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“Não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque”

A Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido uma faturação de €6,2 milhões, e está a preparar a abertura de uma estrutura comercial em Espanha, em 2025, revela Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da agência, em entrevista ao M&P

Daniel Monteiro Rahman
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“Não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque”

A Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido uma faturação de €6,2 milhões, e está a preparar a abertura de uma estrutura comercial em Espanha, em 2025, revela Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da agência, em entrevista ao M&P

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Daniel Monteiro Rahman
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No rescaldo de a Nossa ter sido considerada a agência mais reputada entre as marcas de serviços profissionais de comunicação em Portugal e da conquista de dois lotes da conta de criatividade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Duarte Durão, cofundador e sócio-gerente da Nossa, fala sobre as razões que dão à agência a liderança no estudo da OnStrategy e as implicações que as novas contas trazem.

Em entrevista exclusiva ao M&P, o líder da agência independente nacional revela ainda que o volume de negócios da Nossa cresce 25% em 2024 face ao ano anterior, tendo atingido €6,2 milhões, um reflexo do foco na exigência criativa e na valorização das equipas.

Aborda a expansão para Espanha, que “tudo indica que se concretizará este ano”, e os desafios de gestão de uma agência independente face às multinacionais, “que operam com o conforto do alinhamento internacional”.

A Nossa é considerada a agência mais reputada em Portugal no estudo da OnStrategy. Em quais dos pilares é que a Nossa mais se destaca?

Diria que está muito relacionada com a consistência, o bom trabalho, os nossos clientes estarem satisfeitos e as pessoas que aqui trabalharam e trabalham sentirem que estão numa boa empresa, que tem ambição e um projeto sólido.

Mas em qual desses critérios têm melhores resultados?

A reputação é algo muito abrangente, é difícil isolar critérios uns dos outros. É o acumular de 16 anos de consistência nestes vários serviços, seja na forma como tratamos as pessoas, seja no resultado do nosso trabalho, que é aquilo que normalmente mais fala por nós, porque é isso que ajuda os negócios, as marcas e os nossos clientes a crescerem.

Qual é a estratégia seguida para liderar nesses aspetos?

É uma estratégia assente em dois eixos: a qualidade do trabalho e as relações com as pessoas. Somos obcecados, no bom sentido. Achamos sempre que é possível melhorar e estamos nesta constante procura para poder criar melhor.

Por outro lado, sabemos criar boas relações de confiança, que permitem ir mais além, o que está relacionado com a forma como lidamos com os colaboradores. Sempre procurámos criar e valorizar a equipa, com o foco na exigência criativa e garantindo bons resultados para os clientes.

Em 2023 participaram neste ‘ranking’, mas não lideraram nenhuma tabela. Em que aspetos trabalharam e que vos deram esta posição em 2024?

Não mudámos nada e o estudo apanha-nos de surpresa, não estávamos à espera deste reconhecimento e desta posição. Mantivemos a nossa coerência e consistência, melhorando alguns aspetos. O desafio da transformação digital que enfrentámos ditou, em parte, o nosso percurso.

De que forma?

Temos a noção, desde 2008, que queremos ser uma agência integrada, em que o digital faça parte do resultado do ‘output’ criativo, sem que exista o conceito de agência offline e online. Foram surgindo as redes sociais e os influenciadores, com o protagonismo que têm hoje e com outros meios a caírem.

O resultado é que temos estado em constante adaptação, tanto a nível de reformulação da equipa como de afinações do ‘output’. Não aconteceu nada de especial de um ano para o outro.

Ganhámos clientes de maior dimensão, como a EDP, que é o afirmar de uma grande marca que tem confiança num grande parceiro. O mesmo se passou com a Santa Casa, onde reafirmámos a nossa posição, e mais recentemente com a conquista da Allianz.

Jogar sem lugar garantido na equipa titular

Como é que uma agência independente e nacional vence às multinacionais neste estudo?

Querendo mais do que eles. Somos aquele jogador que nunca tem lugar garantido na equipa titular, por isso, somos mais comprometidos com os clientes e dependemos muito mais do nosso esforço e do sucesso. Esta analogia com o futebol é muito simples, porque o jogador que está muito à vontade na equipa titular tipicamente vai baixar o rendimento.

As multinacionais vivem um conforto que é terem o alinhamento internacional e as contas que chegam, sem que façam um grande esforço. No nosso caso, todos os clientes que conquistámos foi com o nosso esforço e trabalho e isso muda um pouco a mentalidade de quem aqui trabalha e também sente isso.

Como é que a vontade de querer mais impacta nos critérios do estudo?

Na confiança dos clientes, porque sabem que estamos sempre disponíveis. Na flexibilidade, que não é um critério, damos uma capacidade de resposta que os clientes reconhecem. Se for necessário, criamos uma nova área ou colocamos um designer do outro lado. Somos muito flexíveis e capazes de nos adaptar, não temos um processo único válido para todos os clientes. Com a Sommersby trabalhamos de uma forma, com a Abanca trabalhamos de outra.

A Nossa tem muito a ver com colaboração e com este ‘ir ao encontro do outro’, de modo a conseguir criar o melhor processo de trabalho possível, que seja vantajoso para o cliente. O nome da agência também é importante e acaba por estar dentro do critério de notoriedade.

Em que sentido?

Ao contrário de muitos outros, não temos o nosso nome na porta. Temos um conceito coletivo que tem a ver com cocriação, com o que criamos juntos, e a maioria das pessoas identifica-se com isso: o marketing é um esforço coletivo. A maioria do mercado sabe quem está por trás da Nossa e continuamos os mesmos desde o início, somos fundadores e continuamos à frente.

Como é que isso vos permite saírem à frente?

