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Organização de Eventos – O show tem de continuar

Quando as marcas sobem ao palco já não esperam apenas palmas. Ou melhor, é o consumidor que não espera que bater palmas seja a única coisa que lhe é solicitada. […]

Pedro Durães
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Organização de Eventos – O show tem de continuar

Quando as marcas sobem ao palco já não esperam apenas palmas. Ou melhor, é o consumidor que não espera que bater palmas seja a única coisa que lhe é solicitada. […]

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Quando as marcas sobem ao palco já não esperam apenas palmas. Ou melhor, é o consumidor que não espera que bater palmas seja a única coisa que lhe é solicitada. Há muito tempo que fazer um evento deixou de ser uma comunicação com apenas um sentido. O consumidor quer subir ao palco também, fazer parte do enredo, contracenar com a marca. É nesse sentido que as marcas, com todo o interesse em tirar partido desta interacção, têm feito apostas. Envolver o consumidor é hoje um imperativo quando se fala de organização de eventos. Não faltam exemplos disso, seja uma iniciativa como a que a marca Moche da TMN teve este fim-de-semana junto à Torre de Belém, onde não faltam insufláveis e outros divertimentos, corridas de sofás ou concertos no metro como os da Vodafone, piqueniques como o do Modelo ou um autêntico concerto paralelo onde todos podem ser uma estrela Rock in Rio como o que o Millennium está a preparar enquanto patrocinador principal do festival de música. O sector da organização de eventos e de activação de marca vê-se, assim, obrigado a inovar em cada acção que sai para a rua, situação que se torna um desafio num momento em que também este mercado não escapa à crise e os investimentos das marcas tendem a diminuir, com eventos a terem de responder em termos de impacto com budgets cada vez mais curtos. Mas as quebras ficar-se-ão pelos cortes orçamentais ou o número de eventos realizados tem sofrido também um decréscimo? “Existem, de facto, empresas que apostam menos na organização de eventos ou que optam por organizar com os seus recursos internos mas continuam a existir empresas que reconhecem valor na organização de eventos e incluem-nos na sua estratégia de marketing”, afirma Janete Vitorino, directora da YoungAd Events, divisão orientada para este sector na agência de comunicação YoungNetwork. Na opinião de Ricardo Costa, director do Touchgroup, o final de 2008 e início de 2009 assumiram o papel de pior momento no sector. “Quando a crise estalou globalmente, as empresas retraíram os investimentos e isso repercutiu-se no sector”, refere, sem deixar de dizer que, apesar disso, “não sentimos um grande decréscimo no número de eventos organizados mas sim uma redução dos budgets disponíveis”. Um ponto de vista partilhado por Jorge Souto, director de comunicação e marketing da Realizar, para quem “há uma diminuição relativa dos budgets afectos a este tipo de acções por parte dos clientes, em virtude de uma maior racionalização dos custos”. Ainda assim, Souto diz ter a “sensação de que as marcas continuam a apostar na realização de eventos mesmo em circunstâncias económicas como as actuais. Houve uma quebra relativa no valor dos budgets, o que nos obrigou a redimensionar os eventos, mas sem pôr em causa a qualidade dos mesmos”. “As marcas continuam a apostar nos eventos, acredito mesmo que exista alguma deslocação de investimento para esta área”, traça Pedro Rodrigues, responsável da Desafio Global Ativism. Para Mónica Balsemão, directora-geral da Acting Out, agência de eventos do grupo Impresa, colocar os eventos de lado em tempo de crise não deveria ser equacionável por parte das marcas. “A Coca-Cola é a marca de bebidas que mais vende a nível mundial e é também a marca que mais dinheiro gasta em publicidade e eventos. Isto não é coincidência. É impensável uma empresa não apostar na organização de eventos se quiser manter o nome no mercado”, considera.

