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Até que ponto é que a IA vai mudar o marketing de influência? A opinião dos especialistas

Apesar da atratividade que esta nova tecnologia atualmente exerce sobre marcas e empresas, o recurso a inteligência artificial (IA) para desenvolver campanhas publicitárias e ações de marketing de influência também […]

Luis Batista Gonçalves
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Até que ponto é que a IA vai mudar o marketing de influência? A opinião dos especialistas

Apesar da atratividade que esta nova tecnologia atualmente exerce sobre marcas e empresas, o recurso a inteligência artificial (IA) para desenvolver campanhas publicitárias e ações de marketing de influência também […]

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Apesar da atratividade que esta nova tecnologia atualmente exerce sobre marcas e empresas, o recurso a inteligência artificial (IA) para desenvolver campanhas publicitárias e ações de marketing de influência também divide opiniões. Segundo o estudo “State of influencer marketing 2023: Benchmark report“, realizado pela organização especializada Influencer Marketing Hub, 67% das insígnias estão preocupadas com as possíveis deturpações, enganos e fraudes que esta (r)evolução pode gerar mas, ainda assim, estão convencidas de que as vantagens potenciais serão superiores.

“Com a facilidade da integração de novas tecnologias e ferramentas, como a IA, a realidade aumentada, a realidade virtual e, principalmente, a expansão para mercados internacionais, aproveitando o alcance global dos influenciadores, o marketing de influência vai continuar a crescer. No próximo ano, as marcas irão aumentar ainda mais o investimento neste canal”, assegura Miguel Raposo, fundador da Talents Agency, uma nova agência que presta apoio e mentoria a criadores de conteúdo.

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“Vamos ver uma maior diversificação deste tipo de marketing, com as marcas a explorarem novos formatos e plataformas”, acredita “Em relação à IA, existe potencial, principalmente nas ferramentas que passamos a ter. Mas a IA não consegue (ainda) substituir o lado genuíno e autêntico de um criador de conteúdo”, assegura o especialista.

“Pode ser usada na automatização de tarefas, como a escolha de influenciadores, a gestão de campanhas e a análise de resultados, mas, no resto, ainda é complicado. Um bom conteúdo de marketing de influência precisa de uma pessoa real e é muito difícil a IA substituir o criador de conteúdo. Em Portugal, esta utilização ainda está numa fase muito inicial. No entanto, é uma tendência que está a crescer e que as marcas estão a começar a explorar”, considera.

“De facto, o termo IA está muito na moda”, reconhece também Bruno Salomão, cofundador e CEO da Inphluent, empresa especializada em marketing de influência, criação e gestão de conteúdos, canais e plataformas próprias. “Talvez por ter um background robusto em tecnologia, sou bastante cuidadoso e minucioso na avaliação que realizo às diferentes plataformas e, principalmente, quando referem que usam IA”, desabafa.

“Utilizar a IA não é mesma coisa que ter um algoritmo a correr por trás da tecnologia e das ferramentas. Acredito que é preciso ter cuidado com isso para não existir a velha história do gato por lebre. De todas as formas, acredito que ainda estamos numa fase muitíssimo embrionária e, mesmo a nível internacional, são poucas as plataformas que já apresentem uma vantagem clara na utilização do IA em marketing de Influência”, garante o empresário.

“A IA irá revolucionar a forma como trabalhamos”

As dúvidas ainda são muitas. “Acredito profundamente que a IA irá revolucionar diversas áreas e a forma como trabalhamos e o marketing de influência não será diferente. O mais impactante será em termos de previsão de resultados e de match entre influenciadores e/ou conteúdos e audiência”, considera Bruno Salomão.

