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“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

Pedro Durães
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“Se uma produtora não caminhar na internacionalização não sobrevive”

Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização.

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Há um antes e depois de Glória no negócio da SP Televisão. Em entrevista ao M&P, Jorge Marecos, administrador da produtora, explica como a produção da primeira série original da Netflix em Portugal está a abrir as portas da internacionalização

“Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na”. É desta forma que Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, resume o impacto da primeira produção original da Netflix em território nacional. Influência direta ou não, certo é que a alavancagem do negócio internacional da produtora tem sido crescente. Só durante o Conecta Fiction & Entertainment, encontro internacional de profissionais do audiovisual que decorreu em Toledo (Espanha), foram conhecidos dois novos projetos internacionais com envolvimento da SPi. O livro O Codex 632, do jornalista José Rodrigues dos Santos, vai dar origem à primeira coprodução conjunta desta unidade da SP com a RTP e com a plataforma de streaming Globoplay. A série terá seis episódios e será gravada em Lisboa e no Rio de Janeiro. Já O Último Lobo, projeto do realizador e argumentista Bruno Gascon e das produtoras portuguesas SPi e Caracol Studios, venceu o Prémio RTVE Desenvolvimento ao Melhor Pitch, garantindo um financiamento de 50 mil euros entregue diretamente pelo operador público de televisão espanhol.

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Meios & Publicidade (M&P): Glória representou um marco na produção nacional, sendo a primeira série original da Netflix produzida em Portugal. Como foi o caminho até chegarem a este projeto?

Jorge Marecos (JM): Foi relativamente simples. Sempre pensámos que gostaríamos, e que teríamos a capacidade, de trabalhar para a Netflix. Há três ou quatro anos tivemos a oportunidade de ter um encontro em Madrid com o responsável, na altura, para a região ibérica e fizemos um pitch, em conjunto com o Pedro Lopes, autor do projeto. Daí até começarmos a rodagem demorou cerca de dois anos. Era o tipo de produto que, já nessa fase, interessava à Netflix. Essa aproximação foi, para nós, um momento muito importante.

M&P: Partiu do vosso lado?

JM: Havia outras pessoas envolvidas, mas partiu muito da SP. Depois houve esse follow up de conversas com o responsável ibérico e muito desenvolvimento aqui internamente, em conjunto com o autor. No início só havia um guião, foi-se desenvolvendo, escrevendo, até se chegar ao projeto final que foi objeto de rodagem e de contrato.

M&P: Houve recetividade imediata do lado da plataforma?

JM: Falámos de vários projetos mas consideraram que este era o tipo que lhes interessava mais. Tinha uma grande portugalidade, era algo que só podia ser feito em Portugal, era uma história específica deste mercado, acabando por merecer o privilégio da escolha.

M&P: A RTP entrou quando?

JM: Muito depois. Fomos nós que a abordámos. Parecia-nos bem que uma estação estivesse associada.

M&P: A entrada da Netflix no mercado português acontece em 2015. Foi preciso esperar cinco anos até avançar, em 2020, a primeira produção original portuguesa. Por que motivo não aconteceu mais cedo?

JM: Por várias razões. O interesse surge, não quando a Netflix entra na Europa e em Portugal, mas quando começa a haver a consciência da própria plataforma de que tinha de produzir localmente para ter mais sucesso comercial. Lembro-me de eles dizerem, na altura, que o objetivo era produzir nos países do sul da Europa, já tinham começado noutras geografias mas não em Portugal. Há também uma evolução da Netflix, que começou a reconhecer a necessidade de produzir noutros países para conseguir penetrar em determinados mercados. Ter produtos de outros países, outro tipo de narrativas. Tal como qualquer grande distribuidora, a Netflix está em constante evolução, o que queria há cinco anos não é seguramente aquilo que quer hoje. Os próprios produtos que procura hoje são diferentes, embora tenham até uma ideia daquilo que querem daqui a dois ou três anos. O próprio catálogo da plataforma tem vindo a evoluir. Atualmente está a fazer uma grande aposta no mainstream, procura sobretudo produtos que viajam com grande facilidade e transversalmente em todos os países em que está presente.

M&P: A Netflix mantém uma estrutura ibérica, sem presença efetiva no mercado português. Dos contactos que tem tido, parece-lhe que produzir em Portugal será de facto uma prioridade para a Netflix?