Quem tudo quer…

As marcas apertaram o cinto com a crise. Mas a demanda por eventos capazes de envolver os consumidores e de marcar a diferença continuou a ser uma constante. Os orçamentos encolhem e o ónus fica do lado das agências que os organizam, que ficam com a responsabilidade de manter a fasquia com menos recursos. “Milagres não se fazem. Não conseguimos fazer com 50 mil euros o mesmo que fazíamos com 100 mil”, atira Ricardo Costa, que deixa uma crítica à atitude de alguns clientes: “Às vezes, do ponto de vista do cliente, existe a ideia de que contratar directamente o espaço ou o catering irá reduzir o custo global do evento. Os clientes esquecem-se frequentemente que o capital das agências de organização de eventos não se esgota na componente criativa e estratégica.” E refere que “a implementação de um evento decorre da articulação de um conjunto de equipas que trabalham para o mesmo fim e ter mais de uma voz de comando dificulta a operação e aumenta os riscos de o evento se tornar uma má experiência.” O contexto de crise “obrigou-nos a ser mais criativos e a pensar de forma diferente, deixar o mesmo impacto junto dos convidados com um orçamento mais reduzido tende a ser uma tarefa difícil”, admite Mónica Balsemão, sublinhando que, apesar disso, “seja com orçamentos grandes ou pequenos, sempre nos destacámos pela originalidade dos nossos eventos”. Mas a responsável da Acting Out reconhece a necessidade de adaptação por parte do sector à nova realidade já que diz ter “sentido que as expectativas estavam mais altas, o que é um desafio. Algumas empresas decidiram cortar no número de eventos e por isso esperam mais e melhor. Quando somos confrontados com um orçamento reduzido sugerimos alternativas que mantenham a qualidade e sucesso do evento. Temos de nos adaptar, mas sem nunca descer os parâmetros de qualidade que nos distinguem”, alerta, frisando que “a criatividade é muito importante, preferimos fazer um evento mais pequeno ou alterar o conceito do que abdicar da proposta criativa.” Também Janete Vitorino aponta no mesmo sentido: “Existe uma tendência generalizada de diminuir os budgets mas há, ao mesmo tempo, uma grande aposta na originalidade de forma a superar as expectativas e assim aumentar o impacto dos eventos”, considera. Para além da redução de custos, Joana Grácio, directora da Tox’Inn, explica que a tendência passa por “budgets mais direccionados para acções de promoção ao invés do investimento em grandes eventos, ou equilibrados entre os dois”. “Trabalhando a publicidade below the line, acreditamos que muitos dos clientes atribuíram uma fatia considerável dos seus budgets em acções mais directas e com resultados mais rápidos. As acções de rua, mais próximas dos clientes, aumentaram efectivamente, sentiu-se uma pressão superior neste sentido”, revela a responsável. Pedro Rodrigues considera que o actual momento é “desafiante no sentido de fazer mais com menos em ‘comunhão’ com os clientes. Os eventos são tecnicamente cada vez mais complexos e, subsequentemente, mais dispendiosos, por outro lado, cada vez mais o cliente quer ter a certeza de que o seu investimento no evento é bem aplicado.”

No entanto, não é ponto assente que a crise seja a única responsável pela crescente exigência dos clientes. Questionado sobre se as marcas estão a ficar mais exigentes no tipo de eventos que realizam, Jorge Souto é peremptório: “Sim, e cada vez mais. Mas é natural que assim seja, principalmente em sectores altamente competitivos. A necessidade de afirmar e manter as marcas no top of mind dos consumidores obriga à implementação de soluções criativas e inovadoras que reforcem o posicionamento das mesmas, deixando bem visível aquilo que as distingue”. “Neste momento sentimos que a fasquia se eleva cada vez mais, já não chega levar os nossos clientes a serem os primeiros do mercado a fazer algo”, refere também Ricardo Costa, director do Touchgroup, afirmando que “os clientes esperam que sejamos trendsetters nas abordagens que propomos, que sejamos capazes de lançar novas tendências para o mercado”.

Espaços: o braço-de-ferro

A negociação entre as agências de organização de eventos e as entidades responsáveis pela gestão dos espaços continua a ser um ponto de discórdia. Num artigo recentemente publicado pelo M&P sobre o mercado dos espaços para organização de eventos, alguns dos operadores ouvidos reconheciam a necessidade de fazer preços especiais e descontos. “O ano de 2009 foi, usando um termo da Protecção Civil, de nível laranja, com danos significativos na actividade e nas margens das empresas do sector”, lamentava na altura João Sacchetti, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE), alertando para o facto de haver “a impossibilidade de, com a actividade reduzida a preços descontados, se extrair margens que paguem a operação corrente, os encargos de estrutura e ainda o passivo acumulado”. Do lado das agências de organização de eventos, a questão da negociação dos preços dos espaços é olhada com outros olhos. “Existem muitos espaços que cobram preços absurdos”, atira Mónica Balsemão. “É uma realidade que muitas vezes condiciona o evento. Alguns locais cobram demasiado, mas isso só acontece porque a oferta não é tão grande como a procura”, acrescenta. Para Susana Monteiro, directora da Parceiros de Comunicação, agência de comunicação que actua também na área de organização de eventos não há dúvidas quanto a esta questão: “Sem dúvida que a negociação de valores é hoje ponto assente”, afirma. Ricardo Costa vai até um pouco mais longe quando questionado sobre a necessidade de negociar com os espaços de eventos no sentido de cumprir os budgets sem prejudicar a qualidade do evento. “Sentimos a imperiosa necessidade de negociar tudo sem abdicar da qualidade dos serviços, esse é efectivamente o grande desafio logístico que a crise trouxe ao nosso sector. Neste ponto é absolutamente essencial rodearmo-nos dos melhores parceiros e sabermos onde e quando é possível fazer cortes sem comprometer o sucesso do evento”, sublinha. Posição que é partilhada por Janete Vitorino, que reconhece ser “importante termos um grande poder negocial de forma a conseguir apresentar os melhores valores, respeitando os budgets existentes”. Joana Grácio aponta, no entanto, as dificuldades encontradas do lado de lá da mesa: “sentimos que, apesar da conjuntura, nem sempre houve abertura a ajustes, o que dificultou a nossa acção. O esforço tem de ser conjunto, por vezes é efectivamente necessário negociar o espaço com especial atenção.”