As multinacionais têm estado num grande processo de mudança, que é público, nomeadamente no que se refere a fusões e aquisições, e ao desaparecimento de algumas marcas emblemáticas e históricas. Faz-me confusão que a J. Walter Thompson, de um dia para o outro, seja substituída por uma VML, que nenhum de nós, pelo menos quem trabalha nisto há tantos anos quanto eu, reconhece credenciais.

No entanto, é o mundo a mudar e essas mudanças também nos ajudam. A Euro RSCG passa a Havas, no grupo Omnicom, a BBDO é a marca-chave, mas a TBWA\Chiat\Day, que era uma marca incrível, desaparece, bem como a DDB que também desaparece e fica dentro de uma bolha.

Isso contribuiu para que algumas marcas perdessem notoriedade e nós, pela nossa consciência e pela nossa portugalidade, pudéssemos crescer.

O desafio da Santa Casa

A Nossa ganha o concurso de criatividade da Santa Casa e fica agora com dois lotes. Quais eram as marcas da Santa Casa que trabalhavam anteriormente?

Temos um lote que é o chamado lote institucional ou lote 3, no valor de €5,25 milhões, que voltámos a ganhar e vamos manter, relacionado com tudo o que é a obra social e a instituição Santa Casa no seu todo, ligado ao pilar da reabilitação, ou seja, à saúde num conceito mais abrangente, ao acolhimento, que é uma questão fundamental da obra social, à cultura, aos museus e à zoologia.

São aspetos menos visíveis, mas para os quais a Santa Casa existe. A Santa Casa é uma obra social e, na sua essência, tudo o que faz e tudo o que vai buscar ao jogo tem como objetivo continuar essa obra social e devolver à sociedade. A nível da marca Jogos Santa Casa – a parte institucional, ativação, patrocínios e apoio ao desporto – também já trabalhávamos e vamos continuar o trabalho que fazemos há quatro anos.

Quais são as marcas Santa Casa que vão trabalhar agora?

O lote novo é o lote 2, que conquistámos no concurso público, com um valor de €8,1 milhões, e abrange as marcas Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e EuroDreams.

Apesar de a Nossa ter ficado classificada em primeiro lugar para trabalhar os três lotes, incluindo o lote 1, com as marcas Euromilhões, M1lhão, Totoloto, Raspadinha e Novo Jogo, no valor de €7,5 milhões, o concurso estipula que os dois lotes dos jogos não podem ficar atribuídos à mesma agência. Razão pela qual a Nossa fica a trabalhar os lotes 2 e 3, respetivamente. O lote 1 fica para a segunda classificada, a VML.

Esses valores que refere dos lotes são referentes a quê, faturação?

Estes valores são os tetos máximos de adjudicação para três anos, não são valores diretos de faturação.

Que implicações tem para a agência, a nível de recursos humanos e ferramentas de trabalho, acumularem os dois lotes da Santa Casa?

Vamos reforçar a equipa criativa, não precisamos de muito mais, mas o volume de campanhas aumenta. As equipas de estratégia e de serviço ao cliente estão muito bem adaptadas ao serviço, mas serão equipas diferentes nos dois lotes, o que nos dará também uma complementaridade.

Como é que lida com a situação de vir a perder a Santa Casa, depois de já ter investido em recursos?

Como fizemos até aqui. Nada cresce nem decresce eternamente e estamos preparados para os solavancos da vida. A covid foi um grande solavanco e dele também tirámos imensos benefícios. Aproximámo-nos coletivamente e de forma mais consciente daquilo que realmente nos move e motiva.

Nessa situação terá de haver um ajuste de pessoas, mas o nosso objetivo será sempre conseguir garantir outro cliente que possa sustentar a equipa, porque é isso que temos feito. O período da pandemia é um ótimo exemplo. Não desesperámos, pois achámos sempre que, apesar de termos perdido muito negócio, estávamos a fazer tudo o que estava ao nosso alcance.

Na pandemia houve despedimentos na Nossa?

Mantivemos a equipa toda, acreditando que iríamos ganhar alguma coisa e que tínhamos recursos para garantir os salários de todos, pelo menos até ao fim de 2020. Nessa altura, também esperávamos que o mundo mudasse e que a pandemia terminasse. Não estávamos à espera da segunda fase, mas ajustámo-nos e o que é facto é que ganhámos o primeiro concurso da Santa Casa durante a pandemia.

Quais são os desafios de trabalhar uma das maiores contas nacionais?

Reforçar a visibilidade do nosso trabalho. Porque quando criamos para o digital no contexto atual de meios, em que é tudo muito fragmentado, é mais difícil para uma agência mostrar o seu trabalho na rua. O trabalho está a acontecer em múltiplas plataformas e não é tão fácil como antigamente, em que toda a gente comentava uma campanha que viu na televisão.

Já não vivemos nem queremos voltar a essa realidade. No entanto, o facto de trabalharmos este lote do jogo, que tem marcas mais emblemáticas e que terá campanhas com mais impacto, dá também uma melhor mediatização e visibilidade ao nosso trabalho, o que motiva toda a gente.

Quem trabalha nesta área gosta de ver o trabalho na rua. Motiva-se a ir para o trabalho e ver uma rede de múpis com aquilo que criou, ouvir na rádio e ver as campanhas nas redes sociais.

Promover jogo consciente e impacto social

Que outros desafios vêm com esta conta?

Fortalecer as marcas e levar mais pessoas a jogar de forma consciente, fazendo crescer os jogos, aumentar a popularidade da lotaria e valorizar todo o legado de um jogo com 250 anos. O Placard enfrenta um grande desafio, pois tem uma concorrência de plataformas digitais muito forte.

É preciso conhecer a história, saber comunicar de forma diferente e explicar o que está por trás do jogo e os benefícios de jogar nos jogos da Santa Casa. É igualmente importante transmitir o impacto social que isso tem, pois há toda uma geração que se preocupa com isso e que poderão vir a ser futuros apostadores.

