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A Oeste… Tudo de novo

A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita […]

Filipe Pacheco
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A Oeste… Tudo de novo

A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita […]

Filipe Pacheco
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A nova campanha de promoção de Portugal no exterior quer posicionar o país a oeste para colá-lo à modernidade e à inovação.Pedro Bidarra, criador do conceito Europe's West Coast, acredita que esta é uma ideia diferenciadora e que vai ajudar a mudar a percepção internacional do país. Profissionais da comunicação ouvidos pelo M&P têm dúvidas quando aos resultados

Ocenário não podia ser mais simbólico para a apresentação da nova campanha de promoção do país no estrangeiro. Foi no pavilhão de Portugal do Parque das Nações, em Lisboa, que o ministro da Economia, Manuel Pinho, apresentou esta segunda-feira uma campanha que pretende diminuir o défice de imagem que país tem no exterior

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Logo a abrir a apresentação, o ministro da Economia, Manuel Pinho, não quis deixar de lamentar esta realidade. "O nosso país tem muito mais valor do que muitos pensam, mas passa relativamente desapercebido". Posto isto, e uma vez identificado o problema, o ministro colocou a ênfase no conceito que a campanha tem por base, Europe's West Coast, referindo que "o oeste está associado à descoberta e à inovação", sendo que "pertencer à Europa é sempre uma mais-valia para Portugal". A ideia é fazer descolar o país da imagem do sul da Europa, para reposicioná-lo como uma marca virada para o Atlântico, com os valores de inovação e criatividade que lhe são inerentes.

Os oitos nomes que se juntaram à iniciativa para serem fotografados por Nick Knight, entre os quais se contam José Mourinho, Mariza ou Cristiano Ronaldo, foram dados como exemplos de portugueses de excepção, símbolos de um Portugal vencedor e inovador, e referidos pelo ministro como "uma nova geração de talentos a nível mundial, com garra para se afirmar num mundo global". Inovação que, de resto, vem nesta promoção associada ao tema das energias renováveis, escolha que o ministro justificou com o facto desta ser uma área em que "somos dos países com maiores índices de crescimento a nível mundial".

Mas a estes aspectos, Pinho veio ainda acrescentar a importância da data do arranque da campanha que pretende promover de forma transversal a imagem do país no exterior. "Sou adepto da ideia de contágio através da qual vão acontecendo pequenas mudanças, até ocorrer o tipping point", que, no caso, disse ser o da assinatura do Tratado Reformador.

As explicações

Em declarações ao M&P, Pedro Bidarra, o autor do conceito e da campanha, realça a importância do diagnóstico realizado pela BBDO e pelo ICEP. "O diagnóstico vem dizer muito claramente que a realidade portuguesa de hoje e a percepção que os estrangeiros têm de Portugal não são equivalentes. Nós somos melhores, nós somos mais desenvolvidos, somos mais competitivos, somos mais criativos do que aquilo que o estrangeiro acha que nós somos", diz. As consequências tornam-se, portanto, óbvias: "Quando há esse défice de percepção e quando nos vêem como menos desenvolvidos do que aquilo que realmente somos, o que acontece é que tudo isso tira valor a Portugal, aos portugueses, aos nossos produtos, às nossas exportações e ao nosso turismo".

Porém, já em 2004 a promoção da imagem de Portugal, celebrizada pela expressão Go Deeper, teve na sua génese a conclusão de um inquérito realizado pela Wolff Olins que situava Portugal como o país do sul da Europa com a imagem mais desgastada. Deste diagnóstico resultou uma campanha de publicidade que, como vem agora ser provado, não alterou em muito a percepção dos estrangeiros em relação a Portugal. Ao ser confrontado com as recentes experiências promocionais da imagem do país, Bidarra destaca dois aspectos para sair em defesa da actual campanha: "É baseada num diagnóstico melhor e estou convencido de que se apoia numa ideia diferenciadora". Além disso, refere que, ao contrário de outras que ocorreram no passado, "não vem reforçar muitos dos preconceitos que havia, de que somos um país sabujo que está aqui para receber de braços abertos, ou seja, um país de criados".