Inês Mendes da Silva, CEO da Notable, consultora responsável pela comunicação, agenciamento e gestão publicitária de figuras públicas como Cristina Ferreira, Rita Pereira, Pedro Teixeira, Mafalda Teixeira e Helena Coelho, também está expectante. “Estamos numa fase muito inicial da utilização massificada da IA. É algo que já todos sabemos que existe e que vai moldar os próximos anos em todas as áreas do nosso quotidiano. Em Portugal, ainda não é evidente a sua utilização no marketing de influência, mas acredito que é algo que naturalmente virá a acontecer e até já há um ou outro caso em que a IA foi utilizada”, sublinha a empresária.

“Estamos numa fase embrionária, mas que acredito de crescimento acelerado”, defende, todavia, Gonçalo Castilho Pernas, o novo head of talents da Global, cargo criado no âmbito do plano estratégico de expansão da área de marketing de influência que a agência de comunicação está a implementar.

“Em Portugal, estamos a observar um aumento no interesse das marcas em usar a IA, seja para definir estratégias, mapear perfis ou analisar resultados, assim como percebemos isso nos influenciadores que utilizam a IA para melhorar a qualidade dos seus conteúdos”, afirma Diogo Alpendre da Rocha, country manager português da SocialPubli, empresa especializada em marketing de influência.

“No nosso caso, usamo-la já em diversas etapas do desenvolvimento e gestão de campanhas. Estamos a usá-la para encontrar influenciadores relevantes para as marcas e para medir os resultados das campanhas de influence marketing. Além disso, utilizamos a dobragem de IA para uma primeira análise dos conteúdos criados por influenciadores de países em que a equipa não possua fluência no idioma, assim como para o uso de embaixadores de marcas globais para campanhas em países diferentes do idioma nativo do influenciador”, refere.

“Obviamente, fazemo-lo sempre com revisão humana e com o conhecimento da marca, para garantir que as diretrizes de criação de conteúdos estão a ser cumpridas de acordo com as expetativas das insígnias”, assegura Diogo Alpendre da Rocha.

“Na Brinfer, usamos algumas ferramentas para interpretar conteúdos e comportamentos. Recorremos à AI para tentar prever tendências de consumo e temos a possibilidade de interligar as nossas análises com o ChatGPT para conseguirmos uma análise de dados diferente”, revela também Roberto Carneiro Gomes, fundador do Brinfer, empresa especializada em marketing de influência.

“Terá um impacto significativo em todos os setores da indústria”

Além das novas formas de lidar com este tipo de ações que a IA começa a trazer com maior insistência para o dia a dia dos profissionais do marketing e para os que agenciam e/ou orientam influenciadores, também há fatores legais a ter em conta. “Gosto sempre de olhar para os avanços tecnológicos como algo positivo para a sociedade e espero que a regulamentação e a legislação portuguesa, tal como a europeia, consigam acompanhar o desenvolvimento desta tecnologia”, desabafa Inês Mendes da Silva.

A definição de novas regras é fundamental para clarificar a evolução que se vaticina. “A IA não é uma tendência, é já uma realidade. É um meio e não um fim, algo que já usamos naturalmente, sobretudo como ferramenta de agilização de tarefas, libertando as nossas equipas para criar, pensar estrategicamente”, refere Alexandra Navarro, client managing director da Samy Alliance, empresa especializada em marketing e comunicação.

“A AI faz parte da génese da nossa organização e está integrada na nossa plataforma proprietária de seleção e gestão de influenciadores, a Shinebuzz. Agora, quando falamos de AI na criação de influenciadores virtuais, aí a discussão é outra e entramos no campo da humanização necessária numa área que vinga precisamente pelo lado humano”, adverte, contudo, a especialista.

Independentemente das (muitas) discussões que ainda venha a gerir, há um facto que já ninguém questiona. A IA veio para ficar e são muitas as áreas do quotidiano que irá alterar. Segundo um estudo da consultora internacional McKinsey & Company, o impacto na produtividade que pode vir a gerar poderá vir fazer a economia global crescer entre 2,6 a 4,4 triliões de dólares, o que corresponde a entre 2,4 a 4,1 triliões de euros.