JM: A prioridade é relativa. A prioridade deles é ter séries que resultem junto do seu público. Não quererão também deixar de olhar para Portugal. Mas todos temos consciência da exiguidade do território nacional e do mercado português. Serão com certeza coisas que nasçam em Portugal mas têm de ser projetos com aquilo a que eles chamam ‘international level of storytelling’, que lhes garanta a possibilidade de cruzar vários mercados. Se não tiver, o produto não viaja.

M&P: Quais são os principais desafios enfrentados pelas produtoras nacionais para garantir esse nível nos projetos?

JM: Não é tanto a feitura, que é também complexa, difícil, com uma grande dose de risco envolvida. Mas a grande dificuldade está no ativo inicial, na ideia e no guião. Esse desenvolvimento é demorado, é um investimento cego porque nunca se sabe se chegará a bom porto. A grande dificuldade é suportar o investimento para garantir o desenvolvimento desse ativo até ao ponto de o conseguir vender.

M&P: Trabalhar com uma plataforma de streaming como a Netflix coloca exigências diferentes daquelas que enfrentam, por exemplo, nas coproduções internacionais com estações de televisão, modelo em que a SP também tem estado ativa, em séries como Auga Seca?

JM: Não, hoje em dia o nível internacional é transversal. Não há nenhuma interferência, não existe aquele fantasma que, às vezes, se ouve de que eles interferem ao nível da realização.

M&P: Não há a questão dos algoritmos, das produções com receita de sucesso baseada nos dados recolhidos sobre o consumo na plataforma?

JM: Nunca nos cruzámos com nada disso. Agora, não sei como é que eles fazem para discutir um guião, não conhecemos esse processo interno de decisão. Há milhares de projetos, por que é que lhes interessa mais este do que aquele tem a ver com processos de decisão internos. Estando de fora, a única segurança é conseguir fazer projetos que veiculem impacto emocional efetivo.

M&P: Este tipo de projetos acarreta valores de investimento mais elevados. Qual foi o investimento alocado à produção do Glória?

JM: Números não revelamos. Nesta atividade, como noutras, é impossível revelar um número sem estar a falar do outro. Estaria a revelar dados que, se calhar, o meu parcerio não quer que sejam revelados.

M&P: Mas pode dar uma ideia de como comparam com a realidade portuguesa, nomeadamente ao nível do custo por episódio? São valores realmente muito diferentes?

JM: São bastante diferentes. O que não quer dizer que corresponda a grandes margens de lucro. Porque o intrincado da produção e as dificuldades que existem na feitura de cada projeto traduzem-se numa demora, sem falar nos custos above the line, como atores conhecidos e outros elementos, que tornam o projeto mais oneroso.

M&P: E ao nível da distribuição de direitos? Consta que não é “pêra doce” negociar com a Netflix. Qual foi a vossa experiência?

JM: Não é pêra doce nem deixa de ser. É simples como água, uma plataforma de streaming trabalha exatamente como uma televisão nacional. Você chega lá e eles fazem uma obra de encomenda, ponto final parágrafo. É a nossa experiência, o que não quer dizer que, se tivermos outro tipo de financiadores, eles não estejam abertos a outra forma de negociação. Mas para uma plataforma de streaming é sempre complicado. Eles querem normalmente estrear todos os episódios de uma vez e simultaneamente em todos os países onde estão. Admito que, com uma Century Fox ou outros, possa haver ali uma janela de exploração diferente mas, de resto, será sempre uma pequena janela. Para eles é muito mais fácil desta forma. Se eu estivesse na Netflix, provavelmente nem quereria muito fazer coproduções. Porque o custo da administração da exploração pode ser insuperável.

M&P: Mas há mais exigências ao nível da exploração dos direitos no caso das plataformas de streaming por comparação com as estações de televisão?

JM: O contrato base é simples, é uma obra de encomenda. Se é uma obra de encomenda, em princípio eles têm a capacidade e o direito de explorar tudo. Se não for, é preciso lutar pelos territórios que se quer e pelo tipo de janela de exploração que se pretende.

M&P: Como foi com Glória?

JM: É uma obra de encomenda. Eles querem um guião, têm confiança na produtora, fazem uma obra por encomenda e pagam um xis por episódio. Exatamente como toda a vida trabalhei com a RTP, por exemplo. Eles exploram completamente o produto, é deles a decisão de quais os mercados em que o colocam. A Glória estreou em 194 países em simultâneo.

