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Economia – O estado dos económicos

Apesar da crise, ou talvez por isso, a imprensa económica diária teve em 2009 um bom ano em termos de circulação paga.

Ana Marcela
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Apesar da crise, ou talvez por isso, a imprensa económica diária teve em 2009 um bom ano em termos de circulação paga.

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Apesar da crise, ou talvez por isso, a imprensa económica diária teve em 2009 um bom ano em termos de circulação paga. Dizem os dados mais recentes da APCT, relativos aos primeiros dois meses de 2010, que essa tendência de crescimento sofreu um revés, tendo o segmento quebrado face a igual período do ano passado 5,72 por cento, para uma média de circulação paga de 47.977 exemplares. Apesar dos números, Pedro Guerreiro faz um balanço positivo do actual momento do sector. ”O Jornal de Negócios está com o valor mais alto de sempre de audiência do Bareme Imprensa e no online”, afiança o director do título da Cofina. “Clientes não faltam”, frisa. Quanto aos números de circulação, apesar de reconhecer a quebra do segmento no arranque do ano e que também atingiu o Jornal de Negócios, o responsável justifica com uma tendência de descida do sector que já vinha do ano passado. Após um primeiro semestre onde os temas de economia ganharam forte relevo, e com isso o interesse dos leitores, seguiu-se um segundo semestre marcado pelos temas políticos (eleições), “não se tendo passado nada de muito relevante na economia”. “Desde Fevereiro/Março começou novamente a ganhar espaço a questão da situação financeira e começaram a haver grandes negócios”, diz, dando o caso da OPA à Cimpor como exemplo ou a mais recente disputa entre a PT e a Telefónica pela Vivo, situações que têm, certamente, contribuído, para o crescimento que o jornal tem verificado na plataforma online. Guilherme Borba, administrador da Megafin, a editora do Oje, justifica a quebra de circulação de 7,07 por cento do título distribuído nas empresas e que assenta o seu modelo de negócio numa assinatura simbólica, com uma “decisão estratégica de funcionamento, no sentido de optimizar custos das sobras e rotas de distribuição para termos um custo mais equilibrado”. “A quebra foi forçada pela estratégia e não pelas audiências ou pelos leitores”, sintetiza.

“Faço um balanço muito positivo, pois apesar da situação de indefinição e incerteza em relação ao futuro da imprensa escrita, todo o segmento de economia e negócios subiu a sua circulação paga, sendo certo que por vezes isso foi sobretudo impulsionado pelas vendas em bloco”, comenta, por seu turno, Isabel Canha, directora da Exame. “Este comportamento positivo pode ser atribuído ao interesse que a actual situação macro-económica suscita pelos temas relacionados com a economia”, considera. No que se refere à Exame, título da Impresa Publishing, Isabel Canha mostra-se particularmente satisfeita, e olhando para os números destaca o facto de a revista mensal manter a sua “liderança absoluta no segmento, com 25.228 exemplares de média de circulação paga em 2009 (+10,47 por cento do que no ano anterior)”.

E o investimento?

Isabel Amaral, directora da revista bimestral Negócios & Franchising faz uma análise menos optimista do segmento. O ano passado, relembra, “obrigou a ajustamentos da revista às novas condicionantes do mercado”. “Sendo uma revista direccionada para o empreendedorismo, a conjuntura económica adversa à criação de negócios levou a uma diminuição do nível de investimento publicitário das marcas em franchising, principal fonte de receitas de publicidade”, justifica. Já este ano, “o primeiro semestre trouxe alguma recuperação no investimento publicitário e aumento de receitas da revista”, acrescenta. “Os últimos dois anos foram de contracção do investimento publicitário. Sentimos que 2010 foi um ano em que os clientes da revista voltaram a apostar na divulgação sem esperar que o ciclo económico melhore”, continua a responsável da Negócios & Franchising.

Em relação ao ano passado, afirma, por seu lado, Ricardo Florêncio, as revistas da Multipublicações no segmento de economia, a Marketeer e a Executive Digest, viram os seus números melhorar tanto em termos de circulação como de investimento, mas, como diz, “não era difícil pois o ano passado foi o pior ano de sempre”. A “maior evolução de investimento das empresas do sector automóvel e da banca” ajudou a subir o investimento publicitário, diz Ricardo Florêncio. “2009 foi um ano muito mau, assim não pode haver desenvolvimento das marcas que precisam que os consumidores continuem a comprar”, diz. Contudo, acredita o responsável, “não vai haver o desenvolvimento que se esperava”. “A retoma não será completa [este ano], será uma retoma pequena”, dando como exemplo de uma pedra no caminho das empresas uma das medidas do plano de austeridade do governo: o aumento do IVA.

Pedro Guerreiro não revela números exactos, mas admite que o Jornal de Negócios irá acabar o primeiro semestre “em óptima situação do nosso modelo de negócio”, afiançando que “não temos nenhuma razão de insegurança. O projecto continua a correr bem”.