“Terá um impacto significativo em todos os setores da indústria”, garante o relatório que sintetiza os resultados da pesquisa. Uns serão, no entanto, (muito) mais beneficiados do que outros. “Cerca de 75% do valor que os casos de uso de IA generativa poderiam oferecer se enquadra em quatro áreas: operações do cliente, marketing e vendas, engenharia de software e pesquisa e desenvolvimento”, avança a investigação.

“Os exemplos [analisados] incluem a capacidade da IA ​​generativa de apoiar interações com clientes, gerar conteúdo criativo para marketing e vendas e redigir código de computador com base em instruções em linguagem natural, entre muitas outras tarefas”, acrescenta ainda a consultora.

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Kendrick Lamar é o novo embaixador da Chanel

Com a incerteza económica e a inflação a desacelerar o mercado de luxo, a marca aposta na parceria com o rapper norte-americano, escolhido para a campanha de óculos da Chanel

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A parceria da marca de luxo francesa com Kendrick Lamar é revelada já no dia 22 de abril com o lançamento da mais recente campanha de óculos de sol, fotografada por Karim Sadli. O rapper norte-americano destaca o legado intemporal da centenária casa. “Como a marca não tem coleção de roupa para homem, tive de apostar nos óculos”. O rapper surge com um dos modelos no vídeo ‘Luther’, um dos temas do álbum GNX (2024).

Com a incerteza económica e a inflação a desacelerar o mercado de luxo, Bruno Pavlovsky, presidente da divisão de moda da Chanel, destaca o potencial dos óculos de sol. “Mais do que um simples acessório de moda, os óculos fazem parte do charme da Chanel e são vistos regularmente nos desfiles de moda. Com um estilo versátil, dão um toque final à silhueta”.

Embora seja raro a Chanel incluir roupas masculinas no prêt-à-porter, a marca já contratou alguns embaixadores, incluindo o ator Timothée Chalamet ou o cantor coreano G-Dragon.

A ligação de Lamar à ‘maison’ francesa começa em 2023, quando o cantor norte-americano comparece na Met Gala, que nesse ano homenageia Karl Lagerfeld, a usar um casaco ‘bomber’ de couro acolchoado e personalizado pela então diretora criativa Virginie Viard. A Chanel reúne-se novamente com Lamar e Dave Free para o desfile de alta-costura, em janeiro de 2024, que inclui a criação de um cenário megalómano, onde se destaca um medalhão iluminado da Chanel, e uma curta-metragem intitulada ‘The Button’.

O multipremiado artista de Compton tem mais de vinte e dois Grammy no currículo e um Prémio Pulitzer com o álbum DAMN, lançado em 2017. Aos 37 anos, é dono do estúdio criativo PGlang, que cofundou com Dave Free, e em 2023 ganhou seis prémios no festival de criatividade Cannes Lions, com a curta-metragem ‘We Cry Together’.
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Receitas da Netflix sobem 12,5% para €9,26 mil milhões

Com o impulso dado pelos recentes aumentos de preços, os lucros da Netflix excederam as previsões de Wall Street no primeiro trimestre

A Netflix anuncia um aumento de 12,5% das receitas totais mundiais no primeiro trimestre de 2025, para 10,54 mil milhões de dólares (€9,26 mil milhões), em comparação com o mesmo período em 2024, com o impulso dado pelos recentes aumentos de preços.

Em termos de lucro, a plataforma de streaming regista um aumento de 24% dos lucros para 2,89 mil milhões de dólares (€2,54 mil milhões) nos primeiros três meses do ano.

A empresa refere que conseguiu um desempenho sólido no primeiro trimestre, “com uma série (‘Adolescência’) e três filmes (‘Back in Action’, ‘Ad Vitam’ e ‘Counterattack’) a entrarem para as listas dos mais populares de sempre”, declara a empresa no comunicado que apresenta os resultados trimestrais.

