Edição digital
PUB

Os dias da (nossa) Rádio

Propomos-lhe uma viagem pelo mundo da rádio. Relembrar momentos de glória, traçar o panorama português actual e auscultar alguns dos seus intervenientes. A ausência de audiências das rádios locais e […]

Meios & Publicidade

Os dias da (nossa) Rádio

Propomos-lhe uma viagem pelo mundo da rádio. Relembrar momentos de glória, traçar o panorama português actual e auscultar alguns dos seus intervenientes. A ausência de audiências das rádios locais e […]

Sobre o autor
Meios & Publicidade
Artigos relacionados
Gliff conquista estratégia de performance digital da Simplefy
Comunicação
HBO Max muda para Max a 21 de maio e passa a transmitir desporto em direto
Digital
Pantene não renova contrato com Chiara Ferragni após caso ‘pandoro-gate’
Marketing
Ana Rita Gomes assume direção de marketing da PHC Software
Marketing
Wes Anderson realiza filme dos 100 anos da Meisterstück da Montblanc (com vídeo)
Publicidade
Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal
Media
Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)
Marketing
Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL
Media
O que pode ler na edição 956 do M&P
Digital
O que pode ler na edição 956 do M&P
Media

Propomos-lhe uma viagem pelo mundo da rádio. Relembrar momentos de glória, traçar o panorama português actual e auscultar alguns dos seus intervenientes. A ausência de audiências das rádios locais e a emergência do online são apenas alguns dos desafios

Numa noite de Outubro de 1938, um dos maiores terrores da Humanidade concretizou-se. A Terra foi invadida por Marcianos. Os aparelhos de rádio debitavam o relato frenético de tudo o que estava a acontecer, contando com depoimentos e arriscadas reportagens no local. Aos microfones da CBS estava o responsável por tudo. Orson Wells apresentava uma encenação de A Guerra dos Mundos, novela de ficção científica de H. G. Wells, e o episódio contribuiu para demonstrar a força da rádio. A prova é que anos mais tarde — e por duas vezes, em 1958 e 1983 —, o radialista português Matos Maia repetiu a fa-

PUB

çanha.

E muitos foram os que tornaram a acreditar na ficção…

Esta é apenas uma dos inúmeras histórias que constituem o álbum de memórias deste meio, que conta com algumas glórias no seu currículo, tendo já assegurado um “lugar ao sol” na História do séc. XX. Quem ignora as crónicas de Fernando Pessa na BBC (onde até lhe sobrava tempo e talento para satirizar Adolf Hitler), os Parodiantes de Lisboa, as emissões de teatro radiofónico onde nomes como Carmen Dolores e Canto e Castro brilhavam, a importância da Rádio na noite de 25 de Abril — onde a música “E depois do adeus” cantada por Paulo de Carvalho serviu de senha para o início da Revolução de Abril — ou, mais recentemente, a cobertura exaustiva dos acontecimentos de Timor? Porém, se desde a sua génese a rádio tem merecido o respeito de todos, tal parece não ser o sentimento dominante nos dias de hoje.

«Há uma grande contradição entre a recepção com que a rádio conta junto da sociedade civil e a atenção que lhe é dispensada por parte do Estado, que a trata com um forte sentido de menoridade, considerando-a o parente pobre da Comunicação Social», lamenta o presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR), José Faustino. Naturalmente que esta situação algo deficitária não abona em favor da rádio, podendo mesmo trazer problemas á continuidade do seu funcionamento. «A descredibilização do sector junto da população pode ser bastante perigosa», alerta José Faustino.

Para este responsável, grande parte do problema reside na opção por uma postura supostamente moderna, mas que se revela rapidamente algo tacanha. «A maior parte dos políticos e homens de decisão querem apresentar-se como muito modernos, ligados ás novas tecnologias, e por isso apostam tudo nos novos suportes como o digital, as UMTs ou a TV Digital e acabam por esquecer a rádio. Mas quando necessitam dela sabem recorrer a este meio de comunicação, porque reconhecem bem a sua força…», critica, apontando como exemplo «a impossibilidade de serem disponibilizados 100 mil contos para ajudar as rádios locais a poderem transmitir os tempos de antena».