M&P: Nesses moldes, é vantajoso enquanto negócio para a SP ou a grande mais-valia de participar num projeto desta dimensão acaba por ser a montra que representa e a alavancagem que dá à vossa estratégia de expansão internacional?

JM: Nesta fase do campeonato, gostamos de trabalhar como obra de encomenda. É bom para nós. Se não é uma obra de encomenda, é preciso ir procurar outros investidores ou colocar investimento próprio. Isso implica uma capacidade financeira que… esqueça.

M&P: Por comparação com uma coprodução como o Auga Seca ou produtos que desenvolvem para as televisões nacionais, é financeiramente mais atrativo produzir para uma plataforma de streaming?

JM: É diferente. A diferença de interesse vem pelo volume global de faturação. É diferente estar a fazer um projeto de xis ou de cem vezes xis.

M&P: Entretanto avançou a produção da segunda série original da Netflix em Portugal, desta vez a cargo da Ukbar. Há projetos em cima da mesa para voltar a trabalhar com a Netflix?

JM: Temos sempre projetos mas não está nada iniciado com eles. Mas a curto prazo vamos ter essa capacidade. Uma das vantagens práticas de termos feito o Glória é que já somos conhecidos. Quando batemos à porta, em princípio abrem-na.

Leia a entrevista completa a Jorge Marecos, administrador da SP Televisão, na edição impressa do M&P

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Audiências: RTP1 e SIC reforçam quota de audiência semanal

Na semana de 29 de abril a 5 de maio, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação e o canal da Media Capital mantém a liderança semanal. Nas variações da quota de audiência a RTP1 e a SIC reforçam a quota e a TVI, a Cabo e Outros descem. O pódio da tabela dos mais vistos da cabo permanece inalterado, ocupado por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias

Consumo global de TV continua com tendência de crescimento, aumenta mais uma vez esta semana, embora de forma ligeira, subindo cerca de 1 minuto por dia, alcançando agora as 5h34m diárias.

Nas contas da quota semanal, RTP1 e SIC são os canais que reforçam a respectiva quota, ao contrário do que se verifica com TVI, Cabo e Outros, que descem; apesar da subida da SIC e da ligeira quebra que regista, a TVI mantém a liderança da semana.

Desta forma, a RTP1 reforça quota e chega aos 10,4%, o que também acontece com a SIC, que tem agora 14,0% de quota semanal, ao contrário da TVI, que desce uma décima até aos 15,3% de quota.

Cabo e Outros também descem, com a Cabo a registar 42,0% de quota, e Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) a quebrar até aos 16,7% de quota semanal.

Na tabela dos mais vistos da cabo, o pódio da semana não regista alterações, continua composto por CMTV, CNN Portugal e SIC Notícias. Nas posições seguintes também se mantêm Hollywood, STAR Channel e TVI Reality, e os restantes lugares do Top 10 são esta semana ocupados por TVI Ficção, Globo, STAR Movies e STAR Life, que regressa ao ranking dos canais mais vistos da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a destacar-se na tabela da programação global, mesmo já não havendo equipas portuguesas em prova, e esta semana a transmissão de Liga dos Campeões/Borussia Dortmund X Paris SG, feita pela TVI, ocupa a liderança da tabela.

Nas posições que se seguem estão o reality show Big Brother – Especial e a novela Cacau/Especial, ambos da TVI e a posição seguinte é ocupada pela transmissão de Futebol – Liga Europa/Roma X Bayer Leverkusen, feita pela SIC. A encerrar o top 5 da semana está novamente Big Brother, da TVI.

Os programas desportivos da CMTV que fizeram o acompanhamento do jogo decisivo da jornada ocupam as primeiras posições do ranking da semana, com Duelo Final/Famalicão X Benfica na liderança, seguido por Golos: Primeira Parte/Famalicão X Benfica e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Benfica.

Nas restantes posições deste top 5 composto apenas por programas da CMTV estão ainda Notícias CM e o Grande Jornal – Noite.

Data Insights, Havas Media Network

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Ligados à Corrente é a nova série digital da Prio (com vídeo)

Focada na mobilidade elétrica, a série conta com seis episódios e é transmitida no Brands Channel. A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva e o primeiro episódio já está no ar

A Prio acaba de anunciar o lançamento de Ligados à Corrente, série digital focada na mobilidade elétrica feita em colaboração com o Brands Channel. Ao todo, a série será composta por seis episódios lançados mensalmente, com transmissão no canal de YouTube oficial da Brands Community.

