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‘Estamos perante uma nova ordem mundial’

Considerado pela Advertising Age como “uma das pessoas mais influentes do mundo na área da comunicação”, Khai Meng,

Pedro Durães
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Considerado pela Advertising Age como “uma das pessoas mais influentes do mundo na área da comunicação”, Khai Meng,

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Considerado pela Advertising Age como “uma das pessoas mais influentes do mundo na área da comunicação”, Khai Meng, director criativo mundial da Ogilvy & Mather, esteve em Lisboa para um encontro de directores criativos da network e falou com o M&P sobre as tendências que estão a moldar o sector.

Meios & Publicidade (M&P): Quando olha para o mercado publicitário encontra razões para estar optimista?

Khai Meng (KM): O mercado mudou muito nos últimos dois a três anos. Penso que a crise económico-financeira acabou por se transformar numa crise de confiança e, por isso, ainda estamos a combater a falta de confiança dos consumidores, que precisa de ser reposta. E o que aconteceu é que, por causa desta falta de confiança, os produtos não estão a sair das prateleiras. Os clientes adoptaram uma postura defensiva, pelo que o último ano foi brutal para todos os mercados, ninguém foi poupado. Mas, olhando para o futuro, estamos cuidadosamente optimistas, porque sentimos que o mercado está a mexer, a crise começa a passar. Vemos já algum movimento positivo, particularmente nos mercados asiáticos e na América Latina. O mercado brasileiro está em ebulição, vem aí o Campeonato do Mundo (2014), bem como os Jogos Olímpicos (2016), e isso vai originar crescimento. China, Índia, toda a área da Ásia-Pacífico também vão crescer. Há aqui muitos desafios. Na América do Norte começamos também a vislumbrar algum crescimento.

M&P: O mercado publicitário não está a desmoronar-se, como alguns vaticinam?

KM: Não, de maneira nenhuma. Muito pelo contrário. O mais interessante é que toda a gente está a falar do digital, mas, apesar de este ser um mercado de grande crescimento, continuamos sempre a precisar de uma boa ideia, mesmo no espaço digital. Por isso, uma empresa pode ter os melhores webdesigners e engenheiros, mas no final de contas vai precisar sempre de uma ideia que vá ao encontro daquilo que os clientes necessitam.

M&P: As ferramentas do digital e as novas tecnologias não colocam as agências de publicidade em pé de igualdade com as pequenas agências digitais?

KM: Não, isso não faz sentido nenhum. A maneira como eu vejo o digital e o new media não é essa. O digital, por mais importância que tenha hoje em dia, é uma das letras do alfabeto. Quantas letras temos no alfabeto? Vinte e seis? O digital está lá no meio. E o mais interessante é que o digital está a desenvolver-se e começa a conectar-se com todos os outros meios e espaços de publicidade. O Google, por exemplo, anunciou em televisão durante o Super Bowl. Por aqui podemos ver que começa a estar tudo ligado. Por outras palavras, continuamos a precisar de uma ideia integrada, aquilo a que chamamos comunicação 360º. O que estas ideias integradas têm de poderoso é que o total é muito maior do que a soma de todas as suas partes. O impacto, a eficácia do global, é muito mais significativo do que a soma das suas partes. Com isto, quero dizer que a ideia integrada consegue chegar a todos os espaços, desde activação e acções de marketing de rua, posters, imprensa, televisão, digital… e todos estão interligados. Por isso, se a ideia é verdadeiramente boa e relevante para a marca, ela respira e ganha vida própria no conjunto da estratégia de comunicação.

M&P: A criatividade continua então a ser a chave para uma boa campanha publicitária?

KM: Claro que sim. E, à medida que formos avançando, vai desempenhar um papel cada vez mais importante. A criatividade vai ser cada vez mais determinante para uma marca se destacar.

M&P: Essa importância é maior hoje, tendo em conta as quebras no investimento publicitário, que ocorrem em todo o mundo, e com os budgets cada vez mais apertados?

KM: É cada vez mais importante porque é preciso cortar caminho, é preciso destacar e diferenciar as marcas. Se a publicidade for bem feita, se tiver criatividade, vai conseguir sobressair no meio da desordem e destacar-se. Caso contrário, significa que o dinheiro que o cliente gasta em publicidade não está a ser gasto de forma inteligente e sensata.

M&P: Neste cenário de crise, quais são as soluções para uma campanha de comunicação eficaz?