O elemento diferenciador passa pela mudança de percepção e, nesse sentido, diz ter criado um conceito que "nos torna diferentes", o qual está assente no facto de sermos diferentes das outras nações do sul da Europa. "A nossa história não é mediterrânica, o nosso mar não é o Mediterrâneo, é o Atlântico", sendo que uma "das coisas essenciais básicas e primordiais do marketing é encontrar um lugar onde estejamos sós para nos diferenciarmos", explica.

Além do mais, a novidade resulta do facto da campanha "ter uma ideia global, que ajuda a marca e o país a reposicionarem-se". Parecem estar, à partida, reunidas as condições para serem abertas outras portas da percepção em relação à realidade do país. "A nossa costa e as novas praias vão ser vistas com um filtro novo. É um recolocar da nossa identidade no sítio certo. Este país não é um país do sul com todas as associações que isso traz, mas é um país atlântico, do oeste da Europa, que é nosso e não é de mais ninguém. Mais ninguém tem este posicionamento e está aberto ao Atlântico como nós", explica.

Mas não são apenas as características históricas e geográficas que reúnem neste conceito o posicionamento mais correcto para a imagem de Portugal. Aqui, as conotações contam e, para o criativo da BBDO, só trazem aspectos favoráveis. "O Oeste associa-se com o desenvolvimento e a liberdade. Como tal é uma boa associação. É um sítio bom para se viver e, além disso, é criativo. Todas as palavras e locais têm associações, e nós temos esta. E é isso que temos de aproveitar para nos promovermos", elucida.

Portugal não é a Califórnia

O posicionamento ocidental e atlântico pode, à partida, criar um novo rosto para Portugal, mas há quem, pelo menos nesta primeira fase da campanha não o vislumbre. Ricardo Monteiro, presidente da Euro RSCG Portugal, não encontra o novo conceito na comunicação. "O que visualizo é uma frase e uma fotografia, nada mais", concretiza. E quando instado a comentar a designação de Europe's West Coast para a promoção do país, não podia ser mais claro: "Só os ignorantes é que não sabem que Portugal está situado na costa ocidental da Europa". Mesmo assim, reconhece que as execuções posteriores possam "vir a materializar o conceito", porque em relação a estas não vê onde está "a ligação entre o conceito e a fotografia". E se é para promover esse posicionamento no exterior não sente que um "estrangeiro o vá perceber como tal", e, nesse caso, prossegue, seria necessário "ter alguém ao lado que lhe explicasse, o que de facto não é possível".

Já Salvador da Cunha, director-geral da Lift, enaltece a execução técnica da campanha, embora com sérias dúvidas em relação ao acerto do conceito que a sustenta. "Está bem executada e é moderna", mas quanto ao posicionamento, diz, "é uma analogia com a Califórnia, coisa que o país está longe de ser". Ou seja, é um equívoco "pensarmos que somos uma Califórnia só com uma campanha publicitária". Além disso, aponta os perigos do país querer transmitir essa imagem: "Somos, de facto, a costa oeste mas não temos nada que se assemelhe à Califórnia. Não temos o glamour, o sol, as estradas, a riqueza e, assim sendo, corremos o risco de defraudar as expectativas das pessoas que nos visitam. Estamos a criar expectativas que são falsas e isso pode ser prejudicial".

Sem meias palavras Henrique Agostinho, director de marcas da Sonae Sierra e autor do livro Vende-se Portugal comenta esta nova etapa da comunicação do país. "Noto apenas com insatisfação que o Ministério da Economia continua a perseguir um caminho de inovação, que é pouco credível e indefinido. Pouco credível porque Portugal não chega a ser um bom imitador – um requisito que precede a inovação -, para se poder arrogar a ser inovador. Indefinido porque não se percebe em que circunstâncias é que esta desejada inovação portuguesa se materializa e é útil". E em relação ao futuro, é peremptório: "Provavelmente voltaremos a ouvir falar das botas à prova de bala, uma inovação querida de todos quantos dão tiros nos pés". E quando aborda o conceito que já vem a ser defendido por Pedro Bidarra há anos, e só agora é concretizado com a aprovação deste governo, o autor do livro Vende-se Portugal não se inibe em desmontar a estratégia desta campanha. "É verdade, o que Portugal tem de bom é o seu clima, a simpatia e gentileza das suas gentes e as suas paisagens intocadas, as que estão. O resto, a inovação e a Califórnia, não existem em Portugal e, portanto, não as poderemos vender. É sabido que uma das regras para vender alguma coisa é ter o respectivo produto para entregar".