A estratégia, linha de comunicação e ‘branding’ das marcas da Santa Casa vão alterar-se?

O mais interessante é poder trabalhar os dois lotes e estabelecer ligações. Com isto, um ponto muito importante é demonstrar que quando as pessoas apostam nos jogos da Santa Casa estão a contribuir para boas causas. Esta mensagem não é clara.

Durante o processo do concurso realizámos um pequeno estudo do qual concluímos que a maioria das pessoas continua sem saber isso, apesar de a Santa Casa já ter feito várias vezes esta comunicação. Um dos exercícios da campanha era sobre como transmitir bem esta mensagem.

Acho que temos a solução e espero que a campanha seja lançada em breve. Em termos gerais, temos ideias, mas é cedo para adiantar mais pormenores, porque ainda não começámos a interagir diretamente com o cliente, para saber se vamos alterar o rumo ou não.

No entanto, vamos trabalhar com aquilo que nos é mais útil, a criatividade. Temos de compreender as motivações e os ‘insights’ dos jogadores, bem como o que os pode levar a apostar no Placard, por exemplo, em vez de todas as outras plataformas disponíveis.

Vão utilizar as propostas com que ganharam o concurso?

Temos um histórico engraçado de ganhar concursos com campanhas que depois são, de facto, veiculadas, como aconteceu com a EDP no ano passado, mas que já aconteceu também com a Sommersby.

A assinatura da Sommersby, ‘É fruto da tua imaginação’, que data de 2013, foi ganha em concurso e foi a assinatura que apresentámos no primeiro dia, quando o Bruno Albuquerque, diretor de marketing do Superbock Group, nos desafiou para aquele concurso. Trabalhamos a marca desde então e é uma marca pela qual nutrimos carinho, porque crescemos com eles.

É o cliente que mais nos desafiou a sair da zona de conforto, porque queria uma gestão integrada e, na altura, não tínhamos experiência em redes sociais, por exemplo. Trabalhávamos conteúdos para as redes sociais, mas não queríamos assumir a gestão e a equipa do Superbock Group insistiu.

Também não tínhamos eventos, subcontratávamos, mas aceitámos o desafio, porque eles insistiam que os eventos e a ativação de marca eram muito importantes. Hoje, esta área de negócio que desenvolvemos chama-se Mossa e é uma empresa própria que não depende dos clientes da Nossa.

Quanto à Santa Casa, ainda não sei o que vai acontecer, mas sei que temos um histórico considerável de campanhas ganhas em concurso e que são implementadas. Com a EDP aconteceu com a campanha de energia solar. No concurso da Santa Casa, apresentámos muitas ideias boas e espero que muitas vejam a luz do dia, mas não depende só de nós. Não posso adiantar nada porque o contrato ainda não entrou em vigor.

A crescer 25% em 2024

Quanto cresceu e faturou a Nossa em 2024?

Em 2024, faturámos cerca de €6,2 milhões e crescemos na ordem dos 25% face a 2023.

Quais foram os clientes que mais contribuíram para esse crescimento e faturação?

A EDP, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Hey Doc.

De que formas contribuíram?

A Hey Doc [clínica dentária do Lusíadas Saúde], que foi um dos nossos maiores contribuintes, teve um impacto muito interessante, na medida em que nos permitiu fazer o que mais queremos fazer: gerir marcas 360º.

O nosso propósito é ser o parceiro preferencial de comunicação dos clientes. Isso exige que toquemos uma série de instrumentos, para depois podermos estar à frente da orquestra e tocar a melhor música possível em conjunto.

Em outubro de 2023, o Grupo Lusíadas comprou a Dr. Wells e lançou um concurso para o ‘rebranding’, que resultaria da fusão da Dr. Wells com a Lusíadas Dental, que era a marca existente. Ganhámos o concurso e o grupo lançou-nos o desafio. Eram 20 clínicas Dr. Wells e cerca de dez da Lusíadas Dental. Era necessário criar uma nova marca, que se pretendia que fosse independente do Grupo Lusíadas, por razões estratégicas, e nós tratámos de tudo.

O que é que trabalharam exatamente?

Criámos a marca, o próprio nome, refizemos as clínicas em termos de ‘branding’, fizemos a campanha de lançamento, o plano de meios, em parceria com a Nova Expressão e a Chlick [performance digital], que é outra agência dentro da Nossa, e organizámos o evento interno.

Atualmente, gerimos este conjunto de plataformas com toda a comunicação e ativações associadas. O cliente sabe que pode contar connosco em todas estas frentes e que estamos sempre a observar os resultados, o número de conversões e de pessoas que reagem a uma campanha de implantes, bem como o número de contactos no centro de atendimento, etc.

Quais foram os acontecimentos mais marcantes para a Nossa em 2024?

O lançamento da Hey Doc porque foi um processo difícil, não é fácil fazer um ‘rebranding’, juntar duas culturas empresariais muito diferentes. Eles também enfrentaram muitos desafios internos e estivemos sempre com eles, nos bons e nos maus momentos.

E outros clientes?

O trabalho para a EDP, em que ganhámos o cliente em 2023, mas o trabalho só começa a ser lançado em 2024. A campanha ‘Eu Escolho Painéis Solares’ foi importante porque encerra também toda uma narrativa de alinhamento com uma marca que escolhe a sustentabilidade e que publicamente diz ‘Escolhemos a Terra’.

No entanto, era importante ligar isso à narrativa comercial. Criámos uma forma muito simples, mas que tem estado a funcionar: ‘Se a EDP escolhe a Terra, eu escolho a EDP’. É uma coisa relativamente simples, mas que tem funcionado porque é bastante claro. É uma escolha que me beneficia [consumidor] e que está a ajudar o planeta.

