Ataque informático impede jornal I de chegar às bancas
O I não teve edição impressa esta quarta-feira, “não sendo possível prever quando será retomada a edição”. De acordo com uma nota dirigida aos leitores, nos últimos dias os servidores […]
Rui Oliveira Marques
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O I não teve edição impressa esta quarta-feira, “não sendo possível prever quando será retomada a edição”. De acordo com uma nota dirigida aos leitores, nos últimos dias os servidores do I e do Nascer do Sol têm sofrido repetidos ataques informáticos que “inviabilizam o trabalho da redação e de todos os departamentos da empresa”. A edição online dos dois jornais continua a ser atualizada.
O jornal que chegou esta segunda-feira às bancas já não tinha sido produzida “nas condições habituais”, pelo que apresentava apenas 24 páginas.
Mário Ramires, diretor do I e do Nascer do Sol, solicitou uma audiência urgente ao Ministério da Cultura, que tutela a área da comunicação social. Também já foram apresentadas participações às autoridades.
Recorde-se que os ataques informáticos começaram após a capa da passada sexta-feira, tendo bloqueado o sistema de produção e de gestão de conteúdos nas várias plataformas. “Depois de o I ter publicado uma edição com uma das suas capas mais polémicas, voltou a ser alvo de um ataque informático no espaço de três meses”, referia então o diário no seu site, a propósito da capa em que destacava a presença de vários artistas na festa do PCP, com a manchete “Festa do Avante: o festival da vergonha”. Artistas como Carminho, Adolfo Luxúria Canibal ou Dino D’Santiago surgiam marcados com um Z, letra usada para identificar militares e equipamentos russos na invasão à Ucrânia.
O diário tinha já sido alvo de outro ataque informático, a 29 de junho, que impossibilitou o I de publicar no dia seguinte a sua edição em papel e originou queixa junto da Polícia Judiciária.
Entretanto, o Ministério da Cultura reagiu em comunicado. “Trata-se de uma situação lesiva dos valores de uma sociedade plural, que o ministério da Cultura acompanha com muita preocupação e atenção”, refere o ministério de Pedro Adão e Silva, acrescentando que “cada vez que um órgão de comunicação social é silenciado, a democracia empobrece”. De acordo com o Ministério da Cultura, o diretor do jornal i e Nascer do Sol, Mário Ramires, será recebido na sexta-feira no gabinete do ministro da Cultura, numa reunião que contará também com a presença do diretor da Inspeção-geral das Atividades Culturais (IGAC), Luís Silveira Botelho.
(atualizado com comunicado do Ministério da Cultura)