A empresa supera as expetativas dos analistas de Wall Street em termos de faturação, excedendo os 10,51 mil milhões de dólares (€9,24 mil milhões) previstos, e não altera a previsão de receitas para este ano, projetadas entre os 43,5 e os 44,5 mil milhões de dólares (€38,25 e €39,12 mil milhões), apesar da incerteza provocada pelas políticas comerciais de Donald Trump.

Após ter registado o melhor trimestre de sempre em termos de aumento de assinantes, tendo conquistado 18,9 milhões de clientes no final de 2024, a empresa opta por não divulgar novos dados, que eram o principal barómetro seguido pelos analistas.

A Netflix avança ainda que Reed Hastings, cofundador da empresa, deixará o cargo de presidente executivo e passará a ocupar a função de presidente do conselho de administração como diretor não executivo.

 

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Dentsu Creative Iberia e Havas Portugal são finalistas nos Clios Awards

‘Drawn To Equality’, da Dentsu Creative Iberia para a Visa, e a ‘Look For Freedom’, da Havas Worldwide Portugal para a Amnistia Internacional, são os trabalhos na ‘shortlist’ dos Clios Awards 2025

Catarina Nunes

Há duas agências nacionais com campanhas na ‘shortlist’ dos Clios Awards 2025: a ‘Drawn To Equality’, da Dentsu Creative Iberia para a Visa, e a ‘Look For Freedom’, da Havas Worldwide Portugal para a Amnistia Internacional. Na final estão 1.410 trabalhos, de agências de todo o mundo e os vencedores serão anunciados numa cerimónia em Nova Iorque, a 13 de maio.

‘Drawn To Equality’, da Dentsu Creative Iberia para a Visa FOTO DR

O projeto da Dentsu para a Visa é finalista em Branded Entertainment&Content na categoria de Imprensa e diz respeito a uma iniciativa com o A Bola, em que é incluída uma personagem feminina na tira de banda desenhada Barba e Cabelo, que o jornal desportivo apresenta diariamente.

‘Look For Freedom’, da Havas Worldwide Portugal para a Amnistia Internacional FOTO DR

O ‘Look For Freedom’ da Havas Worldwide Portugal está na ‘shortlist’ de Moda&Beleza na categoria Uso da Moda & Beleza. Este projeto para a Amnistia Internacional é feito em parceria com a designer de moda Katy Xiomara e transforma em vestidos as burcas que mulheres afegãs deixaram nos aeroportos, quando abandonaram o Afeganistão na sequência da invasão dos talibãs, em 2021.

Na ‘shortlist’ dos Clios Awards 2025 está também o projeto piloto da CUF, em que os sons das ressonâncias magnéticas são transformados em histórias para crianças em audiolivros, com as histórias criadas pelos escritores Mariana Jones e João Pedro Mésseder, além dos testemunhos de crianças e pais portugueses. O ‘Magnetic Stories’ para a Siemens Healthineers não é concebido por uma agência nacional (a criatividade é da norte-americana Area 23/IPG Health Company), mas conta com a produção da Bro Cinema.

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Catarina Nunes

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Reveja os melhores momentos dos Prémios Marketing M&P’24

Veja o vídeo e conheça os protagonistas e quem subiu ao palco do evento a 16 de abril, no Montes Claros – Lisbon Secret Spot, em Monsanto, numa iniciativa promovida pelo jornal Meios & Publicidade

A entrega dos Prémios Marketing M&P’24 decorreu ao final da tarde de 16 de abril, no Montes Claros – Lisbon Secret Spot, em Monsanto, numa iniciativa promovida pelo jornal Meios & Publicidade. ‘Tu Mereces Mac’, da BBDO para a McDonald’s, é a campanha vencedora do Grande Prémio, em que a BBDO é distinguida como Agência Criativa do Ano, a OMD como Agência de Meios do Ano e Sérgio Leal (McDonald’s) como Marketeer do Ano.

