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“Dentro de três anos facturaremos mais fora que em Portugal”

Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização.

Rui Oliveira Marques
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“Dentro de três anos facturaremos mais fora que em Portugal”

Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização.

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Nos últimos dois anos, o grupo YoungNetwork investiu um milhão de euros na internacionalização. Em 2008 comprou 75 por cento da agência croata Meritor Media, que no ano seguinte se expandiu para a Macedónia. Em Setembro do ano passado, foi a vez da YoungNetwork anunciar a entrada em Luanda. Agora, João Duarte ultima a entrada em Moçambique. Pelo meio comprou ainda 15 por cento da agência Torke e abriu um escritório no Porto. O CEO do grupo explica o projecto de expansão.

Meios & Publicidade (M&P): A 1 de Setembro vai abrir a YoungNetwork Moçambique. O que é que este país tem de interessante quando, à partida, não é economicamente desenvolvido?

João Duarte (JD): Olhamos para os mercados numa perspectiva de médio e longo prazo. Nesta perspectiva, há três mercados de língua portuguesa muito importantes para nós: Portugal, Angola e Moçambique. Podemos incluir um quarto do outro lado do Atlântico, que é o Brasil e é efectivamente muito importante. Os últimos dez anos têm mostrado que a evolução de Moçambique é muito grande, apesar de não ter o desenvolvimento de Angola. Entraram muitas empresas e temos a perspectiva de que o país continuará a desenvolver-se. O mercado é mais pequeno mas é mais organizado que Angola. É, por exemplo, mais fácil identificar os concorrentes e fornecedores.

M&P: Qual será a oferta da YoungNetwork?

JD: Tal como em Angola, em Moçambique não vamos ser apenas agência de comunicação. No mercado, não da comunicação, mas da publicidade, existem três players: DDB Moçambique, Golo e Ogilvy Moçambique. Vamos ter uma oferta mais integrada, sabendo de antemão que o trabalho de lá é bem feito. Vamos agregar comunicação ao branding e ao advertising. Achamos que há espaço para crescer para quem vai com a nossa intenção. Não estamos à espera de ter resultados de um dia para o outro. Nunca os tivemos com essa postura em lado nenhum e não vai ser agora que vai acontecer.

M&P: Como surgiu esta oportunidade em Moçambique? Procuraram um sócio local ou entram sozinhos?

JD: Não vamos atrás de uma oportunidade. Quando entrámos em Angola, tínhamos já Moçambique em mente. Foi um pouco acelerado face ao que estávamos a espera. Chegámos ao mercado e contactámos potenciais clientes para nos darem uma perspectiva. Começámos a estudar o mercado no início do ano e falámos com potenciais parceiros, clientes e fornecedores. Até final de Maio tínhamos três hipóteses em aberto: duas pessoas ligadas aos dois principais grupos económicos de Moçambique estavam interessadas em participar no projecto e havia uma terceira via que era entrarmos sozinhos. Avançamos com um desses grupos.

M&P: Que grupo é?

JD: Ainda não pode ser divulgado, mas em Setembro estaremos em condições de fazê-lo. É um grupo forte.

M&P: Não existe nenhum cliente que, por si só, justifique a entrada em Moçambique?

JD: Não há nenhum cliente que seja a força motriz, tal como não houve em Angola. Mesmo assim, achamos que em Moçambique vamos ganhar clientes através de Lisboa e de Luanda.

M&P: Quanto está a investir em Maputo?

JD: À volta dos 150 mil euros. Face a Angola o investimento é mais pequeno, onde foi cerca de 350 mil euros. Quando falamos de investimento, refiro-me ao investimento inicial e para pôr a operação a funcionar.

M&P: São, portanto, 500 mil euros para a expansão em África. Não é um risco elevado tendo em conta que entrou em Angola e em Moçambique sem clientes?

JD: Em Angola começámos com três clientes e aí é preciso um investimento alto. Quando chegamos ao mercado vamos sem ajuda nenhuma. No caso de Moçambique, para uma empresa da nossa dimensão, não é um investimento muito elevado. Além disso, tive cinco reuniões com potenciais clientes e quatro já nos conheciam pelas notícias, por artigos de opinião e pelo passa palavra. Mas as nossas operações nos primeiros meses são muito deficitárias.

M&P: Angola ainda o é?

