Jornalistas são a escolha da Time para Personalidade do Ano
Quatro jornalistas e um jornal são as escolhas da Time para a habitual capa da Personalidade do Ano, representando, na sua luta pela verdade, o esforço de tantos outros jornalistas.
Pedro Durães
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Quatro jornalistas e um jornal são as escolhas da Time para a habitual capa da Personalidade do Ano, representando, na sua luta pela verdade, o esforço de tantos outros jornalistas. “Este ano reconhecemos quatro jornalistas e uma organização noticiosa que pagaram um preço terrível para dar resposta ao desafio que vivemos actualmente: Jamal Khashoggi, Maria Ressa, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, e o Capital Gazette of Annapolis”, escreve Edward Felsenthal, chefe de redacção da newsmagazine norte-americana, recordando que “desde sempre foi o primeiro movimento no guião do autoritarismo, controlar o fluir da informação e do debate que é o próprio sangue de vida da liberdade”.
Na justificação sobre a escolha da publicação sobre os jornalistas, que descreve como “os guardiões” na luta pela verdade, Edward Felsenthal lamenta o facto de que “em 2018, esse guião funcionou”. “Hoje, a democracia em todo o mundo enfrenta uma das suas piores crises em décadas, com as suas fundações minadas por investidas vindas do topo e por tóxinas vindas das bases, por novas tecnologias que dão poder a impulsos antigos, por um cocktail de veneno composto por homens fortes e instituições enfraquecidas”, escreve o chefe de redacção da Time, chamando a atenção para o facto de que “da Rússia a Riade até Silicon Valley, a manipulação e abuso da verdade é o fio comum em tantos dos principais títulos ao longo deste ano, uma insidiosa e crescente ameaça à liberdade”.
Jamal Khashoggi, jornalista saudita assassinado, Maria Ressa, acusada de fraude numa tentativa de ser silenciado pelo governo de Rodrigo Duterte, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, jornalistas da Reuters presos há um ano em Myanmar, e o Capital Gazette of Annapolis, cuja redacção foi atacada, “são representativos de um combate mais alargado por tantos outros em todo o mundo – a 10 de Dezembro pelo menos 52 jornalistas foram assinados em 2018 – que arriscam tudo para contar a história do nosso tempo”, justifica Edward Felsenthal.