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“A nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais”

O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo […]

Rui Oliveira Marques
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“A nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais”

O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo […]

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Rui Oliveira Marques
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O primeiro jornal online português dedicado à verificação de factos deverá ter na área da formação um importante pilar de financiamento. Fernando Esteves explica o modelo de negócio do Polígrafo

O Polígrafo apresenta-se como o primeiro jornal digital dedicado à verificação de factos. À frente do projecto está Fernando Esteves, que prevê lançar o Polígrafo Educação para promover workshops de literacia mediática financiados por instituições privadas e pelos gigantes tecnológicos. O branding é assinado pela BUS Consulting, enquanto a gestão da publicidade está a cargo do Sapo. O Polígrafo tem como accionistas Fernando Esteves, a produtora audiovisual B. Creative Media e o Emerald Group.

Meios & Publicidade (M&P): Quando é que começou a nascer a ideia do Polígrafo?
Fernando Esteves (FE): Fui editor de Política da Sábado durante 12 anos e nos últimos três editei também a secção de Internacional. Quando acompanhei as eleições americanas entre Donald Trump e Hilllary Clinton fiquei fascinado com a explosão de um fenómeno que para mim era novo, embora não o fosse nos Estados Unidos, que é o do jornalismo de fact checking. Nos Estados Unidos existem dois grandes jornais de fact ckecking: o PolitiFact e o Factcheck.org. Nessa altura identificaram centenas de mentiras, de manipulações e de inverdades no discurso de Trump, mas também de Hillary Clinton. Pensei que isto era o Santo Graal do jornalismo. O PolitiFact ganhou o prémio Pulitzer há uns anos. Comecei a estudar a escola, a envolver-me e a enviar uns e-mails para pessoas que participam no movimento internacional. Até que em Maio de 2017 decidi que não havia condições para fazer as duas coisas: desenvolver o projecto e continuar com a actividade na Sábado.

M&P: Não tentou desenvolver o projecto dentro da Cofina?
FE: Não. Na Cofina tinha outro projecto digital mas que acabou por não avançar, mas não tinha nada a ver com fact checking. Esse foi um dos argumentos para sair. Tinha também um livro para escrever, acabei o livro e a partir de Novembro do ano passado decidi começar a montá-lo. Eu tinha já contactos internacionais e foi mais fácil. A partir do momento em que os protagonistas do espaço público sabem que têm um órgão de comunicação social cujo único objectivo é verificar se aquilo que eles dizem é verdadeiro ou se contradiz o que prometeram em campanha eleitoral, vão ter de nivelar o discurso por cima. No limite isso dá origem a uma higienização do espaço público. Comentadores como Marques Mendes, Santana Lopes, Francisco Louçã e tantos outros vão perceber que vão ter de ser mais exigentes nos números que apresentam e nas ideias que defendem porque sabem que do outro lado da televisão está um órgão de comunicação social a avaliar o que eles dizem. Não digo avaliar numa perspectiva policial.

M&P: Apesar de o nome do projecto ser Polígrafo.
FE: Escolhi o nome porque era marcante e ficava no ouvido. Nada temos de polícia. Não somos inimigos dos políticos nem dos protagonistas que se movimentam na blogosfera, no Facebook, no Twitter, nas televisões, rádios e imprensa. Somos amigos dos leitores. É assim que gosto que o projecto seja definido. Um dos problemas das sociedades contemporâneas é a queda da qualidade da informação. Hoje 60 por cento da informação que consumimos vem das redes sociais. Trata-se de informação que não é triada jornalisticamente. No entanto, a esmagadora maioria das pessoas não tem essa noção e acredita na informação que circula. Por outro lado, a imprensa tradicional tem a obrigação de fazer a triagem dessas informações. O problema é que as redacções se têm esvaziado de qualidade e experiência. Ainda existem muitos e bons jornalistas mas por imperativos de carácter económico, foram feitas reduções nos maiores órgãos de comunicação social. Isso repercute-se na qualidade do trabalho e na capacidade que os jornais têm para verificar os factos. A própria imprensa tradicional acaba por beber da desinformação que circula.

M&P: Em Portugal essa desinformação já é uma realidade tal como o que se vive nos Estados Unidos ou no Brasil?
FE: Não com tanta força. Ainda não ao ponto de eleger um presidente ou um primeiro-ministro mas vamos chegar lá. A este fenómeno da desinformação temos de acrescentar outro que é a ruptura do contrato entre os políticos e eleitores. É importante vigiarmos se os políticos foram ou não consequentes e coerentes na sua acção prática com o que prometeram em campanha eleitoral. O que tem acontecido em Portugal, no Brasil, nos Estados Unidos, etc., é que as pessoas prometem uma coisa em campanha e depois fazem outra. Isto tem minado a confiança entre eleitos e eleitores.

