Edição digital
Media

Investimentos em publicidade em ‘outdoor’ e rádio são os que mais crescem em 2024

A televisão tem a maior quota do investimento publicitário a preços de tabela em Portugal, com 88,7% do total, seguida da internet (4,9%), ‘outdoor’ (2,6%) (na foto), imprensa (1,9%), rádio (1,8%) e cinema (0,2%), de acordo com os dados Media Monitor da Marktest

Meios & Publicidade
Media

Investimentos em publicidade em ‘outdoor’ e rádio são os que mais crescem em 2024

A televisão tem a maior quota do investimento publicitário a preços de tabela em Portugal, com 88,7% do total, seguida da internet (4,9%), ‘outdoor’ (2,6%) (na foto), imprensa (1,9%), rádio (1,8%) e cinema (0,2%), de acordo com os dados Media Monitor da Marktest

Sobre o autor
Meios & Publicidade
Artigos relacionados
Millenium bcp escolhe José Condessa como embaixador
Marketing
Rodrigo Viana de Freitas é júri no Festival de Publicidade Kiev
Publicidade
Impresa explora em exclusivo Samsung Ads em Portugal
Media
48,25% dos emails promocionais ficam por ler
Marketing
Publicis derrota WPP e conquista conta de meios da Coca-Cola na América do Norte
Media
F1 acelera marketing inclusivo e orientado por dados
Marketing
Marcas investem €13,4 mil milhões na Fórmula 1
Marketing
Notable confirma desvio de €300 mil destinados a Carolina Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira
Marketing
Impresa com prejuízos de €66,2 milhões em 2024
Media
CH Group reforça presença em África
Comunicação

O ‘outdoor’ e a rádio são os meios que registam o maior crescimento do investimento em publicidade em 2024, apesar de continuarem a uma grande distância da televisão, que continua a ser o suporte privilegiado por anunciantes.

De acordo com os dados Media Monitor da Marktest, a publicidade exterior tem um aumento de 10,9% da procura por parte das marcas, seguida da rádio que sobe 8,7%. A internet surge em terceiro lugar, com um crescimento de 4%.

PUB

“A maior fatia do investimento publicitário a preços de tabela é dirigida à televisão, com 88,7% do total. A internet capta 4,9%, o ‘outdoor’ 2,6%, a imprensa 1,9%, a rádio 1,8% e o cinema 0,2%”, informa a Marktest.

Segundo a Media Monitor, no total dos meios analisados há um crescimento de 3,2% do investimento a preços de tabela, com a televisão, a crescer abaixo da média do mercado (3%), apesar da preponderância.

Nos restantes meios, imprensa e cinema, observa-se uma quebra face a 2023. No cinema, o recuo é de 4,3% e na imprensa atinge os 4,1%, de acordo com os dados do YumiAnalytics Web e do Admonitor da Media Monitor.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Artigos relacionados
Millenium bcp escolhe José Condessa como embaixador
Marketing
Rodrigo Viana de Freitas é júri no Festival de Publicidade Kiev
Publicidade
Impresa explora em exclusivo Samsung Ads em Portugal
Media
48,25% dos emails promocionais ficam por ler
Marketing
Publicis derrota WPP e conquista conta de meios da Coca-Cola na América do Norte
Media
F1 acelera marketing inclusivo e orientado por dados
Marketing
Marcas investem €13,4 mil milhões na Fórmula 1
Marketing
Notable confirma desvio de €300 mil destinados a Carolina Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira
Marketing
Impresa com prejuízos de €66,2 milhões em 2024
Media
CH Group reforça presença em África
Comunicação
FOTO DR
Marketing

Millenium bcp escolhe José Condessa como embaixador

O ator protagoniza a nova campanha publicitária (na foto) com o mote ‘Liga-te ao Banco que tem o Chip da Evolução’ e que pretende atrair novos consumidores. O filme tem criatividade da Bar Ogilvy e é produzido pela Playground

Meios & Publicidade

O ator José Condessa é o novo embaixador do Millenium bcp e protagoniza a campanha da marca com o mote ‘Liga-te ao Banco que tem o Chip da Evolução’, ao lado de um ator que representa o cientista Charles Darwin. Idealizado pela Bar Ogilvy e produzido pela Playground, o filme publicitário é realizado por Martim Condeixa.

“Ao juntar estas duas personagens inesperadas – Charles Darwin, uma referência basilar em termos de evolução, e José Condessa, protagonista da geração Z que vai servir de exemplo em toda a narrativa dos filmes – o banco pretende mostrar as vantagens de nos adaptarmos e evoluirmos para o mundo digital com a App Millennium, posicionando-se como um banco inovador”, explica o Millennium bcp em comunicado de imprensa.

Divulgada em televisão, rádio, exterior, digital e cinema, além das sucursais do banco, a campanha publicitária, integra um ‘teaser’ e um filme principal de lançamento. Ao longo dos próximos meses, será amplificada com dois filmes de produto, protagonizados pelo ator da série ‘Rabo de Peixe’.

“O José Condessa é um ator com grande visibilidade mediática, que traduz valores importantes como a jovialidade, empenho e profissionalismo, que fazem a ligação ao mote desta campanha de inovação e evolução. O objetivo é construir uma ligação sólida e posicionar o banco como uma referência para a vida financeira também desta geração”, explica o Millenium bcp, que acaba de se estrear no TikTok em colaboração com a VML.

Para além do ator José Condensa, a instituição bancária conta ainda com um grupo de embaixadores nacionais que inclui três desportistas, as surfistas Marta Paço e Teresa Bonvalot e o Tenista Nuno Borges.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Publicidade

Rodrigo Viana de Freitas é júri no Festival de Publicidade Kiev

O português, co-fundador e CEO da Central de Informação, agência de comunicação, relações púbicas e estratégias digitais, integra o Jury Team 4 para avaliação de projetos em diversas áreas

Meios & Publicidade

O Festival Internacional de Publicidade de Kiev conta este ano, no painel de jurados, com o português Rodrigo Viana de Freitas, co-fundador e CEO da Central de Informação, agência de comunicação, relações púbicas e estratégias digitais, e presidente executivo da Internacional Public Relations Network.