Guilherme Borba também se mostra optimista no que se refere ao que o futuro reserva em termos de investimento para o sector. Se no ano passado “havia uma enorme incerteza sobre o que estava para vir”, com “o sector bancário a retrair-se em termos de investimento”, com as marcas em constante “redefinição de orçamentos”, em 2010 “dentro da crise contínua em que estamos, já temos orçamentos mais definidos e [as marcas] perceberam que têm de continuar a investir para cativar os clientes”. O administrador do Oje também não se mostra receoso com o facto de factores impulsionadores do investimento no primeiro semestre, como o Rock in Rio ou o Mundial, já não se verificaram na segunda fase do ano. “Em termos de jornais de economia, o Rock In Rio e o Mundial não têm impacto nas receitas. É algo marginal. O que nos deixa mais confortáveis para este ano: o investimento tem a ver com o ano em si e não com acontecimentos esporádicos”, argumenta o responsável do Oje. No entanto, reconhece, “perdeu-se a certeza da sazonabilidade de investimento”, em que habitualmente a recta final do ano eram momentos de forte investimento das marcas. “Existe insegurança em todo o mercado em perceber o que os anunciantes vão fazer”, mas “até aqui tem corrido melhor do que no ano passado”.

O ETV e novas áreas de negócio

Apesar das incógnitas que têm marcado o sector dos media, e a que os títulos de economia não são alheios, o mercado português viu em Maio nascer o primeiro canal com “uma visão económica do mundo”, o ETV, projecto da Económica, a editora do Diário Económico. Contactado pelo M&P António Costa, director do canal e administrador com o pelouro dos conteúdos da Económica, não se mostrou disponível para prestar um depoimento, invocando indisponibilidade de agenda. Fica assim por fazer um balanço de pouco mais de um mês do canal lançado com a Zon TV Cabo na posição 200. Um “Diário Económico em TV” foi como na época, em declarações ao M&P, António Costa definia o canal do ponto de vista editorial, inserindo-o no quadro de uma estratégia multiplataforma da marca Económico, e no qual colaboram cerca de 45 pessoas em exclusivo. O ETV tem um orçamento anual de 4 a 5 milhões de euros, um break-even previsto “a 3 anos”, estando nos objectivos a conquista de um share de 0,4 por cento no primeiro ano, valor de “referência” e que António Costa considera “razoável, tendo em conta os valores que o RTPN e a TVI 24 obtiveram no primeiro ano em termos de audiências”. Daqui a três anos o director do canal declarou então que gostaria que o mesmo igualasse as audiências da SIC Notícias, canal líder na plataforma cabo.

“Trata-se de um canal especializado em informação económica, à semelhança dos existentes noutros mercados. Não tenho informação que me permita pronunciar sobre as audiências atingidas e o grau de atractividade deste tipo de canais para outras entidades”, afirma Isabel Canha, quando instada a comentar o lançamento e se considerava haver oportunidade de mercado para novos projectos com características semelhantes. “O ETV tem como suporte um dos jornais de referência em Portugal e esta aposta ganha ao ser o primeiro canal especializado em noticias económicas”, começa por referir Isa Amaral. “Não creio que o mercado sustente mais canais do género”, acrescenta a directora da Negócios & Franchising.

Uma “boa aposta” em termos de estratégia de visibilidade da marca Diário Económico é como Guilherme Borba encara o projecto ETV, já “em termos financeiros, não sei”. Pedro Guerreiro é peremptório: “Estudámos e concluímos que não havia audiência potencial para um projecto cabo. Só faria sentido se o risco fosse coberto pelo operador. O tempo está a dar-nos razão de que só fazia sentido um formato de web TV”, diz, relembrando que o “risco é menor”, não obrigando a uma continuidade de programação.

Os dados de audiência do ETV não são públicos. “De momento não divulgamos dados para publicação do canal Económico TV, tendo em conta o curto espaço de tempo desde o lançamento do canal e a sua especificidade”, afirma fonte oficial da Marktest Audimetria, empresa que faz o estudo de audiência em televisão.

Se a entrada no segmento cabo não é uma aposta para o Jornal de Negócios, o mesmo já não se pode dizer do sector de conferências. O título vai entrar nesta área, onde o Diário Económico há largos anos marca presença, mas, afiança o responsável editorial, com um “modelo diferente do habitual”. Um business roundtable com empresários brasileiros e portugueses (Infra-Estruturas e Internacionalização – Um desígnio das empresas portuguesas) no próximo dia 23, e um business breakfast com Zeinal Bava, CEO da PT, a 24, são as duas primeiras concretizações desta nova aposta do título do grupo Cofina, holding onde no início deste ano foi criada uma unidade dedicada a este tipo de iniciativas, dirigida por Miguel Abalroado, antigo administrador da Económica. Pedro Guerreiro não adianta expectativas de receita para esta nova vertente de negócio, cujo modelo assenta em patrocínios e que funciona como “afirmação da marca”.