José Faustino aproveita ainda para relembrar algumas das virtualidades da rádio, uma vez que «são quase sempre deste meio os primeiros jornalistas a perecer em tempo de guerra» e é também a rádio que «menos críticas recebe por parte da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), o que só evidencia a grande credibilidade da informação radiofónica».

Actualmente o grande desafio é colocar as rádios na internet, existindo já um projecto apresentado pela APR, que também defende a necessidade de formação para esta nova realidade. Necessário é também «desenvolver «estudos de mercado a fim de conhecer as características dos auditórios e o perfil dos anunciantes locais, sobre o que não existe muita informação», conclui José Faustino.

Para falar sobre a formação fomos recolher o depoimento do

director do Centro Protocolar de Formação de Jornalistas (Cenjor), Fernando Cascais. E não podemos dizer que a sua perspectiva seja a mais optimista…

«Comparando com os restantes media, a rádio é a área onde existe menor volume de formação, e não me estou a referir apenas ao Cenjor, mas também a considerar toda a realidade académica da formação jornalística», aponta. Porém, se no caso do Cenjor, esta

diminuta intervenção se prende com a especificidade do ensino

que aqui é desenvolvido — «a formação que o Cenjor faz é prioritariamente destinada ao sector da informação e este, na rádio, comparativamente aos restantes meios, ainda é o que ocupa menor dimensão» —, já no que se prende com as restantes propostas as razões

serão mais vastas.

Segundo Fernando Cascais, esta menor apetência pela aprendizagem no meio rádio está relacionada com o facto de ser um meio mais restrito do que os restantes, e onde haverá menores hipóteses de virem a exercer, até pela reduzida dimensão das empresas que operam no sector. Fernando Cascais realça a necessidade de se ser intransigente: «Quem é jornalista de rádio faz informação e não animação. A figura do radialista que faz de tudo um pouco não pode existir.»

Em preparação pelo Cenjor estão também várias acções de formação na área técnica, não só para aumentar a competência dos jornalistas, mas também para quem procura esta área específica, «uma vez que ainda se aprende muito pela prática no terreno. Queremos contribuir para colmatar esta lacuna».

Quanto ao futuro, Fernando Cascais defende que a diferenciação da rádio far-se-á pela acentuação das suas especificidades. «Julgo que poderá haver mesmo um regresso a meios mais convencionais e, no que diz respeito á rádio, esse reposicionamento passa pela primazia concedida á palavra», conclui.

ã necessário modernizar as audiências de rádio e para isso as estações têm de fazer grandes investimentos», destaca Francisco Pereira, director de research da Carat Portugal e membro da Comissão

de Análise de Estudos de Meios (CAEM) — Rádio. Apesar de reconhecer a validade da metodologia empregue no Bareme Rádio, da responsabilidade da Marktest, que se baseia em entrevistas telefónicas, este responsável refere a necessidade de se utilizarem outros projectos como os audímetros-relógio. De facto, o Bareme Rádio apenas mede uma realidade nacional, deixando de fora as rádios locais e outras — Mega FM e Nova — que, pela sua dimensão, teriam

decerto algo a dizer nos resultados finais.

Aliás, uma recomendação do Conselho Técnico Consultivo — Grupo Rádio da CAEM, emitida em Fevereiro deste ano, refere que o Bareme Rádio “deve manter-se apenas como estudo de referência de medição de audiências de suportes, em particular de âmbito nacional”. Ainda de acordo com o mesmo documento, são sugeridas á Marktest duas opções no que concerne á amostragem do estudo, em substituição da actual: proceder a uma sobre-amostragem nos concelhos cuja análise de “clusters” prova existir heterogeneidade, como nas zonas onde actualmente se processa a sobre-amostragem ou, em alternativa, proceder a uma amostragem proporcional, com eventual aumento da amostragem actual.

