No actual trimestre fiscal a General Mills poderá investir mais em marketing do que nos três meses anteriores, avançaram os responsáveis pela multinacional à AdAge. O último trimestre fiscal do gigante da alimentação terminou a 23 de Fevereiro.

A empresa norte-americana, com sede em Minneapolis, tem já a experiência da reacção dos consumidores chineses perante a pandemia do novo coronavírus. Na China, marcas de comida instantânea como a Wanchai Ferry viram as vendas crescer exponencialmente, enquanto as visitas às lojas de gelados Häagen-Dazs caíram 90 por cento.

Responsável por marcas como Cheerios, Old El Paso ou Yoplait, a empresa admite que, no mercado dos Estados Unidos, aumentaram os pedidos dos retalhistas assim como a procura pela compra dos seus produtos alimentares para consumo em casa, perante o alastramento da nova estirpe do coronavírus.

“A mudança nos hábitos de consumo e a disseminação do vírus tiveram uma dimensão que nunca vimos”, disse à AdAge Jeff Harmening, chairman e CEO da General Mills, que destaca o papel da comunicação e de as marcas estarem ao lado dos consumidores em situações de crise.

“É um momento único e precisamos de ter certeza de que estamos a falar das nossas marcas nas redes sociais ou em grande escala, através da televisão. Mais do que tudo, as nossas mensagens devem ser apropriadas ao tempo que vivemos”, destaca o CEO da General Mills. Apesar de neste momento, “as vidas serem tudo menos normais em muitas partes do mundo”, é preciso passar um “sentido de normalidade para as pessoas”. “Achamos que temos a responsabilidade de fazê-lo, seja fornecendo os nossos produtos, seja através da publicidade”, reforça Jeff Harmening.