Rui Trigo, presidente da Brandia Central, não deixa de manifestar o desejo de sucesso para esta campanha, até porque, e indo ao encontro das palavras do ministro, considera que o "nosso país tem muito mais valor do que muitos dizem e é necessário transmitir isso não só para os mercados internacionais mas também para o mercado nacional". Contudo, revela-se expectante em relação à construção da marca, considerando ser importante nesse âmbito existir uma reflexão em torno da marca Portugal. Isso porque vê como fundamental o contributo das instituições e do tecido empresarial português em torno desse edifício. "Uma marca geográfica é uma realidade complexa, composta por vários agentes, entre os quais governos central, regiões, cidades, empresas e o mais importante por pessoas. Quando se fala em marcas geográficas vem-me à cabeça uma organização complexa, que acima de tudo necessita de coordenação para ter sucesso e atingir o posicionamento desejado", assevera. E explica: "É sempre necessário a coordenação de todos os agentes e variáveis de forma a desenvolver a identidade ambicionada, segmentado, definindo o alvo e posicionando. Uma marca parte de dentro para fora. Como tal, é necessário que se envolvam no processo todos os representantes da sociedade".

A utilização de personalidades

No que toca à temática emprestada à campanha, que passou por recorrer a portugueses com prestígio a nível internacional, Pedro Bidarra elucida que usar "personalidades é uma técnica que serve uma ideia", sendo que neste caso "está a servir a ideia de que Portugal é uma costa com uma natureza extraordinária e com uma gente extraordinária". Ideia, aliás, corroborada por Ricardo Monteiro. "Não me parece errado que o país se orgulhe das suas gentes, pois são pessoas que são uma fonte de sucesso para Portugal". No entanto, salvaguarda, são "mais como pessoas do que aquilo que Portugal é como país"

Nesta matéria, Salvador da Cunha mostra-se mais reservado e diz que o caminho necessário seria outro: "Devia ser uma campanha que promovesse a economia e as empresas. Mais do que um Mourinho, precisamos de mostrar a noção de empreendedorismo, até porque Portugal não é um país de Ronaldos e de Mourinhos. Estes são excepções. E a fórmula não passa por promover excepções". E, pegando no exemplo espanhol, refere: "Esta campanha não foi buscar identidades características de Portugal, e é isso que convida as pessoas a visitar um país, até porque todos os países têm personalidades que marcam a diferença".

Neste aspecto, Henrique Agostinho não se mostra mais uma vez contido na crítica, em relação ao uso que o poder faz destas campanhas para fins de propaganda política. "A utilização das figuras públicas poderia ser um bom meio se estivesse definido um fim que fosse razoável, o que não parece ser o caso. Infelizmente, esta parece ser mais uma campanha de auto-ilusão que perpetua o mau estar da marca portuguesa por continuar a preferir impressionar os portugueses, mobilizá-los em torno do governo, e a mobilizar os capitais estrangeiros, impressionando-os com as coisas que Portugal faz bem feito", concretiza.

Já ao nível da comunicação das energias renováveis, matéria que tem feito parte da agenda do governo, é o único ponto que lhe parece reunir o consenso ao nível da estratégia de comunicação. "É muito importante que Portugal seja percepcionado como um país ambientalmente correcto", diz Henrique Agostinho, mas sublinha que "existem outras ferramentas para fazê-lo". O mesmo refere Ricardo Monteiro, que assegura ser estrategicamente "importante para o país colocar-se no pelotão da frente em relação a esta matéria" E, nesse âmbito, aplaude o facto de Portugal "estar tão empenhado no investimento feito na área das energias renováveis".