JD: Está próxima do zero. Ao fim de nove meses os custos e as receitas estão ela por ela

M&P: É sinal de que foi uma boa aposta ir para Angola?

JD: É, mas também foi preciso mais investimento e é mais arriscado. Mas o potencial é maior. Estes dois anos em Angola foram difíceis. O país não tem uma crise económica, tem uma crise financeira, mas não estamos muito expostos, nesta fase, ao Estado angolano.

M&P: Em termos de clientes, o que pode apresentar?

JD: O nosso objectivo era chegar aos 10 clientes no fim de 2010 e já os atingimos. Optamos por não falar da nossa operação em Angola, mesmo que esteja a dar frutos.

M&P: Porquê?

JD: Temos muita coisa de que falar. Há projectos que têm um risco maior e preferimos primeiro fazer o trabalho de casa e depois apresentar resultados. Criando aqui uma excepção, divulgo em três grandes blocos os clientes com que trabalhamos: multinacionais, empresas portuguesas investidoras em Angola e empresas angolanas. Nas multinacionais, posso falar na Total e na British Airways, nas empresas portuguesas a investir em Angola posso referir várias empresas do grupo Auto-Sueco e a Finaccount, entre as empresas angolanas, posso falar, em Angola Telecom, Solar de Alvalade que é um dos principais condomínios de Luanda, e o condomínio de luxo em Benguela Baía Azul.

M&P: Quais são os principais serviços que prestam em Angola?

JD: É relativamente equitativo. Os maiores serviços foram de relações públicas e de eventos, mas com possibilidade de ganharmos espaço em branding.

M&P: Quando entrou em Angola disse que “o mercado já tem os seus players e nós sentimo-nos no papel de challenger. A operação arranca com duas pessoas, mas dentro de um ano poderá chegar às sete”. Mantém a previsão?

JD: Temos seis pessoas em Luanda, metade portuguesa, metade angolana. Estreámos um escritório para 10 a 12 pessoas. Num dossier do Meios & Publicidade outros players angolanos diziam que em Portugal as empresas portuguesas diziam que estavam lá a fazer o trabalho A,B ou C, mas na verdade os principais concorrentes são as empresas angolanas.

M&P: As próprias agências portuguesas distorcem a realidade do mercado angolano?

JD: Acho que sim. Quando vamos para um país é para aprender e para estarmos atentos. Tenho ido a Angola todos os meses e ainda acho que não conheço o suficiente para fazer comentários. Em Moçambique vamos também respeitar quem lá está.

M&P: Que lições aprendeu em Luanda que vá aplicar em Maputo?

JD: Em Angola foi preciso levar pessoas, criar rotinas de trabalho entre a equipa angolana e a de Lisboa. Existem em Portugal pessoas que reportam já a Angola. Testámos coisas que não funcionaram, mas o que funcionou vai ser replicado. Definimos regras face a parceiros. O nosso parceiro angolano é o António Marques e tem corrido bem.

M&P: Para quem não conheça a realidade angolana, quem é?

JD: É empresário. É um nome que, se calhar, não diz muito aos portugueses. Nós temos o know-how da comunicação, não andamos à procura da parte financeira dos parceiros. Mas há uma regra: entram com o mesmo dinheiro, em termos proporcionais, com que nós entramos. Não damos percentagens a ninguém. Depois, somos sempre maioritários e a gestão é 100 por cento nossa. O que é que nós valorizamos? New business. Se não tem new business, dificilmente é nosso parceiro de capital. O único país onde não temos sócios é a Macedónia.

M&P: Como olha para as agências portuguesas em Luanda, tendo em conta que nos últimos meses se têm registado várias investidas da concorrência?

JD: Há duas formas de estar em Angola e ambas são legítimas e interessantes. Uma é fazer um negócio sobretudo em Portugal e ter um ponta de lança lá. A outra é montar uma estrutura com escritório e com uma perspectiva de médio e longo prazo. Optámos por esta via. Já fazíamos negócios para Angola antes de estarmos lá e nunca me ouviram dizer que já estava em Angola. Fizemos agora um negócio na Turquia. Temos lá um escritório através da Torke, mas nunca me ouviram dizer que abri lá um escritório da YoungNetwork. Algumas das agências de publicidade e comunicação têm preferido ter lá uma pessoa ou uma equipa pequena a dar apoio aos clientes que vêm de Portugal. Nós não vamos ser a agência para os clientes portugueses, vamos ser muito mais do que isso.