Rodrigo Viana de Freitas integra o Jury Team 4, para avaliação de projetos nas áreas de ‘Experience & Activation’, ‘PR’, ‘Direct Marketing’, ‘Brand Experience Craft’, ‘PR Craft’, ‘Direct Marketing Craft’. O prazo limite para entrega de candidaturas em competição termina a 25 de abril, sendo que a cerimónia de entrega de prémios decorre em Kiev no dia 30 de maio.

O festival regista anualmente 700 candidaturas de agências de todo mundo e é composto por seis equipas de jurados para análise das diferentes categorias em competição. Apesar do contexto de guerra no país, o festival mantém-se ativo, registando um número crescente de participações.

Fundado em 2000, o Festival Internacional de Publicidade de Kiev tem vido a tornar-se um importante palco para agências internacionais, empresas de produção e criadores independentes, bem como para profissionais de indústrias criativas de todo o mundo. É ainda uma plataforma de ideias criativas e soluções inovadores para o mundo da publicidade.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Impresa explora em exclusivo Samsung Ads em Portugal

Unilever e Vodafone são os anunciantes que se estreiam na colaboração que permite o acesso ao inventário de CTV na Samsung TV Plus, serviço de ‘streaming’ gratuito, disponível apenas nas ‘smart TV’ da marca

Meios & Publicidade

O grupo Impresa anuncia uma parceria estratégica com a Samsung Ads, divisão de publicidade da Samsung Electronics, de forma a gerar mais oportunidades em conteúdo premium de ‘connected TV’ (CTV) para marcas em Portugal. A Vodafone e a Unilever são os anunciantes que inauguram esta parceria.

Esta colaboração proporciona um acesso ao inventário premium de CTV na Samsung TV Plus, serviço de ‘streaming’ gratuito da Samsung, disponível exclusivamente nas ‘smart TV’ da marca. “Esta iniciativa reforça o compromisso da Impresa em oferecer soluções de publicidade diversificada de alta qualidade, que atingem eficazmente os públicos através de formatos em linear e ‘on-demand’, refere a Impresa em comunicado de imprensa.

Para João Paulo Luz, diretor comercial de TV e digital da Impresa, “a nossa parceria com Samsung Ads é mais um passo estratégico para diversificar e fortalecer a oferta de conteúdo e publicidade em CTV. Os primeiros parceiros comerciais, Vodafone e Unilever, marcaram o início desta nova fase da plataforma em Portugal. Com este investimento, a Impresa reforça a posição como referência no mercado de ‘connected TV’, garantindo acesso eficaz, inovador e relevante para as marcas e os seus públicos”.

A publicidade em CTV permite alcançar os espectadores durante momentos de alto envolvimento, mas o mercado nacional tem enfrentado alguns desafios, como a escassez de inventário e a oferta fragmentada.

“A publicidade em televisão atingiu novos patamares, os públicos estão agora mais recetivos do que nunca à publicidade em troca de conteúdo gratuito de alta qualidade. Estamos empenhados em colaborar com a Impresa para oferecer aos anunciantes em Portugal acesso ao nosso conteúdo premium e seguro para marcas”, refere Alex Hole, vice-presidente sénior e diretor geral da Samsung Europe.

Teresa Burnay, diretora da unidade de negócios da Unilever, considera, por seu lado, que “a Samsung TV Plus é mais uma plataforma disponível no mercado português, que nos coloca um passo à frente em termos de modernização e vem apoiar a Unilever no permanente acompanhamento das tendências de consumo, sempre em busca de formas inovadoras de visualizar conteúdos, nomeadamente no campo do entretenimento doméstico. Tendo os dispositivos da marca uma taxa de penetração já bastante significativa, são um complemento à nossa estratégia de media, ajudando a maximizar a cobertura da nossa comunicação em CTV.”

Do lado de outro dos anunciantes aderentes a esta iniciativa, Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone, sustenta que “no atual contexto, em que assistimos a um consumo de media cada vez mais fragmentado, estarmos presentes no lançamento deste novo formato que nos permite inovar na forma como comunicamos, chegando a novas audiências e targets segmentados, de forma complementar à nossa comunicação em televisão”.

Esta parceria dá resposta às várias questões que impactam o setor, ao integrar o Samsung TV Plus nos seus serviços, ampliando o ‘reach’ em CTV em cerca de um milhão de lares em Portugal, complementado a oferta que já incluía 350 mil utilizadores na Opto, 640 mil lares na Rakuten e  1,4 milhões de lares na SIC Playce, de acordo com os dados da Impresa.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Marketing

48,25% dos emails promocionais ficam por ler

Para maximizar o envolvimento, o melhor dia e hora para enviar emails promocionais é às quintas-feiras, às 18h, revela o relatório ‘Email Marketing Benchmark 2025’ da Deployteq, plataforma neerlandesa de automação de marketing

Cerca de 48,25% dos emails promocionais que os consumidores recebem ficam por ler. A taxa de abertura ronda os 51,75%, sendo as quintas-feiras o melhor dia e as 18h a melhor hora para os enviar, para maximizar o envolvimento, segundo o relatório ‘Email Marketing Benchmark 2025’ da Deployteq, plataforma neerlandesa de automação de marketing.

A taxa média de ‘click-through rate’ (CTR) é de cerca de 4,95%, enquanto que a de ‘click-to-open rate’ (CTOR) se situa nos 8,59%. Segundo o estudo, a análise das tendências sazonais mostra que o maior volume de emails tende a ser recebido nos meses de maio, outubro e novembro.

Tendo por base a análise de mais de quatro milhões de emails enviados nos Países Baixos e no Reino Unido, o estudo conclui que o email marketing continua a gerar um retorno sobre o investimento (ROI) de 3600%.

“À medida que expandimos a nossa presença, incluindo um crescimento significativo em Portugal, este relatório oferece ‘insights’ valiosos baseados em dados para ajudar as marcas a otimizar as suas estratégias de email, aumentar o envolvimento e potenciar as conversões”, refere a Deployteq em comunicado de imprensa.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Publicis derrota WPP e conquista conta de meios da Coca-Cola na América do Norte

A empresa de bebidas confirma a decisão referindo-se ao Publicis Groupe como um “parceiro complementar para o portefólio de meios nos Estados Unidos e no Canadá” e acrescentando que está “numa fase avançada do processo de renovação da parceria mundial com o WPP”

O Publicis Groupe derrota o grupo WPP no processo de revisão das agências de meios da The Coca-Cola Company e fica com a conta de meios da empresa de bebidas na América do Norte, noticia a Ad Age. O Publicis Groupe passa a ser responsável pelo planeamento de meios e gestão de dados da The Coca-Cola Company nos Estados Unidos e no Canadá. O WPP mantém as restantes contas da empresa a nível mundial.