Ligados à Corrente surge com o intuito de desmistificar as ideias e inovações ligadas à mobilidade elétrica. Ao longo dos próximos meses, a série vai procurar esclarecer as principais dúvidas que dizem respeito à eletrificação do setor automóvel, um tema importante na transição energética.

“Apesar dos desenvolvimentos no setor automóvel na última década, sentimos que ainda é necessário desmistificar alguns preconceitos e contribuir para melhor informar as pessoas. Ligados à Corrente surge com esse objetivo e num formato digital e diferenciado que acreditamos que vai dar um contributo positivo nesta missão de esclarecer as pessoas”, afirma Ana Pinho, diretora de marketing da Prio.

A primeira temporada de Ligados à Corrente é apresentada pelo jornalista Marco Silva, o primeiro episódio já está no ar e é dedicado à autonomia das baterias e aos benefícios entre o carregamento elétrico por oposição ao abastecimento tradicional.

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Sábado comemora 20º aniversário com edição de 154 páginas em formato XL

Lançada a 7 de maio de 2004, a revista informativa da Medialivre chega ao mercado, dia 9, quinta-feira, com um número especial que revisita o passado e antecipa o futuro. No verão, os programas que desenvolve para a CMTV passam a ser exibidos no News Now, o novo canal do grupo

A revista Sábado comemora o 20º aniversário, que se assinala a 7 de maio, com o lançamento de uma edição especial que chega às bancas no dia 9, quinta-feira, com o preço de capa habitual, €4. “Vai ter um formato XL, muito maior do que o habitual. Vai ter 154 páginas em vez das habituais 116. Vamos recordar um pouco aquilo que fomos fazendo ao longo dos últimos 20 anos” revela ao M&P Nuno Tiago Pinto, diretor da revista informativa do grupo Medialivre, cargo que ocupa desde setembro de 2022.

“Foi um prazer revisitar os arquivos e ver as investigações que fizemos e as fotos incríveis de personalidades que reunimos. Temos ministros a jogar basquetebol, a cozinhar e a nadar. Havia coisas de que já nem nos lembrávamos”, desabafa o dirigente. “Vamos ter um dossiê especial de investigação com vários trabalhos e, uma vez que a revista terá um formato maior, a componente visual será muito importante. Temos produções fotográficas feitas especialmente para este número”, revela ainda.

As comemorações do 20º aniversário da Sábado não se esgotam nesta edição especial. “Ao longo do ano, teremos outras iniciativas que iremos divulgado”, anuncia Nuno Tiago Pinto, relembrando que, nas últimas duas décadas, o mundo mudou. “A vida, hoje, é muito diferente do que era há 20 anos. Quando a revista nasceu, o Facebook tinha sido criado há dois meses, em fevereiro de 2004. Não haviam redes sociais. A transmissão de informação era muito lenta”, recorda o jornalista.

“A disponibilização de informação 24 horas por dia era limitada aos canais de televisão. Hoje, temos um site informativo em atualização permanente e continuamos a ter uma publicação semanal que, para se diferenciar, tem de dar profundidade ao leitor, porque quem gasta €4 numa revista é isso que espera”, sublinha Nuno Tiago Pinto. “Temos de continuar a fazer trabalhos diferenciadores, dar notícias exclusivas, ir onde ninguém vai e tratar as coisas como os outros não tratam”, defende.

O futuro imediato da Sábado passa também pela televisão. Depois da CMTV, transfere-se agora para o News Now, o novo canal da Medialivre, em antena antes do verão. “Vamos dar atenção aos problemas sociais. Temos ajudado muita gente a resolver questões que, de outra forma, não teriam sido possíveis. Com o Now, damos um passo em frente e, além do jornalismo de proximidade, vamos também fazer um jornalismo mais aprofundado, chamando à responsabilidade todos os poderes”, avisa.

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O que pode ler na edição 956 do M&P

Uma entrevista com Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, um estudo que indica que quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas e o Book com os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 são alguns dos destaques desta edição

Na edição 956 do M&P, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, fala sobre os desafios que as marcas enfrentam, como a ameaça das cópias parasitárias que representam €100 milhões que os detentores de marcas copiadas perdem em vendas para marcas que não são as suas. Em entrevista a Catarina Nunes, o diretor-geral da associação que representa as marcas de indústria antecipa ainda o que esperar do 3º Congresso das Marcas, a 28 de maio, e as principais reivindicações para o novo Governo.