A campanha da Sommersby também é um momento importante, porque quanto mais tempo uma agência trabalha com um cliente, maior é o desafio, pois já muitas coisas foram feitas e, por vezes, é difícil reinventarmo-nos e sermos capazes de olhar para aquilo outra vez. A campanha que fizemos este ano consiste em quebrar um pouco a sazonalidade da Sommersby, que é o verão, e em fazer um grito de verão com as pessoas nas esplanadas.

Foi um ano bom em prémios?

Não foi um ano muito famoso em termos de prémios, portanto, não é um ano que iremos recordar por isso.

O caminho da rentabilidade

Como é que conseguem ter rentabilidade, quando o caminho é cada vez mais as fusões e as estruturas maiores?

Com muito cuidado. Nunca damos um passo maior que a perna. Primeiro, crescemos, ganhamos o cliente e só depois é que mexemos na estrutura. Fomos dando pequenos passos que nos têm permitido não ter dívidas e sentir-nos completamente à vontade.

Face ao que o mercado está a pedir em termos de integração, temos de ser muito claros com os clientes: para podermos entregar, é preciso ter bons recursos. Para isso, precisamos de bons ‘fees’. Somos muito transparentes quanto ao que lhes pedimos e à forma como o nosso modelo de preços está desenhado.

É impossível ter boas ideias sem boas pessoas, talento e equipas. Por esse motivo, não discutimos preços e não somos uma agência de preço baixo, porque é muito importante garantir a viabilidade da Nossa e a qualidade de vida das pessoas que aqui trabalham.

Quais são as vantagens de serem uma agência nacional face às multinacionais?

Flexibilidade. A nossa capacidade de adaptação e de reação é muito maior, não dependemos de ninguém, nem em Londres nem em Nova Iorque. As decisões são tomadas com muito mais agilidade. Outra vantagem é a independência ou autonomia. Somos agnósticos em relação aos media, não temos nem preferência nem nenhum acordo.

Temos uma competitividade natural, que tanto o Nuno [Cardoso] como o Vasco [Teixeira-Pinto] – os sócios que estão comigo e que são fundamentais – partilham. Somos muito competitivos por natureza e transmitimos isso à equipa.

Temos vontade de fazer melhor e sabemos que queremos ir mais longe e fazer mais, mas essa vontade também nos motiva a mudar processos e a compreender o que podemos fazer de diferente. Somos inquietos por natureza.

Maior desafio? A integração da narrativa multimeios

Quais são os principais desafios do mercado publicitário nacional? A inteligência artificial (IA) entra na conversa?

A IA entra, mas não é o principal desafio. O principal desafio é de integração, porque os meios estão muito fragmentados e é muito fácil uma marca perder-se neste labirinto de opções e de meios e de dispersar a narrativa, sem conseguir contar uma história com princípio, meio e fim, com coerência.

A integração, neste sentido de poder ter alguém que está a controlar a narrativa e que está a comandar a história e que sabe ativar nos diferentes pontos, é fundamental e é o desafio que temos sentido e vivido, e onde queremos melhorar.

Em relação à IA, quais são os desafios?

Estamos todos a aprender à medida que avançamos. Temos vivido transformações constantes que aceleram todo o processo publicitário. Atualmente, só tenho de pensar numa imagem, desafio a IA a criá-la, melhoro-a ao infinito, escolho a temperatura da fotografia e a lente.

Posso definir tudo ao pormenor, as feições, se são asiáticas, europeias ou africanas, entre outros aspetos, e isso é mais um acelerador, mais uma ferramenta. O desafio passa por sabermos como tirar partido disso, como o incorporar e como formar as pessoas para saberem utilizá-la.

E além desse desafio?

A televisão, porque tem um papel muito importante em Portugal e representa uma parte significativa do orçamento publicitário das marcas de grande consumo. A própria televisão tem de se reinventar na forma como veicula a publicidade. O formato de intervalos de 15 minutos não é bom para quase ninguém.

Porquê?

Porque mistura muito, são muitos anúncios seguidos e também um pouco direcionados. A publicidade na televisão contínua a ser viável, mas tem de ser reinventada. O Playce, por exemplo, é uma boa resposta portuguesa, que já faz parte da nova forma de estar na televisão e no digital, que também tem a ver com a atenção.

A atenção também é um desafio?

Num mundo fragmentado de plataformas, em que as pessoas vivem com a sensação de falta de tempo e fazem ‘scroll’ cada vez mais, a capacidade de captar a atenção é um bem essencial do nosso trabalho e do meio publicitário em geral.

Por um lado, precisamos de chamar a atenção e de que as pessoas estejam num contexto ‘vulnerável’ para nos poderem dar essa atenção. Por outro lado, temos de ser entusiasmantes e saber contar a nossa história, o que é, por si só, um desafio.

Quais são as oportunidades?

Tirar partido de todas estas tecnologias e perceber o que nos vão permitir fazer. Temos muito mais informação e sabemos muito mais sobre as pessoas. Temos de aproveitar para criar conteúdos mais direcionados a comunidades e grupos de interesse, embora não tão abrangentes. Essa é uma grande oportunidade que estamos a viver.

Mossa e Chlick: as ‘irmãs’ da Nossa

Quais são as perspetivas de crescimento e próximos projetos da Nossa para 2025?

Projetamos continuar o nosso crescimento, não tanto em termos de novos negócios, mas de crescimento com os clientes atuais. Temos também a ambição de incorporar e integrar mais nos nossos projetos as outras empresas que criámos.

Quais são essas empresas?

São a Mossa e a Chlick. A Mossa nasce em 2018 focada em eventos e na ativação de marcas, e atualmente é uma empresa autónoma, com dimensão razoável. No Rock in Rio, por exemplo, ativou quatro marcas diferentes. Já trabalhamos com a Mossa e a Nossa em conjunto com algumas marcas, como a Sommersby e a Santa Casa, e é algo que queremos continuar a fazer.