“Os eventos em geral e as conferências em particular são áreas que complementam a nossa actividade principal e que, na nossa perspectiva, podem constituir um reforço da marca e uma fonte de receitas, sendo certo, porém, que o mercado está cada vez mais saturado pelo que o caminho é a diferenciação”, diz Isabel Canha. “Foi com esse posicionamento que há seis anos lançámos a Conferência Portugal em Exame, como o grande momento de reflexão anual da comunidade de negócios”, relembra a directora da revista da Impresa Publishing.

A área de conferências também está a atrair a revista Negócios & Franchising, revela a sua responsável editorial Isa Amaral, embora diga não “poder avançar muitos detalhes no momento”, processo que na editora da Marketeer e da Executive Digest já arrancou o ano passado. Ricardo Florêncio não avança iniciativas para este ano neste campo. “Sempre tivemos a ideia de sermos diferentes, mais do mesmo não vale a pena. O mercado está saturado de conferências. As pessoas que assistem às conferências já não são as de primeira linha”, comenta.

“É uma área em que estamos a investir. Este ano já realizamos três conferências”, diz Guilherme Borba, embora reconheça que esta é uma área “muito explorada, onde temos grandes concorrentes”. O Oje quer realizar “cinco a seis [conferências] este ano” em áreas como seguros, fiscalidade e imobiliário. O objectivo é que esta área de negócio passe a representar 10 por cento das receitas do jornal.

… e a internacionalização

No Diário Económico passo de internacionalização foi dado em finais do ano passado com o Brasil Econômico. No Oje esse salto foi dado em Junho, com uma edição semanal do título a ser editada em Cabo Verde, resultante de uma parceria com a portuguesa RM2 (que detém 50 por cento da O Jornal Económico Lda). Guilherme Borba faz uma avaliação cautelosa dessa internacionalização, já que no país lusófono “notou-se muito” o impacto da crise, ou não fosse o turismo a principal fonte de receita deste território. “Esperamos o momento da retoma da economia” , diz, todavia, “o nosso projecto tem características para crescer para outros mercados PALOP”. “É um caminho que devemos seguir. Devagarinho, mas muito atentos. Estamos a estudar outros mercados”, adianta, embora sem revelar mais pormenores.

“No ano passado iniciámos os primeiros passos no sentido de entrar no mercado angolano, testando a distribuição da revista em Luanda”, recorda Isa Amaral. “Fizemos o envio com a principal distribuidora de lá – a Africana – e fizemos dois tipos de campanha: uma de envio como uma oferta para assinantes de revistas similares e distribuímos em banca nos pontos de venda. Enviámos 170 exemplares, 90 exemplares para venda e 80 para divulgar junto de assinantes com as publicações Exame, Investor, Semanário Económico, Estratégia, Economia & Mercado”, detalha a directora da Negócios & Franchising.

Na Multipublicações a internacionalização é olhada com “interesse” e “estamos a trabalhar nesse sentido”, revela Ricardo Florêncio, considerando que Angola e Brasil “são bons mercados para o lançamento das nossas revistas”. Neste momento, revela o administrador, estão na “fase de alguns estudos económicos” para o lançamento de uma edição brasileira da Marketeer. O projecto, a ser realizado com parceiros locais, que preferiu não revelar, terá em termos de conteúdos uma componente portuguesa e outra local. “Estamos na fase de estudo da distribuição, se vamos avançar num Estado ou mais”. Uma decisão será tomada “até ao final deste ano”.

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Num mundo onde a concorrência é agressiva em praticamente todos os setores, as marcas procuram constantemente formas de se destacar e captar a atenção do seu público-alvo. Uma das maneiras […]

Num mundo onde a concorrência é agressiva em praticamente todos os setores, as marcas procuram constantemente formas de se destacar e captar a atenção do seu público-alvo. Uma das maneiras mais populares de anunciar é usando anúncios que desafiam as regras e às vezes chocam o público. Vamos explorar como essa abordagem tem sido adotada por marcas em diversos setores, incluindo as que apenas marcam presença no digital.

A Estratégia de Chocar para Captar Atenção

Empresas como a Benetton e a Diesel são conhecidas por suas campanhas publicitárias que frequentemente incorporam temas sociais provocativos e imagens chocantes. Essas campanhas visam não apenas atrair atenção rapidamente, mas também iniciar conversas e debates, posicionando as marcas como líderes de pensamento audaciosos. Este método pode ser particularmente eficaz numa era de grande quantidade de dados, onde captar a atenção do consumidor se tornou um grande desafio. A eficácia dessa abordagem reside na sua capacidade de gerar publicidade gratuita via redes sociais e cobertura da imprensa, ampliando o alcance da campanha original sem custos adicionais significativos. No entanto, há riscos associados, como possíveis reações negativas que podem afetar a perceção da marca a longo prazo.