M&P: Por que decidiu investir na Croácia?

JD: Antes de olharmos para África, estudamos muito os mercados do Leste europeu. São mercados emergentes e com um potencial de crescimento enorme. No Leste, chegámos à ex-Jugoslávia, porque são 20 milhões a falar praticamente a mesma língua. Tínhamos de começar por algum lado. No primeiro ano a operação da Croácia cresceu 70 cento. No ano passado decrescemos ligeiramente a facturação. Este primeiro semestre está a ser razoável. São também países afectados pela crise. Precisamos de mais pessoas para nos ajudar a gerir lá. Angola é uma aposta tão forte que desorientou um pouco a nossa atenção. Neste momento os centros de competência estão em Portugal mas nem sempre será assim. As pessoas que estão em Portugal vão ter de fazer com que mereçam que os centros continuem em Portugal. Vamos ter, por exemplo, competências de programação e de design na Macedónia. Pela dimensão que estamos a tomar, podemos estar a desenvolver projectos de web 2.0 para Angola através da Macedónia.

M&P: Quanto é que investiu na Croácia até agora?

JD: 200 a 250 mil euros. Mas não pode ser visto assim. A Croácia tem todos os anos resultados positivos. Uma parte do retorno está já garantido.

M&P: Mesmo assim a expansão está a decorrer a um ritmo que não é comum na área da comunicação…

JD: Todos os concorrentes têm as suas vantagens e desvantagens. Nós temos uma vocação internacional. Não pensamos tanto nos concorrentes portugueses, mas nos concorrentes que temos em cada território. Temos de estar em alguns mercados a ter bons resultados que possam suportar isto. Acresce outro facto: a YoungNetwork tem um endividamento muito baixo. Isso permitiu aumentar um bocado o endividamento para ter mais força para que, quando está tudo na toca, sairmos. Como diz Warren Buffett:“Tenha medo quando os outros são gananciosos e seja ganancioso enquanto os outros estão com medo”. Nós estamos nesta última fase. O nosso endividamento aumentou mas continua a ser baixo. Se calhar o nosso endividamento é pouco mais de 10 por cento da nossa facturação anual. Estamos a ter resultados num momento e num mercado difícil como o português. Em nove anos crescemos sempre num ritmo superior a dois dígitos.

M&P: No vosso site dizem que são a agência número um no crescimento de volume de negócio. Mantém a frase?

JD: Sim. Basta ver de onde viemos. Não há rankings e é difícil perceber o que está dentro de cada facturação. Dificilmente não estaremos no top das agências com maior facturação. Não se consegue encontrar no mercado uma agência que tenha evoluído de uma para mais de 80 pessoas em nove anos. No ano passado crescemos 12 por cento e foi o primeiro ano da história abaixo do objectivo.

M&P: Cresceu para quanto?

JD: Não revelo o volume de facturação, mas no ano anterior tínhamos crescido 60 por cento. No ano passado queríamos crescer 30 por cento e ficamos nos 12. Uma nota quanto aos 12 por cento: não considero um mau resultado dado que foi obtido no ano economicamente mais difícil dos últimos 30 para quem está a gerir empresas. Nem quero eu dar o sinal a quem se esforçou de que esse foi um mau resultado, quando em muitas empresas era suficiente para abrir garrafas de champanhe.

M&P: Mesmo assim, o mercado continua a não pensar na YoungNetwork como uma das principais agências do país.

JD: Não tenho essa percepção mas talvez seja pela estrutura de clientes e pela postura de challenger permanente. Por mais voltas que se dê, não se encontram outras agências com esse percurso. Há agências históricas no mercado português a fazer bom trabalho, da mesma forma que há agências históricas que passaram por momentos mais difíceis e mantêm o seu pedigree.

M&P: Qual é o perfil dos seus clientes?

JD: Temos muitas multinacionais. Devemos ser das agências que tem mais multinacionais. Temos clientes de grande e média dimensão. Se calhar falta-nos estar melhor posicionados nas empresas cotadas e nas empresas públicas. Mas no fim do dia o que interessa é o crescimento que se tem. E isso não nos tem impedido de entrar em nenhum sector ou em algum lado.

