Percepção dos media influenciada pela idade
A tecnologia e o seu domínio deu origem a uma grande clivagem na forma como os diferentes escalões etários percepcionam os media, segundo o estudo Os Portugueses e os Media, […]

Rodrigo Leite
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A tecnologia e o seu domínio deu origem a uma grande clivagem na forma como os diferentes escalões etários percepcionam os media, segundo o estudo Os Portugueses e os Media, encomendado pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), desenvolvido pela Synovate e divulgado esta semana. A população mais nova é menos dependente dos meios tradicionais, como televisão, rádio ou imprensa, enquanto a mais velha é indiferente às novas tecnologias. “Pode ser que a partir do momento em que a tecnologia não seja tão diferente, quando nascermos todos já com internet, os resultados possam ser outros”, afirmou Ana Sepúlveda, da Synovate. Relativamente à imprensa gratuita, o estudo diz que “a publicidade é percebida pelos consumidores como pouco criteriosa e interessante”, enquanto nos jornais pagos “é adequada ao meio e segmentada e é vista como mais cuidada por haver um maior critério de escolha, em termos de anunciantes”. A publicidade na rádio “tem menos impacto que nos outros meios, porque não pode recorrer a imagens, tendo apenas como aspectos valorizadores a voz do locutor e a música associada à campanha”. Por outro lado, a televisão é o meio mais sobrecarregado de publicidade, “sendo valorizado o product placement, se a inserção e os valores da marca corresponderem ao contexto em que estão a ser utilizados, como é o caso dos canais da TV Cabo”. “A maioria das pessoas estão envolvidas emocionalmente com a televisão. Em seguida está a rádio”, disse Ana Sepúlveda. Já “a televisão é o único meio que se mantém constante durante todas as horas do dia”, referiu. Por outro lado, a publicidade nas revistas é “muito projectiva e aspiracional”, e é “bem valorizada pela produção fotográfica”. Neste meio, a publicidade “tem a função de dar a conhecer novos produtos”, segundo o estudo. Destaque ainda para as conclusões relativas ao cinema, onde os consumidores pensam que “há muito potencial de comunicação” e sugerem um “maior investimento no espaço das salas de cinema”. O estudo “enquadra-se naquilo que foram os desígnios para o comité dos media da APAN”, explicou Pedro Casquinha, presidente do comité de media da associação, revelando os três elementos que levaram à realização do estudo: “A fragmentação dos media, a terciarização da sociedade, que está em constante mutação, e os pontos de contacto entre consumidores e os media. É um estudo exploratório, mas pode dar uma luz diferente sobre o consumidor de media e os meios.” Sobre a avaliação global dos meios de comunicação, o estudo revela que estes são “imprescindíveis e omnipresentes, destacando-se pela ubiquidade, comodidade e acessibilidade”. Este trabalho verifica ainda que existe uma maior fidelidade aos conteúdos, do que às plataformas. Quanto à publicidade, o estudo concluiu que esta “deixa de ser só informativa para passar a ser cada vez mais lúdica e, como faz parte da vida das pessoas, deve estar inserida nos conteúdos consumidos”. “Os consumidores esperam uma ruptura com as campanhas tradicionais e querem ser surpreendidos, esperam que as marcas sejam diferentes e que comuniquem directamente para eles”. Na opinião de Pedro Casquinha, o interessante sobre este estudo “é a forma díspar como os diferentes escalões etários correspondem aos meios. Os mais novos não vivem sem internet e telemóvel. Os mais velhos consideram a internet elitista”. O estudo avaliou televisão, rádio, imprensa paga e gratuita, telemóvel, outdoor e internet.