A The Coca-Cola Company confirma a decisão num comunicado de imprensa no qual se refere ao Publicis Groupe como um “parceiro complementar para o portefólio de meios nos Estados Unidos e no Canadá”. A empresa de bebidas acrescenta que “não estão previstas outras mudanças” e que está “numa fase avançada do processo de renovação da parceria mundial com o WPP”.

Ao contratar o Publicis Groupe, a The Coca-Cola Company separa a criatividade e os meios num dos principais mercados em que opera. A mudança de conta na América do Norte representa uma perda significativa para o WPP, que no final de fevereiro anuncia resultados abaixo do previsto para o quarto trimestre e para o ano de 2024.

Em 2021, o WPP conquista as contas de meios, dados e tecnologia de marketing, bem como a criatividade da empresa de bebidas, em cerca de 200 países, avaliadas num total de cerca de 4 mil milhões de dólares (€3,7 mil milhões). Para servir as contas da The Coca-Cola Company, que gere cerca de 200 marcas, o WPP cria uma unidade personalizada, a Open X.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
Fotos DR
Marketing

F1 acelera marketing inclusivo e orientado por dados

Iniciativas como o campeonato feminino F1 Academy estão a fornecer às marcas a oportunidade de captar novas audiências através da inclusão. A análise de dados permite às marcas experiências mais personalizadas

Com a evolução das preferências dos consumidores e da relevância das plataformas digitais, a Fórmula 1 (F1) ajusta a estratégia de marketing para atrair gerações mais jovens, sobretudo mulheres, que constituem o público com o crescimento mais rápido, segundo a Nielsen Sports. O papel dos dados no marketing e patrocínios desportivos, por outro lado, também cresce.

Os millennials e a geração Z valorizam a autenticidade, a inclusão, a diversidade, e exigem mais do que o consumo passivo de conteúdos. Por conseguinte, a estratégia de marketing da F1 tem passado pela promoção de conteúdos, parcerias e iniciativas de inclusão e diversidade, seja cultural ou de género, para cativar estas audiências.

A organização lança iniciativas como a ‘We Race as One’, que defende causas de injustiça racial e de género, a F1 Academy, campeonato feminino fundado pela F1 para preparar corredoras para os níveis mais elevados do desporto automóvel, a decisão de remover as ‘grid girls’ no início da temporada de 2018 – para tornar a modalidade mais igualitária – e ainda a implementação oficial de uma carta de diversidade e inclusão no final da temporada de 2024.

Marcas alinhadas com inclusão e diversidade

Através da F1 Academy há novos patrocinadores, dos quais o mais recente é a Tag Heur, que se torna parceiro e primeiro cronometrista oficial da F1 Academy. Como parte da parceria, a Tag Heuer concebe uma pintura para o carro Tag Heuer, operado pela equipa Hitech Grand Prix já na temporada de 2025, com o mote ‘It’s not a man’s world anymore’ – assinatura que representa o empenho em promover as mulheres no desporto automóvel.

A Tag Heur é a primeira cronometrista oficial da F1 Academy e patrocina a piloto australiana Aiva Anagnostiadis

Por seu lado, a Puma, fornecedora oficial da F1, aposta na transculturalidade e inclusão com as coleções de moda criadas em parceria com o rapper norte-americano A$AP Rocky. Segundo Thomas Josnik, diretor da divisão de desportos motorizados da Puma, o objetivo é “apresentar uma perspetiva diferente” dos desportos motorizados para alcançar um público mais vasto. A maioria dos artigos da coleção de A$AP Rocky é unissexo.

No âmbito da colaboração, o rapper concentra a atenção criativa em várias etapas do campeonato, começando em Miami em 2024, sendo o curador das ativações em cada uma das corridas e diretor criativo do marketing em torno destas coleções.

O aumento do número de fãs femininas da F1 está a criar oportunidades comerciais para as marcas que tradicionalmente se dirigem às mulheres. A Rimmel, marca de maquilhagem britânica, estabelece uma parceria com a experiência de simulação de corridas F1 Arcade, em julho, para promover o mais recente rímel.

O acordo da Rimmel segue-se a uma parceria em fevereiro, entre a F1 Academy e a marca de beleza Charlotte Tilbury, que se torna na primeira empresa fundada por mulheres a patrocinar o campeonato feminino.

Dados medem o impacto

Uma das principais vantagens do marketing na F1 é a capacidade de medir com precisão o impacto dos patrocínios e das campanhas. Ferramentas de análise avançadas permitem acompanhar desde a visibilidade da marca durante as transmissões ao envolvimento dos fãs nas redes sociais. Esta abordagem baseada em dados permite às marcas afinarem as estratégias, para garantirem o máximo retorno do investimento.

“Além de medir métricas tradicionais, como a exposição televisiva, as visualizações, os cliques e o envolvimento nas redes sociais, também trabalhamos com a Nielsen para avaliar o valor intangível da parceria da Lenovo com a F1”, revela Juan Carlos Fuster, diretor de marketing e comunicações da Lenovo, em declarações ao M&P.

A análise de dados permite ainda às marcas na F1 proporcionarem experiências mais personalizadas e envolventes, aumentando o envolvimento dos fãs e a afinidade com a marca. Por exemplo, a utilização de dados de telemetria nas transmissões em direto da F1 possibilita novas oportunidades para o ‘branded content’. As marcas podem agora criar conteúdos baseados em dados que apelam aos fãs interessados nos pormenores do desempenho das corridas.

“Ao conseguirem um controlo mais granular sobre o espaço onde os anúncios são apresentados, e ao serem capazes de tomar decisões atempadas sobre a colocação dos mesmos, as marcas na F1 têm uma segmentação mais precisa das campanhas”, considera Megan Reichelt, gestora da Integral Ad Science para o Sudeste Asiático, Hong Kong e Taiwan, citada no Branding in Asia.