M&P: Perante a internacionalização e compras, quando lhe perguntam o que é o grupo YoungNetwork, o que responde?

JD: É uma agência de comunicação global. A maior parte do negócio ainda vem de Portugal e da área de consultoria. No futuro não será assim. Dentro de três anos, posso dizê-lo com segurança, facturaremos mais fora que em Portugal. Este ano, a facturação de Angola e da Croácia está acima dos 20 por cento. Na Macedónia a operação é pequena.

M&P: Somando Angola, Moçambique, Torke, Porto, Macedónia e Croácia, quanto foi investido na expansão da YoungNetwork?

JD: Quase um milhão de euros

M&P: Conhece alguma agência que tenha gasto esse valor em expansão?

JD: No espaço de dois anos desconheço. Sei que tem havido muito poucos negócios no mercado envolvendo dinheiro. Por vezes os jornalistas e observadores falam de fusões ou aquisições, mas depois não se verificam. Tirando trocas de participações, aquisições por intervenção financeira de quem adquiriu, não conheço.

– Mudança de governo é “indiferente” para o mercado

João Duarte explica o que resultou das queixas à adjudicação de dois concursos públicos e o que pretende fazer da área de public affairs.

M&P: Em Novembro interpôs dois processos junto do tribunal para esclarecer os resultados de dois concursos públicos em que participou. Em que ponto estão?

JD: Ganhámos um, porque o tribunal deu-nos razão e o instituto público concordou, e perdemos outro. No segundo, acharam que a nossa exposição não tinha fundamento.

M&P: O que é que os colegas de outras agências lhe disseram sobre este assunto?

JD: Alguns disseram que nós fazemos o que outros não fazem. Em relação a coisas relacionadas com governo ou Estado temos poucos ou nenhuns rabos de palha. Quando nos convidam para fazer número e as coisas não são transparentes… Já entrámos em concursos públicos em que ganhámos, poucos. Nestes dois havia claramente dois ou três pontos, nomeadamente a questão do preço, que nos colocavam dúvidas.

M&P: Identificou os vencedores como os “suspeitos do costume”.

JD: Ganharam agências que normalmente ganham concursos públicos. Isso não tem mal nenhum, nem lhes tira mérito, nem tenho provas de que os concursos estivessem enviesados para que ganhassem.

M&P: Uma eventual mudança de governo poderá mudar a dinâmica das agências? Um governo do PSD é favorável à YoungNetwork?

JD: É indiferente. Quem está a fazer um bom trabalho no sector público, mesmo mudando o governo não vejo razões para que não continue bem posicionado. Acredito que não haja nenhuma alteração de fundo. Pode é haver uma ou outra mexida.

M&P: A YoungNetwork continua a ter a área de public affairs? [Rui Calafate entrou em Março de 2007 para criar esta unidade e saiu da agência dois anos depois]

JD: Temos a área de public affairs, mas está estruturada de forma diferente. Também continuamos com a área política. No ano passado tivemos um resultado abaixo daquele que esperávamos, mas mesmo assim tivemos o melhor resultado de sempre aí. Este ano ou ficará igual – estamos em negociação com três câmaras – ou será melhor. O resultado financeiro e de aprendizagem é positivo. Aprendemos, por exemplo, que trabalhar ao nível local e autárquico tem mais parecenças com o que se faz para empresas, em vez de ter uma especificidade técnica e política forte. Quando existem projectos onde essa componente é forte ou terceirizamos, como já fizemos no passado, ou fazemos com os recursos que temos em casa.

M&P: Mesmo assim, reconhece mérito à LPM pelo apoio que deu [após a saída de Calafate] nas campanhas de 2009?

JD: Nem eu disse o contrário. A LPM foi um parceiro e da minha parte não existe nada contra a possibilidade de ser um parceiro para projectos comuns. A LPM faz, claramente, um bom trabalho. A colaboração tinha a perspectiva de resolver um problema imediato que foi mais necessário nuns clientes do que em outros. Foi um ano cheio de eleições e foi um apoio que registo com agrado. Isso não me impede de tomar as posições que tomo em relação à LPM ou ao mercado.

M&P: Se soubesse o que sabe hoje, teria contratado Rui Calafate?

JD: Não contratava. Mas deixou coisas positivas na agência e aprendemos com o que foi feito na altura. Os resultados não foram os esperados mas, segundo sei, se saiu foi porque havia alguém no mercado que o valorizava mais do que nós. Essa é a vida das empresas.