Por outro lado, a Associação Portuguesa de Radiodifusão encomendou um estudo ao Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado (IPOM), já responsável pelo primeiro do género realizado á imprensa regional — “Estudo do Perfil do Leitor da Imprensa Regional e Local e da For-ma como esta é Percepcionada pelos Leitores” —, tendo por objectivo o apuramento de uma metodologia aplicável á realidade das rádios locais.

Segundo Aguiar Falcão, director do IPOM, o espectro radiofónico nacional reveste-se de particularidades que dificultam em muito a definição de representatividade da amostra. «Comparando com a imprensa regional, as rádios locais não estão tão bem limitadas geograficamente. Há rádios que, apesar de pertencerem a um concelho, são também ouvidas em zonas de outros», afirma. Assim, o IPOM efectuou dois estudos-piloto distintos — um em Leiria e outro em Castelo Branco, correspondendo a zonas com características geo-gráficas distintas (uma litoral, outra interior) —, onde foram realizadas 500 entrevistas telefónicas.

Apesar de reconhecer a complexidade do desafio, Aguiar Falcão acredita que é possível obter uma amostragem final que traduza, com acuidade, as realidades locais do país. Quanto a resultados, só se-

rão conhecidos no início do próximo ano. Até lá, o único estudo disponível de audiências a rádios locais data de 1998 e foi encomen-dado pela Secretaria de Estado da Comunicação Social.

Assim, apesar da já referida permissividade dos dados do Bareme Rádio, os mais recentes números disponíveis — referentes ao período do Verão — revelam, quando comparados com os do segundo trimestre do ano, uma descida geral da Audiência Acumulada de Véspera (AAV) de 3,1%. Um fenómeno que, de acordo com alguns operadores de mercado, é próprio da época do ano. Independentemente desta descida, o Grupo Renascença continua a liderar destacado, com uma AAV de 23,4%.

Face a este cenário, uma dúvida persiste: perante a ausência

de dados regionais, como é que as agências de meios fazem o seu planeamento? Nesse caso, refere Francisco Pereira, «vamos pela qualidade empírica do produto; aí está muito relacionado com o feeling do planeador».

Um dos principais entraves ao crescimento do investimento publicitário em rádio é a televisão. Segundo este profissional da Ca-rat, «o preço da publicidade em televisão tem de aumentar e deixar de ser acessível a todos porque se assiste a uma verdadeira

saturação do meio».

O principal penalizado é, claro está, a rádio. Apesar desta constatação, Francisco Pereira defende que «uma campanha de rádio não vive por si só», devendo assumir-se como um complemento da te-levisão. E dá um exemplo: «No caso da Vodafone, quando passa o jingle, todas as pessoas já sabem o que é. É um fenómeno de repetição.» O efeito de explicação do produto, ainda de acordo com este especialista, só é conseguido em meios como a imprensa ou a internet. No entanto, existem clientes da Carat Portugal — casos da EMI e da BMG — que, devido á especificidade desse mesmo produto, elegem a rádio como primeiro meio.

Como já foi repetido até á exaustão, em tempos de crise económica, um dos primeiros sectores a sofrer é o da publicidade. No entanto, a rádio, em comparação com os outros media, tem passado quase incólume face ao tão propalado desinvestimento publicitário. Para Francisco Pereira, tal deve-se ao facto de a rádio continuar a ser um media barato, que manteve a mesma tabela de preços, e também por não terem

sido realizados grandes investimentos estruturais. Dois factores que explicam alguma coisa, mas decerto não justificarão tudo…

A memória da Rádio encontra-se (bem) documentada num museu que lhe é dedicado. Um edifício do século XIX na Rua do Quelhas, em Lisboa, alberga maquinaria, apetrechos, fotografias e textos que são

o testemunho de caras, processos e equipamentos responsáveis por mais de um século de comunicação. Manuel Bravo, director desta casa, conduziu-nos por entre o espólio.