M&P: Nos primeiros dias do Polígrafo tem-se visto o fact checking aplicado a frases proferidas em debates ou intervenções na televisão. Em breve vão recuperar frases ou promessas por políticos em campanha eleitoral?
FE: Para o ano vamos ter duas eleições. Anos de eleições são sempre anos fantásticos para o jornalismo de fact checking. Portugal e a Europa vão ser postos à prova perante estes fenómenos da desinformação. Neste momento a União Europeia criou um grupo de trabalho com fact checkers de vários países no sentido de estabelecer uma estratégia de combate à desinformação que seguramente circulará nessa altura. Já se provou que os grandes promotores da desinformação vêm dos extremos do espectro político, que são avessos ao ideal europeu, mas que são mais organizados do que o mainstream, o centro político. A UE e os grandes distribuidores de informação como o Google e Facebook estão bastante preocupados com o que pode acontecer. Se se organizar os movimentos populistas extremistas com a força com que se têm organizado em países como Brasil e Estados Unidos, o ideal europeu, tal como conhecemos, pode estar comprometido. É o momento certo para lançar o Polígrafo porque permite que este tipo de projectos expludam. Na noite do último debate entre Hillary Clinton e Donald Trump o PolitiFact teve 100 milhões de pageviews.

M&P: O Polígrafo tem também margem para errar e para fazer avaliações que não são correctas? No Twitter a Catarina Martins queixava-se que a frase dela que citavam num fact check do Polígrafo não estaria completa.
FE: A Catarina Martins pode dizer o que quiser, naquele caso não tem razão. A citação está correcta. A Catarina Martins e os outros lideres partidários e protagonistas que tenham impacto junto do seus públicos vão ter de se habituar que agora há um órgão de comunicação social que está sempre a avaliar o seu discurso. As pessoas não estão habituadas a ser colocadas em causa. Isso comporta um risco grande para o Polígrafo, a nossa margem para errar é muito menor do que a dos outros jornais.

M&P: A avaliar pelos exemplos internacionais, um projecto com estas características devia ser financiado por fundações. Que reacções teve quando apresentou o Polígrafo a fundações?
FE: Disseram todas que o projecto era fantástico e fundamental para o aprofundamento da democracia. Disseram que eu era um visionário [risos] mas depois por vários motivos, o maior deles foi a incapacidade financeira, não avançaram. Hoje em dia existem duas ou três fundações com capacidade financeira que acabaram por não se envolver no projecto do ponto de vista material mas que estão envolvidas noutras variantes, como protocolos de colaboração, troca de inteligência, espaços para fazermos debates. Temos em vista protocolos para fazermos cursos de literacia mediática nas escolas do ensino básico e secundário.

M&P: Esse é um dos aspectos inovadores do projecto. Quanto esperam ganhar ou que percentagem de receitas poderá representar esta parte de formação?
FE: Não sei quanto poderá representar. Falei com colegas de outros países que encontrei há dois meses em Roma num congresso mundial de fact checkers e posso dizer que o maior site de fact checking no Brasil, que é a Agência Lupa, já tem 60 por cento das suas receitas dependentes do projecto de educação. Na Argentina existe o site Chequeado em que boa parte da facturação vem deste tipo de iniciativas.

M&P: Querem concorrer a programas europeus e aos financiamentos do Google e Facebook nesta área?
FE: Sim. O Google tem um grande projecto de literacia mediática, gostava que fossem meus parceiros. A União Europeia tem linhas de crédito abertas para patrocinar projectos de literacia mediática. Há aqui uma premissa fundamental para fazer acordos com estas organizações. Temos de ser acreditados pela International Fact Checking Network, que é uma organização que funciona na orla do Poynter Institute e que é uma espécie de agregador mundial dos sites de fact checking. São neste momento 140 no mundo. Eles têm um código de princípios muito restritos sobre o que se deve fazer nos sites, desde política de erros, a recusa de fontes anónimas, identificação das pessoas que trabalham no site. Nós subscrevemos integralmente esses princípios mas eles só acreditam o projecto três meses depois de estar no ar. No caso de ser aprovado, tornamo-nos elegíveis para concorrer a estes fundos, porque quer o Google, o Facebook e a UE só trabalham com sites que estejam acreditados pela International Fact Checking Network.

