Arranca esta terça-feira, 30 de agosto, o novo canal de televisão detido pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). A UniFé TV promete apresentar programas ligados à religião, informação e entretenimento, assim como conteúdos orientados para a família. O canal fica disponível na posição 185 da Meo, 187 da NOS e 211 da Vodafone.

De acordo com o pedido de autorização para o exercício da atividade de televisão entregue pela IURD à ERC, o canal contará com instalações em três cidades: Lisboa, Vila Nova de Gaia e Porto. No caso de Lisboa, tratam-se das instalações propriedade da Rede Record de Televisão – Europa, S.A., direcionadas para a realização da atividade televisiva. Em Gaia e no Porto são instalações propriedade da IURD orientadas para a produção de conteúdos para multimédia e redes sociais.

Na mesma deliberação da ERC, é tornado público que o canal prevê apresentar um prejuízo anual de 500 mil euros ao ano, ao longo da próxima década. No entanto, a IURD justifica o lançamento do canal sem fins lucrativos pela “importância cabal para a expansão da atividade” da entidade. “A gestão e exploração do serviço de programas (…) será orientada por padrões de maximização da eficiência e racionalização de custos, por forma a otimizar (…) e assegurar o cabimento do projeto dentro das capacidades financeiras da IURD. (…) encontra-se planeado atendendo à concreta situação da IURD e para que o seu custo financeiro seja plenamente absorvido, de forma neutra e praticamente inexpressiva, pela estrutura financeira da IURD”.

A IURD disponibilizou à ERC o balanço e a demonstração de resultados relativos aos anos de 2019 e 2020, tendo apresentado um EBITDA de 12 e 9 milhões de euros e resultados líquidos de 9 e 6 milhões de euros, respetivamente.

A direção de programação da UniFé TV está a cargo de Lúcio da Conceição Machado e a direção de informação, de Rui António de Jesus Morais.

A aposta na UniFé TV, já presente em vários países da América Latina, visa a “divulgação de conteúdos religiosos enquadrados nas crenças e nos cultos da IURD” e a “divulgação da obra social da IURD e das entidades religiosas, com o fim de sensibilizar os espetadores para a importância e alcance das mesmas”, refere a IURD.