«O museu está aberto ao público desde 1992 e o acervo documenta a evolução da radiodifusão e do radioamadorismo, secção a que dedicamos todo o espaço do sótão. É impressionante a quantidade de pessoas, em todo o mundo, que se dedica a esta actividade. Graças á recolha que é feita há vários anos, mas também a desinteressadas ofertas de particulares, temos algumas peças muito importantes, como um altifalante em pergaminho, de 1918, uma réplica do emissor que Marconi usou em 1895, o primeiro gravador de fita magnética (1936) oferecido por Hitler a Salazar, bem como mais de uma centena de primeiras licenças de rádios, equipamentos de teatro radiofónico…

Já vi outros museus da rádio, em outros países, e este não nos envergonha em nada», confessa Manuel Bravo, ele próprio profissional de rádio durante muitos anos. Curiosamente, não deixa de tecer algumas críticas a este meio, considerando que «a tecnologia que foi posta ao seu serviço é mal utilizada, uma vez que o tornou muito mais impessoal».

Organizado por ordem cronológica, o Museu da Rádio conta anualmente com cerca de 12 mil visitantes. Uma viagem por esta casa constitui um “mergulho” num mundo de surpresas, como o receptor instalado, em 1937, numa caixa de fiambre por Horácio Costa, então dono da Aveirense; a mesa de estúdio criada por Jorge Alves — «que estava na Voz da América a fazer o mesmo que o Pessa fez na BBC, embora muitas vezes as pessoas se esqueçam dele» —, a qual permitia que apenas um locutor fizesse a emissão e colocasse música; a sala de instrumentos musicais com algumas raridades — «estes tímpanos barrocos são os únicos no país» —, diversas fotografias evocativas de alguns “gigantes” do éter como Maria Leonor, Canto e Castro, Pedro Mourinho, Os Parodiantes de Lisboa ou Cândido Mota, diverso material proveniente do Rádio Clube da Parede (1928), do Rádio Clube Português (1931) e da Emissora Nacional (1935).

Microfones, telefones — «este aqui foi retirado do incêndio na Sampaio e Pina, em 1975», conta Manuel Bravo, apontando para um aparelho amolgado, fundido pelas chamas —, artigos de jornal (como um de 1912 que anuncia a obrigatoriedade de existir telégrafo a bordo, após a tragédia do Titanic, lado a lado com o artigo do Correio da Manhã, de 1999, que noticia o fim desta lei) coabitam nesta mostra de um mundo que, apesar de viver do som, proporciona imagens bem curiosas. «A rádio tem uma magia muito própria, porque o facto de não se ver quem fala é um aliciante para a imaginação

de quem ouve», destaca Manuel Bravo.

Palavras para ponderar, num tempo em que a própria imaginação é, cada vez mais, servida já formatada.

Artigos relacionados
Gliff conquista estratégia de performance digital da Simplefy
Comunicação
HBO Max muda para Max a 21 de maio e passa a transmitir desporto em direto
Digital
Pantene não renova contrato com Chiara Ferragni após caso ‘pandoro-gate’
Marketing
Ana Rita Gomes assume direção de marketing da PHC Software
Marketing
Wes Anderson realiza filme dos 100 anos da Meisterstück da Montblanc (com vídeo)
Publicidade
Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal
Media
Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)
Marketing
Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL
Media
O que pode ler na edição 956 do M&P
Digital
O que pode ler na edição 956 do M&P
Media
PUB
Comunicação

Gliff conquista estratégia de performance digital da Simplefy

Impulsionar os resultados digitais globais e o alcance da empresa nas redes sociais, através da angariação de leads e do aumento da visibilidade da marca no mercado, é o objetivo da Simplefy ao contratar a Gliff

A agência de comunicação digital Gliff é a nova responsável pela estratégia, criatividade e ativação de campanhas digitais e online da empresa financeira Simplefy. A contratação da agência por parte da Simplefy tem como principal objetivo impulsionar os resultados digitais globais e o alcance da empresa nas redes sociais, através da angariação de leads e do aumento da visibilidade da marca no mercado, não só para clientes finais, mas também para os bancários autónomos e para os principais players do setor.