M&P: Se as coisas correrem pelo previsto, metade ou mais de metade das receitas virão dessa área?
FE: Não sei mas gostava muito que não estivéssemos dependentes da publicidade display, que não funciona enquanto negócio. O meu acordo com o Sapo, que está tratar da parte comercial, será inverter um pouco o paradigma de vender publicidade. Tenho a noção de que nunca vamos ser um blockbuster em termos de pageviews. Nenhum site de fact checking o é. Tenho noção de que não vou ter os 40 milhões de pageviews do Observador ou os 140 milhões mensais do Sapo. A minha escala é mais reduzida. Vou colocar cinco conteúdos por dia, não vou colocar 200.

M&P: Apesar de serem conteúdos com grande potencial viral.
FE: É verdade. O que transmiti ao Sapo é que tem de vender uma ideia de conceito de jornalismo e de intervenção na sociedade. Têm de fazer uma venda qualitativa. Têm de vender a relação que o site estabelece com os leitores. Neste momento o site está com uma média de sete minutos de permanência por leitor, o que é muito bom. O New York Times, o Washington Post, o Financial Times ou Wall Street Journal estão a evoluir para um processo de venda com base na relação. O NYT contratou uma equipa de 25 pessoas para estudar formas de aumentar o tempo de permanência na página. O que eles querem vender é a relação com o leitor.

M&P: No fim dos artigos do Polígrafo convidam os leitores a doar ou fazer um contributo para o projecto.
FE: Praticamente todos os sites de fact checking têm apelo ao donativo para solidificar o conceito de intervenção da sociedade e a promoção de um jornalismo activo e vigilante das instituições, que assim contribui para o aprofundamento da democracia.

M&P: Na Web Summit o CEO do The Guardian disse que as doações dos leitores representavam 12 por cento das receitas. Em Portugal existe essa possibilidade de chegar a estes valores?
FE: Há pessoas que querem contribuir, mas não acredito que em Portugal – espero estar enganado – isso possa funcionar como uma fonte de receitas privilegiada para o projecto.

M&P: Como chegou aos dois sócios do Polígrafo?
FE: Precisava de um parceiro que me desse a componente audiovisual com muita qualidade. Já conhecia os membros da B. Creative Media, sei que são muito bons e conhecia muito bem o trabalho deles. O João Paulo Vieira foi editor de economia da Visão durante muito tempo, o Ricardo Fonseca foi o autor do projecto de iPad da Visão que na altura foi considerado o melhor do mundo. Pelo caminho houve várias possibilidade de entrarem outros investidores. Aconteceram coisas óptimas e outras que não foram tão agradáveis. Houve financiadores com quem não me entendi porque tínhamos problemas de conceito, apesar de estarem muito interessados no projecto. Outros por questões de timing porque eu queria avançar mais rapidamente. Cheguei ao Sapo, que foi fulcral para que o projecto avançasse. Fizemos uma parceria que não é só comercial, mas tecnológica e de distribuição de conteúdos. Depois tenho outro investidor o Emerald Group, que é um grupo de origem angolana com sede no Dubai, que trabalha na consultoria financeira, com interesses no imobiliário e no petróleo. Tudo aconteceu num jantar de amigos em que eu fiquei à frente do chairman do grupo. Não nos conhecíamos e falámos sobre o que cada um estava a fazer. Falei sobre o que estava a fazer e o chairman do Emerald Group interessou-se muito. Eles não têm nada ligado à comunicação social.

M&P: É um projecto de filantropia por parte do Emerald Group?
FE: Quase. A participação que têm aqui não serve para pagar o dinheiro que o chairman gastará em viagens intercontinentais durante duas semanas. É uma questão de convicção de que é importante trazer verdade para o espaço público. Em Portugal fazemos bom jornalismo e os profissionais fazem verdadeiros milagres nas redacções. Muitos são obrigados a fazer 20 notícias por dia. É impossível fazer 20 notícias por dia com qualidade. Este não é um projecto anti-redacções ou para salvar o jornalismo. É um projecto com uma escola de jornalismo diferente, com técnicas diferentes, com mais tempo para trabalhar.

M&P: Tentou lançar o Polígrafo dentro de um grande grupo de comunicação?
FE: Não quis entrar em grupos de comunicação social porque este é um projecto meu, uma ideia de autor. Achava que me realizava mais se a liderasse sem ter de responder a mais ninguém, a não ser a mim e aos meus leitores. Não precisava de um grande grupo para me financiar. Claro que isto precisa de dinheiro, mas não precisa de milhões. Estar sozinho dá-me conforto e independência. É assim que acontece em praticamente todo o mundo, os projectos deste tipo não estão inseridos em grandes grupos editoriais. Vários não têm fins lucrativos e integram ONGs.