Consensual ou não, Pedro Bidarra mantém no seu discurso uma fé inabalável no sucesso da ideia e da campanha. Mas o importante, esclarece, é que a sua implementação estratégica continue. Até porque, esta é "uma plataforma para todas as áreas promocionais. É boa e dá para várias áreas, desde a promoção do comércio ao turismo e à indústria", explica. Se for o caso, vaticina que daqui a um tempo seremos conhecidos não como um pequeno país do sul, que é um karma nacional, mas como uma nação do oeste da Europa, atlântica e com toda uma rede de associações que nos ajudará a ter mais valor", remata Pedro Bidarra.

As três fases

A promoção que arrancou ontem significa um investimento de três milhões de euros, sendo 300 mil para pagar a Nick Knight. Com a assinatura do Tratado Reformador, o governo aproveitou a data para assinalar o arranque da campanha. As imagens da cientista Carmo Fonseca, do arquitecto Miguel Câncio Martins, da artista Joana Vasconcelos, do atleta Nelson Évora, de Mariza, José Mourinho, Vanessa Fernandes e Cristiano Ronaldo estarão presentes em outdoors em Lisboa e no Porto. Já a nível internacional as cidades de Berlim, Paris, Madrid e Londres foram consideradas prioritárias. The Economist, Time, Le Monde ou El País foram alguns dos títulos considerados fulcrais para fazer as inserções. A segunda fase está agendada para o primeiro trimestre de 2008 e pretende promover o sector do turismo nacional. A terceira, prevista para o segundo semestre, pretende atrair investimento estrangeiro.

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Dentsu com prejuízo de €782 milhões em 2024

Face aos resultados negativos, a Dentsu tem um plano de médio prazo, focado na atividade de venda de espaço publicitário, na reavaliação das atividades com baixo desempenho e na reconstrução da estrutura empresarial do grupo

As receitas de faturação do Dentsu Group aumentam 5,7% em 2024, para 1,19 bilhões de ienes (€7,46 mil milhões), face ao período homólogo. O prejuízo ascende a 125 mil milhões de ienes (€782 milhões), face aos resultados líquidos positivos de 45,3 mil milhões de ienes (€283,44 milhões) alcançados em 2023, que leva a Dentsu a focar-se na atividade de venda de espaço publicitário em media.

Nos últimos três meses de 2024, a faturação do Dentsu Group tem um crescimento menor (4,2%), para 335,8 mil milhões de ienes (€2,10 mil milhões), com os lucros a recuarem 25,6%, para 344,5 milhões de dólares (€330,3 milhões), em comparação com o período homólogo.

A Dentsu justifica o prejuízo da empresa com o impacto da diminuição do valor total das operações do grupo. “No quarto trimestre, foi registada uma redução de 210,1 mil milhões de ienes (€1,31 mil milhões) no valor das operações nas regiões Europa, Médio Oriente e África, bem como nas Américas, refletindo uma perspetiva mais conservadora quanto às operações internacionais. Como resultado, registámos uma perda de 125 mil milhões de ienes (€782 milhões), numa base estatutária”, refere a Dentsu em comunicado de imprensa.

O novo plano de gestão da Dentsu para 2025/2027 inclui uma estratégia de Media++, que se foca em priorizar a venda de espaço para marcas em meios de comunicação, em conjunto com serviços como gestão da experiência do cliente, criatividade e outros produtos e serviços. O plano tem início em 2025 e decorre até 2027.

O grupo pretende alocar mais recursos financeiros e humanos a clientes de grande e média dimensão e trabalhar no sentido de aumentar o valor acrescentado do setor de meios. Hiroshi Igarashi, presidente e CEO mundial da Dentsu, confirma que, no âmbito do plano proposto, a empresa vai “reavaliar as atividades com baixo desempenho e reconstruir a estrutura empresarial”.

Para 2025, o Dentsu Group prevê um aumento das receitas de cerca de 1% e atribui um custo pontual de 50 mil milhões de ienes (€312 milhões) para a “reconstrução” da ‘holding’ neste ano. Ao longo do plano de três anos, a Dentsu compromete-se a realizar um investimento adicional de 45 mil milhões de ienes (€281 milhões) nos principais mercados e agências em que opera.