A Chlick é liderada pelo Sérgio Lobo e está focada em performance e marketing digital. Tem muito a ver com a conversão. Vem complementar aquilo que já fazíamos.

Gerimos redes sociais para cerca de dez clientes, mas não fazíamos a gestão de meios, de ‘paid media’ e a gestão do funil de vendas e da conversão. A ideia nasceu em 2023, mas 2024 foi o primeiro ano de exercício. A empresa tem uma equipa de quatro pessoas e está a crescer e a melhorar.

A gestão da Mossa e da Chlick passa pelos sócios da Nossa?

As duas empresas trabalham sob o mesmo teto que a Nossa, mas com gestão autónoma e números de contribuinte distintos. No entanto, a gestão passa também pelos sócios da Nossa. No caso da Mossa, quem está a liderar é o Vasco Teixeira-Pinto [sócio e ‘digital partner’ da Nossa].

No caso da Chlick, existe um quarto sócio, o Sérgio Lobo, que lidera a empresa. Mas estamos cá para apoiar e temos serviços partilhados e integrados, tanto a nível financeiro como administrativo.

De que maneira integram a Mossa e a Chlick no trabalho para os clientes da Nossa?

Ambas as empresas têm particularidades e subespecializações diferentes e o que pretendemos é integrá-las, cada vez mais, com os clientes que já temos na Nossa. No entanto, no caso da Sommersby, eles têm a agência de meios e a Chlick não participa no processo, o que não constitui qualquer problema.

O que fazemos é integrar a maioria dos clientes com os quais trabalhamos, porque entendemos que há uma mais-valia, falamos todos a mesma língua, estamos motivados e orientados pelos mesmos princípios, o que facilita o trabalho.

Quais são os próximos passos da Nossa?

Este é um ano-chave, porque temos o Abanca, que está em plena fusão com o EuroBic, e que vai ter uma maior necessidade de comunicação e temos de trabalhar a forma como vamos comunicar a marca. Em 2025, a marca EuroBic Abanca é a que existe e só em 2026 é que a marca única Abanca será implementada.

É um ano muito importante para a Audi, que está a viver o desafio da transição total para a eletrificação e vai apresentar carros muito interessantes em 2025. Temos também algumas dúvidas no que se refere à grande distribuição.

Quais clientes?

Tínhamos a conta do Minipreço, que foi recentemente comprado pelo Auchan e, portanto, existe aí uma situação, que ainda não posso adiantar mais pormenores.

Internacionalização para Espanha em 2025

Estão a pensar expandir para fora de Portugal?

Sim, mas primeiro quero esclarecer que já exportamos. Já fazemos coisas para fora em muitos mercados, como Dinamarca, Suíça e Dubai, entre outros.

O que é que fizeram?

Desenvolvemos recentemente a página web e a plataforma digital de uma marca norte-americana, a Bloomwell. Não é muito conhecida, mas é importante para nós. A exportação não é um tema, porém, a ideia de entrar num mercado estrangeiro e estabelecer uma presença física já nos acompanha há três anos e está prestes a dar os primeiros passos, com um parceiro identificado. Curiosamente, o mercado que estamos a considerar é Espanha.

Quando é que vão avançar?

Tudo indica que será este ano, ainda não temos a certeza, mas esperamos que sim.

Quem é o parceiro?

Não posso dizer quem é, porque ainda não está escrito na pedra, mas é um parceiro que já tem operações em Espanha.

Atua no mercado criativo?

Não, é de outra área. O sócio entra essencialmente como um facilitador e um investidor.

Em que é que consiste a parceria?

A intenção é ter uma estrutura comercial e uma marca registada em Espanha, com um número de contribuinte. O nome também ainda não está definido. Será a Nossa em parceria com o sócio e a ideia é que o ‘hub’ criativo seja em Lisboa e, a partir daqui, fornecer serviços para lá.

Consideramos esta visão exequível, porque Lisboa é hoje vista de forma muito positiva, como um centro de excelência em muitas áreas. É uma cidade criativa e temos a ambição de ter aqui a estrutura principal e ter em Espanha uma função mais comercial.

Temos de contratar criativos espanhóis, mas também precisamos de ter aqui uma estrutura que possa dar uma resposta mais eficaz a partir de Portugal.

Vão funcionar como agência criativa e trabalhar marcas e campanhas em Espanha?

Sim, a ideia é conquistar clientes e anunciantes locais em Espanha, bem como aqueles que já trabalham connosco aqui e que manifestem interesse em trabalhar connosco também lá. Isso é do nosso interesse, mas ainda é muito cedo para dizer se vai acontecer ou não. A ideia é ter uma agência a concorrer no mercado espanhol, mas não posso entrar em mais detalhes por agora, porque ainda não está nada definido.

Entrevista com coordenação e edição de Catarina Nunes

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Google terá pago à Samsung para ter Gemini AI pré-instalado

A informação foi divulgada no julgamento ‘antitrust’ que envolve a Google e as suas práticas no mercado. A empresa é ainda acusada de utilizar os dados de pesquisa para treinar os modelos de IA

A Google está a ser acusada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de ter pago à Samsung “grandes quantias” de dinheiro para para colocar a app do Gemini AI pré-instalada nos dispositivos da empresa sul-coreana, noticia a Reuters.

O acordo é semelhante ao estabelecido com a Apple, no valor de 20 mil milhões de dólares (€17,3 mil milhões), para o Google ser o motor de busca padrão dos dispositivos da Apple.