Livro de reclamações

Mesmo assim, os profissionais continuam a deparar-se com várias lacunas e dificuldades no decurso da organização de um evento em Portugal. As reclamações não podiam ser mais variadas, desde os espaços aos processos burocráticos. As principais dificuldades prendem-se com “os espaços e as devidas autorizações, continua a ser complicado e burocrático. Tudo é razão para mais uma semana de espera”, queixa-se Susana Monteiro. “Infelizmente não posso deixar de mencionar o facto de, em alguns meios, prevalecer o favoritismo em detrimento da eficácia ou qualidade do trabalho”, acusa Joana Grácio. A directora da Tox’Inn lamenta ainda “a falta de investimento em conhecimento da camada mais jovem em alguns aspectos, a captação rigorosa de recursos torna-se cada vez mais importante”. Para Mónica Balsemão, “Portugal continua a ser um país pequeno e com poucas opções, o que é um problema quando queremos fazer coisas novas e diferentes e simplesmente não há essa hipótese”. A responsável pela empresa detida pelo grupo Impresa acrescenta que “muitas das soluções que encontramos para os nossos eventos são inteiramente inventadas por nós. Qualquer dia a Acting Out começa a patentear”, ironiza. Mesmo sendo um país pequeno, a distribuição de oferta no sector a nível geográfico continua a ser uma das queixas. “Em Portugal a oferta está muito centralizada em Lisboa e no Porto”, considera Janete Vitorino. A directora da YoungAd Events frisa que isto “faz com que a organização de eventos fora destas zonas envolva uma maior logística. De qualquer forma e de um modo geral, a nível nacional não nos deparamos com grandes dificuldades, existem mercados muito mais complicados em que temos maiores dificuldades de execução”, lembra a responsável desta divisão da YoungNetwork, grupo que se encontra presente noutros mercados: Angola, Croácia e Macedónia. Ricardo Costa, por seu turno, aponta o dedo à burocracia e falhas de legislação. “Para eventos acima das mil pessoas encontramos algumas dificuldades e limitações na conjugação de serviços. Na organização de eventos esbarramos muitas vezes na burocracia quando queremos fazer algo pela primeira vez. É urgente agilizar processos, a regulamentação cabal do sector parece-me um assunto realmente urgente”, alerta. De volta à questão dos espaços, Pedro Rodrigues, da Desafio Global Ativism, lamenta o facto de que “a grande dificuldade é a inexistência de espaços para eventos. Se pensarmos em eventos de 500, 1000 ou mais pessoas, que, no mesmo evento, têm que ter zonas distintas de acolhimento, cafés de boas-vindas, reunião e refeições, as soluções disponíveis em Lisboa são mais do que escassas”. “Temos alertado a tutela para a necessidade de Portugal se tornar mais competitivo, mesmo na captação de congressos e eventos internacionais, apostando em novos locais de eventos adaptados às realidades do nosso mercado”, aponta.

O regresso dos grandes eventos?

O ambiente geral do sector nesta primeira metade de 2010 é de optimismo. Começa a acreditar-se que a crise está a ficar para trás, apesar de o optimismo das perspectivas andar de mãos dadas com uma dose de cautela q.b.. “O ano de 2009 foi de contracção, o de 2010 vai ser complicado mas, como temos o Mundial de futebol, estamos a começar a sentir uma animação”, afirma Susana Monteiro. Do outro lado, sem timidez no optimismo está Mónica Balsemão, para quem “as perspectivas para 2010 não podiam ser melhores. Ainda nem chegámos a meio do ano e já temos mais de 60 eventos marcados”, adianta. “Este ano até começou bem”, conta o responsável de comunicação e marketing da Realizar, Jorge Souto, referindo a presença em “Angola com a produção do sorteio, abertura e encerramento do CAN” e adiantando que “temos vários projectos em curso, entre os quais o Pic Nic Modelo e o Festival dos Oceanos, produzidos pelas nossas participadas Team2work e Impact Production”. Na opinião de Ricardo Costa, “no primeiro trimestre deste ano temos claramente uma retoma do sector, as empresas voltaram a investir na organização de eventos”. De qualquer forma, o director do Touchgroup consegue ver o lado positivo da crise que o sector acaba de atravessar: “As alturas de crise revelam sempre oportunidades e servem também para fazer uma triagem do mercado, nesse sentido acho que a crise está a ser benéfica e vantajosa para todas as empresas que estão com seriedade e empenho neste sector de actividade”, considera. Posição partilhada por Pedro Rodrigues: “O mercado de organização de eventos sempre foi muito permeável a ‘pára-quedistas’. Criou-se, durante anos, a ilusão de que era fácil ter uma empresa de eventos, fruto da inexistência de uma clareza relativamente à legislação aplicável ao sector”, critica. Assim sendo, “mal ou bem a crise tem a vantagem de ‘limpar’ o sector. As empresas pouco qualificadas e que não são imprescindíveis aos seus clientes tornam-se dispensáveis”, refere.