KM: A criatividade é importante mas é apenas um dos aspectos da publicidade. A criatividade e a publicidade são apenas um dos aspectos do marketing. Há a distribuição, as vendas, a activação, a forma como o produto está a ser testado no mercado, as acções no ponto de venda, o que o fabricante faz no mercado para activar as vendas… O nosso trabalho passa por criar notoriedade para a marca, criar uma ligação entre a marca e o consumidor. Mas isto é apenas uma parte do marketing. Não é um bala de prata que resolva todos os problemas.

M&P: Para onde considera que deve caminhar o mercado publicitário? Será o digital, o new media, o caminho a seguir?

KM: Hoje em dia tudo é digital, a televisão é digital. Penso que o digital e o new media desempenham um papel muito importante, é um mercado em crescimento. Mas continua a ser necessário ter uma boa ideia. Mesmo no meio digital, não é possível escapar a isso. Podemos simplesmente colocar um vídeo no YouTube, mas alguém vai vê-lo? Não me parece. Por isso, para se conseguir criar uma verdadeira ligação entre a marca e o consumidor, continua a ser precisa uma ideia que seja excelente. A ideia tem de ser capaz de agarrar a pessoa, tem de ser capaz de fazer rir ou chorar, ou fazer com que a pessoa aprenda alguma coisa com ela. Tem de conseguir desencadear uma resposta emocional. E tem de ser relevante para a marca. Para continuarmos à frente do jogo, continuamos a precisar de sobressair e fazer algo relevante para a marca, porque somos construtores de marcas. Não estamos aqui pelo curto prazo, estamos aqui para uma corrida de fundo, não se trata daquilo que é preciso ou não, trata-se de servir os clientes da melhor maneira possível.

M&P: Muitos clientes estão a virar-se para as pequenas agências digitais, focadas em new media e marketing interactivo. As grandes agências como a Ogilvy têm capacidade para dar conta da parte digital das campanhas e manter a competitividade face às pequenas agências digitais?

KM: Temos essa capacidade. Mas os clientes estão a querer experimentar algo novo, algo mais pequeno, há aquela ideia feita de que as pequenas agências reagem mais rapidamente. Nada podia estar mais longe da verdade. Parece-me que muitos clientes estão agora a começar a tomar consciência desta situação e estão a regressar às grandes agências para essa parte do trabalho. Claro que as pequenas agências estão a bater à porta dos nossos grandes clientes mas, no final de contas, fazem um ou dois projectos e as marcas voltam-se novamente para nós. Continuamos a ser os guardiães das grandes marcas, continuamos a querer trabalhar e construir as grandes marcas e temos o expertise e as pessoas com capacidade para o fazer. Hoje em dia, tudo tem a ver com talento. E eu acredito que temos as pessoas certas. Porque esse é o nosso ideal, a Ogilvy acredita que o mundo pode ser melhor se conseguirmos fazer sobressair a excelência interior de cada pessoa. É isso que fazemos, quer com as nossas pessoas, quer com as nossas marcas.

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M&P: Quais são as tendências que identifica actualmente no mundo da publicidade?

KM: Uma das coisas que é realmente interessante é vermos marketing de causas. O consumidor quer fazer o bem quando gasta dinheiro. O consumidor quer saber que está a gastar três euros numa garrafa de água mas que um euro vai ser utilizado para ajudar pessoas no Haiti. Se souberem isso, estão dispostos a pagar três euros por uma garrafa de água por uma causa maior. Foi por isso que lançámos a Ogilvy Earth, que serve esse propósito, e que conta já com clientes como a SAP, Coca-Cola, Siemens. O próprio claim da Coca-Cola, Live Positively (Vive Positivamente), tem tudo a ver com este conceito de sustentabilidade. Não estamos a falar de marketing verde, o marketing de causas é algo mais profundo. Toda a gente está a tentar fazer marketing verde, mas o que é realmente importante é o marketing de causas, onde se faz o bem enquanto se gasta. Não se trata apenas de parecer bem, mas de fazer bem. Uma outra tendência que identifico é a crescente importância das relações públicas e da comunicação ao nível dos governos. Os governos recorrem cada vez mais à ajuda do marketing e das relações públicas. A imagem de um país ao nível internacional é importante. Nenhum país consegue existir por si só, tem de estar ligado aos países a quem quer vender os seus produtos. Isto faz com que o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros seja um dos mais importantes, é uma espécie de ministro do marketing do país. Esse é também, em parte, o papel de um primeiro-ministro.