Marcas aumentam envolvimento com fãs através da tecnologia
–––

A evolução tecnológica na F1 vai além dos carros e dos circuitos. Fora das pistas, os fabricantes de tecnologia procuram modernizar a experiência dos fãs da modalidade, desenvolvendo novas formas de visualização das corridas e de interação das marcas com os consumidores.

“A realidade virtual, a realidade aumentada, a realidade mista e a inteligência artificial (IA) contribuem para experiências de marca únicas que reforçam o posicionamento de inovação da F1”, explica ao M&P Ana Canavarro, consultora especializada em marketing digital, novos media e estratégia digital, coautora do livro ‘Metaverso no Marketing, nas Marcas e nos Negócios’.

A Ferrari, em parceria com a Amazon Web Services (AWS), está a desenvolver uma plataforma digital que inclui experiências de realidade virtual e realidade aumentada, permitindo aos fãs visitar virtualmente as oficinas, interagir com os pilotos e aceder aos bastidores das provas. A Mercedes-AMG Petronas colabora com a Signify. Através de uma tecnologia de iluminação, cria ambientes imersivos nos circuitos noturnos e nas transmissões televisivas, melhorando a experiência de visualização das corridas e dos treinos.

“A realidade virtual permite a visualização de F1 de uma forma mais imersiva. O ‘headset’ Apple Vision Pro, por exemplo, possibilita que os espectadores visualizem uma pista volumétrica projetada numa mesa, com dados e visualizações da corrida em tempo real, enquanto a IA analisa enormes quantidades de dados durante as corridas, fornecendo ‘insights’ instantâneos sobre o desempenho dos carros, as condições da pista e as estratégias das equipas”, explica Ana Canavarro.

Os patrocinadores e os anunciantes também beneficiam dos avanços tecnológicos. “Para se destacarem, as marcas têm de aproveitar as potencialidades da F1 no mundo digital, como o metaverso e outras economias virtuais, onde este desporto pode tornar-se pioneiro”, defende Bruno Moreira, fundador e gestor da agência criativa Modal Brands & Digital.

Numa ativação de marca para promover os Apple Vision Pro, a empresa tecnológica BlackBox Infinite desenvolve um mapa 3D, que permite às audiências interagir com as provas, através dos óculos, tornando a F1 numa experiência imersiva.

“Está na altura de termos marcas que se atrevem e oferecem produtos inovadores, como bilhetes para eventos exclusivos, o acesso a conteúdos que desvendam os bastidores da F1 ou plataformas de gamificação onde os fãs competem em desafios virtuais e ganham ‘tokens’ que são trocados por produtos ou experiências, criando uma economia que une o físico e o virtual de forma contínua”, defende Bruno Moreira.

Os óculos Apple Vision Pro tornam a F1 numa experiência imersiva

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

Daniel Monteiro Rahman

Mais artigos
Fotos DR
Marketing

Marcas investem €13,4 mil milhões na Fórmula 1

A renegociação dos direitos de exploração, o documentário ‘Drive to Survive’ e as redes sociais estão a impulsionar a F1. O aumento da popularidade desta modalidade entre mulheres e consumidores de tecnologia atrai patrocínios de empresas como a LVMH, MSC Cruises, Lenovo e KitKat

2025 é um ano de novos recordes para o campeonato mundial de Fórmula 1 (F1). Numa fase de grande popularidade, a competição automobilística, que arranca a 16 de março com o Grande Prémio da Austrália, consegue alguns dos contratos de patrocínios mais elevados de sempre (ver caixa), apresenta inovações tecnológicas e pode bater recordes de audiências.

Com Lewis Hamilton a trocar a Mercedes-AMG Petronas pela Scuderia Ferrari, Max Verstappen vê a luta pela conquista do penta campeonato mais difícil, gerando mais interesse na prova, que é vista anualmente por cerca de 750 milhões de espectadores em canais de televisão em aberto, segundo a Nielsen Sports.

Os lucros gerados pelos patrocínios têm vindo a aumentar cerca de 10% ao ano, com a F1 a iniciar o campeonato de 2025 com uma faturação estimada de 14,4 mil milhões de dólares (€13,4 mil milhões), em contratos anuais e plurianuais. O valor representa um aumento de 56%, face a 2019, segundo a Nielsen Sports, com a F1 a obter 6,6% do investimento global em patrocínios desportivos, na temporada anterior.

“Existe uma forte procura para fazer parte do ecossistema da F1, através de patrocínios, das transmissões e de parcerias para ativações, porque temos uma marca e uma base de fãs muito forte”, salienta Stefano Domenicali, CEO da F1, na conferência de imprensa de balanço da última temporada.

As marcas patrocinadoras da Fórmula 1 aproveitam os Grandes Prémios para promover eventos exclusivos

O contrato de patrocínio mais mediático desta temporada é o do grupo LVMH com a Liberty Media, empresa norte-americana que adquire os direitos de exploração do campeonato internacional de F1 em 2016. Numa altura em que as mulheres, o segmento que mais cresce, já representam 41% da audiência da competição, o grupo, que detém um portefólio de marcas que inclui a Dior, Bulgari, Givenchy, Kenzo, Loewe e Hublot, entre outras, compromete-se a investir 150 milhões de dólares (€144 milhões), por temporada até 2034.

“A volumetria da audiência traz o interesse das marcas, que veem na F1 uma oportunidade de se posicionarem e, no limite, de incrementar as vendas”, justifica ao M&P Frederico Correia, diretor executivo da agência de meios Wavemaker Portugal.

Em 2024, audiências televisivas cumulativas somam 1,6 mil milhões, incluindo o ‘streaming’, com o número de espectadores únicos a crescer acima de 9% ao ano. Este número inclui os 500 milhões de pessoas (230 milhões no YouTube) que, segundo a Seeing Alpha, acompanham as corridas nas plataformas de ‘streaming’.

“A F1, apesar de só ser viável com grandes investimentos das marcas e exigir um forte ‘know-how’ tecnológico na construção dos automóveis, atrai dezenas de milhares de espectadores nos autódromos e milhões a seguir pela televisão”, sublinha Pedro Dionísio, diretor da pós-graduação de gestão e marketing do desporto do Iscte Executive Education.

42% dos fãs têm menos de 35 anos

O grupo LVMH não é, no entanto, o único estreante na edição deste ano. A Nestlé aproveita o 90.º aniversário da KitKat e o 75.º aniversário da F1 para dar início a uma parceria que se estende até 2028.

