Investimento em ESG e em ferramentas de IA no topo das tendências para 2024
Em 2024, as empresas vão privilegiar o investimento em Ambiente, Social e Governança Corporativa (ESG) e dar prioridade à utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA), avança o Relatório Mundial […]
Luis Batista Gonçalves
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Em 2024, as empresas vão privilegiar o investimento em Ambiente, Social e Governança Corporativa (ESG) e dar prioridade à utilização de ferramentas de inteligência artificial (IA), avança o Relatório Mundial de Relações Públicas da International Communications Consultancy Organisation (ICCO), organização que a Associação Portuguesa das Empresas de Comunicação (APECOM) integra. Elaborado a partir de um inquérito a 300 diretores e consultores de relações públicas, antecipa um novo paradigma.
“A mudança de opinião relativamente ao impacto da IA é bem percetível pelo resultado obtido no ranking das três principais tecnologias do futuro, com 86% dos inquiridos a colocar a IA no seu top 3, quando comparado com 40% em 2022. A ciência de dados caiu para o segundo lugar com 41%, era de 42% em 2022. 45% consideram o domínio das ferramentas de IA como a principal skill do futuro, uma nova entrada este ano, ultrapassando a consultoria estratégica, que obteve 42%”, revela a análise.
“Quanto à aplicação para novas tecnologias, encontra-se em primeiro lugar com 55% e o funcionar de forma mais eficiente obteve um crescimento em relação aos 40% e ao quarto lugar obtidos em 2022. A construção de comunidades online fica em segundo lugar, com 47%, contra os 44% obtidos anteriormente. Um maior envolvimento dos colaboradores está em terceiro, com 38%, sofrendo uma ligeira descida em relação aos 41% obtidos em 2022”, apurou ainda o inquérito, realizado entre agosto e setembro.
“A ESG é a área em que as agências de comunicação apostam que possa haver maior investimento, 49%. Sobe de 44% em relação a 2022 e de 32% em relação a 2021”, refere o comunicado de imprensa da ICCO. “A comunicação de influenciadores e a consultoria estratégica completam, pelo segundo ano consecutivo, o top 3 do ranking. Sustentabilidade e meio ambiente serão, uma vez mais, a principal causa social a que as empresas vão provavelmente dar prioridade”, refere o documento.
96% das empresas espera crescer nos próximos cinco anos
Apontada por 69% dos inquiridos, a sustentabilidade regista uma subida de 7% em relação aos 62% de 2022. “É também, pela primeira vez, a principal causa social que as empresas vão escolher em todas as sete áreas contempladas por este relatório”, garante o ICCO. “No top 3 do ranking dos principais desafios que estes profissionais enfrentam, encontram-se as condições macroeconómicas com 42%, juntamente com clientes indisponíveis na alocação de recursos adequados, também com 42%”, informa a organização.
“Apesar disso, 96% das empresas de relações públicas espera crescer nos próximos cinco anos. Em termos gerais, a perceção de crescimento e de lucro dos diretores e líderes de consultoras de comunicação permanecem positivas, com uma média de 7.0 a prever um crescimento em 2024, apesar de ligeiramente abaixo dos 7.3 obtidos o ano passado. Estão também de acordo ao prever o aumento na rentabilidade das suas organizações, com uma classificação de 6.2, não obstante a queda em relação aos 7.0 de 2022”, alerta.
“O relatório deste ano é o exemplo perfeito da capacidade que o nosso setor tem para crescer, adaptar-se e investir, face a um ambiente empresarial em constante transformação. Estamos a adotar novas tecnologias, competências e a criar condições para melhorar o bem-estar, a diversidade, a igualdade e a ética dos consultores de comunicação. Tudo isto num contexto de crises geopolíticas generalizadas e de incerteza económica”, sublinha Rob Morbin, diretor executivo da ICCO.
“Enfrentar a IA, a desinformação e o clima, ao mesmo tempo que se estimulam equipas criativas e talentosas, não é tarefa fácil. No entanto, com estes desafios surgem oportunidades capazes de ter um enorme impacto para o bem e não tenho dúvidas de que o nosso setor continuará a evoluir e a florescer, como já aconteceu inúmeras vezes”, vaticina ainda o dirigente. Segundo o relatório, “78% das agências optou por recusar determinadas ofertas ou projetos de clientes, uma atitude corajosa”, elogia.