O presidente da direcção da ARIC (Associação de Rádios de Inspiração Cristã), Nuno Inácio, critica a Assembleia da República e o governo de, nos últimos seis anos, não terem aprovado qualquer medida de apoio ao sector.

Numa carta enviada aos associados, Nuno Inácio refere que “estamos a chegar aquele momento cíclico em que somos confrontados diariamente com pedidos de entrevistas, acompanhamentos de actividades de rua e visitas infindáveis por parte de partidos políticos e de candidatos a deputados pelas nossas regiões”, mas que “chegados a São Bento, são poucos os que se lembram das rádios, principalmente se estivermos a falar de medidas que as defendam”.

O presidente da ARIC enviou aos associados um documento com 18 medidas de apoio ao sector. Entre elas estão a “equiparação do investimento em publicidade nas rádios e jornais locais ao mecenato cultural”, “ a criação de incentivos indirectos, destinados a apoiar a atividade de rádio, à semelhança do que existe, e sempre existiu, para a imprensa” e a “inclusão das rádios locais na emissão de tempos de antena, em todos os actos eleitorais, reparando a injustiça da sua discriminação, bem como a dos candidatos locais e regionais”.

No âmbito do Código da Publicidade, é pedida a “eliminação das condições de menção obrigatória existentes para publicidade a determinados produtos (cada vez mais produtos), exemplo na publicidade a automóveis, seguros, banca, imóveis, etc., particularmente penalizadoras para o meio rádio (apenas deve ser feita referência ao local onde podem ser consultadas as condições)”.