M&P: Mas no futuro pode ser agregado a um grande grupo?
FE: Não posso dizer que não, mas neste momento faz mais sentido fazermos o nosso caminho sozinhos.

M&P: Quando apresentou o Polígrafo disse que representava um investimento na ordem de “centenas de milhares de euros”. Por que não especifica o valor?
FE: Prefiro não falar muito de números. É um investimento na ordem das centenas de milhares de euros por ano. Não é nada de especial para um projecto deste tipo. Estamos a falar de pouco dinheiro tendo em conta que se trata de um projecto ambicioso, mas extremamente racional. Somos uma startup, mas queremos estar aqui muito tempo. Temos de gerir o dinheiro com racionalidade porque sabemos que ele é finito. Adoptamos a política de small steps. Os lucros que chegarem serão integralmente investidos no desenvolvimento de novas tecnologias, no desenvolvimento de parcerias para a construção de mecanismos e de ferramentas de inteligência artificial.

M&P: Quando é que o projecto estará financeiramente equilibrado?
FE: Gostava muito que isso acontecesse no final do primeiro ano. Muitas vezes as pessoas põe o dedo no ar e vêem de onde o vento está a soprar e fazem estimativas. Não posso garantir que dentro de três ou seis meses o projecto esteja a dar dinheiro. Acredito que há condições para que dentro de um ano possamos estar tranquilos financeiramente e estar já a reinvestir os valores, que entretanto arrecadamos, no desenvolvimento do projecto, contratação de melhores recursos humanos e no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.

Sobre o autorRui Oliveira Marques

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Carlos Maciel assume direção da Caras e da Caras Decoração. Mariana Correia de Barros convidada a dirigir Activa

O novo diretor da Caras e da Caras Decoração deixa a TV Mais. Rita Santos, até aqui jornalista da revista de televisão, é promovida a diretora-adjunta. Natalina de Almeida, que assumia a direção das três publicações, abandonou a Trust in News no final de março

Carlos Maciel é o novo diretor das revistas Caras e Caras Decoração. Após a saída de Natalina de Almeida, que acumulava a direção dos dois títulos com a direção da revista feminina Activa, no final de março, a direção interina das três publicações foi temporariamente entregue a Ana Oliveira, Teresa Mafalda e Cíntia Sakellarides, enquanto a administração da Trust in News (TIN), dona dos títulos, procurava uma solução interna para a substituição. A escolha recaiu sobre o diretor-adjunto da TV Mais, que vai ter Rita Santos, até aqui jornalista da publicação televisiva, como diretora-adjunta.

“Já serão eles a fazer as revistas a partir da semana que vem”, confirmou ao M&P Luís Delgado, proprietário da empresa. Embora a decisão da administração da TIN tenha sido chumbada pelo conselho de redação das publicações, que levantou reservas quanto à promoção de Rita Santos, a intenção de apostar na dupla foi levada avante, uma vez que o parecer daquele órgão não é vinculativo.

Mariana Correia de Barros, diretora da revista Prima desde o início do ano, foi convidada a assumir a direção da revista Activa, mas ainda não chegou a acordo com a administração da TIN para acumular os dois cargos. “Está em curso um processo de reestruturação interna, que está a andar bem”, garante Luís Delgado. “Estas mudanças vão potenciar uma maior sinergia interna no grupo, em particular nas revistas femininas, em tudo o que tem a ver com as equipas gráficas e os repórteres fotográficos”, refere.

“Não faz sentido irem dois fotógrafos de duas publicações a um evento quando um pode tirar fotografias para essas duas revistas”, exemplifica. “No trabalho de escrita jornalística, não, mas em tudo o que forem trabalhos que se possam usar, essa sinergia será feita e é importante que seja feita”, defende Luís Delgado, que continua expectante em relação à evolução do mercado publicitário em Portugal.