Além destes quatro Grandes Prémios houve um total de 38 troféus (12 Ouros, 14 Pratas e 12 Bronzes) numa cerimónia que também premeia a Adagietto, Arena Media, Bar Ogilvy, Dentsu Creative Iberia, Fuel, Fullsix, GR8 Events, Havas, Hearts&Science, OMD, Samy Alliance, SIC, Stream and Tough Guy, The Hotel, Tux&Gill e Uzina, entre outros. A lista completa dos vencedores está disponível aqui.

Das 82 inscrições apresentadas, 53 chegam à ‘shortlist’, o que corresponde a 64% das candidaturas. A seleção dos vencedores é da responsabilidade de um júri presidido por Fernanda Marantes, CEO do Havas Media Group.

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VML e Public’ põem ‘vacas felizes’ a gerir redes sociais da Terra Nostra

Ao transformar as vacas em ‘cowfluencers’, a marca reforça a ligação à comunidade digital e aposta numa comunicação que privilegia o humor

A nova estratégia de redes sociais da Terra Nostra, desenvolvida pela VML em parceria com a Public’, reforça o tom autêntico que a marca tem vindo a construir, aproximando ainda mais o público do dia a dia das vacas felizes que crescem nas pastagens verdejantes da ilha de São Miguel, nos Açores.

“Ao entregar as nossas redes sociais às vacas felizes, estamos a reforçar de forma criativa e envolvente o nosso propósito de fazer ‘o bem, bem feito’. No ano em que comemoramos 10 anos do programa Leite de Vacas Felizes, faz todo o sentido que sejam elas as grandes protagonistas das nossas redes sociais”, sublinha Yvan Mendes, diretor de marketing da Terra Nostra, citado em comunicado de imprensa.

A intenção da Terra Nostra é transformar as vacas em ‘cowfluencers’, reforçando a aposta numa comunicação de proximidade que privilegia a informalidade e o humor. “Queremos, sobretudo, que os nossos consumidores se divirtam, se aproximem da marca e conheçam melhor a vida no pasto”, refere Yvan Mendes.

Com esta nova abordagem, Terra Nostra reforça a sua ligação à comunidade digital, promovendo conversas sobre sustentabilidade, bem-estar animal e o programa Leite de Vacas Felizes. Segundo a marca, o TikTok, conta com “uma criadora de conteúdos ‘trendy’, com um perfil jovem e criativo”. O Instagram é gerido “por uma ‘influencer’ ‘foodie’, preocupada com a sustentabilidade, que adora partilhar a beleza dos Açores e o seu ‘lifestyle’ no pasto” e o Facebook, conta com “uma vaca sábia e experiente, que valoriza a tradição, a família e a comunidade”.

 

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Chanel escolhe estrela de Bollywood para embaixadora da marca

Uma decisão estratégica da ‘maison’ francesa, numa altura em que a Índia se consolida como o terceiro maior consumidor da indústria de luxo na região Ásia-Pacífico

A estrela de Bollywood, Ananya Panday, é a primeira embaixadora da marca de luxo na Índia. Uma decisão estratégica da ‘maison’ francesa, numa altura em que a Índia se consolida como o terceiro maior consumidor da indústria de luxo na região Ásia-Pacífico.

Apesar de representar apenas 2% das vendas globais do setor do luxo, a Índia é um dos mercados emergentes com maior potencial de crescimento. Atualmente, a Chanel conta apenas com duas lojas no país — em Mumbai e Nova Deli — e a parceria com a atriz, de 26 anos, que tem 26 milhões de seguidores nas redes sociais, pode ser o impulso necessário para a expansão da marca no digital.

Com uma carreira de apenas seis anos, Ananya Panday é atualmente um dos ícones de estilo mais proeminentes da geração Z. Filha do ator Chunky Panday e da estrela de televisão Bhavana Pandey, a atriz tem vindo a conquistar o público com o seu estilo ‘cool-girl’, que combina peças de ‘designers’ com ‘streetwear’.

