Buzz Kids – As crianças, o desporto e os clubes de futebol
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Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma são os seus jogadores favoritos e conhecem espontaneamente os três grandes e o Manchester. Eis alguns dos resultados do estudo Buzz Kids, publicado em exclusivo pelo Meios & Publicidade
O estudo Buzz Kids, realizado pela Elec3city e a BzzzBrand, analisa a criança como consumidora, a forma como se relaciona com as marcas e os produtos e como influencia o processo de decisão dos pais.
Neste artigo apresentamos um resumo de um estudo realizado através de 260 inquéritos, feitos a crianças da infantil e do 1.º ciclo, no Porto e em Lisboa, que avaliou os hábitos de prática de desporto das crianças, mediu o gosto pelo desporto e aferiu a notoriedade das marcas dos clubes de futebol.
Nos dias de hoje, as crianças vivem divididas entre amigos, família, escola e actividades extracurriculares. No âmbito das actividades extracurriculares, o desporto tem um papel determinante. Através da prática desportiva, a criança e o jovem têm a oportunidade de aprender a cooperar e a competir de forma saudável, incrementando a capacidade de respeitar os outros e adquirir um comportamento moral e ético. Perante a aprendizagem de regras e normas de conduta, favorece-se a aquisição de competências de relacionamento e socialização com os pares (colegas e amigos) e os adultos (pais, avós, professores).
Para além dos benefícios ao nível do desenvolvimento social, a criança vivencia experiências novas, harmoniza o corpo e a mente e desenvolve o amor-próprio. Ao atingir o bem-estar físico e psicológico reúnem-se as bases que lhe permitirão enfrentar as tarefas quotidianas, diminuindo a propensão de comportamentos desajustados.
Mas também o desporto vive de marcas. Todos sabemos que a notoriedade se obtém através de estratégias de comunicação adequadas e que para obter o interesse da criança é necessário criar um elo afectivo entre esta e a marca.
Este elo afectivo obtém-se quando a criança evolui em termos de capacidade de processar e reter a informação. A velocidade de processamento para tarefas como a correspondência entre figuras relacionadas (entre mascotes e marca ou entre mascotes e produtos), e recordação da informação (reconhecimentos dos sinais da marca), aumenta à medida que são eliminadas as sinapses desnecessárias. A quantidade de informação que uma criança consegue manter em termos mentais aumenta e torna possível uma melhor evocação e um pensamento mais complexo (um maior reconhecimento dos sinais da marca).
Neste domínio, o contexto em que é fornecida a informação torna-se crítico para que a criança a memorize. O contexto no âmbito do desporto, muito associado à experiência, consegue ter um forte impacto nas preferências das crianças, quer ao nível das modalidades ou das marcas associadas à prática de desporto, quer ao nível das próprias marcas desportivas, como as dos clubes de futebol.
Principais resultados
De acordo com o estudo desenvolvido, concluímos que as crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5/6 anos gostam de futebol, e que este é um desporto mais masculino, quer no gosto, quer na prática. 62 por cento dos entrevistados têm por hábito jogar futebol e são maioritariamente rapazes (73 por cento). Fazem-no sobretudo na escola (Porto) e em jardins ou parques (Lisboa).
A escola tem um papel socio educativo e é um local de predilecção para o desenvolvimento social da criança, intervindo como agente de socialização extrafamiliar. O facto de ser na escola que as crianças mais praticam futebol reforça a importância deste desporto junto deste segmento.
Quando questionadas sobre o clube de futebol preferido, as crianças tendem a referir os três grandes clubes. Nota-se uma perda significativa de reconhecimento dos restantes clubes, o que já não se verifica entre as crianças mais velhas.
A maior parte das crianças da infantil não vai ao estádio (71 por cento), mas destas cerca de 81 por cento gostariam de ir. Este comportamento aspiracional é sustentado em grande medida pela influência dos pares, que se traduz também no elevado conhecimento que as crianças mostram das marcas (neste caso de clubes) e dos produtos. Esta influência permite uma simplificação da escolha, e consequentemente dos comportamentos, uma vez que o grupo oferece uma sensação de integração e de pertença a quem adopta os mesmos comportamentos.
Falar à segunda-feira dos resultados dos jogos de futebol, avaliar quem foi o melhor jogador ou se o penalty foi bem marcado proporciona à criança um importante meio de integração no grupo, reforçando a sua sensação de segurança e de pertença.
Das crianças que vão ao estádio, a maior parte vai apenas uma vez por época (46 por cento) ou sempre que há jogo em casa (36 por cento). Habitualmente vão com os pais (91 por cento) e de automóvel (71 por cento).
No estádio, o que mais gostam de fazer é ver os jogadores, ver o jogo e comer pipocas, cantar, gritar golo e comer guloseimas. Quando não vão ao estádio vêem os jogos na TV com os pais e os irmãos.
Das crianças inquiridas, 29 por cento são do Benfica. Destas, apenas 17 por cento são sócias. Todas são de Lisboa. Das crianças que são do Benfica mas não são sócias, 62 por cento revelam que gostariam de o ser.
A crença está presente nas respostas quanto às razões do favoritismo em relação ao Benfica: “é o melhor clube” e “tem os melhores jogadores”. Os jogadores mais mencionados foram Rui Costa e Ricardo Carvalho.
Que esperam as crianças do estádio? Muita interacção. Música para cantar, espaços para brincar, poder visitá-lo com a turma e a oportunidade de fazer aí a festa de anos.
Entre as crianças mais velhas, dos 6 aos 9/10 anos, o futebol também ocupa o primeiro lugar na lista dos desportos preferidos. A preferência pelos clubes recai igualmente nos três grandes, mas a referência a clubes internacionais como o Manchester United ou o Real Madrid também acontece.
As crianças do 1.º ciclo vão mais ao estádio (56 por cento) e de forma mais regular. Vão com os pais (91 por cento) e de automóvel (81 por cento). No estádio gostam de ver os jogos, de gritar golo e de ver os jogadores.
As crianças que se identificaram como adeptas do Benfica consideram-no o melhor clube, pela herança e pela águia Vitória. Revelaram um bom conhecimento da marca Benfica. Sabem quem é o treinador do clube e o seu presidente e identificaram sem dificuldade os sinais da marca: logótipo, hino e mascote.
Em resumo:
Que desporto praticam? Futebol! Onde? Na escola e no parque.
Desportista favorito? Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma.
Que clubes conhecem espontaneamente? Os três grandes… E o Manchester…
A maior parte das crianças não é sócia (62%) mas gostaria de ser (84%).
As crianças do 1.º ciclo vão mais ao estádio (56%) e de forma mais regular. Vão com os pais (91%) e de automóvel (81%).
Que gostam de fazer no estádio? Ver os jogos, gritar golo e ver os jogadores.
Quase todas vêem os jogos na TV (91%) e na companhia dos pais (94%).
Porque são benfiquistas? São benfiquistas porque o Benfica é o melhor clube, por herança e pela águia.
Quais são os jogadores preferidos? Nuno Gomes (Lisboa) e Rui Costa (Lisboa e Porto).
Que esperam do estádio? Tudo!
Fonte: Elec3city/BzzzBrand Amostra: 260 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos. Estudo realizado através de 260 inquéritos a crianças do Porto e de Lisboa (127 inquéritos no Porto e 133 em Lisboa). Os inquéritos foram feitos através de entrevista directa e pessoal na infantil e de inquérito auto-administrado no 1.º ciclo. Os questionários foram codificados por pergunta, introduzidos e tratados em SPSS.