No ano em que a empresa que detém e lidera celebra 30 anos, Nuno Santana avança ao M&P que a Niu está focada na autonomia, desenvolvendo projetos em áreas fulcrais como a serralharia e a carpintaria, nos quais está a investir €1 milhão. Em conversa com Luis Batista Gonçalves, Nuno Santana refere ainda que está a negociar o regresso da Niu a Espanha.

Do lado da criatividade, quase metade dos criativos têm uma relação difícil com as marcas. Daniel Monteiro Rahman disseca esta e outras conclusões do estudo Estado da Criatividade, da Lions Advisory, consultora do Cannes Lions que se dedica à análise do mercado publicitário. Vasco Perestrelo, diretor-geral da MOP e representante em Portugal do Festival de Publicidade de Cannes, e Pedro Ribeiro, diretor criativo da Tux & Gill, partilham as suas perspetivas sobre os resultados do Estado da Criatividade.

O Especial Formação&Recrutamento faz um retrato das escolas e universidades de marketing e comunicação, bem como do mercado de recrutamento nestas áreas, enquanto o Book Prémios de Marketing M&P’23 apresenta os vencedores e os melhores momentos da entrega dos prémios do M&P, que distinguem o melhor do marketing nacional.

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José Pedro Mozos lidera área de assuntos públicos da All Comunicação

Licenciado em jornalismo pela ESCS, o novo responsável de marketing da All Comunicação passou pelas redações da SIC, da Visão e do Observador e pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus antes deste novo desafio profissional

José Pedro Mozos é o novo responsável pela área de assuntos públicos da agência de comunicação All Comunicação. Ex-jornalista e ex-adjunto nos dois últimos Governos, licenciou-se em jornalismo pela Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) em 2015, completando posteriormente uma pós-graduação em jornalismo multiplataforma pela Universidade Nova de Lisboa (UNL).

José Pedro Mozos foi jornalista entre 2016 e 2019, passando pelas redações da SIC, da Visão e do Observador, nas editorias de política. Posteriormente, integrou a equipa do executivo como adjunto político e para a comunicação do Governo, onde, até mais recentemente, passou pelos gabinetes do Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, fazendo parte da coordenação da comunicação política. 

José Aguiar, sócio da All Comunicação, destaca que em José Pedro Mozos “encontrámos o perfil, o conhecimento e o talento para concretizar a ambição que alimentávamos há já algum tempo: robustecer a nossa equipa de assuntos institucionais, para respondermos às necessidades e aos desafios crescentes dos nossos clientes de forma mais robusta e integrada. Hoje, o aconselhamento em assuntos públicos é uma das prioridades das empresas, pelo que entendemos que era chegado o momento de reforçar uma área que, não só está na génese da criação da All Comunicação, como também é parte fundamental dos percursos dos seus sócios fundadores e, por isso, bastante acarinhada por nós”, afirma o responsável.

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Faturação da Meta suplanta investimento publicitário global em televisão linear em 2025, antevê estudo

A empresa criada e presidida por Mark Zuckerberg deverá faturar €144,6 mil milhões este ano e reforçar a faturação no próximo ano, estima o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center. O aumento do investimento chinês é uma das razões apontadas

Em 2025, a faturação da Meta, dona das redes sociais Facebook, Instagram e Threads e da aplicação móvel de comunicações WhatsApp, será superior ao investimento publicitário global em televisão linear, antevê o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center (WARC). “O Facebook e o Instagram cresceram mais de 20% face ao ano anterior no primeiro trimestre de 2024 e a previsão é que a Meta fature €144,6 mil milhões este ano, o que corresponde a 63% do investimento publicitário global”, refere o documento.

“A faturação será alavancada pela atual onda de investimento dos exportadores chineses e pela popularidade das suas ferramentas de inteligência artificial (IA)”, estima a WARC. “Ferramentas como a Advantage+ da Meta, que automatizam algumas ações criativas e de planeamento de media têm vindo a ganhar muita popularidade junto dos anunciantes. No entanto, algumas marcas têm-se queixado da eficiência das campanhas”, sublinha, no entanto, o relatório.