A informação foi apresentada no julgamento ‘antitrust’ que envolve a Google e as práticas no mercado. Segundo David Dahlquist, advogado do Departamento de Justiça, “o acordo envolve um pagamento mensal da Google à Samsung, além de uma percentagem das receitas publicitárias e um bónus de ativação”, argumenta o advogado na declaração de abertura do julgamento de 21 de abril, acrescentado que se trata do “manual do monopolista em ação”.

No julgamento, que está em curso para decidir quais as sanções a aplicar à Google pelo alegado abuso de posição dominante no setor da pesquisa, esta não é a única prova apresentada de que a tecnológica está a tentar alargar este império à IA. David Dahlquist salienta que a Google tem utilizado os dados de pesquisa para treinar os respetivos modelos de IA.

O Departamento de Justiça insta mais uma vez o tribunal a abordar o monopólio de pesquisa da Google, exigindo que a empresa venda o Chrome como parte da solução.

A Google terá utilizado este tipo de acordo de distribuição na pesquisa para manter a liderança no mercado, com Amit Mehta, juiz federal do distrito de Colúmbia, responsável pelo caso, a determinar, em agosto de 2024, que a Google tinha estabelecido um monopólio ilegal na pesquisa, referindo os acordos de distribuição como a razão principal.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Campanha ‘Pobres Managers’ da Factorial apoia quem lidera equipas

A campanha satírica é acompanha de um mocumentário (na foto), criado em parceria com a agência espanhola Fuego Camina Conmigo, que retrata o dia a dia de quem tem a responsabilidade de liderar

A Factorial, plataforma de gestão empresarial, acaba de lançar a campanha ‘Pobres Managers’, com o objetivo de sensibilizar e apoiar os gerentes, que são “os verdadeiros pilares das equipas, muitas vezes esquecidos e sobrecarregados”, refere a Factorial, em comunicado de imprensa.

Num tom satírico, a campanha dá voz aos desafios diários enfrentados por quem lidera, sublinhando a solidão, a exaustão e a pressão que caracterizam as funções de gestão. “Queremos mudar a perceção sobre os gerentes. Tradicionalmente vistos como os ‘maus da fita’, são os que menos apoio recebem. Através desta campanha, damos-lhes voz, empatia e soluções”.

A campanha é veiculada em vários formatos ‘out-of-home’ nas cidades de Lisboa, Oeiras, Braga e Porto, bem como em ‘connected TV’ e plataformas digitais. É ainda lançado um mocumentário, criado em parceria com a agência criativa espanhola Fuego Camina Conmigo, que retrata, com ironia, o dia a dia de quem tem a responsabilidade de liderar.

53% das pessoas em cargos de gestão sentem-se exaustas com o trabalho, ultrapassando a média dos restantes colaboradores, de acordo com o relatório Work Trend Index da Microsoft. Este dado, reforçado por estudos da Harvard Business Review e da DirigeHoy, é o ponto de partida para a campanha, que apela à necessidade de promover o bem-estar dos líderes.

A Factorial pretende mostrar que é possível gerir equipas de forma mais eficaz, recorrendo a ferramentas que automatizam processos repetitivos e libertam tempo para o que mais importa: as pessoas.

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Nuno Borges reforça embaixadores da La Roche-Posay

Além da colaboração com a seleção feminina de futebol, iniciada em 2024, a marca associa-se ao tenista (na foto) para promover os protetores solares e reforçar a importância de proteger a pele

Nuno Borges reforça a lista de embaixadores nacionais da La Roche-Posay. O tenista é o rosto escolhido para promover os protetores solares da marca dermatológica francesa e reforçar a importância de proteger a pele, especialmente no contexto desportivo.

A marca refere que a parceria com o atleta, que dedica grande parte do tempo a treinos e competições ao ar livre, “reflete perfeitamente os valores de marca e é uma inspiração para muitos portugueses”, conclui Inês Carrilho Ribeiro, diretora de ativação de marca La Roche-Posay, citada em comunicado de imprensa.

Depois da colaboração com a seleção feminina de futebol iniciada em 2024, a marca dá mais um passo na missão de sensibilizar para a proteção solar como gesto essencial de prevenção – não só contra o fotoenvelhecimento, mas também contra o cancro da pele.

“Proteger a pele é tão importante quanto cuidar do resto do corpo. Ao longo da minha carreira, aprendi que o sol pode ser um adversário silencioso, e, por isso, esta parceria com La Roche-Posay faz todo o sentido”, revela Nuno Borges, que tem 54,5 mil seguidores no Instagram.

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DreamMedia alarga rede e combate publicidade ilegal

“Os maiores ‘players’ do setor estão alinhados em travar os suportes ilegais e restabelecer a ordem no mercado”, diz Ricardo Bastos, CEO da empresa, que reforça a oferta em Santa Maria da Feira (na foto)

A DreamMedia e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira formalizaram o contrato de concessão exclusivo, válido por dez anos, após a empresa ter ganho o concurso público internacional de exploração da publicidade exterior no concelho.

O município opta por um modelo de concessão em exclusividade, na tentativa de pôr fim à desregulação do setor, após anos a tentar manter um modelo de concorrência aberta e equilibrada.

“A publicidade ‘out-of-home’ (OOH) cresce a um ritmo superior a 10% ao ano e estamos empenhados em potenciar esta evolução dentro das melhores práticas. Não podemos permitir que operadores clandestinos comprometam este crescimento com suportes ilegais que prejudicam a paisagem urbana e colocam em risco a segurança rodoviária”, salienta Ricardo Bastos, CEO da DreamMedia, citado em comunicado de imprensa.

Com o novo modelo, a empresa fica responsável pela gestão e pela modernização da publicidade exterior no concelho. O contrato estabelece a obrigatoriedade de meios próprios para proceder à remoção coerciva de estruturas ilegais sempre que necessário, garantindo uma intervenção mais célere, à semelhança do que já sucede noutros concelhos onde a DreamMedia opera em regime de exclusividade.