“Este ano tivemos um primeiro trimestre verdadeiramente auspicioso, o que nos dá boas perspectivas para o balança de 2010”, avança Ricardo Costa, que diz ter tido em 2009 um dos melhores anos de sempre ao nível da facturação, com um crescimento na ordem dos 21 por cento em relação a 2008. Janete Vitorino mostra-se também optimista, sobretudo com o facto de o grupo YoungNetwork marcar presença noutros mercados para além do português. “Isso dá-nos a possibilidade de alargar o nosso mercado de actuação. O mercado angolano para nós está a ser uma óptima oportunidade de crescimento”, afirma a responsável da YoungAd Events, área do grupo em que diz esperar um crescimento na ordem dos 50 por cento para este ano.

– Um evento Modelo

O mega piquenique organizado pela marca Modelo, cuja implementação envolve as agências Parceiros de Comunicação, Arena, Brand Fiction, Fuel, Havas Sports & Entertainment e Niu, é hoje um exemplo dos ingredientes que compõem um evento de sucesso. Prova disso é o facto de se estar a avançar para a segunda edição do evento, que decorre no Parque Eduardo VII no próximo dia 5 de Junho, tendo a primeira edição registado a presença de 23 mil pessoas no piquenique, número suficiente para bater o record de maior piquenique do mundo e que escalou para as 50 mil pessoas no momento em que Tony Carreira subiu ao palco. A edição deste ano, que tem como mote o apoio à selecção nacional antes da partida para o Mundial de Futebol da África do Sul, conta com o símbolo Bola Vermelha, que representa a paixão dos portugueses pela selecção. Na filmagem do filme publicitário, com criatividade assinada pela Fuel e produção da Show Off, foram utilizados 150 figurantes e cinco mil bolas. O primeiro piquenique Modelo esteve nomeado para os World Retail Awards.

Sobre o autorPedro Durães

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Nova Expressão renova conta de media de €1,2 milhões com a Opticalia

A agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas

Catarina Nunes

A Opticalia volta a entregar à Nova Expressão a conta de media, com um valor anual de €1,2 milhões e por um período de três anos, na sequência de uma consulta de mercado na qual participaram também as multinacionais Havas Media e Mediabrands.

“A Opticalia é uma marca espanhola e desde que veio para Portugal, em 2012, que trabalhamos com a Nova Expressão porque era parceira da agência com a qual trabalhamos em Espanha”, refere em declarações ao M&P Joana Correia, diretora de marketing e comunicação da Opticalia, justificando a opção pela Nova Expressão.

Um porta-voz da Nova Expressão avança ao M&P que a agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas.

Com uma rede de 261 lojas no continente e nas ilhas dos Açores e da Madeira, a Opticalia opera em Portugal desde 2012 com uma comunicação disruptiva e promovendo os óculos como um acessório de moda. A Nova Expressão, por seu lado, é uma agência de meios a operar no mercado português desde 1994, independente de grupos de media ou de plataformas tecnológicas globais.

Sobre o autorCatarina Nunes

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Filipa Alves é a nova diretora criativa da Happy Brands

A publicitária vai liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”. Filipa Alves começou a carreira profissional na Sumo Publicidade e, mais recentemente, desempenhou funções como diretora criativa na Winicio

Filipa Alves acaba de assumir a direção criativa da agência de branding e design Happy Brands. A profissional fica responsável por liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”, adianta a agência em comunicado de imprensa.

Licenciada em design de comunicação pelo IADE, Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Filipa Alves começou a sua carreira profissional na Sumo Publicidade. Posteriormente colaborou durante vários anos como supervisora criativa na Havas Design+, e mais recentemente desempenhou funções como diretora criativa na Winicio.

“É uma oportunidade de trazer a minha experiência e paixão pelo design para um projeto no qual me identifico. Quero arriscar e elevar ainda mais a criatividade da agência. Quero inspirar e ser inspirada pela equipa”, adianta Filipa Alves em comunicado de imprensa.

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Receitas publicitárias da Meta crescem 26,8%

No primeiro trimestre do ano, Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) fatura mais 57,4% e aumenta em 20% as impressões de anúncios, enquanto o Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) continua a dar prejuízo

Catarina Nunes

A Meta teve lucros de 12,36 mil milhões de dólares (€11,54 mil milhões) no primeiro trimestre de 2024, mais 117% do que no mesmo período em 2023. As receitas totais subiram 27% para 36,45 mil milhões de dólares (€34 mil milhões), em que a esmagadora maioria (35,63 mil milhões de dólares/€33,24 mil milhões) diz respeito à venda de espaço publicitário, que cresce 26,8% nos primeiros três meses do ano, segundo os dados divulgados pela Meta.