M&P: Falou há pouco nos mercados emergentes. Como vê esses mercados, como é o caso do Brasil, da América Latina ou África?

KM: Vejo trabalho de grande qualidade a vir do Brasil. É um país cheio de optimismo, há um sentimento poderoso que vem de cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro. Depois, com os grandes eventos desportivos que aí vêm vai haver mais crescimento. Com isso vem a confiança. Hoje em dia, falar inglês não significa necessariamente que se domina a área das ideias. As ideias transcendem as línguas e as linguagens, e não estão a vir de países de língua inglesa. Pelo menos exclusivamente não. Podemos dizer que são as ideias a língua internacional. Quando vemos a resposta emocional a um anúncio, em que podemos rir ou chorar, aprender algo ou ficar simplesmente a pensar sobre um assunto, percebemos que isso é universal. E isso não muda, nunca vai mudar. Isso continua a ser a natureza humana. Todos somos movidos pelos mesmos gatilhos emocionais, todos procuramos as mesmas coisas.

M&P: Parece-lhe que os grandes mercados, como os Estados Unidos e Europa, começam a perder importância?

KM: Não me parece. Os EUA continua a ser um grande mercado, a Europa é um mercado gigantesco, seguidos do mercado asiático e América Latina. Estão em crescimento mas ainda não mercados maduros como é o caso da Europa. Mas nem lhes chamaria mercados emergentes, são mercados re-emergentes. A China está a voltar a emergir.

M&P: Estes mercados podem, em breve, tornar-se a “premier league” do mercado publicitário, como referiu recentemente Martin Sorrell?

KM: Acredito que é perfeitamente possível. Porque são mercados movidos pelo crescimento das classes médias, pelo consumismo. A China, por exemplo, já ultrapassou o Japão enquanto segunda maior economia no mundo. Só no primeiro trimestre deste ano, a China registou um crescimento do PIB a rondar os 11 por cento. Isso é um verdadeiro crescimento e está a conduzir aos crescimento daquela área. Na Índia acontece o mesmo.

M&P: São estas duas características, a emergência de novos mercados e despontar do digital, que estão a marcar a evolução do mercado publicitário?

KM: Sim, não se trata de uma moda ou de uma tendência que está para acontecer. Isto está a acontecer agora e é algo que chegou para ficar. E vai continuar a crescer e a evoluir neste sentido. É a nova ordem mundial. Já nem pensamos no digital como algo que está a entrar nas nossas vidas, é assim que vivemos. O digital é já omnipresente na nossa forma de vida. Tudo está a convergir, tudo é digital, desde o Blackberry aos bilhetes electrónicos. A ficção científica tornou-se realidade. Temos, por exemplo, a tecnologia de realidade aumentada, em que podemos projectar uma imagem com um telemóvel, que pode ter todo o tipo de informação. Está a ser testada uma tecnologia em que, por exemplo, apontamos um telemóvel para um hotel e conseguimos saber que eventos estão a decorrer naquele espaço. Por isso, a ficção científica está a tornar-se realidade. Isto é incrível, é o melhor momento para estar vivo (risos).

M&P: É o melhor momento para fazer publicidade?

KM: Obrigado por perguntar isso. É, sem dúvida, o melhor momento para fazer aquilo que fazemos. Está tudo ao alcance do poder da nossa imaginação. Imaginamos, gostamos, temos o que é preciso para o fazer, o cliente gosta, é relevante para o ADN da marca… O que é que nos impede de avançar?

– De Singapura para o mundo

Foi esse o trajecto profissional percorrido por Khai Meng no negócio da publicidade. Corria o ano de 1999 quando se juntou à divisão Ásia/Pacífico da Ogilvy & Mather, tendo entrado em 2005 para o conselho de administração da network. Durante o período em que ocupou o cargo de director criativo executivo regional na divisão Ásia/Pacífico, a agência subiu nos rankings e alcançou o estatuto de network criativa do ano pela Campaign Brief Asia por sete anos (entre 2001 e 2008), um período no qual Khai Meng foi considerado director criativo do ano. Daí para um cargo mundial foi um passo inevitável, assumindo a função de director criativo mundial da Ogilvy & Mather e a presidência do conselho criativo da Ogilvy. A campanha Hopenhagen, a propósito da conferência sobre alterações climáticas na capital dinamarquesa, foi da sua autoria.