– “O preço da Torke foi justo se se concretizar o potencial”

A abertura de um escritório da YoungNetwork no Porto, coordenado por Sara Guerreiro, e o que respresenta a compra de 15 por cento da agência de guerrilha Torke

M&P: Abriu no mês passado a YoungNetwork Porto. Porque acha que vai conseguir manter o escritório quando existe um histórico de agências de publicidade e de comunicação que vão para o Porto e depois apercebem-se de que essa presença não se justifica?

JD: Assumimo-nos como uma agência de comunicação global. Global em dois sentidos, no sentido internacional e no de que temos mais valências do que tínhamos no passado. Temos a área de consultoria, que historicamente é a área mais forte da empresa, a de eventos, em que conseguimos estar já a fazer eventos para grandes marcas com frequência, a criativa, que nasce para dar apoio aos eventos mas que quer ser mais do que isso, e temos uma área de web e de web 2.0. A nossa panóplia de serviços mudou. Queremos que a abrangência chegue a todos os sítios onde estamos presentes.

M&P: No caso do Porto os serviços são assegurados a partir de Lisboa.

JD: Design e eventos sim, consultoria, à partida, não. No Porto estão agora duas pessoas, mas no curto prazo deverá ter três a quatro.

M&P: Será sempre uma operação pequena.

JD: Sim, tendo em conta o grupo, mas dá-nos a proximidade que é preciso uma agência de Lisboa ter no Porto. Abrimos agora a operação, portanto é deficitária, mas no fim do ano acredito que esteja no zero. Não vale a pena falar do investimento, mas não é muito elevado. Acredito que dificilmente não acabaremos o ano com cinco ou seis clientes nesse escritório. Já tínhamos clientes no Porto, mas para lhes prestar mais serviço abrimos o escritório. Depois fomos buscar uma pessoa que já conhecemos muito bem que, por questões pessoais, foi viver para o Porto. Achamos que vamos ter sucesso.

M&P No fim de Janeiro anunciaram que tinham comprado 15 por cento da Torke? Esta percentagem é para crescer?

JD: Isso está definido no contrato, com preços e tudo. A 1 de Janeiro de 2011, se a YoungNetwork quiser aumentar de 15 para 40 por cento é directo. É só aparecer com o dinheiro.

M&P: Isso vai acontecer?

JD: Não é o momento para se discutir isso. O contrato prevê que a YoungNetwork possa tomar essa posição em três anos. Ainda não chegou a altura de se decidir isso. Porque entramos com 15 por cento? A Torke é uma agência com um potencial enorme. É, a par de Angola, dos nossos maiores investimentos.

M&P: Quanto custou?

JD: Não divulgamos valores, mas são elevados para uma empresa que factura um milhão de euros. O preço foi justo se se concretizar o potencial que a empresa tem. Nós andámos um ano e meio a falar com a Torke e muitas outras agências portuguesas e de fora fizeram o mesmo. Na verdade fomos nós que nos chegamos à frente. Comprámos 15 por cento que impedem a entrada de não sei quantas pessoas. Comprámos o bilhete de entrada, estamos a pagar para ver e a ajudar a que tenha sucesso e cortámos o caminho a outras empresas que queiram entrar.

M&P: Existem já casos concretos de trabalhos que envolvam as duas agências?

JD: Está-se a fazer, mas ainda não posso avançar mais pormenores. Vai intensificar-se no segundo semestre. A nossa capacidade de gestão não é elástica. Se nós só tivéssemos comprado a Torke, as coisas teriam acelerado, mas há Angola, o Leste….

M&P: Ainda não conseguiu rentabilizar para os seus clientes este negócio.

JD: Ainda não, mas haverá cada vez mais integração entre as duas agências.

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Gliff conquista estratégia de performance digital da Simplefy

Impulsionar os resultados digitais globais e o alcance da empresa nas redes sociais, através da angariação de leads e do aumento da visibilidade da marca no mercado, é o objetivo da Simplefy ao contratar a Gliff

A agência de comunicação digital Gliff é a nova responsável pela estratégia, criatividade e ativação de campanhas digitais e online da empresa financeira Simplefy. A contratação da agência por parte da Simplefy tem como principal objetivo impulsionar os resultados digitais globais e o alcance da empresa nas redes sociais, através da angariação de leads e do aumento da visibilidade da marca no mercado, não só para clientes finais, mas também para os bancários autónomos e para os principais players do setor.