Entre os patrocinadores habituais, a empresa de logística DHL e o fabricante de pneus Pirelli também prolongam o apoio à F1 até 2028. “Um grande prémio pode atingir audiências de 200 milhões de espectadores e gerar mais de mil milhões de euros de impacto económico”, diz Daniel Sá, diretor executivo do IPAM e autor do livro ‘Marketing Desportivo – Mais Do Que Um Jogo’.

Segundo a Nielsen Sports, o interesse mundial na F1 atrai 50 milhões de novos fãs desde 2021, com 42% da audiência de 750 milhões a ter menos de 35 anos. A faixa etária que cresce mais é a dos consumidores entre os 16 e os 24 anos, que são os maiores utilizadores de redes sociais, onde a F1 soma cerca de 97 milhões de seguidores, crescendo cerca de 38% ao ano.

A par da entrada da LVMH na F1 e da estreia de Lewis Hamilton na Ferrari, uma das novidades de 2025 é o regresso da TAG Heuer como cronometrista oficial, 22 anos depois, substituindo a Rolex, que desempenhava a função desde 2013.

O piloto Lewis Hamilton protagoniza a mudança de equipa da temporada

O acordo assinado entre os organizadores da prova e a LVMH, que detém a marca de relojoaria desde 1999, é válido por dez anos. Além da visibilidade nas linhas de partida, o contrato garante uma presença fora dos circuitos, através de ativações na ‘fan zone’ e no ‘paddock club’. O desenvolvimento de novas linhas de produtos inspirados na F1 também está contemplado no acordo.

“Enquanto desporto de alta performance e glamour, a F1 oferece às marcas uma plataforma única para construir experiências que vão para além do tradicional. Ao associarem-se à F1, mais do que patrocinar uma competição, estão a criar uma narrativa de inovação, prestígio e emoção”, refere Bruno Moreira, fundador e gestor da agência criativa Modal Brands & Digital e coautor do livro ‘Metaverso no Marketing, nas Marcas e nos Negócios’.

A série ‘Drive to Survive’ da Netflix atrai uma nova legião de seguidores para a F1. A quinta temporada é vista por 6,8 milhões de espectadores

Em Portugal, a DAZN, que tem os direitos de transmissão do campeonato em Portugal, reforça a aposta na prova (ver caixa). Com as transmissões televisivas e as partilhas nas redes sociais, a visibilidade que as marcas conseguem não se limita aos países onde as empresas investem. “A escala é global, tal como as marcas hoje associadas à competição, como a Qatar Airways, a Heineken, a MSC Cruises, a DHL e a Amazon”, salienta Frederico Correia.

Empresas tecnológicas são as que mais investem

O interesse que a F1 desperta nos consumidores de tecnologia, também contribui para o crescimento da modalidade (ver caixa). Para além da aerodinâmica avançada, os novos sistemas de recuperação e de utilização de energia estão a atrair as novas gerações de espectadores e amantes do desporto, com as empresas tecnológicas, como a Amazon Web Services (AWS), a Leonovo e a Salesforce, a figurarem entre os principais patrocinadores da modalidade.

De acordo com a consultora Ampere, as empresas tecnológicas são as que mais investem na F1, representando 18% dos patrocinadores da prova em 2024. “A F1 é o desporto mais inovador e tecnologicamente avançado do mundo, tendo fãs com um perfil altamente tecnológico. A parceria permite-nos mostrar as nossas soluções de ponta num palco global”, argumenta Juan Carlos Fuster, diretor de marketing e comunicações da Lenovo, que aposta em ativações nacionais e internacionais para rentabilizar a parceria.

Com o estatuto de ‘global partner’ a partir desta temporada, a empresa vai ter ativações de marca em lojas e centros comerciais em todos os mercados, incluindo Portugal.

Frederico Correia, diretor executivo da agência de meios Wavemaker Portugal

Embora as marcas tecnológicas figurarem entre os principais investidores da prova, a visibilidade que a F1 recupera está a atrair novos tipos de patrocinadores, como o grupo LVMH, a MSC Cruzeiros e a KitKat, marca da Nestlé. “Continua a ser um desporto de e para elites, havendo uma componente aspiracional muito grande associada ao este desporto. A Liberty Media é muito criteriosa nas marcas que acolhe. A Louis Vuitton é uma marca elitista”, sublinha Frederico Correia.

O fundador e gestor da Modal Brands & Digital recorda, contudo, que o interesse pela F1 “foi sempre muito transversal do ponto de vista das classes sociais”, o que justifica o patrocínio de marcas mais massificadas. “Ainda que a competição tenha passado por duas décadas com alguma decadência, com uma perda acentuada de seguidores, a base de fãs foi sempre muito fiel”, relembra.

Marcas exploram oportunidades de negócio

A Lego e a F1 anunciam uma colaboração estratégica que, com início em 2025, prevê o lançamento de jogos de construção com alguns dos carros e dos circuitos de F1. A parceria é complementada com ativações de marca nas ‘fan zones’ e a divulgação de conteúdos exclusivos nas plataformas digitais das duas marcas. O forte crescimento de adeptos de F1 na faixa etária entre os oito e os 12 anos é uma das razões apontadas.

O propósito é sempre posicionar as marcas como inovadoras, dinâmicas e atrativas para gerar negócio. “A parceria com a F1 permite à KitKat uma exposição privilegiada junto de uma audiência diversificada, reforçando a perceção da marca como moderna e dinâmica”, revela Bruno Martiniano, diretor da unidade de negócio de confeitaria da Nestlé.

Na temporada de 2025, além de passatempos e de ofertas promocionais exclusivas, a KitKat vai ter ativações de marca, que serão complementadas com uma campanha publicitária omnicanal, em fase de preparação.

A visibilidade mediática que a F1 ganha nas redes sociais converte os pilotos em estreias globais que os fãs da modalidade seguem atentamente

A MSC Cruzeiros também está a preparar ativações de marcas nos navios. “A visibilidade é conseguida maioritariamente através da televisão, uma vez que a F1 é transmitida em centenas de países, aumentando o reconhecimento da marca em diferentes regiões e atraindo novos clientes”, refere Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros.

A ligação à F1 permite à MSC Cruises promover eventos e experiências exclusivas nos navios nos dias das corridas, que geram conteúdos para as redes sociais, “incentivando a partilha de experiências, o que acaba por aumentar a visibilidade online”.