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Pantene não renova contrato com Chiara Ferragni após caso ‘pandoro-gate’

Chiara Ferragni tem vindo a perder colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo, e a Coca-Cola, na sequência do caso da alegada publicidade enganosa na venda de uma alternativa ao panetone de Natal, da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni

A Pantene não vai renovar o contrato com a Chiara Ferragni, influenciadora italiana que perde o acordo com a marca de produtos para o cabelo por estar no centro de uma investigação do Ministério Público italiano.

Em causa está a acusação de fraude agravada no caso denominado ‘pandoro-gate’, no qual a Autoridade da Concorrência e Mercado (AGCM) italiana impôs uma sanção de mais de €1 milhão às empresas detidas pela também empreendedora, a Fenice e a Tbs Crew, por alegada publicidade enganosa na venda de um pandoro, uma alternativa ao clássico panetone de Natal da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni.

A Forbes coloca Chiara Ferragni no 21º lugar do Top Creators de 2023, ranking das personalidades dos media sociais que transformam seguidores em fortunas, atribuindo-lhe ganhos anuais de 8 milhões de dólares (€7,4 milhões). Chiara Ferragni, porém, tem vindo a perder diversas colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo e a Coca-Cola, que cancelou um anúncio com a influenciadora, previsto para ser lançado no final de janeiro. A influenciadora também não foi confirmada no conselho de administração da Tod’s, lugar que perdeu no final do ano passado.

Após as complicações instauradas pelo caso ‘pandoro-gate’, a Pantene cancelou alguns conteúdos patrocinados com Chiara Ferragni, mas só agora é que a empresa se pronunciou e anunciou oficialmente a não renovação do contrato com a influenciadora italiana, que era embaixadora da marca desde 2016. A Pantene já oficializou o novo contrato com a modelo israelita, Havi Mond, que substitui Chiara Ferragni, tendo publicado diversos anúncios nas redes sociais com a nova embaixadora.

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Ana Rita Gomes assume direção de marketing da PHC Software

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI

Com quase 18 anos de experiência na PHC Software, Ana Rita Gomes é a nova diretora de marketing desta multinacional portuguesa de software de gestão, que anteriormente desempenhava a função de diretora de comunicações de produto.

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI. Ao longo deste trajeto foi responsável por várias equipas, sempre com o foco na criação de ações e campanhas disruptivas e eficazes.

“Ao longo dos últimos 18 anos, fui tendo diversos projetos na PHC que me permitiram crescer e evoluir, pois esta empresa é uma verdadeira escola de gestão e de cultura empresarial. O novo desafio é uma responsabilidade enorme, mas, acima de tudo, dá-me uma vontade ainda maior de continuar este caminho, e fazer a PHC crescer com um marketing organizado, focado nos objetivos e mantendo a diferença e criatividade que caracteriza a PHC. Quero concretizar os nossos objetivos e continuar a impulsionar o sucesso”, salienta Ana Rita Gomes, citada em comunicado de imprensa.

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Wes Anderson realiza filme dos 100 anos da Meisterstück da Montblanc (com vídeo)

Filme publicitário acompanha três personagens protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc. Neste projeto, o realizador Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia

A Montblanc tem no ar a nova campanha global escrita, dirigida e co-protagonizada pelo realizador norte-americano Wes Anderson, para assinalar o centenário da caneta de tinta permanente Meisterstück, lançada em 1924 e que se tornou no produto mais reconhecido da marca alemã de acessórios.

A campanha presta homenagem ao legado do instrumento de escrita, convidando a uma viagem ao mundo da Montblanc, a partir da icónica caneta em forma de charuto, três anéis e aparo dourados. O filme publicitário acompanha três personagens, protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc no topo da montanha Mont Blanc, nos Alpes.

Num tom didático com toques de humor, os três protagonistas apresentam a história da marca e da sua criação mais reconhecida, a Meisterstück (obra-prima, em português). O filme, que tem a estética característica de Wes Anderson, termina com um convite para redescobrir a experiência de escrever à mão com a frase ‘Let’s Write’.

Neste projeto, Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia.

Além deste filme, os atores Rupert Friend, Maude Apatow, Waris Ahluwalia, Lee Jinuk e Jing Boran habitam também este universo Montblanc, reimaginado numa série de imagens da campanha captadas por Charlie Gray e numa série de pequenos vídeos, avança a marca em comunicado de imprensa.