“Estamos entusiasmados por iniciar esta parceria com a Simplefy, uma marca recente, mas com grande potencial no mercado. Através de uma estratégia personalizada e direcionada, estamos confiantes de que, juntos, vamos alcançar resultados excecionais e ajudar a Simplefy a alcançar os seus objetivos de negócio. Com as nossas campanhas de performance e de angariação de leads, chegaremos a resultados que, certamente, elevarão a Simplefy a um novo nível de excelência de mercado”, afirma Andreia Felizardo, diretora-geral da Gliff.

“Ao unirmos forças com profissionais experientes, que partilham a nossa visão e compromisso, podemos elevar ainda mais a visibilidade da Simplefy e oferecer o que de melhor temos aos nossos clientes e stakeholders”, realça Rita Brígido, diretora de marketing da Simplefy.

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HBO Max muda para Max a 21 de maio e passa a transmitir desporto em direto

Além da mudança de designação, a plataforma de streaming reforça a oferta de conteúdos e investe nas transmissões desportivas, descontinuando o serviço Eurosport Player. Aumentar a produção nacional em coprodução com outros países é outra das estratégias

A HBO Max passa a designar-se apenas Max a partir de 21 de maio. Além de um novo logotipo, a plataforma de streaming da Warner Bros. Discovery reforça a oferta de conteúdos e passa a transmitir desporto em direto. O torneio de ténis Roland-Garros, que decorre entre 20 de maio e 9 de junho em França, é a primeira competição desportiva a ser disponibilizada. As provas de ciclismo La Vuelta, Tour de France e Giro d’Italia também estão confirmadas. O torneio de ténis US Open também está garantido, tal como os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

“O Max é um novo produto, uma nova plataforma, com novos conteúdos. O desporto vai ser uma parte relevante da oferta”, assumiu Alessandro Araimo, vice-presidente executivo da Warner Bros. Discovery no Sul da Europa, coordenador da empresa em Itália, Portugal e Espanha, durante a apresentação do novo serviço, em Lisboa. O pacote de subscrição básico do Max custa €7,99. A adesão ao serviço premium tem o custo de €11,99. Aceder às transmissões desportivas implica o pagamento adicional de €4,99.

A decisão da Warner Bros. Discovery passar a disponibilizar transmissões desportivas em direto no Max leva à descontinuação do Eurosport Player, confirma Alessandro Araimo. “Todas as plataformas estão a demonstrar maior interesse no desporto. De uma maneira ou de outra, todas estão a testar estas transmissões no streaming, que têm de ser rentáveis”, adverte o responsável. Aumentar a produção nacional de ficção e documentários em coprodução com outros países é outra das estratégias assumidas.

“Temos vindo a explorar a aquisição de produções ibéricas e a ideia é continuar a fazê-lo paulatinamente, apostando em projetos artísticos que sejam viáveis”, esclarece Joana Silva, vice-presidente de programação e aquisições da da Warner Bros. Discovery. Além de uma nova coprodução policial lusoespanhola de Leonel Vieira protagonizada por Pepê Rapazote, foi anunciada a estreia de Dona Beija, série brasileira com Rita Pereira e realização do português Hugo de Sousa e confirmada a terceira temporada da série A Grande Onda da Nazaré, projeto do surfista Garrett McNamara.

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Pantene não renova contrato com Chiara Ferragni após caso ‘pandoro-gate’

Chiara Ferragni tem vindo a perder colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo, e a Coca-Cola, na sequência do caso da alegada publicidade enganosa na venda de uma alternativa ao panetone de Natal, da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni

A Pantene não vai renovar o contrato com a Chiara Ferragni, influenciadora italiana que perde o acordo com a marca de produtos para o cabelo por estar no centro de uma investigação do Ministério Público italiano.

Em causa está a acusação de fraude agravada no caso denominado ‘pandoro-gate’, no qual a Autoridade da Concorrência e Mercado (AGCM) italiana impôs uma sanção de mais de €1 milhão às empresas detidas pela também empreendedora, a Fenice e a Tbs Crew, por alegada publicidade enganosa na venda de um pandoro, uma alternativa ao clássico panetone de Natal da fabricante de bolos Balocco, feito em colaboração com a marca Ferragni.