“Em janeiro, fevereiro e março, não sentimos melhoria nenhuma. Tradicionalmente, janeiro e fevereiro são meses péssimos mas, em março, o mercado começava a mexer. Este ano, não mexeu. Só começou a mexer em abril”, desabafa, sem desanimar. “Em breve, entraremos no período da boa sazonalidade, que acontece em julho, agosto e uma parte de setembro, altura em que as pessoas estão de férias e têm mais tempo para ler”, justifica o empresário.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Oliveira da Serra explica importância de renovar, reciclar e reaproveitar com ajuda da McCann Lisboa (com vídeo)

A nova campanha, Juntos Podemos Fazer O Bem Pela Terra, dá seguimento à campanha O Bom, Pela Terra, lançada há um ano. O filme publicitário que a integra, realizado por Gonçalo Morais Leitão com produção da More Maria, foi recuperado. Os múpis são novos

A Oliveira da Serra está a dar seguimento à campanha O Bom, Pela Terra, lançada há um ano, com a campanha multimeios Juntos Podemos Fazer O Bem Pela Terra. A nova comunicação promocional, que inclui novos múpis com fotografia de Nuno Correia, explica importância de renovar, reciclar e reaproveitar, recuperando o filme publicitário da campanha anterior, com criatividade da McCann Lisboa e produção da More Maria, realizado por Gonçalo Morais Leitão, com direção de fotografia de Bruno Grilo, produção executiva de Alexandra Dias e direção de arte de Artur Pinheiro, com consultoria ambiental de Dörte Schneider.

Com planeamento de meios da Mindshare, a nova campanha está a ser divulgada em televisão, imprensa digital, múpis e pontos de venda, além das redes sociais. Ao longo dos próximos meses, a mensagem ecológica será amplificada através de ações de marketing de influência. “A campanha também inclui parcerias e colaborações com influenciadores que irão contribuir com conteúdos para as nossas redes sociais”, informa a Oliveira da Serra em comunicado de imprensa.

“Esta nova campanha reflete, uma vez mais, o nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Queremos inspirar os nossos consumidores a fazerem escolhas que beneficiem o planeta, enquanto destacamos algumas das ações que praticamos com esse mesmo objetivo”, refere Loara Costa, diretora de marketing e trade marketing da Sovena, que detém a marca. Além de usar embalagens 100% recicláveis feitas com plástico reciclado e utilizar eletricidade 100% verde, a Oliveira da Serra transforma caroços de azeitonas em energia no Lagar do Marmelo, em Ferreira do Alentejo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Audiências: TVI reforça liderança e pay TV atinge valor mais elevado do ano em abril

No quarto mês de 2024, o futebol volta a figurar entre os programas de televisão mais vistos, ocupando as três primeiras posições da tabela. O sucesso do reality show Big Brother, exibido pela TVI, também impulsionou o crescimento do canal de cabo TVI Reality

A análise de audiências de televisão da agência de meios Initative, que integra o grupo Mediabrands, revela que, em abril, o consumo televisivo em Portugal, em termos de audiência média, verificou uma diminuição de 5% face ao mês de março. Entre os canais FTA, a TVI, com um share de 15.4% (+0.5 p.p. vs. março 2024), reforça a liderança. A SIC ficou na 2a posição, com um share de 14.3% (-0.4 p.p. vs. março 2024). Em 3o, ficou a RTP1, que, apesar de ter o programa mais visto do mês, a 2a mão das meias-finais da Taça de Portugal entre o Benfica e o Sporting, registou um share de 10.3% (-0.2 p.p. vs. mês anterior).

Depois de, em março, terem registado o share mais elevado desde que há registo, em abril, os canais que integram a tipologia Outros verificaram uma diminuição de 0.5 p.p. vs. março. Em sentido contrário, encontra-se a tipologia de pay TV, que, com um crescimento de 0.5 p.p. atinge o valor mais elevado do ano.

No mês de abril, a pay TV registou um crescimento de 0.5 p.p. vs. março de 2024, com o TVI Reality (+0.4 p.p. vs. março) e a SIC Mulher (+0.2 p.p. vs. março) a serem os canais que assinalaram o maior aumento. Com o aproximar do fim do campeonato nacional de futebol, as últimas jornadas despertam um maior interesse junto dos portugueses. O mês de abril fica marcado por dois decisivos jogos na luta pelo título de campeão nacional (Sporting x Benfica) e (Porto x Sporting), que provocaram um crescimento dos canais Sport TV+ (+0.2 p.p.) e Sport TV1 (+0.1 p.p.) face ao último mês.

Em abril, o top 3 dos programas mais vistos voltou a ser novamente composto por jogos de futebol. A segunda mão da meia-final da Taça de Portugal Placard entre o Benfica e o Sporting, transmitido pela RTP1, foi o programa mais visto do mês. O jogo alcançou uma audiência média de 2 milhões e 229 mil telespetadores, o que representou um share de 42.1%. Os jogos dos quartos de final da Liga Europa, transmitidos pela SIC, entre o Benfica e o Marselha, ficaram na 2a posição. Os dois jogos contaram com uma audiência média de 1 milhão e 872 mil telespetadores e um share de 37.6%.