Mais recentemente, marcas que à primeira vista não se relacionam, criaram uma parceria – Crocs e Pringles. Se o produto final funciona? No mínimo gera Buzz entre os consumidores e, por vezes, isso é o suficiente.

Aplicação no Setor de entretenimento online como os jogos

No setor de jogos online e apostas desportivas, a inovação na publicidade é crucial devido à intensa concorrência e à necessidade de se destacar num mercado saturado. Essas plataformas frequentemente empregam táticas semelhantes às da publicidade provocativa para chamar a atenção dos jogadores, desde campanhas publicitárias com celebridades até promessas de grandes recompensas.

Publicidade Visual e Temática Ousada: Jogos e plataformas de apostas como as apostas desportivas Betway tendem a usar gráficos vibrantes e temáticas audaciosas para atrair utilizadores. Essa estratégia não só capta a atenção rapidamente como também cria uma imagem de marca memorável que pode atrair repetidamente os jogadores.

Controvérsias Planeadas: Alguns jogos introduzem elementos controversos deliberadamente para gerar debates e atrair cobertura dos meios sociais. Este método pode aumentar significativamente o engajamento do utilizador e o tempo de permanência na plataforma.

Marketing de Influência: Utilizar influenciadores para promover jogos online e apostas pode ser uma forma de alcançar mais público. A associação com personalidades notáveis pode gerar buzz e conferir credibilidade à plataforma.

Considerações Éticas e Impacto a Longo Prazo

Embora a publicidade que choca possa ser eficaz a curto prazo, é crucial considerar os impactos a longo prazo na imagem da marca. Campanhas que dependem apenas deste fator  podem esquecer-se de segmentos do público ou tornar-se menos eficazes ao longo do.

Encontrar um equilíbrio na comunicação da marca é fundamental para captar e fidelizar o público-alvo.

Em resumo, enquanto a estratégia de utilizar publicidade que choca pode ser uma ferramenta poderosa para captar a atenção num mercado saturado, o seu uso deve ser equilibrado com considerações éticas e uma avaliação cuidadosa dos impactos a longo prazo na perceção da marca. No setor online, onde a inovação é constante, adaptar e temperar essa estratégia com responsabilidade pode ser a chave para o sucesso sustentável.

 

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Nova Expressão renova conta de media de €1,2 milhões com a Opticalia

A agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas

Catarina Nunes

A Opticalia volta a entregar à Nova Expressão a conta de media, com um valor anual de €1,2 milhões e por um período de três anos, na sequência de uma consulta de mercado na qual participaram também as multinacionais Havas Media e Mediabrands.

“A Opticalia é uma marca espanhola e desde que veio para Portugal, em 2012, que trabalhamos com a Nova Expressão porque era parceira da agência com a qual trabalhamos em Espanha”, refere em declarações ao M&P Joana Correia, diretora de marketing e comunicação da Opticalia, justificando a opção pela Nova Expressão.

Um porta-voz da Nova Expressão avança ao M&P que a agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas.

Com uma rede de 261 lojas no continente e nas ilhas dos Açores e da Madeira, a Opticalia opera em Portugal desde 2012 com uma comunicação disruptiva e promovendo os óculos como um acessório de moda. A Nova Expressão, por seu lado, é uma agência de meios a operar no mercado português desde 1994, independente de grupos de media ou de plataformas tecnológicas globais.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Filipa Alves é a nova diretora criativa da Happy Brands

A publicitária vai liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”. Filipa Alves começou a carreira profissional na Sumo Publicidade e, mais recentemente, desempenhou funções como diretora criativa na Winicio

Filipa Alves acaba de assumir a direção criativa da agência de branding e design Happy Brands. A profissional fica responsável por liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”, adianta a agência em comunicado de imprensa.

Licenciada em design de comunicação pelo IADE, Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Filipa Alves começou a sua carreira profissional na Sumo Publicidade. Posteriormente colaborou durante vários anos como supervisora criativa na Havas Design+, e mais recentemente desempenhou funções como diretora criativa na Winicio.

“É uma oportunidade de trazer a minha experiência e paixão pelo design para um projeto no qual me identifico. Quero arriscar e elevar ainda mais a criatividade da agência. Quero inspirar e ser inspirada pela equipa”, adianta Filipa Alves em comunicado de imprensa.

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Receitas publicitárias da Meta crescem 26,8%

No primeiro trimestre do ano, Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) fatura mais 57,4% e aumenta em 20% as impressões de anúncios, enquanto o Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) continua a dar prejuízo

Catarina Nunes

A Meta teve lucros de 12,36 mil milhões de dólares (€11,54 mil milhões) no primeiro trimestre de 2024, mais 117% do que no mesmo período em 2023. As receitas totais subiram 27% para 36,45 mil milhões de dólares (€34 mil milhões), em que a esmagadora maioria (35,63 mil milhões de dólares/€33,24 mil milhões) diz respeito à venda de espaço publicitário, que cresce 26,8% nos primeiros três meses do ano, segundo os dados divulgados pela Meta.