“No município da Maia, já removemos mais de 600 cartazes ilegais, e o mesmo será feito em Matosinhos, Penafiel e muitos outros concelhos onde vencemos concessões, como é o caso de Santa Maria da Feira. Os maiores ‘players’ do setor estão fortemente alinhados para travar esta tendência e restabelecer a ordem no mercado”, esclarece ainda Ricardo Bastos.

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Seaside aposta em Catarina Maia

A apresentadora de rádio e televisão (na foto), que tem 270 mil seguidores no Instagram, protagoniza ‘Embrace Memories’, a campanha da coleção primavera/verão 2025 da marca

A apresentadora de rádio e televisão, Catarina Maia, volta a representar a Seaside na nova campanha ‘Embrace Memories’, que promove a coleção primavera/verão 2025 da marca de calçado e acessórios, da qual é embaixadora.

Com produção dos Lalaland Studios e de Diogo Oliveira, a campanha foi fotografada por Frederico Martins, assistido por Gabriel Rosa, com estilismo de Tiago Miguel Andrade, cabelos de Alex Origuella e maquilhagem de Inês Aguiar. As primeiras imagens da campanha, com videografia de Madalena Moura, já estão a ser divulgadas em media, em digital e em loja.

A locutora da Mega Hits e apresentadora da RTP, que tem 270 mil seguidores no Instagram e 76,5 mil seguidores no TikTok, foi anunciada como a nova embaixadora da marca em maio de 2024, sucedendo a personalidades como Mafalda Castro, Pedro Teixeira, Sofia Ribeiro, Catarina Gouveia e Rita Pereira.

“Catarina Maia, figura conhecida da rádio, da televisão e das redes sociais, é a escolha ideal para, mais uma vez, representar a marca, numa sintonia de valores que reforça a renovação da imagem da marca e a aproximação a públicos mais jovens”, explica a Seaside em comunicado de imprensa.

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73% dos ‘marketers’ reforçam investimento em embaixadores

As parcerias com celebridades, além de atraírem mais atenções, também geram taxas de aprovação maiores, na opinião de 34% dos inquirido, revela um estudo da agência de marketing Billion Dollar Boy

73% dos ‘marketers’ planeiam reforçar o investimento em embaixadores em 2025, revela um estudo da agência de marketing de influência global Billion Dollar Boy, realizado a partir de um inquérito a 500 diretores de marketing e gestores de marca britânicos e norte-americanos. Nos Estados Unidos, a percentagem chega aos 85%, enquanto que no Reino Unido ronda os 61%.

De acordo com a análise, 61% dos ‘marketers’ aumentaram o investimento em embaixadores em 2024, com 36% dos inquiridos a garantirem que a contratação de figuras públicas para promover marcas, produtos e serviços torna a comunicação com os clientes e com os potenciais consumidores mais autêntica.

“A nossa investigação mostra como as figuras que emprestam a imagem a produtos e serviços estão a ganhar espaço à medida que as marcas reconhecem o seu valor no alcance de comunidades de nicho, através de relações fiáveis ​​e ágeis que permitem que acompanhar a evolução do mercado”, sublinha Thomas Walters, cofundador da Billion Dollar Boy e CEO da filial europeia da agência, nas conclusões do estudo.

Campanhas com embaixadores geram mais envolvimento

As parcerias com celebridades, além de atraírem mais atenções, também geram taxas de aprovação maiores, na opinião de 34% dos inquiridos. Para 32% dos ‘marketers’, as parcerias com as figuras públicas também geram um envolvimento maior com os consumidores.

Segundo o estudo, 31% dos profissionais consideram que o marketing de influência que recorre a embaixadores melhora a comunicação das marcas, com 28% a referirem que ter embaixadores conhecidos torna o custo das campanhas mais eficiente, além de aumentar as taxas de memorização.

“Os embaixadores das marcas sempre foram um pilar do marketing mas a sua popularidade tem oscilado à medida que as campanhas de influenciadores de curta duração passaram a ser priorizadas quando se pretendem resultados rápidos em termos de notoriedade e de objetivos de vendas”, conclui Thomas Walters.

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Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira promovem Bioderma

A campanha de apresentação do protetor solar foi desenvolvida internamente pela Bioderma Portugal, conta com a dupla de influenciadores (na foto) e está a ser divulgada no Instagram da marca

Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira são os embaixadores nacionais de Bioderma e dão a conhecer o novo fotoprotetor Photoderm XDefense SPF50+. A campanha digital de apresentação do produto foi desenvolvida internamente pela Bioderma Portugal e está a ser divulgada no perfil de Instagram da marca.

“Quisemos mostrar que em cada rotina, há sempre um passo comum: a proteção solar. Acreditamos que isto faz com que o consumidor se identifique e recrie o gesto”, explica ao M&P Beatriz Queiroz, diretora de marketing da Bioderma, marca do grupo Naos.

O anúncio, que mostra momentos do quotidiano de Rita Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira, recria um arraial alfacinha nos santos populares, estando também a ser preparado um evento inspirado nas festividades para dar a conhecer a novidade a jornalistas e influenciadores, a 13 de maio, em Lisboa.

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Marcas britânicas reduzem orçamentos de marketing pela primeira vez em quatro anos

Os orçamentos de publicidade no Reino Unido encolheram nos primeiros três meses do ano antevendo uma escalada da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, segundo dados do Institute of Practitioners in Advertising

Os anunciantes britânicos estão a reduzir os orçamentos de marketing pela primeira vez em quatro anos de acordo com dados do Institute of Practitioners in Advertising (IPA), antevendo uma escalada da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos, noticia o Financial Times.

