SJ envia carta a gestor do WOF sobre despedimentos no GMG
O Sindicato dos Jornalistas revelou ter enviado uma carta a Clément Ducasse, gestor do World Opportunity Fund, que através do investimento na Páginas Civilizadas é acionista maioritário no Global Media […]
Sónia Ramalho
Audiências: TVI reforça liderança e pay TV atinge valor mais elevado do ano em abril
DAZN adquire direitos do FIA Formula 1 World Championship para o triénio 2025-2027
Carlos Estorninho assume direção de marketing da Coldwell Banker Portugal
Investimento publicitário nas redes sociais cresce 14,3% e movimenta €230,9 mil milhões em 2024
Netflix é a plataforma de streaming com maior quota de mercado em Portugal
Shamir Optical renova parceria com Comité Olímpico e leva novo modelo de óculos a Paris
Bastarda cria e produz campanha que anuncia abertura do Time Out Market Porto (com vídeo)
ERC apela a maior transparência no uso de IA
Lift adere à IPREX para alavancar negócio internacional
Worten evolui comunicação com Ricardo Araújo Pereira em campanha da Fuel (com vídeos)
O Sindicato dos Jornalistas revelou ter enviado uma carta a Clément Ducasse, gestor do World Opportunity Fund, que através do investimento na Páginas Civilizadas é acionista maioritário no Global Media Group (GMG), a alertar para os efeitos nefastos do despedimento coletivo de 150 trabalhadores no GMG, nomeadamente nas redações do Jornal de Notícias e da TSF.
O SJ questionou Clément Ducasse, apontado como o responsável pelo investimento em Portugal, no sentido de saber se está a par da gestão da atual administração e se concorda com a forma de atuação, que “põe em risco o grupo de media e, por acréscimo, o jornalismo em Portugal”.
Na carta, publicada na íntegra no site do SJ, pode ler-se: “Contextualizando-o, importa referir que o “Jornal de Notícias” (JN) é um título que historicamente apresenta resultados positivos, pelo que manifestamos a nossa perplexidade ante esta linha orientadora que visa descapitalizar um produto de sucesso, nomeadamente privando-o de um dos seus maiores ativos: os jornalistas. Também na TSF, que poderá ser irremediavelmente afetada pela estratégia da atual administração”.
Para o SJ, “é incompreensível que uma administração não só despreze como prejudique ativos claramente viáveis, ainda por cima diferenciados, tanto no GMG como no país, como é o caso do JN e da TSF. Incrédulos com as atitudes da atual administração em relação ao “Jornal de Notícias”, como é exemplo o recente anúncio de um despedimento coletivo que iria afetar primordialmente o JN, e também uma rádio com o prestígio e qualidade da TSF”, o SJ questiona Clément Ducasse “se está ao corrente e se tem acompanhado os atos desta gestão”, e se, em caso afirmativo, “dá o seu aval a esta estratégia de diminuir e desprezar um produto ímpar, com um capital humano único”.
O Sindicato apela a que Ducasse “olhe com com atenção para as ações da atual administração do GMG e que reequacione este percurso que, no nosso entender, poderá pôr em causa todo o grupo, ao descapitalizar um ativo com a força do “Jornal de Notícias” e “silenciar” uma rádio com o prestígio e qualidade da TSF”.
Petição em defesa do JN
Recorde-se que na passada semana, em plenário, os trabalhadores do JN optaram por manter o pré-aviso de greve para os próximos dias 6 e 7 de dezembro, como forma de contestar o despedimento coletivo.
Também foi criada a petição Somos JN – Em defesa do Jornal de Notícias, do jornalismo e das pessoas, em que a redação do JN explica que o despedimento de cerca de 150 pessoas, “das quais 40 na redação do Jornal de Notícias – que entre a sede no Porto e a delegação de Lisboa tem cerca de 90 profissionais”, pode significar “a morte do JN como o conhecemos e a destruição da ligação centenária às pessoas, às instituições e aos territórios. Se esta impensável decisão avançar, o título até pode sobreviver mais um ano ou outro, mas nunca será capaz de continuar a fazer a diferença”.