Mesmo nos países que não acolhem provas da competição, como é o caso de Portugal desde 2021, há fãs a acompanhar a F1. “Não termos grandes prémios limita as oportunidades de ativação no terreno, porque a nossa abordagem de marketing está globalmente ligada. Por enquanto, não temos campanhas exclusivas para Portugal, mas procuramos amplificar as iniciativas internacionais através de conteúdos localizados”, esclarece Mathias Wendholt, diretor de marketing global de desportos motorizados da Puma, outro dos patrocinadores da prova.

Na F1 há 40 anos, a marca desportiva tem uma das parcerias mais longas no ‘paddock’, com a Ferrari. À semelhança da Puma, há marcas que, em vez de investir no campeonato de F1, preferem patrocinar equipas, como é o caso da Xerox, que em 2025 patrocina a Aston Martin Aramco. O acordo prevê a gestão da impressão de dados de telemetria para os pilotos, o desenvolvimento de tecnologias de realidade aumentada – para permitir a assistência remota em pista – e a recolha de dados para o departamento de marketing da equipa.

A Adidas também anuncia em janeiro o apoio à Mercedes-AMG Petronas. O contrato plurianual, que marca a estreia da marca desportiva na F1, dá origem a uma nova coleção de calçado, roupa e acessórios. Em média, as equipas de F1 obtêm, esta época, 250 milhões de dólares (€233,8 milhões) em receitas anuais com patrocínios, mais 20% do que em 2024.

F1 com estatuto de espetáculo global

A perder 200 milhões de espectadores entre 2008 e 2016, a F1 volta a despertar o interesse das audiências a partir do momento em que a Liberty Media adquire o Formula One Group por 4,4 mil milhões de dólares (€4,2 mil milhões), em 2017.

As negociações com a Netflix levam a plataforma de ‘streaming’ a desenvolver ‘Drive to Survive’, em 2019, documentário que reposiciona a modalidade. Para atrair as novas gerações, sem paciência para assistir às duas horas de corrida, a Netflix converte-as em dez episódios de 40 minutos, que são vistos por cerca de 6,8 milhões, segundo o relatório ‘YouGov Sports Whitepaper 2023’.

Daniel Sá, diretor executivo do IPAM, especialista em marketing desportivo

“Fizeram estudos a nível global para entender a perceção dos diferentes tipos de consumidores, introduziram alterações na competição, deram espaço a novos circuitos e modificaram o consumo de F1, com a Netflix a trazer uma dimensão ‘hollywoodesca’ que alterou completamente o interesse mundial pela competição”, salienta Daniel Sá.

Segundo o site Thesportsrush.com, cerca de 16,9 milhões de pessoas viram a quinta temporada do documentário, emitida entre fevereiro de 2023 e junho de 2024, levando os organizadores e anunciantes a confirmar a dimensão que o fenómeno ganha.

A Lego lança uma coleção de jogos de construção com os carros da F1

“Este conteúdo aproximou o desporto das pessoas, através de uma quase ‘novelização’ do dia a dia dos pilotos e das equipas. Ao estilo dos ‘reality shows’, capturou uma nova geração de fãs que, ao longo da época, quer seguir aquelas personagens da vida real, por causa das rivalidades, da competição e da tecnologia”, considera Frederico Correia.

A ascensão de Stefano Domenicali, ex-diretor executivo da Lamborghini, a CEO da F1 e a existência de três grandes prémios nos Estados Unidos, um dos países onde as audiências da prova mais cresceram, também contribui para a atratividade que a F1 recupera.

“O apelo resulta da transformação para um espetáculo global. Este desporto automobilista tornou-se numa plataforma de entretenimento que alia a adrenalina da competição a um estilo de vida cheio de glamour e histórias humanas fascinantes. A F1 está a oferecer um produto que vai para além das pistas”, salienta Bruno Moreira.

Bruno Moreira, fundador e gestor da agência criativa Modal Brands & Digital e coautor do livro ‘Metaverso no Marketing, nas Marcas e nos Negócios’, em parceria com a consultora de marketing Ana Canavarro

Portugal acompanha a tendência. A partir de 2003, com as corridas a deixarem de ser transmitidas em sinal aberto e sem provas em Portugal nem pilotos portugueses em competição, a F1 foi caindo no esquecimento. Mas, após 2019, o interesse gerado pelo documentário da Netflix estende-se às redes sociais, com os portugueses a recuperarem as emoções de seguir a prova.

“Há um incremento do número de perfis dedicados à modalidade e, se pensarmos no áudio, o podcast ‘F1 na Sport TV’ chegou a estar no top de podcasts mais ouvidos em Portugal durante a última época”, salienta Frederico Correia. Para as agências de meios dos países onde não se realizam corridas, como Portugal, as marcas podem desenvolver iniciativas de comunicação e ativações paralelas.

“Numa perspetiva local, passa por associar a marca às corridas, bem como à restante programação ligada ao desporto em si, através de patrocínio na plataforma que detém os direitos de transmissão”, refere o diretor executivo da Wavemaker Portugal.

Os dez maiores patrocínios a equipas de F1
–––

1.º Red Bull/Oracle e Ferrari/HP
A Red Bull e a Ferrari vão receber cerca de 100 milhões de dólares (€96,1 milhões) cada em 2025 dos principais patrocinadores, a Oracle e a HP, respetivamente. Estes acordos colocam as duas equipas no topo da lista dos maiores ganhos com patrocínios na Fórmula 1 para 2025, de acordo com a Sports Illustrated.

3.º Aston Martin/Aramco
O grupo petrolífero saudita não só é parceiro oficial da F1 como é o principal patrocinador da Aston Martin. De acordo com a RacingNews365, a Aramco paga à equipa britânica 75 milhões de dólares (€69,1 milhões) por ano.

4.º Mercedes/Petronas
O grupo empresarial malaio, que patrocina a Mercedes-AMG Petronas desde 2010, investe em força na parceria. O novo acordo, que se prolonga para além de 2026, rende à equipa 70 milhões de dólares (€64,4 milhões) na próxima temporada, segundo a RacingNews365.