A completar o pódio surgem os jogos da Liga dos Campeões, transmitidos pela TVI. O Manchester City x Real Madrid e o PSG x Barcelona registaram uma audiência média de 1 milhão e 165 mil telespetadores, o que representou um share de 24.3%. Se retirarmos os jogos de futebol, podemos verificar que o Big Brother ocupa as quatro primeiras posições, com o programa Big Brother – Os Grupos a ser o programa mais visto com uma audiência média de 1 milhão de telespetadores e um share de 25.7%.

No que toca às audiências por período horário, durante o mês de abril, a SIC manteve a liderança durante o período do almoço e no primeiro prime-time com um share de 21.1% e 17.1%. A TVI, em contrapartida, mantém a liderança no segundo prime-time (22h30-24h) e no late night (00h-02h30) com um share de 17.2% e 16.6%, respetivamente. Em abril, a TVI consegue roubar a liderança à RTP1 no período da manhã (13.5% vs. 13.2% da RTP1) e no pré-prime (15.2% vs. 13.8% da RTP1). Consegue também ultrapassar a SIC no período da tarde (13.9% vs. 13% da SIC).

Fonte: Initiative

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DAZN adquire direitos do FIA Formula 1 World Championship para o triénio 2025-2027

O acordo assinado também abrange os direitos de transmissão da Fórmula 2, da Fórmula 3, da F1 Academy e da Porsche SuperCup, anuncia a plataforma digital do DAZN Group, que em abril renovou com a La Liga EA Sports, por mais cinco anos, em Portugal e Itália

Depois de ter garantido os direitos de transmissão da La Liga EA Sports para Portugal e Itália até junho de 2029, a DAZN acaba de anunciar a aquisição dos direitos televisivos do FIA Formula 1 World Championship para o triénio 2025-2027. “A DAZN Portugal garante a transmissão de todos os grandes prémios, incluindo as sessões de treino, qualificações e sprint, com comentários especializados em português”, informa a plataforma digital do DAZN Group em comunicado de imprensa.

“Além da Fórmula 1, o acordo inclui ainda os direitos de transmissão da Fórmula 2, da Fórmula 3, da F1 Academy e da Porsche SuperCup”, esclarece o documento. “Este acordo consolida o posicionamento da DAZN como o destino referência para os fãs de desporto que, na próxima época, agregará Formula 1, Premier League, La Liga, Bundesliga e todas as competições europeias da UEFA num único serviço”, refere ainda o comunicado.

Com um total de 24 corridas, a temporada de 2025 arranca com o Grande Prémio da Austrália, o que não acontecia desde 2019. Outra das novidades daquela que é a maior prova de motores do mundo é a transferência do heptacampeão mundial Lewis Hamilton para a Scuderia Ferrari, uma mudança que está a gerar grande expetativa, aumentando o interesse da competição e a audiência televisiva esperada.

No ano seguinte, não será diferente. “Em 2026, o campeonato vai contar com novos regulamentos e a entrada de duas gigantes mundiais do mercado automóvel e da competição, a Audi e o regresso da Ford à Fórmula 1 para suportar a Red Bull Powertrains”, informa ainda a DAZN. “Queremos dar continuidade ao crescimento do desporto motorizado em Portugal e, acima de tudo, continuar a valorizar o nosso produto para os fãs de desporto”, sublinha Jorge Pavão de Sousa, diretor-geral da DAZN Portugal.

“Agregar a maior competição de motores do mundo ao melhor futebol da Europa é mais um passo importante para a DAZN ser a referência do entretenimento desportivo com o melhor portefólio de conteúdos em Portugal. Além de mantermos as competições preferidas dos portugueses, assegurámos já três novas competições para a próxima época desportiva, a UEFA Europa League, a Conference League e agora a Fórmula 1, com o objetivo de oferecer o melhor do desporto num único serviço”, refere o responsável.

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Carlos Estorninho assume direção de marketing da Coldwell Banker Portugal

Licenciado em comunicação empresarial pelo ISCEM, o novo diretor de marketing da consultora imobiliária norte-americana passou pelo Grupo Teixeira Duarte, pela Philip Morris Internacional e pelo Banco Finantia antes de abraçar o novo desafio profissional

Carlos Estorninho é o novo diretor de marketing da consultora imobiliária Coldwell Banker Portugal. Ex-quadro do Grupo Teixeira Duarte, da Philip Morris Internacional e do Banco Finantia, licenciou-se em comunicação empresarial pelo Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) em 2007. Aprofundou posteriormente os conhecimentos em marketing e comunicação na FHWien, na FLAG e na Lisbon School of Economics & Management do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

Aumentar a notoriedade da multinacional norte-americana em Portugal no período desafiante que o mercado imobiliário atualmente enfrenta é um dos principais desafios que o marketeer tem em mãos. “A Coldwell Banker é a marca com mais história no em todo o setor imobiliário, contando com 118 anos de existência. Em Portugal, atravessa uma fase de consolidação que é o culminar de cinco anos de atividade”, refere Carlos Estorninho.

