A defesa de causas ambientais alia o Atrium Saldanha e a Liga para a Protecção da Natureza

Juntos pela Natureza. Este é o lema da exposição que estará patente até 21 de Abril no Atrium Saldanha, coincidindo com o quarto aniversário deste espaço, festejado precisamente ontem. «Tentámos sempre encontrar causas que digam alguma coisa aos que nos visitam, e com a preocupação de serem causas unânimes.

Queremos transmitir a noção de que não somos somente um espaço comercial mas também um de convívio entre pessoas com personalidades e opiniões diferentes», explica a directora de marketing, Martine Pedro. Esta acção — levada a cabo em parceria com a Liga para a Protecção da Natureza — tem como ponto de partida uma exposição de fotografias encenadas, na qual várias figuras públicas associam a sua imagem á defesa de várias causas ambientais.

Ao lado de Gil do Carmo (pela gestão dos parques marinhos), Raquel Loureiro (aludindo á questão das lixeiras e resíduos em áreas naturais), Carlos Castro (pelo património geológico) ou Pedro Miguel Ramos (alertando para a falta de espaços verdes nas cidades), entre muitos outros, surgem textos explicativos sobre as causas abordadas e o porquê da sua pertinência.

A produção deste trabalho é da responsabilidade da Companhia do Texto e as imagens foram captadas por Artur Henriques.

Estas fotos foram também reunidas em livro, agora editado pelo Atrium Saldanha, e cujas receitas reverterão a favor da Liga para a Protecção da Natureza.

Este projecto insere-se na linha de comunicação do Atrium Saldanha, que tem levado a cabo diversas iniciativas, de que são exemplos a recente evocação de lendas de amor e emissões de rádio ao vivo (em Fevereiro, por ocasião do Dia dos Namorados), a defesa da causa da Associação Abraço (existe mesmo uma loja desta Organização Não Go-vernamental no interior do espaço comercial) ou Por Timor (levada a cabo há cerca de dois anos).

O objectivo fundamental é «humanizar este espaço, associando-o a causas e datas que estejam relacionadas com o sentir colectivo porque, cada vez mais, os centros comerciais são pontos de encon-

tro entre pessoas variadas. Por que não dar-lhes alguns motivos em que pensar e limitar estes espaços á actividade dos lojistas?», questiona Martine Pedro.