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Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

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Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

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Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas.

O Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

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“Os dinamarqueses recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas”

Insatisfeita com a precariedade e a falta de oportunidades laborais em Portugal, Cláudia Vale da Silva emigra para a Dinamarca em 2014, para gerir as redes sociais da Velux. Em sete anos, chega a gestora de produto sénior. Atualmente, é a diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga. E não tem intenção de regressar

Inicia a carreira a produzir conteúdos para o SAPO Saúde em 2010. Dois anos depois, Cláudia Vale da Silva troca o jornalismo pelo marketing e a Plot Content Agency pela Leroy Merlin. Além de redatora na Avon, foi gestora de conteúdos digitais na Portugal Telecom. Insatisfeita com a precariedade do mercado laboral português, emigra para a Dinamarca, para gerir as redes sociais da Velux. É, desde janeiro de 2022, diretora de comércio eletrónico do Rockwool Group, em Copenhaga, onde reside.

Trabalhar no estrangeiro era uma ambição ou acabou por ser uma circunstância?

Apesar de sempre ter tido imensa curiosidade em experienciar novas culturas, emigrar nunca esteve nos meus planos. Sabia que queria passar uns tempos fora para perceber como é que se vive e se trabalha noutros países, mas seria sempre temporário.

Em 2014, já trabalhava há quase quatro anos, sentia-me desvalorizada e com poucas perspetivas. A oportunidade surgiu numa altura em que o meu contrato de trabalho estava a terminar e não pensei duas vezes.

É muito diferente trabalhar na Dinamarca e em Portugal?

Muito diferente, pela positiva. A minha integração foi fácil, talvez por me identificar muito com os valores escandinavos. A sociedade dinamarquesa assenta na confiança e o sistema está desenhado para nos facilitar a vida. As pessoas, regra geral, confiam nas nossas capacidades. A cultura sul-europeia é totalmente oposta.

Primeiro, desconfia-se e, só depois de mostrarmos o que valemos, é que confiam, o que faz com que se criem barreiras desnecessárias e contraproducentes. Sempre me senti valorizada aqui. As pessoas com mais experiência vinham pedir-me opinião. Além disso, valoriza-se muito o equilíbrio entre a vida laboral e a pessoal.

Os dinamarqueses levam muito a sério o lema ‘Work smart, not hard’. A família é a prioridade. O patrão é uma pessoa igual às outras, não é um ser superior. E o trabalho é para ser feito dentro do horário estipulado. Se trabalhas mais horas, significa que não geres bem o teu tempo ou que é preciso mais uma pessoa para te ajudar.

Cláudia Vale da Silva está na Dinamarca desde 2014

Essa é a única diferença?

Não. É feito muito investimento para melhorar e agilizar processos de trabalho e para manter trabalhadores felizes e atualizados. A maioria das empresas têm orçamentos alocados ao desenvolvimento pessoal, encorajam e suportam o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional porque sabem que isso aumenta a produtividade.

O único desafio para mim tem sido o dinamarquês. Como tenho sempre trabalhado em multinacionais, onde a língua oficial é o inglês, não o pratico tanto como deveria.

No seu trabalho, qual é a mais-valia de ser portuguesa?

Talvez a abertura para fazer coisas que estão fora da minha área de expertise e a disponibilidade para fazer horas extraordinárias. Os dinamarqueses, muitas vezes, recusam-se a fazer tarefas que saiam das suas funções definidas e têm maior resistência em ficar no trabalho até mais tarde. Como vim de um país com condições de trabalho difíceis, procuro não desiludir.

Está atenta ao que se vai fazendo em Portugal em termos de marketing e comércio eletrónico ou está mais focada na realidade dinamarquesa?

Estou muito atenta ao que se vai fazendo, consumo muitas notícias portuguesas e acompanho de perto a realidade. No entanto, é aqui que adquiro conhecimento. Existem imensos grupos dedicados a áreas específicas onde encontramos e partilhamos conhecimento entre empresas.

Como mata saudades de Portugal no quotidiano?

Para ser sincera, não sinto saudades de Portugal todos os dias. Tenho saudades das pessoas, da comida e do sol, mas apenas pontualmente. Apesar de ter a minha vida e a minha rede de amigos aqui, mantenho contacto diário com a família e os amigos. Vou a Portugal de férias pelo menos duas vezes por ano e, de vez em quando, participo em eventos da associação de portugueses que cá temos, que é bastante dinâmica.