Em termos de resultados por segmentos, a Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) aumentou as receitas em 27,2%, para 36 mil milhões de dólares (€33,6 mil milhões) e as impressões de anúncios em 20%, enquanto a Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) faturou 440 milhões de dólares (€410 milhões), mais 23% face ao período homólogo em 2023.

Em relação ao lucro gerado por cada uma destas operações, na Família de Apps sobe 57,44% e ascende a 17,66 mil milhões de dólares (€16,48 mil milhões), enquanto o Reality Labs deu um prejuízo de 3,84 mil milhões de dólares (€3,59 mil milhões), abaixo, no entanto, dos 3,99 mil milhões de dólares perdidos no primeiro trimestre de 2023. Em comunicado, a empresa de Mark Zuckerberg refere que “para a Reality Lab, continuamos a esperar que os prejuízos operacionais aumentem significativamente, devido aos nossos esforços em desenvolvimento de produto e aos investimentos para escalar mais o nosso ecossistema”.

Para o total do ano, a Meta prevê despesas a rondar os 96 e os 99 mil milhões de dólares, acima das previsões anteriores, “devido a custos superiores de infraestrutura”, refere a Meta em comunicado, que prevê igualmente um aumento das despesas de capital para entre 35 e 40 mil milhões de dólares, em relação à previsão anterior que se situava em torno dos 30 e dos 37 mil milhões de dólares. O motivo? Os investimentos em infraestrutura de suporte à inteligência artificial, em termos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, que a Meta tem de continuar a fazer.

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Concurso europeu apoia novas tecnologias aplicadas aos media em Portugal

Podem candidatar-se ao Media Open Call Innovation Program, até 5 de maio, as empresas de media que procurem tecnologias de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G

As empresas que quiserem ter uma nova tecnologia aplicada a meios de comunicação social, seja um jornal ou uma plataforma de entretenimento, podem concorrer, até 5 de maio, ao Media Open Call Innovation Program, promovido pelo consórcio Test Bed Aveiro Media Competence Center (AVCC), com a dotação de €2,5 milhões.

Test bed é o jargão para uma infraestrutura com capacidade tecnológica que permite às start-up e às PME’s testar tecnologias que, sem este suporte, não teriam capacidade para o fazer. No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi criada uma rede nacional de test beds, para servir diferentes sectores de atividade.

O Parque Ciência e Inovação da Região de Aveiro (PCI) candidatou-se a este projeto europeu e lidera a criação em Portugal do único test bed dirigido especificamente às tecnologias de media. Além do PCI, a NOS, a Google e o Aveiro Media Competence Center fazem igualmente parte do consórcio.

Este concurso pretende apoiar projetos tecnológicos piloto para “ajudá-los a superar o já famoso ‘vale da morte’, uma fase entre a prototipagem e a entrada no mercado que é critica de ultrapassar, para permitir a sobrevivência de novos projetos tecnológicos”, explica João Moraes Palmeiro, responsável pelo projeto.

O concurso é dirigido a todas as empresas que queiram experimentar tecnologias nas áreas de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G, aplicadas aos media. Segundo João Moraes Palmeiro, “é não só uma oportunidade única para testar novas tecnologias desenvolvidas especificamente para esta área, como também uma oportunidade excelente para testar, na área dos media, tecnologias que foram desenvolvidas para outras aplicações”.

Este test bed de media é o único existente a nível europeu nesta área e permitirá aos participantes o acesso a serviços e infraestruturas a preços mais baixos do que no mercado, o acesso a uma rede de parceiros e a serviços de aceleração de negócio e de produto. O apoio pode ser prestado ainda na fase de desenvolvimento tecnológico, na fase de pré-industrialização ou pré-comercialização, ou mesmo no desenvolvimento de estratégias de promoção. O que é pretendido é que as tecnologias apresentadas, através do acesso a esta infraestrutura, consigam dar o salto para o mercado.

Segundo João Moraes Palmeiro “há vantagens significativas em participar”. Os projetos terão à disposição uma infraestrutura multidisciplinar e serão financiados até 90%. Em acréscimo, poderão testar os seus pilotos junto de um importante conjunto de parceiros, como a Agência Lusa, Media Capital, Associação Portuguesa de Imprensa, bem como publicações como o Público, Observador e A Bola, entre outros.

O Aveiro Media Competence Center, do qual João Moraes Palmeiro é responsável, foi constituído em 2021 e é uma entidade participada pela Universidade de Aveiro, pelo Parque Tecnológico de Aveiro (PCI- Creative Science Park) e pela Associação Portuguesa de Imprensa.

A associação tem como objetivo agregar estruturas e conhecimento numa só plataforma, de modo a contribuir ativamente para a transição digital dos media na Europa. Por esta razão, para além da participação em projetos como o Media Open Call Innovation Program, de apoio à transição digital, a plataforma sediada em Aveiro desenvolveu também um repositório de informação sobre todos os apoios que existem para este propósito, a nível global.

Segundo João Moraes Palmeiro, o “objetivo é proporcionar informação e conhecimento, de modo que os media consigam fazer esta transição digital com sucesso”. E acrescenta: “Se existisse mais conhecimento nesta área no início do milénio, teria sido mais fácil para os media enfrentarem a transição digital”.