Além da Chanel, Ananya Panday também representa a Swarovski e protagoniza campanhas da Jimmy Choo na Índia, mantendo ainda colaborações com marcas como Lakmé, Beats e Timex.

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Anúncio de 1988 inspira campanha da Levi’s com Beyoncé

‘Refrigerator’ (na foto) é o terceiro capítulo da campanha ‘Reiimagine’, que continua a revisitar o legado da Levi’s enquanto inspiração. A criatividade é da TBWA\Chiat\Day LA com produção da De La Revolución e da Prettybird

A Levi’s apresenta ‘Refrigerator’, o terceiro capítulo da campanha ‘Reiimagine’, protagonizada por Beyoncé. O anúncio recupera o espírito original do spot publicitário, que a marca norte-americana lança em 1988,  transformando-o numa declaração moderna sobre confiança, originalidade e poder.

“Através de ‘Reiimagine’ e da nossa parceria com a Beyoncé, uma das artistas mais influentes do nosso tempo, estamos a construir décadas da nossa iconografia clássica e a celebrar o que significa liderar com intenção e confiança”, refere Kenny Mitchell, diretor global de marketing da Levi’s, marca da Levi Strauss & Co, citado em comunicado de imprensa.

A campanha, desenvolvida pela Levi’s em parceria criativa com a TBWA\Chiat\Day LA, é produzida pela De La Revolución e pela Prettybird. Passado num restaurante à beira da estrada, o anúncio, que conta com a participação do cantor Willie Jones e é realizado por Melina Matsoukas, mostra a cantora e atriz com a camisa Iconic Western, os calções 501 Original, uma camisola de alças branca e uma bandana vermelha.

À semelhança de ‘Launderette’ e ‘Pool Hall’, ‘Refrigerator’ está a ser lançado globalmente, em televisão, meios digitais, redes sociais e suportes exteriores, numa altura em que a Levi’s prepara ativações da marca para amplificar a campanha.

Marcell Rév, cineasta vencedor de um prémio Emmy, também colaborou com a marca no desenvolvimento dos anúncios, tal como o fotógrafo Mason Poole, que assina as fotografias promocionais.

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Investimento em media cai 29,1% em cinco anos

As verbas alocadas à publicidade em imprensa desceram de 72% para 51% entre 2019 e 2024, com as marcas a privilegiarem os conteúdos gerados pelos utilizadores, revela um estudo internacional do WARC

O investimento dos anunciantes internacionais em media caiu 29,1% em cinco anos. De acordo com o estudo ‘Global Ad Trends report: Advertising’s Breaking News Problem’, realizado pelo World Advertising Research Center (WARC), passou dos 72% em 2019 para os 51% em 2024. Em 2025, não deve ultrapassar os 32,3 mil milhões de dólares (€28,4 mil milhões).

Segundo a análise, a divulgação de informação noticiosa, marcada por guerras comerciais e conflitos armados ao longo do período estudado, continua a gerar audiências, mas não atrai investimento publicitário para as empresas de comunicação social, com as marcas a privilegiarem os formatos gerados pelos utilizadores e pelos produtores de conteúdo.

Para 2026, prevê-se uma nova redução do investimento em media, alerta o WARC. “Para as editoras de revistas, o gasto previsto é de 3,7 mil milhões de dólares (€3,2 mil milhões) em 2025, o que corresponde a uma queda de 38,6% em comparação com 2019”, refere o estudo. O relatório avança ainda que os anunciantes estão a favorecer as plataformas digitais globais, como o Google e a Meta, para investir em anúncios direcionados e escaláveis.

