Alberto João Jardim e Chega não gostaram da nova imagem da Madeira. PCP pede audição parlamentar
A nova marca Madeira, assinada pela Bloom (estratégia de marca) e pela BAR Ogilvy (criação e desenvolvimento visual), está a torna-se num caso político
Rui Oliveira Marques
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A nova marca Madeira, assinada pela Bloom (estratégia de marca) e pela BAR Ogilvy (criação e desenvolvimento visual), está a torna-se num caso político no arquipélago com várias vozes a questionar a imagem revelada esta semana.
Alberto João Jardim criticou a nova marca, considerando que “uma marca de sucesso como Madeira não anda a ser mudada. O novo logotipo combina o snobismo pequeno-burguês com a vulgaridade imitada. Mais tontice desta ansiedade patológica em querer mudar tudo”, escreveu na sua página de Facebook. O DN Madeira conta na edição desta sexta-feira que o ex-presidente do governo regional alterou por sete vezes a imagem do destino turístico enquanto esteve no poder. Logo quando entrou em funções, em 1978, eliminou a referência “Pérola do Atlântico” do logotipo.
Vários partidos estão a posicionar-se perante a nova marca. O PCP decidiu requerer no Parlamento da Madeira a realização de uma audição parlamentar. “A nova imagem da Marca da Madeira tem sido alvo de muita polémica. A leitura difícil e o investimento na campanha foram as questões mais críticas. Muito para além dos aspectos da legalidade da adjudicação da nova Marca Madeira e dos valores do investimento realizado, estão colocados legítimos questionamentos sobre o bom uso dos dinheiros públicos e sobre a necessária eficácia da aplicação de meios financeiros”, refere o PCP Madeira em comunicado. O partido acrescenta que “a apresentação da Marca Madeira fez-se acompanhar de uma torrente de críticas por parte dos agentes turísticos, hoteleiros, profissionais da comunicação, dos meios de comunicação social e das redes sociais”.
Já o Chega Madeira considera que a nova image “está a causar mau estar entre as pessoas”, assegurando que “até os próprios portugueses têm alguma dificuldade em ler e compreender o que está escrito. Segundo os princípios da comunicação, uma imagem não deve ser facilmente compreendida pelo público, sem ruído e de forma simples?”, questiona o mesmo partido. O Chega, além de pôr em causa o valor de quase 600 mil euros para o desenvolvimento da marca e o milhão de euros na sua promoção, considera que a escolha da nova imagem deveria passar por “um concurso de ideias aberto às empresas” ou então convocar os “técnicos superiores da função pública” especializados em “marketing, design e comunicação para concretizar este projecto”.