Reprise e Matterkind dão origem à Kinesso com liderança de André Louraço
A IPG Mediabrands, holding de media do Grupo Interpublic, vai lançar a Kinesso, uma unidade especializada em performance e tecnologia para impulsionar os resultados das marcas, que utiliza a inteligência […]

Sónia Ramalho
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A IPG Mediabrands, holding de media do Grupo Interpublic, vai lançar a Kinesso, uma unidade especializada em performance e tecnologia para impulsionar os resultados das marcas, que utiliza a inteligência real através da tecnologia, dos dados e dos media. Em causa está a prestação de serviços de performance marketing, dados e tecnologia, preparada para o mundo digital através de recursos como mecanismos de pesquisa progressivos, experiência digital e inteligência de plataforma para ativação de media, inteligência artificial e desenvolvimento de audiências.
A nova unidade surge da integração de duas marcas – Reprise e Matterkind – e vai ser liderada, em Portugal, por André Louraço, diretor-geral da Reprise e que assume agora o cargo de managing director. “A Kinesso foi criada especificamente para dar resposta às necessidades sempre em mudança dos clientes, numa indústria e num mundo que se encontram em constante movimento. Ao combinar o poder coletivo da Matterkind e Reprise na marca Kinesso, esta nova entidade encontra-se numa posição única para estabelecer um maior nível de serviço e potenciar os resultados dos clientes da IPG Mediabrands”.
Ao M&P, André Louraço revelou que o objetivo da Kinesso “visa dotar o grupo MediaBrands de uma maior visão integrada de tudo o que são as competências digitais, tanto a nível de media, como soluções adicionais de data, tecnologia, analytics, e algumas soluções de performance, como SEO, user experience ou conversion rate optimization”.
As equipas da Reprise e da Matterkind transitam para a Kinesso, como Joana Novo, que passa a assumir o cargo de digital media services director.
“Este é um momento importante na nossa história e estamos muito entusiasmados pelo futuro que a Kinesso irá trazer. Unificar as equipas traz maior talento e experiência para gerar os melhores resultados aos nossos clientes. Esta integração coloca-nos na vanguarda na era digital, representa o nosso compromisso com a inovação e permite-nos ultrapassar as barreiras da indústria”, destaca Alberto Rui Pereira, CEO da IPG Mediabrands para Portugal.
3 eixos de transformação
Até 2025, vamos assistir a uma transformação profunda no panorama mediático, com três tendências a moldar a mudança. “Existem três eixos de transformação que vão acontecer nos próximos tempos e sobre os quais a Kinesso, com a sua reorganização e um conjunto de valências que estão a ser incorporadas, como data, tech e analytics, se quer colocar na fila da frente para prestar um melhor serviço aos clientes e conquistar novos clientes”, refere André Louraço.
Num primeiro eixo, “75% de todos os meios de comunicação vão passar por uma mudança radical rumo à automação e otimização orientadas por IA, revolucionando a forma como criam e entregam conteúdos (Fonte: Conceitos de Digitalização – Estudos de Caso: Inteligência Artificial-AI”)”, informa a IPG MediaBrands em comunicado.
“Estima-se que exista uma grande evolução de automatismos e de geração de inteligência de forma artificial, que promovem a tomada de decisão muito mais construtiva e rápida do que acontece atualmente”, refere André Louraço. “As nossas funções dentro da agência vão evoluir. Vamos tornar-nos cada vez mais analíticos e recolher informação para tomar uma decisão construtiva. Vamos preocupar-nos cada vez menos com horas de execução manual de implementação, porque esse peso vai ser retirado do dia a dia da execução do trabalho. É algo transformacional”.
Num segundo eixo, “a maioria (90%) do conteúdo online terá origem em fontes geradas pela inteligência artificial, o que redefinirá os limites da criatividade e da divulgação de informação”.
O terceiro eixo está relacionado com os Retail Media, que vão registar um aumento, “com um investimento de 121,9 mil milhões de dólares, convertendo-se no quarto maior canal de meios de comunicação a nível mundial (Fonte: BestMediaInfo Bureau, dezembro de 2022)”.
“É algo que já está a acontecer em Portugal, que está relacionado com o facto de as audiências ou dados dos retalhistas digitais (como Continente online ou Auchan), começarem a ficar disponíveis em plataformas de compra de media e as segmentações que podemos fazer para alavancar as campanhas dos clientes. Estas podem passar a ser complementadas com segmentações sociodemográficas com relevância estatística para segmentações de pessoas que têm hábitos de consumo naqueles canais de determinado tipo de produtos ou marcas. Isto é algo totalmente transformacional e vai ser gradual”, sublinha André Louraço.