Em termos de resultados por segmentos, a Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) aumentou as receitas em 27,2%, para 36 mil milhões de dólares (€33,6 mil milhões) e as impressões de anúncios em 20%, enquanto a Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) faturou 440 milhões de dólares (€410 milhões), mais 23% face ao período homólogo em 2023.

Em relação ao lucro gerado por cada uma destas operações, na Família de Apps sobe 57,44% e ascende a 17,66 mil milhões de dólares (€16,48 mil milhões), enquanto o Reality Labs deu um prejuízo de 3,84 mil milhões de dólares (€3,59 mil milhões), abaixo, no entanto, dos 3,99 mil milhões de dólares perdidos no primeiro trimestre de 2023. Em comunicado, a empresa de Mark Zuckerberg refere que “para a Reality Lab, continuamos a esperar que os prejuízos operacionais aumentem significativamente, devido aos nossos esforços em desenvolvimento de produto e aos investimentos para escalar mais o nosso ecossistema”.

Para o total do ano, a Meta prevê despesas a rondar os 96 e os 99 mil milhões de dólares, acima das previsões anteriores, “devido a custos superiores de infraestrutura”, refere a Meta em comunicado, que prevê igualmente um aumento das despesas de capital para entre 35 e 40 mil milhões de dólares, em relação à previsão anterior que se situava em torno dos 30 e dos 37 mil milhões de dólares. O motivo? Os investimentos em infraestrutura de suporte à inteligência artificial, em termos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, que a Meta tem de continuar a fazer.

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Concurso europeu apoia novas tecnologias aplicadas aos media em Portugal

Podem candidatar-se ao Media Open Call Innovation Program, até 5 de maio, as empresas de media que procurem tecnologias de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G

As empresas que quiserem ter uma nova tecnologia aplicada a meios de comunicação social, seja um jornal ou uma plataforma de entretenimento, podem concorrer, até 5 de maio, ao Media Open Call Innovation Program, promovido pelo consórcio Test Bed Aveiro Media Competence Center (AVCC), com a dotação de €2,5 milhões.

Test bed é o jargão para uma infraestrutura com capacidade tecnológica que permite às start-up e às PME’s testar tecnologias que, sem este suporte, não teriam capacidade para o fazer. No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi criada uma rede nacional de test beds, para servir diferentes sectores de atividade.

O Parque Ciência e Inovação da Região de Aveiro (PCI) candidatou-se a este projeto europeu e lidera a criação em Portugal do único test bed dirigido especificamente às tecnologias de media. Além do PCI, a NOS, a Google e o Aveiro Media Competence Center fazem igualmente parte do consórcio.

Este concurso pretende apoiar projetos tecnológicos piloto para “ajudá-los a superar o já famoso ‘vale da morte’, uma fase entre a prototipagem e a entrada no mercado que é critica de ultrapassar, para permitir a sobrevivência de novos projetos tecnológicos”, explica João Moraes Palmeiro, responsável pelo projeto.

O concurso é dirigido a todas as empresas que queiram experimentar tecnologias nas áreas de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G, aplicadas aos media. Segundo João Moraes Palmeiro, “é não só uma oportunidade única para testar novas tecnologias desenvolvidas especificamente para esta área, como também uma oportunidade excelente para testar, na área dos media, tecnologias que foram desenvolvidas para outras aplicações”.

Este test bed de media é o único existente a nível europeu nesta área e permitirá aos participantes o acesso a serviços e infraestruturas a preços mais baixos do que no mercado, o acesso a uma rede de parceiros e a serviços de aceleração de negócio e de produto. O apoio pode ser prestado ainda na fase de desenvolvimento tecnológico, na fase de pré-industrialização ou pré-comercialização, ou mesmo no desenvolvimento de estratégias de promoção. O que é pretendido é que as tecnologias apresentadas, através do acesso a esta infraestrutura, consigam dar o salto para o mercado.

Segundo João Moraes Palmeiro “há vantagens significativas em participar”. Os projetos terão à disposição uma infraestrutura multidisciplinar e serão financiados até 90%. Em acréscimo, poderão testar os seus pilotos junto de um importante conjunto de parceiros, como a Agência Lusa, Media Capital, Associação Portuguesa de Imprensa, bem como publicações como o Público, Observador e A Bola, entre outros.

O Aveiro Media Competence Center, do qual João Moraes Palmeiro é responsável, foi constituído em 2021 e é uma entidade participada pela Universidade de Aveiro, pelo Parque Tecnológico de Aveiro (PCI- Creative Science Park) e pela Associação Portuguesa de Imprensa.

