõe uma diferença notória nas casas dos nossos clientes”, esclarece Gonçalo Rosa, diretor de marketing da Iberdrola Clientes Portugal.

Além da transição energética, a iniciativa também promove a descarbonização. “Com esta campanha, queremos chamar à atenção para a diferença que não é diretamente visível no serviço, aquela que se vê na fatura e no planeta”, refere ainda o responsável, citado no documento.

 

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Contratação de jornalistas e distribuição de publicações vão ter incentivos

No incentivo à leitura e apoio aos media regionais e locais, está prevista a duplicação da comparticipação do porte pago, de 40% para 80%, através da alteração do Decreto-Lei n.º 22/2015, até ao final de 2024, implicando um custo de €4,5 milhões

Catarina Nunes

A contratação do primeiro jornalista a trabalhar a tempo inteiro num meio de comunicação e de jornalistas em geral, bem como a retenção de talento nesta área, são algumas das áreas abrangidas com apoio financeiro no eixo dos incentivos ao setor dos media, que conta com um total de 17 medidas, no total das 30 medidas do Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado pelo Governo, a 8 de outubro.

O incentivo à contratação de jornalistas e retenção de talento tem um custo estimado de €6,5 milhões e será executado no primeiro semestre de 2025, através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Combater a precariedade laboral e incentivar melhores condições laborais, valorizar os jornalistas e melhorar-lhes a qualidade de vida e promover estabilidade e crescimento sustentado do setor são os objetivos da medida. “Este apoio traduzir-se-á na atribuição, mediante candidatura, de um montante entregue pelo Estado às empresas pela contratação de mais jornalistas com vínculo sem termo, com uma retribuição mínima obrigatória igual ou superior ao nível remuneratório de Nível 6 do Quadro Nacional de Qualificações (1.120€)”, refere o documento apresentado por Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares.

Para a contratação do primeiro jornalista a tempo inteiro num órgão de comunicação social, o Governo tem previsto um orçamento de €2,8 milhões, disponível no primeiro semestre de 2025 e que se traduz numa comparticipação do Estado nos custos de contratação, garantindo uma retribuição mínima obrigatória igual ou superior ao nível remuneratório de Nível 6 do Quadro Nacional de Qualificações (1.120€). Esta medida, que complementa a medida anterior, “visa valorizar os jornalistas, apoiar os OCS e contribuir para a profissionalização do setor, sendo que, naturalmente, impactará em particular os OCS regionais e locais, bem como os novos OCS”, lê-se no documento.

Na área dos órgãos de comunicação regionais e locais, o Governo determina o apoio à distribuição de publicações periódicas para zonas de baixa densidade populacional, para garantir o acesso à aquisição de publicações periódicas a todos os cidadãos e promover a coesão territorial, apoiando a imprensa regional e local. Esta medida, a partir do primeiro trimestre de 2025, tem um custo previsto de €3,5 milhões e o Governo “através das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), promoverá a escolha das empresas que possam garantir a melhor rede de distribuição de publicações periódicas nos municípios afetados, através de concursos públicos lançados no âmbito da cobertura territorial desses órgãos regionais, seguindo a disciplina, o regime e os princípios estabelecidos no Código dos Contratos Públicos”, adianta o Plano de Ação para a Comunicação Social.

Dentro desta linha, o Governo quer garantir ainda a distribuição de publicações periódicas em todos os concelhos do país, tendo em conta que há quatro concelhos (Alcoutim, Freixo de Espada à Cinta, Marvão e Vimioso) que não recebem publicações há mais de um ano e meio. “Até que a operação total esteja garantida por via da realização dos concursos públicos, o Governo decidiu negociar com a VASP (única operadora de distribuição no mercado) a celebração de um protocolo para garantir que todos os concelhos do país têm distribuição”, é avançado no documento.

O protocolo permitirá garantir que os quatro concelhos atualmente a descoberto passem a estar cobertos a partir do mês de novembro e que, até estar assegurada a distribuição (por via de concurso público), nenhum concelho ficará sem distribuição. Este acordo, cujos custos estão ainda em negociação, prevê que o Governo assuma o custo da distribuição das publicações periódicas nos quatro concelhos, até à plena execução da distribuição pelos operadores vencedores dos concursos.

No incentivo à leitura e apoio aos media regionais e locais, está prevista a duplicação da comparticipação do porte pago, de 40% para 80%, através da alteração do Decreto-Lei n.º 22/2015, até ao final de 2024, implicando um custo de €4,5 milhões. “Ouvido o setor, este Executivo considera que o aumento da comparticipação dos custos de expedição das publicações periódicas é crucial para combater a desertificação da informação em várias regiões de baixa densidade populacional, mantendo os preços das assinaturas acessíveis.

Neste âmbito, outra das medidas do Governo prevê a revisão e avaliação do enquadramento legal e sua eficácia, a partir do primeiro semestre de 2025, para simplificar o enquadramento legal, desburocratizar no sentido de facilitar o acesso aos apoios, apoiar com mais efetividade a modernização e a transição digital e avaliar a eficácia dos modelos atuais de incentivos do Estado aos órgãos de comunicação locais e regionais.

Nas rádios locais, com o objetivo de valorizar estes meios, “o Governo quer garantir que as rádios locais são abrangidas pelo regime de transmissão do Direito de Antena em todas as eleições, sendo que atualmente este apenas se cinge às eleições autárquicas. Com esta medida o Executivo visa, também, assegurar a igualdade de oportunidades de comunicação de todas as candidaturas políticas, quer seja nas eleições autárquicas, legislativas, europeias ou presidenciais”, refere o plano apresentado. Para materializar esta medida, que implica um orçamento estimado de €1,5 milhões por eleição, o Governo tenciona avançar com uma alteração legislativa a ser submetida à Assembleia da República e discutida com os Grupos Parlamentares, no quarto trimestre de 2025.

A integração das plataformas digitais nas soluções para o setor, um plano de ação para a segurança dos jornalistas, formações para jornalistas na área digital/inteligência artificial, o Livro Branco sobre inteligência artificial aplicada ao jornalismo, a promoção da modernização tecnológica, a formação empresarial para órgãos de comunicação social regionais e locais, e a publicitação de fundos europeus e de deliberações autárquicas na imprensa regional e local ou em sites de rádios com este perfil são outras das medidas apresentadas no pacote de incentivos ao setor dos media.

 

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