A Forbes coloca Chiara Ferragni no 21º lugar do Top Creators de 2023, ranking das personalidades dos media sociais que transformam seguidores em fortunas, atribuindo-lhe ganhos anuais de 8 milhões de dólares (€7,4 milhões). Chiara Ferragni, porém, tem vindo a perder diversas colaborações e parcerias nos últimos meses, nomeadamente com a Cartiere Pigna, a Safilo e a Coca-Cola, que cancelou um anúncio com a influenciadora, previsto para ser lançado no final de janeiro. A influenciadora também não foi confirmada no conselho de administração da Tod’s, lugar que perdeu no final do ano passado.

Após as complicações instauradas pelo caso ‘pandoro-gate’, a Pantene cancelou alguns conteúdos patrocinados com Chiara Ferragni, mas só agora é que a empresa se pronunciou e anunciou oficialmente a não renovação do contrato com a influenciadora italiana, que era embaixadora da marca desde 2016. A Pantene já oficializou o novo contrato com a modelo israelita, Havi Mond, que substitui Chiara Ferragni, tendo publicado diversos anúncios nas redes sociais com a nova embaixadora.

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Ana Rita Gomes assume direção de marketing da PHC Software

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI

Com quase 18 anos de experiência na PHC Software, Ana Rita Gomes é a nova diretora de marketing desta multinacional portuguesa de software de gestão, que anteriormente desempenhava a função de diretora de comunicações de produto.

Iniciou o percurso na PHC Software em 2006, como assistente de marketing, cargo que ocupa durante seis anos, além de ao longo de vários anos ter assumido outras funções ligadas ao marketing, à gestão de projetos e também à análise de dados e KPI. Ao longo deste trajeto foi responsável por várias equipas, sempre com o foco na criação de ações e campanhas disruptivas e eficazes.

“Ao longo dos últimos 18 anos, fui tendo diversos projetos na PHC que me permitiram crescer e evoluir, pois esta empresa é uma verdadeira escola de gestão e de cultura empresarial. O novo desafio é uma responsabilidade enorme, mas, acima de tudo, dá-me uma vontade ainda maior de continuar este caminho, e fazer a PHC crescer com um marketing organizado, focado nos objetivos e mantendo a diferença e criatividade que caracteriza a PHC. Quero concretizar os nossos objetivos e continuar a impulsionar o sucesso”, salienta Ana Rita Gomes, citada em comunicado de imprensa.

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Wes Anderson realiza filme dos 100 anos da Meisterstück da Montblanc (com vídeo)

Filme publicitário acompanha três personagens protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc. Neste projeto, o realizador Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia

A Montblanc tem no ar a nova campanha global escrita, dirigida e co-protagonizada pelo realizador norte-americano Wes Anderson, para assinalar o centenário da caneta de tinta permanente Meisterstück, lançada em 1924 e que se tornou no produto mais reconhecido da marca alemã de acessórios.

A campanha presta homenagem ao legado do instrumento de escrita, convidando a uma viagem ao mundo da Montblanc, a partir da icónica caneta em forma de charuto, três anéis e aparo dourados. O filme publicitário acompanha três personagens, protagonizadas por Rupert Friend, Jason Schwartzman e por Wes Anderson, na sede fictícia da Montblanc no topo da montanha Mont Blanc, nos Alpes.

Num tom didático com toques de humor, os três protagonistas apresentam a história da marca e da sua criação mais reconhecida, a Meisterstück (obra-prima, em português). O filme, que tem a estética característica de Wes Anderson, termina com um convite para redescobrir a experiência de escrever à mão com a frase ‘Let’s Write’.

Neste projeto, Wes Anderson juntou-se a Roman Coppola, produtor e co-realizador, aos produtores Jeremy Dawson e John Peet, a Stephan Gessler, diretor artístico, e a Linus Sandgren, diretor de fotografia.

Além deste filme, os atores Rupert Friend, Maude Apatow, Waris Ahluwalia, Lee Jinuk e Jing Boran habitam também este universo Montblanc, reimaginado numa série de imagens da campanha captadas por Charlie Gray e numa série de pequenos vídeos, avança a marca em comunicado de imprensa.

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Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

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Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

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Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas.

O Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas, enquanto o Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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