A CP, Comboios de Portugal, está a receber propostas com vista à contratação de uma agência de comunicação, confirmou o M&P junto de fonte oficial da empresa pública de transportes ferroviários. O processo de consulta ao mercado, que fixa um preço máximo global na ordem dos 267 mil euros, visa a seleção de uma agência para assegurar “a prestação de serviços de comunicação, marketing e consultoria em comunicação”.

O preço mensal máximo estipulado é de 29.750 euros, o que coloca nos 267.750 euros o valor máximo global estimado para o contrato, que vigora até 31 de dezembro deste ano, sendo que “a CP detém a opção de prorrogação por mais um ano, nas mesmas condições contratuais”, informa a empresa na documentação disponibilizada através da plataforma eletrónica de compras públicas acinGov.

Os critérios de adjudicação estabelecidos para a escolha dos vencedores são o perfil do consultor de comunicação e sua adequação ao objeto da prestação de serviços (40%), o preço (20%), o perfil da empresa e sua adequação ao objeto da prestação de serviços (20%) e a memória descritiva da prestação de serviços e das tarefas dos colaboradores a afetar (20%).

Ao contrário dos serviços de consultoria em comunicação, para os quais será agora contratada uma empresa externa, no caso da publicidade e do planeamento e compra de meios, recorde-se, a CP optou nos últimos anos por internalizar os serviços até então prestados pelas agências.

“A CP não tem contrato com agências de publicidade e de meios. A internalização de quase todas as valências permitiu-nos ter uma poupança significativa no que diz respeito à produção de conteúdos. Com isto, não estamos a desvalorizar o trabalho e a mais-valia de uma agência de meios e de publicidade, contudo, no atual contexto, é entendimento que nesta fase será mais benéfico internalizar estes serviços”, justificava, numa entrevista ao M&P em abril de 2022, Carla Botelho da Silva, diretora de marketing da empresa pública. “A empresa tem procurado cada vez mais encontrar novas e criativas soluções, que permitam concretizar todos os objetivos estratégicos sem um incremento orçamental”, explicava a responsável na mesma entrevista.

Nessa altura, a CP decidia igualmente internalizar a comercialização dos espaços publicitários dos comboios. “Sentimos que era tempo de olhar com mais atenção para este ativo e organizá-lo. Com a gestão interna desta atividade conseguimos ser mais ágeis e, sobretudo, acompanhar melhor os clientes que nos procuram”, apontava Carla Botelho da Silva, reconhecendo que “esta comercialização dos espaços publicitários permite à CP que o departamento de marketing seja uma fonte adicional de receita, revelando-se também uma mais-valia para os clientes empresariais”.