A associação tem como objetivo agregar estruturas e conhecimento numa só plataforma, de modo a contribuir ativamente para a transição digital dos media na Europa. Por esta razão, para além da participação em projetos como o Media Open Call Innovation Program, de apoio à transição digital, a plataforma sediada em Aveiro desenvolveu também um repositório de informação sobre todos os apoios que existem para este propósito, a nível global.

Segundo João Moraes Palmeiro, o “objetivo é proporcionar informação e conhecimento, de modo que os media consigam fazer esta transição digital com sucesso”. E acrescenta: “Se existisse mais conhecimento nesta área no início do milénio, teria sido mais fácil para os media enfrentarem a transição digital”.

A associação, que pretende evoluir para uma figura de fundação, não tem dotação própria, funcionando com base no financiamento de projetos específicos por entidades públicas ou privadas. A União Europeia, a Google e a Meta atribuíram fundos aos projetos em curso. Para além deste projeto, o Aveiro Media Competence Center é parceiro do projeto YO-MEDIA, através de outro consórcio que inclui a italiana Università Cattolica del Sacro Cuore e a espanhola Catalâ Universitat de Vic – Central de Catalunya.

Tendo em consideração o contexto de sucessivas crises e guerras, este consórcio tem como objetivo trabalhar estratégias de gamificação, para ampliar a literacia mediática dos jovens. Mais informação sobre a AMCC e todos estes projetos aqui.

Sobre o autorCristina Dias Neves

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Filomena Spranger Jorge assume direção de marketing do Burger King Portugal

A profissional licenciada em publicidade e marketing tem agora a responsabilidade de impulsionar o crescimento da Burger King em Portugal. O percurso de Filomena Spranger Jorge começa no McCann Worldgroup, em planeamento de media, passando, posteriormente, pela Publicis, Zenith e Media Markt Iberia

Filomena Spranger Jorge acaba de ser nomeada a nova diretora de marketing do Burger King Portugal. A profissional tem cerca de 20 anos de experiência no setor e terá a responsabilidade de impulsionar o crescimento da marca em Portugal, integrando a equipa da Restaurant Brands Iberia.

Licenciada em publicidade e marketing pela Escola Superior de Comunicação, Filomena Spranger Jorge iniciou a carreira no McCann Worldgroup em planeamento de media e, posteriormente, passou por empresas como a Publicis, a Zenith e a Media Markt Iberia. Mais recentemente exerceu funções de consultoria de marketing e comunicação na Thinkwide.

“É um privilégio poder continuar a dedicar-me ao mais importante em qualquer sector do retalho, os clientes, e trabalhar lado a lado com uma equipa super talentosa que partilha a visão de tornar o Burger King na marca favorita no nosso sector em Portugal”, afirma Filomena Spranger Jorge numa publicação na sua página de LinkedIn.

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Futebolista Rafael Leão protagoniza adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas (com vídeo)

Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha publicitária, que internacionalmente conta com a participação de nomes como Zinedine Zidane, Jenna Ortega e Anitta, entre outros, foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti, e realizada por Vincent Haycock

Rafael Leão, futebolista português a jogar no AC Milan, é o protagonista da adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas, intitulada 1000 Back. O desportista, um dos embaixadores nacionais da marca, surge nas fotografias promocionais, que já estão a ser divulgadas nas redes sociais e nas lojas da insígnia, a usar um par de Adidas Originals Samba, um dos três modelos de calçado desportivo que a etiqueta alemã está a publicitar, a par do Adidas Originals Gazelle e do Adidas Originals Spezial.

Realizado por Vincent Haycock e protagonizado globalmente por Carlisle Aikens, skater profissional que integra a equipa Adidas Skate Team, o filme publicitário que integra a campanha revisita a história da marca alemã. “Para além do vídeo e das imagens da campanha, recordamos o espírito das três silhuetas clássicas e das pessoas que as influenciaram, com um espaço digital que será preenchido com conteúdos gerados pelos utilizadores”, informa a Adidas em comunicado de imprensa.

“Os fãs dos modelos são convidados a apresentar os seus looks usando os hashtags #adidasSamba, #adidasGazelle e #adidasSpezial”, refere o documento. Zinedine Zidane, Jenna Ortega, Pusha T, Anitta, Hoyeon Jung, David Beckham, Serge Gnabry, Jella Hasse e Stormzy são outros dos embaixadores internacionais da marca que promovem os novos modelos da marca. Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti. A direção de fotografia é de Evan Prosofsky.

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Reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23 (com fotos)

Conheça os protagonistas da 14ª edição dos Prémios de Marketing M&P, evento que decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot

‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano. Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas.

A entrega de prémios decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing. Conheça os protagonistas e reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23.