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Ricardo Araújo Pereira protagoniza campanha da LPCC (com vídeo)

“É sempre bom por a criatividade e o humor ao serviço de causas tão nobres e importantes como esta”, salienta Leandro Alvarez, diretor criativo executivo da Lola Normajean, que assina a criatividade da campanha (na foto) da Liga Portuguesa Contra o Cancro

O humorista Ricardo Araújo Pereira volta a ser o rosto da campanha da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) que apela à doação de 1% do IRS. Novamente criada pela Lola Normajean, está a ser divulgada através de três filmes publicitários, anúncios de publicidade exterior e digital.

“É sempre bom pôr a criatividade e o humor ao serviço de causas tão nobres e importantes como esta”, refere Leandro Alvarez, diretor criativo executivo da agência Lola Normajean, citado em comunicado de imprensa.

O conceito criativo da campanha omnicanal desenvolvida para a LPCC recria um espetáculo de ‘stand-up comedy’. O pedido da consignação do IRS é feito no intervalo das piadas de Ricardo Araújo Pereira. A intenção é mostrar que “a brincar se pode ajudar a sério”, salienta Leandro Alvarez.

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Reuters ganha primeiro processo de direitos de autor sobre IA nos Estados Unidos

A decisão de Stephanos Bibas, juiz federal do distrito de Delaware, contra a startup de IA dedicada à investigação jurídica Ross Intelligence, é a primeira nos EUA relativa à utilização justa em disputas de direitos de autor relacionadas com IA

Um juiz federal dos Estados Unidos determina que a Ross Intelligence, startup de inteligência artificial (IA) dedicada à investigação jurídica – e concorrente da plataforma Westlaw, da Thomson Reuters – não está autorizada a copiar o conteúdo da empresa de media e tecnologia para construir uma plataforma de pesquisa jurídica concorrente, baseada em IA, ao abrigo da lei norte-americana dos direitos de autor.

A decisão de Stephanos Bibas, juiz federal do distrito de Delaware, contra a Ross Intelligence, é a primeira nos Estados Unidos relativa à utilização justa em disputas de direitos de autor relacionadas com a IA. Surge no seguimento da Thomson Reuters ter avançado com um processo judicial, em 2o20, a alegar que o uso do seu conteúdo para o treino de modelos de IA não constitui uma utilização justa.

Um porta-voz da Thomson Reuters aclama a decisão, declarando que “estamos satisfeitos por o tribunal ter decidido a nosso favor, concluindo que o conteúdo editorial da Westlaw, criado e mantido pelos nossos editores advogados, está protegido por direitos de autor e não pode ser utilizado sem o nosso consentimento. A cópia do nosso conteúdo não constituiu uma utilização justa”, noticia a Reuters.

A utilização justa é um princípio que permite a utilização não autorizada de obras protegidas por direitos de autor em circunstâncias específicas. A teoria jurídica tem sido uma das principais defesas das empresas tecnológicas, incluindo a OpenAI, a Microsoft e a Meta Platforms, numa série de processos de direitos autorais interpostos por autores, editoras discográficas e artistas plásticos, entre outros, sobre a utilização do seu conteúdo para treinar modelos de IA.

As empresas tecnológicas argumentam que os modelos de IA generativa fazem uma utilização justa do material protegido por direitos de autor, estudando-o para aprender a criar novos conteúdos, enquanto os detentores dos direitos de autor em questão, afirmam que as empresas estão a utilizar o seu trabalho para criar conteúdos concorrentes que ameaçam os seus meios de subsistência.

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X quer ser a primeira ‘superaplicação’ do mundo

A solução interbancária X Money, a X TV e o vídeo são os primeiros passos para cumprir a visão de Elon Musk, de transformar a rede social X numa aplicação que combina serviços de pagamentos, mensagens, compras e transportes

O X está a posicionar-se como a primeira ‘superaplicação’ do mundo, ao incorporar novas funcionalidades como a solução de pagamentos e transferências X Money, juntando-a à plataforma X TV e ao vídeo, entre outras, numa única plataforma, revela Angela Zepeda, diretora global de marketing do X, à Ad Age.