“O crescimento futuro depende de dados próprios, de ambientes fiáveis ​​e da diversificação de receitas para além dos anúncios, através de subscrições e relações diretas com o consumidor”, defende o estudo do WARC, que revela que há cada vez mais anunciantes a evitar colocar anúncios ao lado de conteúdos considerados controversos, preferindo divulgá-los junto de temas mais leves.

Marcas evitam assuntos polémicos

Os anunciantes procuram aparecer associados a informação desportiva e a notícias sobre inovação tecnológica, consumo e o estilo de vida, desvalorizando o valor anteriormente atribuído às notícias publicadas em secções de política, economia e sociedade. A intenção é evitar serem associados a polémicas que os afetem.

“As marcas estão cada vez mais receosas no que se refere ao jornalismo dos temas mais sérios. O bloqueio de palavras-chave prejudica a capacidade dos órgãos de informação de monetizarem momentos noticiosos, enquanto que o investimento publicitário está a migrar cada vez mais do jornalismo profissional para os produtores de conteúdo”, sublinha Alex Brownsell, diretor de conteúdos da WARC Media.

No Reino Unido, só 3,7% do investimento publicitário em televisão é que foi canalizado para os períodos de transmissão de programas noticiosos, em 2024. Nos Estados unidos, os maiores anunciantes da indústria automóvel, do retalho, das finanças e das telecomunicações também seguem o mesmo caminho, transferindo uma grande parte dos investimentos para as publicações digitais, para as redes sociais e para o marketing de influência.

“Os smartphones, as redes sociais e a produção de conteúdos personalizados tornaram as notícias digitais mais convenientes e atrativas, especialmente para os públicos mais jovens”, salienta o relatório. A análise do WARC menciona ainda um estudo da consultora de marketing e comunicação Stagwell, que tem por base um inquérito a 50 mil executivos da Europa, Médio Oriente e África, que refere que 85% dos inquiridos acredita que investir em media continua a compensar financeiramente.

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O que pode ler na edição 979 do M&P

No Lado B, última página do jornal, a rubrica Fatal, Banal, Genial destaca a campanha da Droga5 de São Paulo para o Cif no Brasil, que ‘lava a boca’ de apresentadores de podcasts que recorrem a palavrões, durante a condução dos programas

Na edição 979 do M&P, o destaque vai para um artigo que questiona se a publicidade minimalista veio para ficar, tendo em conta as várias campanhas lançadas recentemente que seguem esta linha, como a ‘Iconic Needs No Explanation’, da McDonald’s.

Com a atenção do consumidor a durar menos do que um scroll, a publicidade minimalista fala para os consumidores que procuram transparência, autenticidade e humildade. A tendência é um movimento de regresso à simplicidade.

A McDonald’s está também em destaque nos Prémios Marketing M&P’24, ao vencer o prémio Marketeer do Ano (Sérgio Leal, diretor de marketing e comunicação da McDonald’s) e o Grande Prémio, com a campanha ‘Tu Mereces Mac’, criada pela BBDO, que é eleita Agência Criativa do Ano.

Na cerimónia de entrega de prémios, a 16 de abril no Montes Claros – Lisbon Secret Spot, no Monsanto, em Lisboa, a OMD sobe ao palco como Agência de Meios do Ano. Além destes prémios foram atribuídos outros 38 troféus (12 Ouros, 14 Pratas e 12 Bronzes).

No ranking mensal da Snack Content Portugal, elaborado em exclusivo para o M&P, Dio Rods é o ‘gamer’ nacional com mais interações no Instagram. Pedro Timóteo ocupa a segunda posição, com cerca de um quarto do ‘engagement’ do líder da tabela.

Apesar de a imprensa estar em queda, está na calha o relançamento de algumas publicações extintas no passado, como o jornal 24 Horas e a versão em papel da revista Fora de Série, por exemplo), enquanto alguns grupos de media fazem parcerias entre eles, como o Público com a TSF.

