Polígrafo, o novo jornal online de fact checking em Portugal
O Polígrafo tem como accionistas Fernando Esteves, a produtora audiovisual B. Creative Media e o Emerald Group, consultora financeira com sede no Dubai

Rui Oliveira Marques
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Arrancou online esta terça-feira o Polígrafo, que se apresenta como o primeiro jornal digital dedicado à confirmação de factos. “O fact checking nasceu há alguns anos nos Estados Unidos mas cresceu depois das últimas eleições americanas entre Trump e Hillary Clinton”, explica Fernando Esteves, ex-editor da área de política da Sábado, que deixou a revista há mais de um ano para criar este projecto. O Polígrafo tem como accionistas Fernando Esteves, a produtora audiovisual B. Creative Media e o Emerald Group, consultora financeira com sede no Dubai. Sem especificar, Fernando Esteves situa o investimento no lançamento do Polígrafo na ordem das “centenas de milhares de euros”. “Mesmo assim, não é tanto como um outlet de jornalismo tradicional. Temos uma estrutura muita racional porque queremos estar cá por muito tempo”.
A exploração do espaço publicitário está a cargo do Sapo. “Teremos receitas publicitárias, mas vamos também explorar a marca nas conferências, debates. Teremos uma fonte de receita igual à de qualquer outro órgão de comunicação social. Nos outros países são fundações e ONG que financiam este tipo de projectos, no caso de Portugal as fundações não têm pujança financeira, por isso, seremos um jornal como outro qualquer”, refere o director. “Não queremos que a publicidade seja vendido em termos de quantidade, não queremos ser reféns de pageviews ou do tréfego. Não pretendo que o Polígrafo seja vendido como qualquer outro órgão de comunicação social.”
Diariamente a proposta é colocar quatro conteúdos online, com a expectativa de marcar a agenda e o debate político. “Nunca seremos um blockbuster em termos de pageviews, mas seremos uma grande marca, sólida e vendável”, reitera Fernando Esteves. A equipa terá entre 10 e 12 pessoas, contando ainda com uma rede de colaboradores. O Polígrafo conta ainda com um WhatsApp e Telegram através dos quais os leitores podem colocar factos a teste.
O jornal prevê ainda lançar o Polígrafo Educação, que irá promover workshops de literacia mediática, para o ensino básico e que espera chegar a acordo com fundações e departamentos de responsabilidade social das empresas para financiar os projectos. O branding é assinado pela BUS Consulting.