A associação, que pretende evoluir para uma figura de fundação, não tem dotação própria, funcionando com base no financiamento de projetos específicos por entidades públicas ou privadas. A União Europeia, a Google e a Meta atribuíram fundos aos projetos em curso. Para além deste projeto, o Aveiro Media Competence Center é parceiro do projeto YO-MEDIA, através de outro consórcio que inclui a italiana Università Cattolica del Sacro Cuore e a espanhola Catalâ Universitat de Vic – Central de Catalunya.

Tendo em consideração o contexto de sucessivas crises e guerras, este consórcio tem como objetivo trabalhar estratégias de gamificação, para ampliar a literacia mediática dos jovens. Mais informação sobre a AMCC e todos estes projetos aqui.

Sobre o autorCristina Dias Neves

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Filomena Spranger Jorge assume direção de marketing do Burger King Portugal

A profissional licenciada em publicidade e marketing tem agora a responsabilidade de impulsionar o crescimento da Burger King em Portugal. O percurso de Filomena Spranger Jorge começa no McCann Worldgroup, em planeamento de media, passando, posteriormente, pela Publicis, Zenith e Media Markt Iberia

Filomena Spranger Jorge acaba de ser nomeada a nova diretora de marketing do Burger King Portugal. A profissional tem cerca de 20 anos de experiência no setor e terá a responsabilidade de impulsionar o crescimento da marca em Portugal, integrando a equipa da Restaurant Brands Iberia.

Licenciada em publicidade e marketing pela Escola Superior de Comunicação, Filomena Spranger Jorge iniciou a carreira no McCann Worldgroup em planeamento de media e, posteriormente, passou por empresas como a Publicis, a Zenith e a Media Markt Iberia. Mais recentemente exerceu funções de consultoria de marketing e comunicação na Thinkwide.

“É um privilégio poder continuar a dedicar-me ao mais importante em qualquer sector do retalho, os clientes, e trabalhar lado a lado com uma equipa super talentosa que partilha a visão de tornar o Burger King na marca favorita no nosso sector em Portugal”, afirma Filomena Spranger Jorge numa publicação na sua página de LinkedIn.

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Futebolista Rafael Leão protagoniza adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas (com vídeo)

Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha publicitária, que internacionalmente conta com a participação de nomes como Zinedine Zidane, Jenna Ortega e Anitta, entre outros, foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti, e realizada por Vincent Haycock

Rafael Leão, futebolista português a jogar no AC Milan, é o protagonista da adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas, intitulada 1000 Back. O desportista, um dos embaixadores nacionais da marca, surge nas fotografias promocionais, que já estão a ser divulgadas nas redes sociais e nas lojas da insígnia, a usar um par de Adidas Originals Samba, um dos três modelos de calçado desportivo que a etiqueta alemã está a publicitar, a par do Adidas Originals Gazelle e do Adidas Originals Spezial.

Realizado por Vincent Haycock e protagonizado globalmente por Carlisle Aikens, skater profissional que integra a equipa Adidas Skate Team, o filme publicitário que integra a campanha revisita a história da marca alemã. “Para além do vídeo e das imagens da campanha, recordamos o espírito das três silhuetas clássicas e das pessoas que as influenciaram, com um espaço digital que será preenchido com conteúdos gerados pelos utilizadores”, informa a Adidas em comunicado de imprensa.

“Os fãs dos modelos são convidados a apresentar os seus looks usando os hashtags #adidasSamba, #adidasGazelle e #adidasSpezial”, refere o documento. Zinedine Zidane, Jenna Ortega, Pusha T, Anitta, Hoyeon Jung, David Beckham, Serge Gnabry, Jella Hasse e Stormzy são outros dos embaixadores internacionais da marca que promovem os novos modelos da marca. Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti. A direção de fotografia é de Evan Prosofsky.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23 (com fotos)

Conheça os protagonistas da 14ª edição dos Prémios de Marketing M&P, evento que decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot

‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano. Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas.

A entrega de prémios decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing. Conheça os protagonistas e reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23.

Sobre o autorMeios & Publicidade

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ThePitch arrisca em duas frentes

Auxiliar líderes e marcas nos grandes momentos de comunicação de apresentações e lançamentos é o objetivo da nova agência de comunicação corporativa, que aposta na criação de narrativas com apoio do design de comunicação. E também vai dar treino a líderes

ThePitch foi o nome escolhido para a nova agência de comunicação especializada que a Plot Content Agency apresenta a 8 de abril. Marta Cordeiro, até agora diretora de clientes da empresa, vai dirigir a nova estrutura, que tem o ex-diretor de conteúdos desta empresa, Nuno Alexandre Silva, como diretor criativo.

“O nosso objetivo é auxiliar líderes e marcas nos seus grandes momentos de comunicação. Através do nosso ADN, que são os conteúdos e o storytelling, vamos criar narrativas, com apoio do design de comunicação, para atingir os objetivos dos clientes”, esclarece a responsável.

