Cristiano Ronaldo investe na Cofina. CMVM suspende negociação de ações
Depois do imobiliário, da hotelaria, do calçado, da roupa interior, dos têxteis, dos perfumes, dos óculos, de uma rede de clínicas de implantes capilares, de uma empresa de aviação, de […]
Luis Batista Gonçalves
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Depois do imobiliário, da hotelaria, do calçado, da roupa interior, dos têxteis, dos perfumes, dos óculos, de uma rede de clínicas de implantes capilares, de uma empresa de aviação, de um novo negócio de águas e da agricultura, num projeto de produção de cenouras-bebé na região de Almeirim, Cristiano Ronaldo, que também tem participações em multinacionais como a Apple e a Volkswagen, prepara-se agora para investir no setor dos media.
De acordo com o jornal ECO, o empresário e futebolista português, atualmente a jogar no clube de futebol Al Nassr, na Arábia Saudita, vai ser um dos acionistas de referência da Cofina, grupo empresarial de comunicação social que controla a CMTV, o Correio da Manhã, o Jornal de Negócios, a Sábado e a TV Guia, no âmbito do processo de Management Buy Out (MBO) que está a ser liderado por Luís Santana e Octávio Ribeiro.
A proposta formal, em preparação há meses, está em fase final de conclusão, mas ainda não foi apresentada aos atuais acionistas. Segundo a publicação, Luís Santana, gestor da Cofina, Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, e, ainda, Ana Dias, administradora financeira da empresa, têm estado em contactos com potenciais investidores para o financiamento da operação, estando já garantido o acordo com o internacional português.
Cristiano Ronaldo terá uma participação de 20% a 30% na nova estrutura acionista. O valor do negócio deve rondar os 70 milhões de euros, o valor de referência para o acordo que esteve em cima da mesa com a Media Capital. A participação da Capital de Risco Horizon, de Sérgio Monteiro, através de uma sociedade que levantou fundos do Banco de Fomento, também esteve em cima da mesa, mas, segundo o ECO, essa possibilidade terá caído.
Depois de tornada publica a notícia, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das ações da Cofina, um procedimento comum neste tipo de situações, “nos termos do artigo 214º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213º do Código dos Valores Mobiliários”. Segundo o site do órgão supervisor, liderado por Luís Laginha de Sousa, aguarda-se agora “a divulgação de informação relevante ao mercado”.