5.º Alfa Romeo/Stake
A empresa de criptomoedas australiana, que também patrocina o clube de futebol Everton X, investe anualmente 50 milhões de dólares (€46 milhões) na Stake F1 Team, comprada pela Audi no ínicio de 2024, segundo a RacingNews365.

6.º McLaren/Mastercard
Apesar de nunca ter sido divulgado o montante do patrocínio, executivos do setor da F1 estimam que a Mastercard vai pagar à McLaren entre 30 e 40 milhões de dólares (€27,6 e €36,8 milhões) por ano, segundo o Sports Business Journal.

7.º Alpine/Best Water Technology
A empresa tecnológica austríaca investe anualmente 25 milhões de dólares na Alpine (€24,1 milhões), desde fevereiro de 2022.

8.º Haas/MoneyGram
Em vigor desde 2022, o contrato de parceria com a MoneyGram rende à equipa 20 milhões de dólares por ano (€19,2 milhões), revela o PlanetF1.com.

9.º Scuderia AlphaTauri/AlphaTauri
A marca de moda austríaca que dá o nome à equipa desembolsa 15 milhões de dólares (€14,4 milhões) por ano, tendo na temporada de 2023 patrocinado 15 equipas

10.º Williams/Duracell
Apesar da visibilidade que tem na grelha de partida, está longe de ser o negócio mais lucrativo. Segundo a GlobalData, a equipa de James Vowles só recebe seis milhões de dólares (€5,8 milhões) da Duracell.

 

DAZN lança subscrição para fãs de desportos motorizados
–––

A DAZN, que detém os direitos de transmissão da FIA Formula 1 Championship no triénio 2025-2027, aproveita o entusiasmo em torno da prova para lançar a DAZN Motores, plataforma de ‘streaming’ para os fãs de desportos motorizados.

O novo serviço de subscrição está disponível desde 18 de fevereiro, com a transmissão de ‘F1 75’, cerimónia inédita que reúne, em Londres, todas as equipas da F1 para a apresentação dos carros da nova temporada.

O serviço DAZN Motores, que tem uma subscrição autónoma a partir de €6,99/mês, vai acompanhar as provas de F1, Fórmula 2, Fórmula 3 e Fórmula E, além da Porsche SuperCup e da F1 Academy, disponibilizando transmissões em direto, análises especializadas e reportagens.

As conferências de imprensa dos pilotos também passam a ser acompanhadas em direto, à semelhança dos testes de pré-temporada, no Bahrein.

A DAZN também vai divulgar conteúdos exclusivos da Flying Lap, a maior comunidade digital de fãs portugueses de F1, que conta com cerca de 60 mil seguidores, nas redes sociais da plataforma. Com o reforço da aposta da empresa no automobilismo, o canal DAZN 5 passa a ser exclusivamente dedicado ao desporto motorizado.

 

A corrida aos direitos de transmissão
–––

O mercado norte-americano é uma prioridade para o crescimento da Fórmula 1 (F1), devido ao sucesso da série ‘Drive to Survive’, da Netflix, lançada em 2019. Mas a relação entre a Netflix e a F1 pode estar prestes a estender-se, com a plataforma a ponderar uma proposta para adquirir os direitos de transmissão da F1 nos Estados Unidos, detidos pela ESPN até ao final de 2025.

O valor atual, 90 milhões de dólares (€83,5 milhões) por ano, é considerado baixo para uma modalidade com 24 corridas anuais e o céu é o limite no que toca aos valores a que o próximo acordo pode ascender. No Reino Unido este valor é de 250 milhões de dólares (€231,8 milhões) por ano, num acordo até 2029 com a Sky Sports. “O preço é tão baixo que só pode subir substancialmente”, considera François Godard, analista da consultora de pesquisas de mercado Enders, ao The Athletic.

A renovação com a ESPN garante à F1 um alcance e uma estrutura que só uma rede televisiva consegue fornecer, mas a concorrência das plataformas de ‘streaming’ promete aquecer as negociações. Netflix, Amazon (Prime Video), Apple (Apple TV) – que está a produzir o filme ‘F1’, com Brad Pitt (na foto) e a lançar em junho – e NBC (Peacock) têm investido fortemente em transmissões desportivas.

Adquirir os direitos da F1 marcaria uma mudança estratégica para estas plataformas, sobretudo para a Netflix, que tem privilegiado eventos pontuais. “Claro que a Netflix está interessada”, revela Pierre Maes, consultor especialista de direitos de media, ao The Athletic, ressalvando que, “no entanto, a Netflix não quer entrar em leilões contra a ESPN, a Apple ou a Amazon”.

Existem dúvidas acerca da capacidade e sustentabilidade a longo prazo dos serviços de ‘streaming’ de transmitirem uma temporada inteira de F1, devido ao modelo de negócio e às audiências. A F1, focada na construção da reputação e audiência nos Estados Unidos, pode não querer arriscar desfazer esse progresso ao apostar num serviço de ‘streaming’.

Certo é que independentemente do vencedor, seja uma estação tradicional ou uma plataforma de ‘streaming’, o próximo contrato de transmissão nos Estados Unidos promete ter um impacto determinante no futuro da F1, tanto a nível financeiro como estratégico.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman e Luis Batista Gonçalves

Daniel Monteiro Rahman e Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
FOTO DR
Marketing

Notable confirma desvio de €300 mil destinados a Carolina Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira

Manuel Santana Lopes (na foto) assumiu a culpa e cessou funções na agência de relações públicas e agenciamento de influenciadores. A Notable já acionou os meios jurídicos para ser ressarcida

A Notable, liderada por Inês Mendes da Silva, confirma o desvio de €300 mil destinados a dois agenciados da agência, Carolina Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira. “O ex-colaborador visado reconheceu o sucedido e cessou imediatamente funções na empresa”, revela a Notable, agência de relações públicas e agenciamento de influenciadores, em comunicado divulgado nas redes sociais, sem concretizar que se trata de Manuel Santana Lopes.

A agência explica que os factos foram apurados no âmbito de uma auditoria interna, realizada de urgência por iniciativa da Notable, “após verificação de alguns indícios que apontavam no sentido daquele desvio”, adianta o comunicado. Perante os resultados, a agência mandatou os advogados para, “através dos meios jurídicos adequados, assegurarem o ressarcimento da empresa e o exercício dos seus demais direitos”.