“Com receio do impacto das tarifas de Trump na economia mundial, é compreensível que as empresas no Reino Unido tenham adotado uma abordagem cautelosa de ‘esperar para ver’ relativamente aos gastos com marketing neste trimestre”, considera Paul Bainsfair, diretor-geral do IPA, citado no Financial Times.

Segundo os dados do IPA, os orçamentos de publicidade encolheram nos primeiros três meses do ano. Cerca de um quarto das marcas incluídas na análise do IPA referiram que cortaram nos orçamentos, enquanto que apenas um quinto referiu que haveria um aumento. Isto significa que, pela primeira vez desde o primeiro trimestre de 2021, a maioria das marcas britânicas vai diminuir o investimento em publicidade.

O IPA conclui que marcas britânicas enfrentam um aumento acentuado nos custos de mão de obra, refletido nos orçamentos de 2024. No entanto, vários diretores de marketing ainda esperam que os orçamentos cresçam ao longo do ano. Segundo dados do IPA, cerca de um terço dos inquiridos prevê um aumento dos orçamentos de marketing o dobro dos que preveem uma diminuição.

Os dados revelam ainda que o marketing dirigido aos consumidores foi o que mais aumentou a despesa no primeiro trimestre de 2025, seguido dos eventos e das promoções. Por outro lado, os orçamentos dos canais de marketing de publicidade exterior, áudio e vídeo, foram os mais afetados pelos cortes no investimento.

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Ricardinho é o novo embaixador da Betclic

O desportista (na foto), eleito o melhor jogador de futsal do mundo por seis vezes, protagoniza as próximas campanhas, associando também a imagem a conteúdos exclusivos e a ativações da marca

A Betclic acaba de anunciar Ricardinho, eleito o melhor jogador de futsal do mundo por seis vezes, como o novo embaixador da marca. O ex-desportista, que jogou no SL Benfica (Portugal), no Inter Movistar (Espanha) e no Nagoya Oceans (Japão), protagoniza as próximas campanhas, associando também a imagem aos conteúdos exclusivos e às ativações que a marca tem em preparação.

“Ter como embaixador um ícone do futsal mundial e do desporto português pelo mundo encaixa na perfeição no nosso espírito competitivo, bem como na marca que queremos deixar no desporto nacional”, explica Tiago Simões, gestor nacional da Betclic, citado em comunicado de imprensa.

A primeira campanha omnicanal protagonizada por Ricardinho tira partido da alcunha do antigo desportista, que ficou conhecido como Rei dos Cabritos, pela habilidade de fintar adversários com dribles imprevisíveis, mostrando o ex-atleta numa cozinha a preparar um prato de cabrito.

Com criatividade interna da Betclic e produção da Shot And Cut Films, o filme publicitário é realizado e editado por Filipe Correia dos Santos, com direção de fotografia de Tomás Brice, direção de arte de Camila Fernandes, direção de produção de Sandra de Sousa Melo e produção de Diogo Figueiredo. A edição de cor é assinada pela The Yellow Color e a sonoplastia pelos Salva Studios.

“Juntar-me à Betclic é mais um grande passo da minha carreira, desta vez fora do campo. Estou entusiasmado por me juntar a uma marca que vive o desporto com a mesma paixão do que eu. Será um prazer fazer parte deste projeto e continuar a dar a cara pelo desporto português”, assume Ricardinho, citado no documento.

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Há dois finalistas portugueses no The One Show 2025

Além de ‘Ikea Hidden Tags’ (na foto, à esq.), da Uzina, a lista de finalistas nacionais no festival de criatividade e design inclui ‘Save Us From The USA’ (à dir.), colaboração da Stream and Tough Guy com a Atlantic New York

Há dois finalistas portugueses no The One Show 2025. A campanha ‘Ikea Hidden Tags’, criada e desenvolvida para a Ikea pela Uzina, em colaboração com a Playground e a Mute Sound Design, figura entre os finalistas do festival internacional de criatividade e design, que divulga os vencedores a 15 de maio, na subcategoria Storytelling (Creative Use of Data) e na subcategoria Non-traditional & Guerrilla Marketing (Direct Marketing).

‘Save Us From The USA’, campanha desenvolvida pela Stream and Tough Guy em parceria com a agência criativa nova-iorquina Atlantic New York, cofundada pelo português João Coutinho, consegue duas nomeações. Para além de Integrated/Omnichannel Campaigns for Good (Integrated/Omnichannel), também pode conquistar o prémio da subcategoria Posters – Series (Out of Home).

Entre os finalistas do The One Show 2025 há ainda duas campanhas com mão portuguesa. ‘Magnetic Stories’, criada pela agência nova-iorquina Area 23 para a Siemens Healthineers, e com produção das portuguesas Bro Cinema e Sonido, tem 19 nomeações, nas categorias de Branded Entertainment, Creative Use of Data, Experiential & Immersive’, Music & Sound Craft, Pharmae Radio & Audio-First.

A campanha ‘Motorola Deep Connect’, da Dentsu Creative Gurugram, que envolve a Dentsu Creative Portugal, a Morphedo Technologies, a Noida e a Useful Garbage Creations, é finalista em cinco subcategorias: Technology as a Creative Tool e Experiential – In-person (Creative Use of Technology), Online & Mobile (Health & Wellness), Physical Product & Mobile Integration (Interactive, Online & Mobile) e Innovation – New Ideas in IP & Product Design (IP & Product Design).

A entrega dos prémios do The One Show, festival internacional de criatividade e design criado em 1973, está agendada para 16 de maio, no Cipriani Wall Street, em Nova Iorque.

Das 20 mil candidaturas, oriundas de 49 países, o júri – que conta com a participação de Steve Colmar, diretor criativo do Publicis Groupe Portugal, na categoria Moving Image Craft & Production – apurou 1.654 finalistas.

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