Shots fecha portas
A produtora de filmes publicitários Shots encerrou a sua actividade, pondo fim a 23 anos de história. Ao M&P João Egreja, que com Jorge Castro Freire, era sócio da produtora, justificou a decisão de terminar o projecto devido a “contingências do mercado”. Sem entrar em mais pormenores, o produtor reconhece que “não é uma situação muito cómoda”.
Rui Oliveira Marques
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A produtora de filmes publicitários Shots encerrou a sua actividade, pondo fim a 23 anos de história. Ao M&P João Egreja, que com Jorge Castro Freire, era sócio da produtora, justificou a decisão de terminar o projecto devido a “contingências do mercado”. Sem entrar em mais pormenores, o produtor reconhece que “não é uma situação muito cómoda”. Num momento em que suspende a sua ligação à área da produção, João Egreja sublinha que “o mercado está a mudar muito. Nos últimos três a quatro anos, este sector ficou mais difícil. Isso tem a ver com novas tecnologias, com a divulgação de filmes na internet e por haver menos dinheiro para fazer filmes. Por causa dos filmes de baixo custo, houve um decréscimo de qualidade. Vê-se televisão e apenas meia dúzia de filmes têm qualidade. Além disso, aparecem produtoras que duram três a quatro anos e que apresentam preços muito concorrenciais”. João Egreja acredita que “ainda vão surgir situações complicadas para outras produtoras”.
A Shots foi a primeira produtora a trazer um leão do festival de publicidade de Cannes para Portugal, em 1992. Então com criatividade da Y&R, o leão de prata foi para o filme Laranja promovido pelo Sindicato de Jornalistas, que pretendia denunciar o desrespeito pelos Direitos Humanos em Timor-Leste. Dois anos depois, com o filme Crânio para a Prevenção Rodoviária, a produtora recebeu um leão de bronze no mesmo festival. A produtora contava, neste momento, com Jorge Castro Freire e o free lancer José Sacramento como realizadores. À data do encerramento, a Shots era constituída por um equipa de cinco pessoas, quando no início dos anos 90 chegou a ter 22 trabalhadores. A década de 90 representou, relembra Egreja, “os melhores anos da publicidade”.