“Estamos entusiasmados por iniciar esta parceria com a Simplefy, uma marca recente, mas com grande potencial no mercado. Através de uma estratégia personalizada e direcionada, estamos confiantes de que, juntos, vamos alcançar resultados excecionais e ajudar a Simplefy a alcançar os seus objetivos de negócio. Com as nossas campanhas de performance e de angariação de leads, chegaremos a resultados que, certamente, elevarão a Simplefy a um novo nível de excelência de mercado”, afirma Andreia Felizardo, diretora-geral da Gliff.

“Ao unirmos forças com profissionais experientes, que partilham a nossa visão e compromisso, podemos elevar ainda mais a visibilidade da Simplefy e oferecer o que de melhor temos aos nossos clientes e stakeholders”, realça Rita Brígido, diretora de marketing da Simplefy.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Digital

HBO Max muda para Max a 21 de maio e passa a transmitir desporto em direto

Além da mudança de designação, a plataforma de streaming reforça a oferta de conteúdos e investe nas transmissões desportivas, descontinuando o serviço Eurosport Player. Aumentar a produção nacional em coprodução com outros países é outra das estratégias

A HBO Max passa a designar-se apenas Max a partir de 21 de maio. Além de um novo logotipo, a plataforma de streaming da Warner Bros. Discovery reforça a oferta de conteúdos e passa a transmitir desporto em direto. O torneio de ténis Roland-Garros, que decorre entre 20 de maio e 9 de junho em França, é a primeira competição desportiva a ser disponibilizada. As provas de ciclismo La Vuelta, Tour de France e Giro d’Italia também estão confirmadas. O torneio de ténis US Open também está garantido, tal como os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

“O Max é um novo produto, uma nova plataforma, com novos conteúdos. O desporto vai ser uma parte relevante da oferta”, assumiu Alessandro Araimo, vice-presidente executivo da Warner Bros. Discovery no Sul da Europa, coordenador da empresa em Itália, Portugal e Espanha, durante a apresentação do novo serviço, em Lisboa. O pacote de subscrição básico do Max custa €7,99. A adesão ao serviço premium tem o custo de €11,99. Aceder às transmissões desportivas implica o pagamento adicional de €4,99.

A decisão da Warner Bros. Discovery passar a disponibilizar transmissões desportivas em direto no Max leva à descontinuação do Eurosport Player, confirma Alessandro Araimo. “Todas as plataformas estão a demonstrar maior interesse no desporto. De uma maneira ou de outra, todas estão a testar estas transmissões no streaming, que têm de ser rentáveis”, adverte o responsável. Aumentar a produção nacional de ficção e documentários em coprodução com outros países é outra das estratégias assumidas.

“Temos vindo a explorar a aquisição de produções ibéricas e a ideia é continuar a fazê-lo paulatinamente, apostando em projetos artísticos que sejam viáveis”, esclarece Joana Silva, vice-presidente de programação e aquisições da da Warner Bros. Discovery. Além de uma nova coprodução policial lusoespanhola de Leonel Vieira protagonizada por Pepê Rapazote, foi anunciada a estreia de Dona Beija, série brasileira com Rita Pereira e realização do português Hugo de Sousa e confirmada a terceira temporada da série A Grande Onda da Nazaré, projeto do surfista Garrett McNamara.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Marketing

Pantene não renova contrato com Chiara Ferragni após caso ‘pandoro-gate’

Chiara Ferragni tem vindo a perder colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo, e a Coca-Cola, na sequência do caso da alegada publicidade enganosa na venda de uma alternativa ao panetone de Natal, da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni

A Pantene não vai renovar o contrato com a Chiara Ferragni, influenciadora italiana que perde o acordo com a marca de produtos para o cabelo por estar no centro de uma investigação do Ministério Público italiano.