“Pretendemos atuar num mercado específico, o das apresentações, que, ao contrário de outros, em Portugal, ainda não está muito maduro. Atualmente, o foco está muito na parte visual criativa e o que nos vai distinguir vai ser a junção da parte da construção da narrativa a essa parte visual”, explica a diretora-geral da agência, em declarações ao M&P.

Além de promover empresas, organizações, marcas, produtos e serviços, a nova estrutura também vai dar treino de media a dirigentes, sempre em colaboração estreita com a Plot Content Agency.

“Fazemos parte da mesma família, mas é como se fossemos primos. Somos uma agência nova, uma estrutura independente, não é mais uma marca criada pelo grupo a que pertencemos”, ressalva Marta Cordeiro. “Temos serviços partilhados, mas também nos vamos socorrer de outros profissionais do mercado, profissionais especializados.

Estamos muito focados em ter talento bom e sénior, porque o nosso posicionamento é mesmo de topo, direcionado para as lideranças e para as grandes marcas”, assume a responsável.

“Estamos a entrar numa área onde existem outros players mas vamos fazer o nosso caminho e procurar o nosso espaço, apostando num tipo de criação de conteúdo diferente, pensado especificamente para momentos de apresentação. Este trabalho acaba, muitas vezes, por estar disperso por várias empresas ou departamentos.

Agora, queremos autonomizar-nos e especializar-nos nesta área, com a promessa de elevar a comunicação dos líderes e das marcas, pensando o slide telling na lógica de contar uma história, aplicando na prática o storytelling à apresentação. São muito estas duas vertentes que vamos desenvolver, tirando partido do legado que temos”, esclarece Nuno Alexandre Silva.

Nas últimas semanas, a dupla de dirigentes da thePitch já reuniu com potenciais clientes para apresentar a agência, mas não revela o número de contratos que já assinou. “Os muitos projetos que desenvolvemos com a Plot têm sido um bom cartão de visita. Muitas das apresentações que fizemos até agora foram com clientes que já trabalhavam connosco”, revela o responsável.

A data para o arranque oficial da nova estrutura, 8 de abril, não foi escolhida ao acaso. “Achámos que era um bom dia. Vai haver uma grande lua nessa noite e quem é especialista nestas coisas diz que dá sorte”, justifica Marta Cordeiro.

Os outros negócios da Plot Content Agency

Apresenta-se como uma agência de marketing chave na mão, que desenvolve “experiências digitais que compreendem as pessoas”. Criada em maio de 2011, a Plot Content Agency resulta da fusão da editora de revistas Entusiasmo Media com a agência de custom publishing White Rabbit. Em 2014, diversifica a atividade e lança a Plot Live, uma empresa de eventos para marcas e organizações que não vinga.

Em 2017, com a criação da House of Words (HOW), encerrada o mês passado, o negócio editorial volta a ser separado do promocional, com a agência a reforçar a aposta no branded content e no marketing comportamental e a dar os primeiros passos na consultoria e integração de sistemas e no desenvolvimento de aplicações móveis e de estratégias de experiência de utilizador.

Nas últimas semanas, a empresa liderada por Rui Borges, idealizou e produziu o novo anúncio publicitário da Tranquilidade. Atualmente, além da agência de marketing que dá nome ao grupo, a Plot Content Agency integra também a empresa tecnológica Share e a nova agência corporativa thePitch.

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Range Rover e JNcQuoi unem-se pela mobilidade

Quatro Range Rover vão assegurar as deslocações dos clientes do JNcQuoi, entre Lisboa e Comporta. Parceria é parte da estratégia de reposicionamento da marca britânica, que em 2023 duplica as vendas em Portugal

Catarina Nunes

Quatro modelos Range Rover, com um preço médio de €185 mil, vão fazer as deslocações entre os dois eixos dos projetos do JNcQuoi, avenida da Liberdade e Comporta, no âmbito de uma parceria entre as duas marcas de luxo, que não pressupõe contrapartidas financeiras e que poderá vir a ser alargada com a disponibilização de mais veículos.

Esta é a primeira parceria da Range Rover nestes moldes, em Portugal, e enquadra-se na estratégia do grupo Jaguar Land Rover (JLR) de se posicionar para um mercado crescente. “Em Portugal, como em Espanha, há um boom de estrangeiros com muito dinheiro, a comprar propriedades. São pessoas que não vivem todo o ano nestes destinos, vêm dos Estados Unidos para a Comporta para ficarem três meses, e precisam de uma solução de mobilidade durante esse tempo. É o que estamos a oferecer”, explica ao Meios & Publicidade Luis Antonio Ruiz, presidente e CEO da JLR Ibéria.