O X Money, a lançar no primeiro trimestre de 2025, a X TV — uma versão da rede social X adaptada às televisões inteligentes — e o vídeo, que já tem um separador específico na plataforma, são os primeiros passos para cumprir a visão de Elon Musk de transformar a rede social numa aplicação que combina vários serviços, como pagamentos, mensagens, compras e transportes.

“Temos estas aplicações e funcionalidades onde fazemos todas estas coisas, mas se pudéssemos fazer tudo num só lugar, seria muito mais fácil”, declara Angela Zepeda em entrevista à Ad Age, acrescentando que “isso é parte da mensagem em torno destas inovações, especialmente o X Money, que tem tudo a ver com conveniência”.

Embora o X Money ainda não tenha sido lançado, a solução interbancária, que permitirá aos utilizadores receber e enviar dinheiro na plataforma através de um cartão de débito ou conta bancária, estabelece no final de janeiro um acordo com a Visa. Através da rede de transferências de dinheiro, Visa Direct, os utilizadores do X Money poderão financiar e transferir dinheiro em tempo real com um cartão de débito.

Associada ao reposicionamento da rede social, será lançada uma campanha publicitária, a primeira do X desde a aquisição da plataforma por Elon Musk, em 2022. Angela Zepeda não revela pormenores sobre a campanha nem o plano de meios, avançando apenas que se trata da promoção do reposicionamento da rede social e do lançamento do X Money, com criatividade da Code and Theory, agência criativa detida pela Stagwell.

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Lila Moss é a nova embaixadora da DKNY

Lila Moss, filha de Kate Moss, protagoniza a campanha de primavera/verão 2025 da marca de moda nova-iorquina, inspirada em filmes icónicos que mostram a cidade de Nova Iorque em diferentes ambientes

A marca de moda DKNY escolhe a modelo britânica Lila Moss, filha da também manequim Kate Moss, como rosto global da marca, começando por apresentá-la como protagonista da campanha para a primavera/verão 2025 da marca inspirada no estilo de vida e referências de Nova Iorque.

A nova campanha, que é uma continuação do tema ‘New York Stories’, muda o foco da literatura para o cinema, “inspirando-se em filmes icónicos que mostram a cidade de Nova Iorque como um cenário vibrante”, refere a marca em comunicado de imprensa, acrescentando que a campanha multimeios inclui redes sociais, digital, publicidade exterior e parcerias com influenciadores..

As imagens captadas por Mikael Jansson apresentam Lila Moss em diferentes ambientes em Nova Iorque e mostram a coleção ‘DKNY est. 1989’, que “revisita peças icónicas do arquivo DKNY e as reinterpreta de forma contemporânea”, revela a marca em comunicado de imprensa.

A associação de Lila Moss à submarca DKNY, criada em 1989, surge num momento em que a mãe, Kate Moss, é a estrela da campanha de primavera 2025 da marca principal, Donna Karan New York, fundada em 1984. É “uma ligação mãe-filha entre estas duas marcas que ecoa a história de origem da DKNY, quando Donna Karan se inspira na filha para a atitude jovem e descontraída da linha”, refere o comunicado de imprensa.

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TikTok regressa às lojas de aplicações da Apple e Google nos Estados Unidos

Apesar de ter estado ausente das duas lojas de aplicações durante cerca de um mês, o TikTok recupera 90% do tráfego anterior a 19 de janeiro, de acordo com os dados da plataforma de análise de tráfego digital Cloudflare Radar

O TikTok está de regresso às lojas de aplicações da Apple e da Google nos Estados Unidos desde 13 de fevereiro, após o Presidente Donald Trump ter adiado a proibição da rede social chinesa e garantido aos gigantes da tecnologia que não serão multados pela distribuição ou manutenção do TikTok, noticia a Reuters.

Apesar da ausência nas duas lojas de aplicações durante cerca de um mês, o TikTok recupera cerca de 90% do tráfego que tinha antes da entrada em vigor, a 19 de janeiro, da lei que obriga a empresa proprietária, a ByteDance, a vendê-la nos Estados Unidos por razões de segurança nacional ou a ser banida, segundo dados da plataforma de análise de tráfego digital Cloudflare Radar, revelados na CNBC no final de janeiro.