Sobre o autorMeios & Publicidade

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ThePitch arrisca em duas frentes

Auxiliar líderes e marcas nos grandes momentos de comunicação de apresentações e lançamentos é o objetivo da nova agência de comunicação corporativa, que aposta na criação de narrativas com apoio do design de comunicação. E também vai dar treino a líderes

ThePitch foi o nome escolhido para a nova agência de comunicação especializada que a Plot Content Agency apresenta a 8 de abril. Marta Cordeiro, até agora diretora de clientes da empresa, vai dirigir a nova estrutura, que tem o ex-diretor de conteúdos desta empresa, Nuno Alexandre Silva, como diretor criativo.

“O nosso objetivo é auxiliar líderes e marcas nos seus grandes momentos de comunicação. Através do nosso ADN, que são os conteúdos e o storytelling, vamos criar narrativas, com apoio do design de comunicação, para atingir os objetivos dos clientes”, esclarece a responsável.

“Pretendemos atuar num mercado específico, o das apresentações, que, ao contrário de outros, em Portugal, ainda não está muito maduro. Atualmente, o foco está muito na parte visual criativa e o que nos vai distinguir vai ser a junção da parte da construção da narrativa a essa parte visual”, explica a diretora-geral da agência, em declarações ao M&P.

Além de promover empresas, organizações, marcas, produtos e serviços, a nova estrutura também vai dar treino de media a dirigentes, sempre em colaboração estreita com a Plot Content Agency.

“Fazemos parte da mesma família, mas é como se fossemos primos. Somos uma agência nova, uma estrutura independente, não é mais uma marca criada pelo grupo a que pertencemos”, ressalva Marta Cordeiro. “Temos serviços partilhados, mas também nos vamos socorrer de outros profissionais do mercado, profissionais especializados.

Estamos muito focados em ter talento bom e sénior, porque o nosso posicionamento é mesmo de topo, direcionado para as lideranças e para as grandes marcas”, assume a responsável.

“Estamos a entrar numa área onde existem outros players mas vamos fazer o nosso caminho e procurar o nosso espaço, apostando num tipo de criação de conteúdo diferente, pensado especificamente para momentos de apresentação. Este trabalho acaba, muitas vezes, por estar disperso por várias empresas ou departamentos.

Agora, queremos autonomizar-nos e especializar-nos nesta área, com a promessa de elevar a comunicação dos líderes e das marcas, pensando o slide telling na lógica de contar uma história, aplicando na prática o storytelling à apresentação. São muito estas duas vertentes que vamos desenvolver, tirando partido do legado que temos”, esclarece Nuno Alexandre Silva.

Nas últimas semanas, a dupla de dirigentes da thePitch já reuniu com potenciais clientes para apresentar a agência, mas não revela o número de contratos que já assinou. “Os muitos projetos que desenvolvemos com a Plot têm sido um bom cartão de visita. Muitas das apresentações que fizemos até agora foram com clientes que já trabalhavam connosco”, revela o responsável.

A data para o arranque oficial da nova estrutura, 8 de abril, não foi escolhida ao acaso. “Achámos que era um bom dia. Vai haver uma grande lua nessa noite e quem é especialista nestas coisas diz que dá sorte”, justifica Marta Cordeiro.

Os outros negócios da Plot Content Agency

Apresenta-se como uma agência de marketing chave na mão, que desenvolve “experiências digitais que compreendem as pessoas”. Criada em maio de 2011, a Plot Content Agency resulta da fusão da editora de revistas Entusiasmo Media com a agência de custom publishing White Rabbit. Em 2014, diversifica a atividade e lança a Plot Live, uma empresa de eventos para marcas e organizações que não vinga.

Em 2017, com a criação da House of Words (HOW), encerrada o mês passado, o negócio editorial volta a ser separado do promocional, com a agência a reforçar a aposta no branded content e no marketing comportamental e a dar os primeiros passos na consultoria e integração de sistemas e no desenvolvimento de aplicações móveis e de estratégias de experiência de utilizador.

Nas últimas semanas, a empresa liderada por Rui Borges, idealizou e produziu o novo anúncio publicitário da Tranquilidade. Atualmente, além da agência de marketing que dá nome ao grupo, a Plot Content Agency integra também a empresa tecnológica Share e a nova agência corporativa thePitch.

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Range Rover e JNcQuoi unem-se pela mobilidade

Quatro Range Rover vão assegurar as deslocações dos clientes do JNcQuoi, entre Lisboa e Comporta. Parceria é parte da estratégia de reposicionamento da marca britânica, que em 2023 duplica as vendas em Portugal

Catarina Nunes

Quatro modelos Range Rover, com um preço médio de €185 mil, vão fazer as deslocações entre os dois eixos dos projetos do JNcQuoi, avenida da Liberdade e Comporta, no âmbito de uma parceria entre as duas marcas de luxo, que não pressupõe contrapartidas financeiras e que poderá vir a ser alargada com a disponibilização de mais veículos.