Na rubrica De Portugal Para o Mundo, dedicada a profissionais expatriados, Francisco Faria, criador de conteúdos digitais e fundador das marcas portuguesas Hurricane e Blue Avenue, conta as razões que o levam a mudar-se de Lisboa para Madrid.

Miguel Valente, diretor criativo da Winicio, explica na rubrica Como É Que Não Me Lembrei Disto?’ as razões da escolha da ‘Whatever’s Confortable”, da Wieden + Kennedy para a marca de bebidas Southern Confort, como a campanha que gostaria de ter feito. A ‘4 Anos de Isolamento’, para a Associação Salvador, é a que mais gostou de fazer.

Na opinião, João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa, escreve que se pensarmos nos efeitos que a guerra das tarifas vai provocar nos investimentos publicitários, teremos a certeza de que a primeira reação será a de levantarmos muros.

Hélder Pombinho, diretor criativo de design de marca da VML Branding, desmonta os mitos sobre os quais fomos alicerçando as convicções sobre o insucesso nacional, para questionar as razões de não haver marcas portuguesas globais.

Questionando se os videojogos com o intuito de violar mulheres são aceitáveis, Paula Cosme Pinto, comunicadora para a igualdade de género e temas sociais, escreve sobre o No Mercy, que apesar das críticas e denúncias permanece à venda em Portugal, com uma avaliação “muito positiva” dos utilizadores.

No Lado B, última página do jornal, a rubrica Fatal, Banal, Genial destaca a campanha da Droga5 de São Paulo, em conjunto com a Initiative, para o Cif no Brasil, que ‘lava a boca’ de apresentadores de podcasts que recorrem a palavrões, durante a condução dos programas.

Cada vez que dizem uma asneira, o tradicional ‘bip’ do som de censura é substituído pelo som ‘Ciiiffff’, enquanto a boca do apresentador é coberta por um logotipo digital do Cif.

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Tarifas de Trump obrigam Temu e Shein a cortar no investimento publicitário

As medidas têm impacto nos consumidores norte-americanos e são um golpe para as empresas tecnológicas como a Meta ou o YouTube, que vão ser afetadas pela quebra na publicidade

A Temu e a Shein, dois dos maiores anunciantes nas redes sociais dos Estados Unidos, estão a reduzir o investimento publicitário devido às tarifas impostas por Donald Trump e planeiam aumentar os preços dos produtos já na próxima semana, noticia o Financial Times.

O envio de produtos fabricados na China a preços baixos para os consumidores norte-americanos tem os dias contados. Uma ordem executiva da Administração Trump ameaça este modelo de negócio. A partir de 2 de maio, as mercadorias com valor inferior a 800 dólares (€700) enviadas da China e de Hong Kong para os Estados Unidos deixam de estar isentas de tarifas.

O fim da isenção de tarifas tem efeitos diretos nos custos de produção e ambas as empresas já começaram a cortar nos anúncios digitais.

A despesa publicitária média diária da Temu em plataformas como Facebook, Instagram, TikTok, X e YouTube caiu, em média, 31% nas duas semanas entre 31 de Março e 13 de Abril, em comparação com os 30 dias anteriores, de acordo com estimativas da empresa de estudos de mercado Sensor Tower.

Já a despesa publicitária média diária da Shein no Facebook, Instagram, TikTok, YouTube e Pinterest caiu, em média, 19% no mesmo período, acrescenta a empresa.

As medidas têm impacto nos consumidores norte-americanos e são um golpe duro para empresas tecnológicas como o Facebook da Meta e o YouTube, que vendem espaços publicitários aos vendedores chineses para que possam chegar ao público ocidental.

As receitas da Meta provenientes da China, por exemplo, ascendem a 18,4 mil milhões de dólares (€16,2 mil milhões) em 2024, o que representa cerca de 10% das receitas totais da empresa, no valor de 165 mil milhões de dólares (€145,3 mil milhões), de acordo com os resultados financeiros da tecnológica.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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