Para o sucesso comercial da Meta têm sido decisivos os formatos inovadores que a empresa tem vindo a desenvolver e a apresentar ao mercado. “No último trimestre de 2024, o número de anúncios nas diferentes plataformas cresceu 19,1%, com muitas das sessões de reels [formato de vídeo] a exibir atualmente sete anúncios ou até mais”, refere o relatório. “As plataformas ambicionam melhorar a eficiência da monetização com novas funcionalidades de pesquisa e com novos formatos de anúncios de compras”, avança ainda a análise da WARC.

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News Now, novo canal 9 do cabo, arranca no início do verão. Concorre diretamente com CMTV, também da Medialivre

Início das emissões está dependente da conclusão das obras de remodelação dos novos estúdios. Os 59 jornalistas contratados já iniciaram a formação. António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e Américo Aguiar estão confirmados como comentadores

O News Now, novo canal informativo da Medialivre, que vai ocupar a posição 9 na grelha dos serviços de subscrição televisiva da Meo, da Nos e da Vodafone, explorará sinergias com outros títulos do grupo, como o Negócios, a Sábado, a Máxima e a Record. Irá rivalizar com a CMTV, o primeiro canal de televisão lançado pela Cofina, antes da venda da empresa aos novos donos. “Vão ser concorrentes. São destinados a públicos distintos e diferenciados”, assume ao M&P Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre à margem da apresentação do News Now, a 3 de maio.

“Vamos ter uma proposta diferenciadora ao nível das notícias, com jornalismo de investigação, e juntar as redações dos vários títulos da Medialivre. Vamos ter uma proposta diferenciadora também ao nível da opinião, apostando em protagonistas e especialistas. Vamos fugir aos ‘tudólogos’, comentadores que falam sobre tudo, um conceito que está cada vez mais degradado nas televisões”, revela Carlos Rodrigues, avançando que o News Now pretende recuperar também o conceito da hora certa, com informação exata e noticiários à hora certa. “É raro isto acontecer hoje em televisão”, lamenta.

O arranque das emissões está dependente da conclusão das obras de transformação da antiga área de design em estúdios tecnologicamente avançados. “Tão depressa quanto possível arrancaremos”, afirma Carlos Rodrigues, sem todavia se comprometer com uma data. “Espero que avance antes do verão”, assume durante a intervenção na apresentação do canal. Paulo Oliveira Lima, diretor executivo do News Now, também não arrisca uma previsão. “Nas próximas semanas vamos implementar revoluções tecnológicas, que vão fazer a diferença ao nível da operação e da imagem”, anuncia.

“Depois disso, serão necessários os respetivos ensaios para levar até ao espetador um produto diferenciador, de qualidade, bem feito, que acrescenta valor. Há sempre uma forma diferente de fazer as coisas. O segredo é a alma do negócio, mas podem ter a certeza que não vamos fazer como os outros”, assegura o responsável ao M&P. Os 59 jornalistas contratados iniciaram a formação a 2 de maio, véspera da apresentação do novo canal. Os políticos António Costa, Fernando Medina, Pedro Santana Lopes, Rui Rio e o bispo Américo Aguiar estão confirmados como comentadores do novo canal informativo.

O logotipo do News Now, uma opção sóbria em branco e azul, foi desenvolvido internamente pelo departamento gráfico do grupo. “Desenganem-se os que acham que vamos ser um canal cinzento e institucional. Seremos o contrário disso”, garante Carlos Rodrigues. “Temos muita vocação para fazer televisão e já o provámos com a CMTV”, sublinha Luís Santana, CEO da Medialivre. “Este projeto foi pensado para um público que não se revê na atual oferta televisiva e para uma larga faixa, que há muito abandonou esta forma de se manter informado”, refere ainda o gestor do grupo de media.

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RTP transmite jogos do UEFA Euro Feminino Sub-17 em direto

As provas do Campeonato da Europa de Futebol Sub-17 Feminino da UEFA, competição desportiva em que a seleção portuguesa participa, são exibidas entre 5 a 18 de maio na RTP1, na RTP2 e na RTP Play. A final do torneio acontece a 18 de maio, na Suécia

De 5 a 18 de maio, os jogos do UEFA Euro Feminino Sub-17 podem ser visto em direto nos canais RTP1 e na RTP2 e na plataforma digital na RTP Play. “O pontapé de saída da seleção nacional acontece na segunda, dia 6, frente à seleção de Espanha. O jogo tem início às 17h30, em direto na RTP2. No dia 9, a equipa das quinas volta a entrar em campo para defrontar a seleção da Bélgica num jogo que poderá ser seguido a partir das 12h00, na RTP2”, informa a RTP em comunicado.