Recorde-se que a 20 de janeiro, Donald Trump assina uma ordem executiva que adia a proibição por 75 dias, permitindo que o TikTok continue a funcionar temporariamente nos Estados Unidos. Embora o TikTok tenha regressado após as garantias de Donald Trump, a Google e a Apple mantiveram a aplicação removida da Play Store e da App Store nos Estados Unidos.

O motivo do atraso na reintrodução da aplicação do TikTok nas lojas de aplicações deve-se ao facto de a Google e a Apple estarem à espera de garantias de que não seriam processadas por distribuírem a aplicação, segundo analistas citados na Reuters. A diretiva de Donald Trump referia, no entanto, que as empresas não seriam penalizadas por manterem a aplicação em funcionamento nas lojas.

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UHU e APAV promovem cultura de respeito nas relações em campanha da Atrevia (com vídeo)

“As marcas têm a responsabilidade de humanizar temas cruciais como a violência no namoro”, defende Inês Teixeira, diretora de marketing da UHU Portugal. A campanha (na foto) que coincide com o Dia dos Namorados é da Atrevia

A Atrevia, agência responsável pela estratégia e gestão de redes sociais da UHU em Portugal, assina a campanha de sensibilização que a marca está a lançar, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e a coincidir com o Dia dos Namorados.

A campanha digital ‘Fixa: Amor é isto!’ promove uma cultura de respeito nas relações, com o propósito de combater a violência no namoro, que aumenta no último ano, segundo dados da Guarda Nacional Republicana (GNR) e um estudo da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).

“As marcas têm a responsabilidade de humanizar temas cruciais como a violência no namoro. Este é um assunto que nos toca profundamente, e a educação e sensibilização são fundamentais para promover uma cultura de respeito e segurança”, salienta Inês Teixeira, diretora de marketing da UHU Portugal, citada em comunicado de imprensa.

De acordo com o estudo da UMAR, há comportamentos abusivos que não são considerados violência por 68,1% dos jovens, “o que reflete uma normalização de atitudes nocivas”, salienta a análise, que avança que 63% dos inquiridos revelam já ter experienciado, na sua relação de namoro, pelo menos um tipo de vitimação, “o que reforça a urgência de promover uma cultura de respeito e consentimento”.

“Estamos particularmente empenhados nesta campanha, pois é essencial refletirmos sobre o que é aceitável nas relações e garantir que o amor seja vivido com respeito, consentimento e empatia. Esta é uma área que nos preocupa, mas também atuamos em diversas outras causas, sempre com o compromisso de contribuir para um futuro mais consciente, igualitário e responsável”, refere Inês Teixeira.

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António Granado integra Conselho Geral Independente da RTP

Além de Arons de Carvalho como presidente, o Conselho Geral Independente da RTP é constituído por Ana Margarida de Carvalho, Isabel Medina, Isabel Pires de Lima e Vítor Caldeira. António Granado (na foto) entra após a saída de Leonor Beleza

António Granado é o novo membro do Conselho Geral Independente (CGI) da RTP. O jornalista, professor e investigador é indicado pelo Conselho de Opinião da RTP, órgão presidido por Deolinda Machado.

O convite surge na sequência da saída de Leonor Beleza do CGI, em novembro. “Renunciei à qualidade de membro do CGI por considerar que não devo manter-me como tal quando pertenço à direção de um partido político”, justifica a dirigente partidária em declarações à Lusa.

Com a saída de Leonor Beleza, Arons de Carvalho, professor universitário e ex-jornalista, assume a presidência do CGI, que é também constituído pela jornalista Ana Margarida de Carvalho, pela encenadora Isabel Medina, pela professora universitária e ex-ministra da cultura Isabel Pires de Lima e pelo jurista Vítor Caldeira.

