As eleições norte americanas que elegeram Donald Trump presidente dos Estados Unidos, em 2016, continuam a ensombrar o Facebook, mas a rede social parece querer pôr fim à polémica em que se viu envolvida.

Segundo a agência Reuters, a Meta, dona da rede social, aceitou pagar 725 milhões de dólares, mais de 680 milhões de euros, para resolver uma ação legal em que a empresa de Mark Zuckerberg é acusada de ter dado acesso, à Cambridge Analytica, a dados pessoais de 87 milhões de utilizadores, sem o seu consentimento. O objetivo era a criação de um programa para influenciar o voto, na campanha presidencial, a favor de Trump.

O acordo proposto, divulgado esta quinta-feira à noite, permite resolver um longo processo que se arrasta desde 2018, altura em que foi tornada pública a exploração de dados pela agora extinta consultora política britânica.

Os advogados, citados pela Reuters, consideram que o acordo proposto é o maior já alcançado numa ação de privacidade de dados nos Estados Unidos e que o valor é o mais alto que a Meta já pagou para resolver uma ação do género. Os advogados consideram ainda que “este acordo histórico proporcionará um alívio significativo neste caso de privacidade complexo e novo”.