WAN: Como fazer dinheiro no online?
Como é se paga pelo produto jornalístico? E como é que se paga por esse produto online? As duas questões estiveram presentes no encontro mundial da World Association of Newspapers (WAN).
Ana Marcela, em Hyderabad
Netflix é a plataforma de streaming com maior quota de mercado em Portugal
Shamir Optical renova parceria com Comité Olímpico e leva novo modelo de óculos a Paris
Bastarda cria e produz campanha que anuncia abertura do Time Out Market Porto (com vídeo)
ERC apela a maior transparência no uso de IA
Lift adere à IPREX para alavancar negócio internacional
Worten evolui comunicação com Ricardo Araújo Pereira em campanha da Fuel (com vídeos)
Consumo global de TV mantém tendência de crescimento
Eurosport 2 transmite prova de ciclismo feminino espanhola em direto
Agência Feedback põe clientes e colaboradores a protagonizar campanha do 10º aniversário da Brico Depôt (com vídeo)
Betclic renova patrocínio às ligas masculina e feminina de basquetebol
<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->
Como é se paga pelo produto jornalístico? E como é que se paga por esse produto online? As duas questões estiveram presentes na mesa redonda The Internet – A Maturing Media, inserida no encontro mundial da World Association of Newspapers (WAN), a decorrer desde segunda-feira em Hyderabad, Índia. As conclusões não foram unânimes, nem houve uma resposta única. “No futuro não há apenas um único modelo de negócio, mas sim uma combinação de vários modelos apropriados ao vosso negócio e audiência”, defendeu Stephen Quinn, professor universitário australiano, convidado para trazer ao encontro diversos modelos de negócio para o sector dos media. Micro-financiamento, patrocínios, colaboração entre os editores e os seus leitores, ou com universidades na produção de conteúdos, e fundações foram apenas alguns dos exemplos referidos, bem como no online uma aposta no e-reader. Afinal, “se continuamos a canalizar às pazadas conteúdos para o online” e se a maioria dos custos de um jornal está na sua produção e distribuição, não “haverá aqui uma oportunidade para o e-reader”? O problema, alerta, é o actual modelo “em que 70% das receitas ficam do lado da Amazon e ainda há um problema de standards”.
Questões que não impediram que na Noruega o Romenikes Blad levasse a cabo uma profunda reestruturação do seu sistema de produção e distribuição, como dá conta Are Stokstad, vice-presidente executivo da A-Pressen. O título, relata, vinha em quebra de receitas de circulação, tendo para reverter esta situação lançado duas edições locais para o norte e sul da Noruega e criado uma edição e-paper disponível para subscritores pagantes. O jornal também apostou numa rede social – a Origo – procurando com isso “criar uma ferramenta que ligasse a operação online e de papel”, bem como com a sua audiência. Nesta plataforma, defende o responsável, “podemos encontrar boas histórias, perceber no que é que os nossos leitores estão interessados [pelos posts e conteúdos que publicam] e com isso melhorar os nossos conteúdos”. E com poupanças na produção dos mesmos, afirma. É que se uma página custa “300 dólares a produzir, com a Origo “gastamos menos dinheiro com custos de produção” e “mais importante ganhamos relevância junto a nossa base de leitores”.
Novas oportunidades de gerar receitas estão igualmente a surgir através do mobile, considera Martha Stone. De acordo com os dados apresentados pela directora do projecto Shaping the Future of the Newspaper, conteúdos como jogos online, música e mobile TV ou publicidade mobile estão a revelar-se oportunidades para os grupos de media, sobretudo à medida que os chamados smartphones ganham penetração.
A integração de publicidade mobile – via SMS com short codes – com a de imprensa também está a ganhar adeptos, bem como o chamado mobile tagging, baseado em códigos 2D que podem ser colocados em páginas de jornais ou em outdoors, diz.
O M&P viajou a convite do I