“No dia 12, Portugal tem pela frente o jogo com a seleção da Polónia, exibido às 14h30, na RTP1”, refere ainda o documento. Se a equipa portuguesa transitar para a fase seguinte, volta a jogar numa das meias-finais do Campeonato da Europa de Futebol Sub-17 Feminino, agendadas para 15 de maio, às 14h30 e às 17h30. A final da prova, que também será transmitida em direto, acontece a 18 de maio, às 16h, quatro horas depois da penúltima partida do torneio, que se realiza na Suécia.

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Clube da Criatividade apresenta programa do 26º Festival CCP 2024 e da Semana Criativa de Lisboa

Ao longo da semana criativa que arranca a 17 de maio, o CCP apresenta uma programação com exposições, conferências, iniciativas e tertúlias, terminando com a gala da entrega de prémios e a festa de encerramento, a 24 de maio

O Festival CCP 2024 está de regresso à Fábrica do Pão do Bento Innovation District para a 26ª edição, de 17 a 24 de maio, para destacar a criatividade da comunicação comercial nacional nas categorias de Publicidade, Design, Digital, Criatividade em Meios, Craft em Publicidade, Experiências de Marca e Integração & Inovação.

O arranque da semana criativa é dado a 17 de maio com as conferências ‘Presidentes ao Palco’, com os presidentes de júri do festival a falar sobre design e publicidade. No mesmo dia é inaugurada a exposição dos trabalhos finalistas do Festival CCP, a exibição dos vencedores de ouro da 32ª edição dos ADCE Awards e a ‘Julgar um mercado pela capa’, que assinala a 20ª edição da Superbrands em Portugal.

O Dia Aberto CCP Empresas acontece a 21 de maio, com 12 empresas ligadas à criatividade a abrirem as portas a estudantes, profissionais e curiosos. No mesmo dia acontece a Tertúlia APAP Trabalho e Conhaque, para debater ‘O custo da invisibilidade’, seguida por um jantar no restaurante Praça. O dia 22 de maio é dedicado aos jovens criativos, com o regresso das iniciativas Ilustra 33, Portfolio Doctor, Alta Voz e Hora Feliz. Já o dia 23 de maio é dedicado às Conferências CCP “Crias ou Queres?”, com cinco conferências a decorrerem durante o dia.

A 11ª Semana Criativa de Lisboa termina no dia 24 de maio com a gala de revelação e entrega de prémios aos vencedores do Festival CCP, nas sete categorias, bem como os vencedores do Grande Prémio para o Bem, do Grande Prémio Jornalistas e do Grande Prémio CCP 2024. O programa completo está disponível online na página do Festival.

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Sónia Araújo e Mário Daniel são mecânicos por um dia em campanha da Mercedes (com vídeo)

O vídeo da campanha “Exceder os limites” mostra Sónia Araújo e Mário Daniel a chegarem à oficina e a equiparem-se para iniciar o dia de trabalho, em que fazem o diagnóstico e a intervenção mecânica nos automóveis, com alguns truques de ‘magia’ de Mário Daniel

Enquanto embaixadores da C. Santos, a apresentadora de televisão Sónia Araújo e o mágico Mário Daniel foram mecânicos por um dia da Mercedes-Benz, para protagonizarem uma campanha publicitária que promove o desconto em manutenções programadas em viaturas com mais de quatro anos.

O vídeo da campanha “Exceder os limites” mostra Sónia Araújo e Mário Daniel a chegarem à oficina e a equiparem-se para iniciar o dia de trabalho, em que fazem o diagnóstico e a intervenção mecânica nos automóveis, com alguns truques de ‘magia’ de Mário Daniel. A assinatura da campanha ‘Exceder os limites’ remete para a ideia de superação da C. Santos, em termos do desconto pós-venda de €150 e €180 destinado a viaturas com mais de quatro e oito anos, respetivamente, válido até 31 de julho.

O filme e fotografias desta campanha foram realizadas nas instalações da Sociedade Comercial C. Santos, na Maia, com produção do departamento de marketing e comunicação da empresa. “Esta campanha foi mais um desafio aceite pelos nossos embaixadores, neste caso de atuarem como mecânicos, excedendo os seus limites. Foi estrategicamente criada pelo departamento de marketing da Sociedade Comercial C. Santos, num trabalho de equipa com o departamento de ‘customer services’”, refere a diretora de marketing da empresa, Ana Bolina.

 

 

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