A esta aposta não é alheia a procura da Range Rover, que em 2023 vendeu 927 carros novos em Portugal, mais de dois terços do total das 1.175 matrículas novas da Land Rover, que agrega ainda a Defender e a Discovery, com vendas menos significativas. Face a 2022, ano em que a Range Rover vendeu 460 unidades, o crescimento em 2023 foi de 100%, de acordo com os dados fornecidos pela JLR, que indicam ainda 136 Range Rover matriculados só em janeiro e fevereiro de 2024.

O novo Range Rover 100% elétrico, por seu lado, está também a fazer este caminho, ainda antes de ser lançado. “Nunca tivemos tanta procura por um elétrico e a lista de espera é maior em Portugal do que em Espanha”, avança Francisco Nunes, coordenador da JLR para o mercado português, referindo-se ao modelo que chegará ao mercado nacional em 2025 que tem uma lista de espera de 143 pessoas em Portugal, mais 63 do que as 80 que aguardam em Espanha.

A divisão de marcas é parte de um processo de reestruturação na JLR, iniciado há três anos, em que Jaguar e Land Rover são separadas, ficando esta última como ‘chapéu’ das marcas Range Rover (luxo), Defender (capacidade) e Discovery (versatilidade). É parte de um plano global a cinco anos, o Reimagine, em que o grupo automóvel britânico está a investir 15 mil milhões de libras (€17,5 mil milhões), em desenvolvimento de produtos e fabrico.

O objetivo é reposicionar a JLR como um fabricante de automóveis elétricos de luxo moderno, antes de 2030. “O luxo moderno é uma filosofia de design, fabricação, posicionamento, marketing e definição de marca. Os nossos carros são muito simples, definem-se com quatro traços. Isso é o luxo moderno, algo que perdura no tempo como moderno, porque tem um design muito simples”, diz Luis Antonio Ruiz, salientando a importância da simplicidade do luxo a par com as experiências únicas proporcionadas aos clientes.

É neste âmbito que surge a ligação ao JNcQuoi, a marca da Amorim Luxury dedicada ao estilo de vida de luxo, que junta restauração, hotelaria, moda e um clube privado, em Lisboa e na Comporta. “O mercado-alvo é o mesmo e vamos acrescentar valor no hub em Lisboa e no novo hub na Comporta, onde estamos a construir o destino, com novos projetos. Para fazer a ligação entre os dois hubs precisamos de transporte”, explica Miguel Guedes de Sousa, presidente da Amorim Luxury, justificando a necessidade da frota de quatro Range Rover.

Já em julho, o JNcQuoi adiciona mais uma unidade ao seu portefólio, com a abertura de um hotel na avenida da Liberdade. O acesso ao serviço de transporte entre Lisboa e a Comporta com os carros Range Rover é feito por marcação, incluindo reserva de lugar de estacionamento na praia do Pego, onde o JNcQuoi tem um clube de praia.

“Na Península Ibérica, está a acontecer o ‘efeito Florida’, o que aconteceu na Florida, nos Estados Unidos, há alguns anos. Estamos a atrair muitos estrangeiros que querem viver aqui de forma permanente ou temporária, por causa do clima, da comida, da tranquilidade e segurança que os dois países proporcionam, e isto está a gerar muitos negócios em ambos os países”, salienta o presidente e CEO da JLR, justificando a relevância desta ligação ao JNcQuoi.

Apesar de esta ser a primeira iniciativa em Portugal, Luis Antonio Ruiz garante que não vai ficar por aqui, tendo já em vista uma união ao Club del Deportista, um serviço de concierge para jogadores de futebol em Espanha, ao qual a Range Rover já disponibiliza carros, e que virá para Portugal. 2Em Espanha, estamos com a construtora e promotora imobiliária Sotogrande, para um conceito igual ao do JNcQuoi, que ainda não está concluído nem assinado e por isso não posso referir o nome. É um conceito de moradias, que rondam os €10, €15 milhões, para pessoas que não vivem lá todo o ano, e será a primeira parceria em Espanha como a que temos com o JNcQuoi”, revela Luis Antonio Ruiz.

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Sagres apresenta nova campanha com passatempo para o Euro 2024 (com vídeo)

A campanha conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal e está presente em televisão, digital e ponto de venda. Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo

Com o campeonato europeu de futebol à vista, a Sagres lança a mais recente campanha multimeios “Há sempre espaço para acreditar”, de apoio à seleção nacional no Euro 2024. A campanha, que conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal, está presente em televisão, digital e ponto de venda, e é lançada com um passatempo que leva 20 adeptos ao Euro 2024.

Sob o mote “Ganha Viagens para apoiar a Seleção”, a Sagres vai oferecer 10 viagens duplas à Alemanha, que inclui a estadia em Dusseldorf, o ‘pack adepto’ e um jantar, entre dia 21 e 23 de junho. Os vencedores têm ainda acesso a uma recepção no dia 22 de junho na zona de fãs do estádio Signal Iduna Park no pré-jogo.Todos os portugueses com mais de 18 anos e residentes em Portugal que queiram concorrer, podem inscrever-se no Clube Sagres.

Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo, e que já se encontram disponíveis em supermercados e hipermercados de norte a sul do país.

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