“Temos de fazer o melhor jornal do mundo”, declarou ontem Rupert Murdoch a propósito do Wall Street Journal. O CEO da News Corporation participou na conferência organizada pela Y&R em Cannes, ao lado do seu número 2, o chief operating officer Peter Chernin. Sobre o título que comprou em Dezembro passado, Murdoch explicou que está a investir para transformá-lo num jornal financeiro de referência global. Já a Dow Jones, empresa que detém o diário e tem actualmente 50% das suas receitas provenientes do digital, deverá em breve, segundo Murdoch, aumentar esse peso para os 75%. Peter Chernin explicou que é possível chegar a esse valor graças à distribuição de conteúdos pela internet e por plataformas móveis para pessoas “que querem estar informadas as 24 horas do dia” e que preferem aceder a uma “marca de finanças premium”.
O CEO da News Corporation, instigado pelo CEO global da Y&R Hamish McLennan, definiu Barack Obama como “inteligente” e explicou o fenómeno Fox News, um canal de noticias, detido pela News Corporation, conotado com o partido republicano. “A CNN e o New York Times estavam no palco e não havia alternativa”, declarou Rupert Murdoch, que acredita que “mudou o panorama político ao dar voz às pessoas de direita”.

Rupert Murdoch mostrou-se também confiante em relação à rede social MySpace que, segundo referiu, é responsável por 10 a 12% do tráfego na internet nos EUA. Apesar da ascensão do Facebook, Murdoch defini-o “um directório”, enquanto o MySpace agarra os utilizadores pelos conteúdos, o que faz com que os utilizadores passem mais tempo na sua rede. O império do empresário australiano começou com o Adelaide News e, neste momento inclui activos na área da televisão, imprensa, rádio, cinema, deporto e internet em vários continentes.