No final de 2023, a  empresa registou o melhor trimestre de sempre desde que a consultora imobiliária entrou em Portugal, superando também a marca dos 200 colaboradores em território nacional. Em 2024, a intenção é aumentar a faturação e reforçar a rede de agentes. “A comunicação e as marcas do setor vão cada vez mais apostar em valores diferenciadores e na autenticidade valores que a Coldwell Banker já pratica”, sublinha o novo diretor de marketing.

“Estamos extremamente satisfeitos em dar as boas-vindas ao Carlos Estorninho. A experiência e os valores dele alinham-se perfeitamente com os nossos princípios. Estamos com muita vontade de trabalhar com o Carlos e aproveitar todas as suas valências para fortalecer a nossa posição no setor imobiliário”, assume Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal. Em Portugal desde 2018, a consultora conta atualmente com 100.000 colaboradores em três milhares de agências espalhadas por 41 países.

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Investimento publicitário nas redes sociais cresce 14,3% e movimenta €230,9 mil milhões em 2024

O relatório Global Advertising Trends 2024 da World Advertising Research Center confirma a desaceleração apontada por outras análises. O TikTok recua 69,5% face ao período homólogo. Pinterest e Snapchat regressam a taxas de crescimento de dois dígitos

O investimento publicitário nas redes sociais cresce 14,3% em 2024, avança o relatório Global Advertising Trends 2024 do World Advertising Research Center (WARC), atingindo os €230,9 mil milhões. Ainda assim, fica aquém dos 16% registados em 2023, confirmando a desaceleração que tem sido apontada por outras análises. “As plataformas ocidentais estão a crescer mais rapidamente do que as orientais porque há muitas marcas chinesas a investir nos Estados Unidos da América e na Europa”, refere o documento.

No entanto, nem todas as plataformas têm razões para celebrar. Segundo o relatório, o TikTok, envolvido em polémica em território norte-americano, deverá desacelerar e ver a faturação publicitária não ir além dos 18,3%, não ultrapassando os €21,5 mil milhões. Em 2023, tinha crescido 87,8%, mais 69,5% do que a previsão agora avançada pelo WARC.

O X também perde receitas. A quebra ronda os 6,4% em termos globais e os 5,1% no mercado norte-americano. Ainda assim, em comparação com o ano que passou, recua menos. Face a 2022, tinha registado uma quebra de 46,4% em 2023. Em sentido ascendente estão o Pinterest e o Snapchat, que voltam a crescer acima dos dois dígitos, informa o relatório do WARC. O Pinterest cresce 17,3% em 2024, antecipam os analistas. O Snapchat fatura mais 13,5%.

“As redes sociais são atualmente o maior canal global para o investimento publicitário, tendo ultrapassado o negócio das pesquisas pagas”, refere o documento. “A informação do último relatório da GWI revela que o tempo despendido nas redes sociais aumentou 50% desde 2014, devendo o consumo diário atingir entre 92 a 152 minutos em 2024. De acordo com a Data.ai, o número de utilizadores destas plataformas aumentou 169% em todo o mundo nos últimos 10 anos”, avança ainda o Global Advertising Trends 2024.

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Netflix é a plataforma de streaming com maior quota de mercado em Portugal

Segundo o ranking da JustWatch, referente ao primeiro trimestre de 2024, o serviço de subscrição de video on demand (SVoD) Prime Video, que tem uma parceria estratégia com a Media Capital, está, no entanto, apenas a um ponto percentual de distância do líder

Netflix é a plataforma de streaming com maior quota de mercado em Portugal. De acordo com o ranking do guia de streaming internacional JustWatch, referente ao primeiro trimestre de 2024, o serviço de subscrição de video on demand (SVoD) alcançou 23% dos subscritores, mais 1% do que a Prime Video, que figura em segundo lugar, com 22%. Em terceiro lugar, surge o Disney+, com 18%, a perder um ponto percentual face ao trimestre anterior. A quarta posição é ocupada pelo HBO Max, com uma quota de mercado de 7%, à frente da SkyShowtime, em quinto lugar na tabela com 6%.