A apresentadora Carolina Patrocínio, através de um comunicado divulgado no Instagram, confirma que foi vítima do desvio de fundos . “Sermos enganados por quem nos é próximo e tem a nossa confiança é ser roubado duas vezes. E dói duas vezes mais”, diz a influenciadora e repórter da SIC, sem se referir diretamente ao chefe de operações da Notable.

De acordo com a SIC Notícias, o valor ronda os €300 mil e terão sido os próprios lesados a descobrir a alegada burla. Manuel Santana Lopes criou uma conta de email falsa, para se fazer passar pelo marido de Carolina Patrocínio, Gonçalo Uva, conseguindo direcionar o valor de várias faturas para a sua conta bancária.

O profissional de relações públicas é sobrinho de Pedro Santana Lopes, atual autarca da Figueira da Foz, e filho de Paulo Santana Lopes, detido em 2016 durante a operação Rota do Atlântico, no âmbito da investigação de um processo de alegada corrupção internacional. Manuel Santana Lopes desativou, entretanto, todas as contas nas redes sociais.

Contactados pelo M&P, Manuel Santana Lopes e Inês Mendes da Silva, fundadora e CEO da Notable, não estiveram disponíveis para prestar declarações.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

Impresa com prejuízos de €66,2 milhões em 2024

“A nossa meta é reduzir os custos em 10% em quatro anos, o que corresponde a um corte de cerca de €16 milhões”, diz Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, que admite vender o edifício do grupo em Paço de Arcos, para reduzir o endividamento bancário

A Impresa, empresa proprietária da SIC e do Expresso, encerra o exercício de 2024 com um resultado líquido negativo de €66,2 milhões. O agravamento é explicado, em grande parte, por uma perda por imparidade de €60,7 milhões, relacionada com os segmentos da televisão e da subsidiária Infoportugal, reavaliados em baixa pelo grupo.

“Durante o exercício de 2024, face à evolução de determinadas atividades nos segmentos de televisão e da Infoportugal, bem como à tendência perspetivada dos principais mercados onde estas se enquadram, foram revistos os pressupostos-chave utilizados nos testes de imparidade destes negócios”, refere a Impresa em comunicado de imprensa.

A empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão salienta, contudo, que estas imparidades não têm impacto na atividade operacional do grupo nem comprometem a sua tesouraria. “Na sequência da evolução dos processos judiciais em curso, intentados contra o grupo, e da aferição dos respetivos riscos e responsabilidades, o valor das provisões foi reforçado em aproximadamente €5,3 milhões”, explica o comunicado de imprensa.

Em declarações à Lusa, Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, admite ainda a venda do edifício do grupo em Paço de Arcos, para obter um encaixe financeiro que permita reduzir o endividamento bancário e avançar, depois, para um arrendamento subsequente, tendo também garantido que os principais ativos da Impresa “não estão à venda”.

Receitas totais de 2024 crescem 0,2%

A empresa fecha o ano com receitas totais de €182,3 milhões, mais 0,2% do que no ano anterior, tendo os custos operacionais recuado 1,6%, para €163,8 milhões. O EBITDA do grupo de media cifra-se em €18,4 milhões e o EBITDA recorrente, ajustado dos custos de reestruturação e de indemnizações pagas e recebidas, é de €15,6 milhões. A dívida remunerada líquida registada no final de 2024 é de €130,9 milhões.

“Melhorámos o EBITDA, devido à redução de custos e a um aumento ligeiro nas receitas. No entanto, o EBITDA recorrente, que exclui indemnizações pagas e recebidas, caiu. Por essa razão, e principalmente pelo agravamento do serviço da dívida e do custo de financiamento ao longo dos últimos três anos, verificou-se um aumento da dívida líquida”, explica Francisco Pedro Balsemão, citado em comunicado de imprensa.

A estratégia para voltar a crescer em 2025

A estratégia definida para este ano pretende aumentar os resultados operacionais e reduzir a dívida da empresa. “Para esse efeito, lançámos um novo plano estratégico, com um foco ainda maior no corte de custos. A nossa meta é reduzir os custos em 10% em quatro anos, o que corresponde a um corte de cerca de €16 milhões, especificamente na área de conteúdos, operações e tecnologia e despesas administrativas gerais”, revela Francisco Pedro Balsemão, citado em comunicado.

Além de procurar rentabilizar as áreas centrais do negócio, reformulando e inovando em áreas como a publicidade, a intenção é ter “uma presença mais estruturada, relevante e transversal das nossas marcas e ativos no digital, com o objetivo de aumentar a sua contribuição positiva para a margem do negócio”, salienta o CEO. A diversificação das fontes de receitas e o investimento na produção e venda de conteúdos de ficção e informação a outros mercados também fazem parte da estratégia.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Comunicação

CH Group reforça presença em África

A consultora portuguesa assume a comunicação estratégica da Comissão Africana da Aviação Civil, entidade que gere o mercado aéreo africano. “Estamos muito orgulhosos por liderar um projeto desta magnitude”, sublinha António Henriques, CEO do CH Group (na foto)

O CH Group acaba de conquistar a comunicação estratégica da Comissão Africana da Aviação Civil (AFCAC), entidade responsável pela implementação do Mercado Único de Transporte Aéreo (SAATM) em África. Além do desenvolvimento de um sistema de comunicação, defesa e relações públicas para promover a integração do setor da aviação no continente africano, o contrato, com um valor de cerca de €450 mil, também contempla o desenvolvimento da nova identidade visual do organismo.

“Estamos muito orgulhosos por liderar um projeto desta magnitude. Este projeto vai além de um desafio de comunicação, é uma oportunidade para impulsionar a integração e o desenvolvimento económico de África. Estamos comprometidos em apoiar a AFCAC e o SAATM na construção de um futuro mais conectado e próspero para o continente africano”, salienta António Henriques, CEO do CH Group, citado em comunicado de imprensa.

O acordo assinado reforça a estratégia de internacionalização da consultora, consolidando a presença em mercados estrangeiros enquanto parceiro de referência em projetos institucionais de grande impacto. “A execução deste projeto representa um desafio significativo, não apenas pela sua complexidade técnica e institucional, mas também pelo seu impacto na promoção de um mercado aéreo verdadeiramente unificado e acessível em África”, afirma Carlos Adegas, sócio e diretor de pesquisa internacional do CH Group, citado no documento.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.