Investigação da Autoridade da Concorrência à publicidade online da Google passou para Comissão Europeia
Uma investigação da Autoridade da Concorrência (AdC) à Google, por abuso de posição dominante, passou para a Comissão Europeia, depois de esta entidade ter alargado o âmbito da sua própria […]
Rui Oliveira Marques
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Uma investigação da Autoridade da Concorrência (AdC) à Google, por abuso de posição dominante, passou para a Comissão Europeia, depois de esta entidade ter alargado o âmbito da sua própria investigação à empresa, segundo um comunicado, citado pela Lusa.
“Na sequência de uma denúncia, após interpelação dos principais agentes económicos presentes nestes mercados e uma análise prévia dos mercados, a AdC decidiu, em 17 de maio de 2022, abrir um processo de contraordenação visando a Google pela prática de um abuso de posição dominante. Este processo esteve, até agora, coberto pelo segredo de justiça”, revelou a AdC.
De acordo com o regulador, em causa estão indícios de um possível auto favorecimento (“self-preferencing”) desta empresa em vários níveis da cadeia de valor associada à venda de espaço publicitário online. “Em particular, está em causa a possibilidade de a Google ter utilizado informação sobre os leilões para anúncios ‘online, a que os concorrentes não tinham acesso, para condicionar, em seu favor, o resultado desses leilões e de ter potencialmente limitado o desenvolvimento de tecnologias de leilão concorrentes, a par de outros eventuais comportamentos passíveis de restringir a concorrência na relação com os editores (‘publishers’)”, refere a AdC. Entretanto, “após as diligências de investigação desenvolvidas pela AdC e da consequente abertura do processo contraordenacional visando a Google, a Comissão Europeia, em 27 de julho de 2022, informou a AdC de que, em face da abrangência e impacto da matéria em causa, pretendia alargar o âmbito da sua própria investigação à Google para incluir também as práticas e os mercados objeto de investigação pela AdC em Portugal”, referiu.
Na mesma nota, a AdC declarou que, “atendendo às sérias preocupações identificadas na investigação que desenvolveu”, o regulador “reforçou junto da Comissão Europeia a importância de os mercados portugueses serem objeto de investigação” e “colocou, também, à disposição da Comissão toda a informação coligida durante a investigação que desenvolveu”.