Em causa está a acusação de fraude agravada no caso denominado ‘pandoro-gate’, no qual a Autoridade da Concorrência e Mercado (AGCM) italiana impôs uma sanção de mais de €1 milhão às empresas detidas pela também empreendedora, a Fenice e a Tbs Crew, por alegada publicidade enganosa na venda de um pandoro, uma alternativa ao clássico panetone de Natal da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni.

A Forbes coloca Chiara Ferragni no 21º lugar do Top Creators de 2023, ranking das personalidades dos media sociais que transformam seguidores em fortunas, atribuindo-lhe ganhos anuais de 8 milhões de dólares (€7,4 milhões). Chiara Ferragni, porém, tem vindo a perder diversas colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo e a Coca-Cola, que cancelou um anúncio com a influenciadora, previsto para ser lançado no final de janeiro. A influenciadora também não foi confirmada no conselho de administração da Tod’s, lugar que perdeu no final do ano passado.

Após as complicações instauradas pelo caso ‘pandoro-gate’, a Pantene cancelou alguns conteúdos patrocinados com Chiara Ferragni, mas só agora é que a empresa se pronunciou e anunciou oficialmente a não renovação do contrato com a influenciadora italiana, que era embaixadora da marca desde 2016. A Pantene já oficializou o novo contrato com a modelo israelita, Havi Mond, que substitui Chiara Ferragni, tendo publicado diversos anúncios nas redes sociais com a nova embaixadora.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Marketing

Ana Rita Gomes assume direção de marketing da PHC Software

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI

Com quase 18 anos de experiência na PHC Software, Ana Rita Gomes é a nova diretora de marketing desta multinacional portuguesa de software de gestão, que anteriormente desempenhava a função de diretora de comunicações de produto.

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI. Ao longo deste trajeto foi responsável por várias equipas, sempre com o foco na criação de ações e campanhas disruptivas e eficazes.

“Ao longo dos últimos 18 anos, fui tendo diversos projetos na PHC que me permitiram crescer e evoluir, pois esta empresa é uma verdadeira escola de gestão e de cultura empresarial. O novo desafio é uma responsabilidade enorme, mas, acima de tudo, dá-me uma vontade ainda maior de continuar este caminho, e fazer a PHC crescer com um marketing organizado, focado nos objetivos e mantendo a diferença e criatividade que caracteriza a PHC. Quero concretizar os nossos objetivos e continuar a impulsionar o sucesso”, salienta Ana Rita Gomes, citada em comunicado de imprensa.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Publicidade

Wes Anderson realiza filme dos 100 anos da Meisterstück da Montblanc (com vídeo)

Filme publicitário acompanha três personagens protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc. Neste projeto, o realizador Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia

A Montblanc tem no ar a nova campanha global escrita, dirigida e co-protagonizada pelo realizador norte-americano Wes Anderson, para assinalar o centenário da caneta de tinta permanente Meisterstück, lançada em 1924 e que se tornou no produto mais reconhecido da marca alemã de acessórios.

A campanha presta homenagem ao legado do instrumento de escrita, convidando a uma viagem ao mundo da Montblanc, a partir da icónica caneta em forma de charuto, três anéis e aparo dourados. O filme publicitário acompanha três personagens, protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc no topo da montanha Mont Blanc, nos Alpes.

Num tom didático com toques de humor, os três protagonistas apresentam a história da marca e da sua criação mais reconhecida, a Meisterstück (obra-prima, em português). O filme, que tem a estética característica de Wes Anderson, termina com um convite para redescobrir a experiência de escrever à mão com a frase ‘Let’s Write’.

Neste projeto, Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia.

Além deste filme, os atores Rupert Friend, Maude Apatow, Waris Ahluwalia, Lee Jinuk e Jing Boran habitam também este universo Montblanc, reimaginado numa série de imagens da campanha captadas por Charlie Gray e numa série de pequenos vídeos, avança a marca em comunicado de imprensa.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Marketing

Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Digital

O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas.

O Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas, enquanto o Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.