Regressar a Portugal é um objetivo?

Não está nos meus planos, de todo. Pode parecer estranho, chocante ou até arrogante, mas a verdade é que acho difícil encontrar outro lugar que reúna todas as condições sociais, económicas e culturais que a Dinamarca oferece e que eu valorizo. Aqui, sinto-me preenchida, feliz e com uma boa perspetiva de futuro.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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In-Store Media investe €2 milhões na digitalização de pontos de venda

Continente é o primeiro retalhista português com o circuito digital de publicidade da empresa espanhola especializada em retail media e shopper marketing. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito de 400 ecrãs, distribuídos por 41 hipermercados e 24 supermercados MC. Anunciar em junho e julho custa entre €10 mil e €15 mil, por duas semanas

Impactar mais de dois milhões de clientes do Continente, no local onde 82% dos consumidores decide os produtos e as marcas que leva para casa, é o propósito do circuito digital de ecrãs de televisão com publicidade da in-Store Media, que esta empresa espanhola, especializada em retail media e shopper marketing, acaba de instalar em 65 pontos de venda da MC, entre 41 hipermercados Continente e 24 supermercados Continente Modelo e Continente Bom Dia.

Estrategicamente posicionados no corredor central das superfícies da grande distribuição, uma área que 90% dos clientes atravessa, os 400 ecrãs verticais exibem anúncios publicitários de produtos à venda nas prateleiras do retalhista ou de marcas que queiram aproveitar a visibilidade que o circuito nacional de suportes visuais lhes dá, de norte a sul do país.

A implementação do sistema integra o pacote de investimentos que a in-Store Media aprovou para os próximos dois anos. Entre 2024 e 2026, a multinacional, que está presente em oito países, pretende investir em Portugal €2 milhões, uma verba semelhante à que despendeu em território nacional no pós-pandemia. “Em 2022, recuperámos a quebra de negócio registada nessa fase e superámos a faturação registada em 2019. Em 2023, crescemos cerca de 15%”, avança ao M&P Jordi Cassani, diretor-geral da in-Store Media Portugal.

“O mercado da publicidade exterior está a evoluir entre 15% a 20% ao ano e nós estamos em linha com esses valores. O ano passado, crescemos cerca de 15%”, refere o responsável da empresa, que gere também a publicidade do ecrã gigante do El Corte Inglés de Lisboa, o maior outdoor digital no centro da capital portuguesa. Para além do novo circuito publicitário, a in-Store Media tem desenvolvido estratégias de digitalização de pontos de venda para a Auchan, Pingo Doce e Fnac.

Campanhas potenciam vendas em 20%

A comercialização do espaço publicitário que integra o circuito digital de live markets é assegurada pela in-Store Media, no âmbito do contrato assinado com a MC, um acordo que também permite à empresa explorar comercialmente, além do corredor central, a zona de entrada e os lineares das superfícies comerciais do retalhista. A percentagem de divisão das receitas nessas três localizações, com filosofias de rentabilização diferentes, varia em função da negociação previamente feita com as marcas.

Os quatro spots de 10 segundos exibidos a cada minuto, que vão sendo substituídos por outros, de duas em duas semanas, são sempre intercalados com duas autopromoções visuais do Continente, para garantir a identidade visual do retalhista e assegurar a uniformidade estética, com os ecrãs horizontais que já existiam nas lojas. Heineken, Compal, Lavazza, L’Oréal Paris e Planta são algumas das marcas que já estão a anunciar no circuito.

Os valores cobrados pela in-Store Media variam em função das campanhas contratualizadas. Para o período do UEFA Euro 2024, que decorre de 14 de junho a 14 de julho, a empresa criou uma tarifa promocional que permite aos anunciantes publicitar no circuito por um valor inferior ao praticado habitualmente. “Estamos a cobrar entre €10 mil e €15 mil neste período, que será de grande consumo”, antevê Jordi Cassani.

Os resultados das campanhas que a in-Store Media angaria e veicula são posteriormente analisados à lupa. “Conseguimos comunicar diretamente com 90% dos consumidores no local onde, minutos depois, eles podem efetivar a compra, algo que a publicidade noutros suportes não consegue. Segundo os dados que temos, a conversão em vendas é, em média, 20% superior nas marcas que publicitam no nosso circuito”, garante o espanhol, que dirige a filial portuguesa da empresa desde outubro de 2023.

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