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Receitas e lucros do IPG caem 1,8% e 37,2%, em 2024

Para 2025, o IPG prevê um recuo entre 1% e 2% da faturação, com Philippe Krakowsky, CEO, a salientar que os novos negócios do quarto trimestre e do início de 2025 darão frutos, mas não vão compensar as perdas de clientes em 2024. Está em marcha um plano de reestruturação para poupar 250 milhões de dólares

As receitas mundiais de faturação do Interpublic Group (IPG) diminuem 1,8% em 2024, para 10,69 mil milhões de dólares (€10,29 mil milhões), face a 2023, com os lucros a decrescerem 37,2%, para 689,5 milhões de dólares (€661,1 milhões). Face a esta queda, Philippe Krakowsky, CEO do IPG, anuncia um plano para a ‘holding’ poupar 250 milhões de dólares (€238 milhões), em 2025, através da reestruturação das agências e de outras áreas da empresa.

No último trimestre de 2024, a faturação da ‘holding’ IPG tem uma diminuição maior (5,5%), para 2,85 mil milhões de dólares (€2,75 mil milhões), e o os lucros recuam 25,6%, para 344,5 milhões de dólares (€330,3 milhões), em comparação com o período homólogo.

A reestruturação abrange a centralização de funções empresariais, ‘offshoring’ e ‘nearshoring’ em “serviços empresariais e em certas áreas de prestação de serviços ao cliente”, bem como a “aceleração do progresso” em áreas como a produção e os serviços analíticos, de acordo com Philippe Krakowsky, citado na Ad Age. O plano inclui ainda alterações operacionais e imobiliárias, em determinadas agências que não são especificadas.

Philippe Krakowsky justifica a descida dos lucros com o impacto da rotação de clientes ao longo de 2024, em que o grupo perdeu “um número considerável” de contas de meios muito significativas. O CEO do IPG salienta que o fator determinante nas decisões mais importantes relativas a essas contas foi a compra de espaço publicitário para posterior revenda a potenciais clientes, a preços superiores, e “especificamente as condições comerciais possibilitadas nessa compra a grande escala”.

A perda da conta da Pfizer para o Publicis Groupe, em 2024, – que o IPG tinha ganho 10 meses antes – é outra das razões apontadas por Philippe Krakowsky para justificar o desempenho do grupo IPG.

Relativamente a 2025, o IPG prevê que as receitas de faturação diminuam entre 1% e 2%, com Philippe Krakowsky a salientar que “os novos negócios do quarto trimestre e do início de 2025 darão frutos no final deste ano, no entanto, não vão compensar as perdas significativas de clientes registadas em 2024, em grande parte devido a alterações no ambiente comercial do setor de meios”.

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Judas ganha estratégia e criatividade da Repsol e da Chicco

“Tal como a história de Judas, a agência quer trazer um ‘plot twist’ a estas marcas, com o objetivo de as tornar ainda mais relevantes no dia a dia dos portugueses”, refere a agência criativa Judas

A Chicco e a Repsol são os dois novos clientes da Judas, fortalecendo o portefólio de clientes da agência criativa, composto pelas marcas Amigo (Vodafone), Cofidis, Telepizza, Ok! Seguros, Carlsberg, Cristal, Barceló e ICA, entre outros.

A Judas assume a estratégia e a criatividade do fabricante de vestuário e brinquedos infantis e da empresa de energia e petroquímica, desenvolvendo o posicionamento e comunicação de ambas as marcas no mercado português e espanhol. “Tal como a história de Judas, a agência quer trazer um ‘plot twist’ a estas marcas, com o objetivo de as tornar ainda mais relevantes no dia a dia dos portugueses”, refere a Judas em comunicado de imprensa.

Francisca Oliveira, diretora geral da Judas, destaca que a “criatividade, estratégia e inovação são o nosso ADN, e estas parcerias refletem exatamente isso. Estes dois clientes são estratégicos para a Judas, porque nos ajudam a estar presente no setor da energia, no caso da Repsol, e nos dão a oportunidade de trabalhar uma das marcas com mais notoriedade em Portugal, como é o caso da Chicco”.

A Judas nasce em 2020 para “trazer ‘rock and roll’ ao mercado publicitário português”, focada na inovação e no impacto das campanhas. “Em menos de quatro anos, conquista dezenas de prémios nacionais e internacionais e é distinguida nos cobiçados D&AD Awards e Cannes Lions, duas referências mundiais na área da criatividade e do design, evidenciando a força da agência em Portugal e internacionalmente”, refere a Judas em comunicado.

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