Esta é a primeira parceria da Range Rover nestes moldes, em Portugal, e enquadra-se na estratégia do grupo Jaguar Land Rover (JLR) de se posicionar para um mercado crescente. “Em Portugal, como em Espanha, há um boom de estrangeiros com muito dinheiro, a comprar propriedades. São pessoas que não vivem todo o ano nestes destinos, vêm dos Estados Unidos para a Comporta para ficarem três meses, e precisam de uma solução de mobilidade durante esse tempo. É o que estamos a oferecer”, explica ao Meios & Publicidade Luis Antonio Ruiz, presidente e CEO da JLR Ibéria.

A esta aposta não é alheia a procura da Range Rover, que em 2023 vendeu 927 carros novos em Portugal, mais de dois terços do total das 1.175 matrículas novas da Land Rover, que agrega ainda a Defender e a Discovery, com vendas menos significativas. Face a 2022, ano em que a Range Rover vendeu 460 unidades, o crescimento em 2023 foi de 100%, de acordo com os dados fornecidos pela JLR, que indicam ainda 136 Range Rover matriculados só em janeiro e fevereiro de 2024.

O novo Range Rover 100% elétrico, por seu lado, está também a fazer este caminho, ainda antes de ser lançado. “Nunca tivemos tanta procura por um elétrico e a lista de espera é maior em Portugal do que em Espanha”, avança Francisco Nunes, coordenador da JLR para o mercado português, referindo-se ao modelo que chegará ao mercado nacional em 2025 que tem uma lista de espera de 143 pessoas em Portugal, mais 63 do que as 80 que aguardam em Espanha.

A divisão de marcas é parte de um processo de reestruturação na JLR, iniciado há três anos, em que Jaguar e Land Rover são separadas, ficando esta última como ‘chapéu’ das marcas Range Rover (luxo), Defender (capacidade) e Discovery (versatilidade). É parte de um plano global a cinco anos, o Reimagine, em que o grupo automóvel britânico está a investir 15 mil milhões de libras (€17,5 mil milhões), em desenvolvimento de produtos e fabrico.

O objetivo é reposicionar a JLR como um fabricante de automóveis elétricos de luxo moderno, antes de 2030. “O luxo moderno é uma filosofia de design, fabricação, posicionamento, marketing e definição de marca. Os nossos carros são muito simples, definem-se com quatro traços. Isso é o luxo moderno, algo que perdura no tempo como moderno, porque tem um design muito simples”, diz Luis Antonio Ruiz, salientando a importância da simplicidade do luxo a par com as experiências únicas proporcionadas aos clientes.

É neste âmbito que surge a ligação ao JNcQuoi, a marca da Amorim Luxury dedicada ao estilo de vida de luxo, que junta restauração, hotelaria, moda e um clube privado, em Lisboa e na Comporta. “O mercado-alvo é o mesmo e vamos acrescentar valor no hub em Lisboa e no novo hub na Comporta, onde estamos a construir o destino, com novos projetos. Para fazer a ligação entre os dois hubs precisamos de transporte”, explica Miguel Guedes de Sousa, presidente da Amorim Luxury, justificando a necessidade da frota de quatro Range Rover.

Já em julho, o JNcQuoi adiciona mais uma unidade ao seu portefólio, com a abertura de um hotel na avenida da Liberdade. O acesso ao serviço de transporte entre Lisboa e a Comporta com os carros Range Rover é feito por marcação, incluindo reserva de lugar de estacionamento na praia do Pego, onde o JNcQuoi tem um clube de praia.

“Na Península Ibérica, está a acontecer o ‘efeito Florida’, o que aconteceu na Florida, nos Estados Unidos, há alguns anos. Estamos a atrair muitos estrangeiros que querem viver aqui de forma permanente ou temporária, por causa do clima, da comida, da tranquilidade e segurança que os dois países proporcionam, e isto está a gerar muitos negócios em ambos os países”, salienta o presidente e CEO da JLR, justificando a relevância desta ligação ao JNcQuoi.

Apesar de esta ser a primeira iniciativa em Portugal, Luis Antonio Ruiz garante que não vai ficar por aqui, tendo já em vista uma união ao Club del Deportista, um serviço de concierge para jogadores de futebol em Espanha, ao qual a Range Rover já disponibiliza carros, e que virá para Portugal. 2Em Espanha, estamos com a construtora e promotora imobiliária Sotogrande, para um conceito igual ao do JNcQuoi, que ainda não está concluído nem assinado e por isso não posso referir o nome. É um conceito de moradias, que rondam os €10, €15 milhões, para pessoas que não vivem lá todo o ano, e será a primeira parceria em Espanha como a que temos com o JNcQuoi”, revela Luis Antonio Ruiz.

Sobre o autorCatarina Nunes

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