Nova Playboy não quer tratar mulheres como objecto sexual
Marco Reis será o director da publicação masculina que chegará às bancas em finais de Abril, já com a edição de Maio. Luís Merca desempenhará funções de conselheiro editorial do título.
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Elsa Pereira
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E depois da Maxmen, agora Maxim, eis que está de regresso ao mercado nacional a Playboy, desta vez a reboque da Media Page, detida pelo empresário de distribuição de filmes Mário Pimentel, avançou o Dinheiro Vivo. Marco Reis será o director da publicação masculina que chegará às bancas em finais de Abril, já com a edição de Maio. A equipa da Playboy será integrada por profissionais que já se movimentaram no segmento, de que constitui exemplo Luís Merca, ex-director da Maxmen.
“A tiragem média deverá rondar os 50 mil exemplares, terá distribuição nacional e o preço de capa ainda não está definido”, adiantou ao M&P Marco Reis. “A nova revista Playboy não terá nada a ver com a anterior edição portuguesa. Não nos compete entrar em nenhum tipo de comparação mas seguramente o leitor irá notar uma enorme diferença”, assegura o responsável. “Teremos uma linha gráfica e editorial completamente distinta, sessões fotográficas mais suaves e cuidadas e a aposta será muito forte em conteúdos editoriais de referência em campos clássicos do título, como as entrevistas ou a ficção”.
Também Luís Merca, que será “o conselheiro editorial da revista”, assevera que a “Playboy será relançada em termos diametralmente opostos” aos aplicados pela anterior editora que, nas suas palavras, “vilipendiou o título”. “Agora é que vai ser a sério”, comentou o profissional que recentemente lançou o projecto ISpeed. E acrescenta: “Não estaria envolvido nisto se não estivesse certo da qualidade do produto”. A linguagem da publicação “obedecerá às tendências”, refere Luís Merca, aliás, “seguindo o exemplo das edições internacionais e da edição mãe, norte-americana”. Até para facilitar a participação de algumas modelos e a associação de certos anunciantes à marca Playboy, a mulher não figurará como “mero objecto sexual”. “É uma revista mais vocacionada para o life-style”, garante.
Questionado pelo M&P sobre se há espaço em Portugal para cinco publicações masculinas – Maxim e Playboy juntam-se à GQ, à Men’s Health e à Penthouse, o responsável não tem dúvidas. “O mercado parece que tem mel quando se tratam de revistas masculinas, embora haja velhos do Restelo que rejeitem esta ideia”, observou. Aliás, completa, “o renascer da Playboy é indicativo de que o mercado publicitário quer coisas novas”. Por seu turno Marco Reis comenta: “A Playboy é uma das cinco marcas mais conhecidas do mundo e o maior título no segmento das revistas masculinas. O desafio é posicioná-la em Portugal no seu espaço natural”. “Havendo qualidade e consistência, seguramente haverá leitores”, concretiza o responsável.
“A revista está projectada de forma a conseguir conviver com as oscilações do mercado ao nível das vendas e receitas publicitárias, de forma equilibrada”, frisa Marco Reis, optando por não revelar valores de investimento. No que diz respeito à presença nas novas plataformas, o director diz: “Estaremos desde o primeiro dia nas redes sociais (Facebook e Twitter) e num site oficial. Teremos posteriormente assinaturas digitais, estando prevista uma edição dedicada directamente aos tablets num futuro próximo”, conclui.