“O gigante do streaming Netflix continua com a sua coroa, seguida de perto pelo Prime Video, com uma diferença de 1%. O Disney+, entretanto, continua a ser um forte concorrente, posicionado em terceiro lugar com o triplo do tamanho das quotas do Apple TV+”, refere o relatório da JustWatch, a que o M&P teve acesso. “As plataformas de streaming Apple TV+ e Netflix registam uma melhoria nos primeiros meses de 2024, com um aumento significativo de 1%. Porém, o Disney+ regista um declínio de 1% até março”, refere o documento. Os cálculos têm por base os 190.000 utilizadores mensais do guia.

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Marketing

Shamir Optical renova parceria com Comité Olímpico e leva novo modelo de óculos a Paris

A assinatura do novo acordo dá continuidade a uma colaboração iniciada há mais de uma década. A prova internacional será aproveitada para promover os óculos Okiatto by Shamir. Produzidos artesanalmente em território nacional, vão ser usados pelos atletas

A menos de três meses para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a Shamir Optical anuncia a renovação da parceria com o Comité Olímpico de Portugal (COP), dando continuidade a uma colaboração iniciada há mais de uma década. A ocasião será aproveitada para promover os óculos Okiatto by Shamir, produzidos artesanalmente em território nacional com armações em acetato italiano da marca italiana Mazzucchelli. A nova criação será usada por todos os atletas portugueses presentes na competição desportiva.

“Ao longo dos anos, temos mantido um compromisso inabalável com o desporto em Portugal e com os atletas que representam o nosso país em competições internacionais. Estamos emocionados por ver os óculos da Okiatto by Shamir a complementar os trajes oficiais dos nossos atletas e esperamos que os inspire a alcançar grandes feitos nos Jogos Olímpicos de Paris 2024”, afirma Luís Feijó, diretor-executivo da Shamir Portugal. Além do site do COP, a nova criação também será comercializada nas óticas aderentes.

Os óculos da Okiatto by Shamir são um dos complementos dos trajes nacionais dos desportistas, que serão apresentados no aeroporto internacional de Lisboa, no próximo dia 7 de maio, terça-feira. Criados e produzidos pela Decenio e pela Joma, etiquetas que também têm parcerias com o COP, os figurinos dos atletas serão fotografados no dia seguinte em Paris, em França. As imagens promocionais, que serão divulgadas durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, têm a Torre Eiffel, o Trocadero e o rio Sena como cenário.

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Bastarda cria e produz campanha que anuncia abertura do Time Out Market Porto (com vídeo)

Para promover a inauguração do novo espaço de restauração, que entra em funcionamento na ala sul da estação ferroviária de São Bento a 3 de maio, a agência criativa realizou um casting para encontrar portuenses que personificam o espírito da cidade

Localizado na ala sul da estação ferroviária de São Bento, o Time Out Market Porto abre portas a 3 de maio. Para promover a inauguração, a Bastarda idealizou e produziu a campanha multimeios que anuncia o novo espaço de restauração. “Para os verdadeiros, o melhor da cidade debaixo do mesmo teto” é o mote na génese da ação de comunicação multimeios, que está a ser veiculada em televisão, plataformas digitais e publicidade exterior, além de estações de metro e múpis digitais distribuídos pela cidade.

“Dizem que nós, portuenses, não temos papas na língua e que levamos tudo à frente, mas vivemos de braços abertos para quem nos visita. Isto é ser o verdadeiro portuense e são características de que nos orgulhamos”, explica Edgar Sprecher, diretor de arte da Bastarda. Os protagonistas da campanha são habitantes locais, selecionados “através de um casting público que trouxesse as pessoas reais que esta cidade viu crescer e que, de certa forma, também são homenageadas por uma verdadeira portuense, que elogia a sua cidade, a Capicua”, esclarece ainda.

“Este desafio chegou-nos com uma só premissa, a de criarmos uma campanha que nos orgulhe enquanto portuenses. O Time Out Market é uma grande referência cultural e gastronómica mundial e termos a oportunidade de o trabalhar na nossa cidade é um grande privilégio”, refere David Beijoco, diretor-executivo da Bastarda. O Time Out Market Porto arranca com 16 espaços gastronómicos e experiências culturais. O Fava Tonka, a Okra Pizzaria, a Casa Inês, a Meia-Nau, o Brusco Burguer e a Tábua Rasa são algumas das insígnias confirmadas.

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Media

ERC apela a maior transparência no uso de IA

A recomendação surge na sequência de uma queixa recebida pela Comissão Nacional de Eleições e reencaminhada para o regulador dos media, relativa à rubrica Pulsómetro, integrada no programa Decisão 24, exibido pela CNN Portugal

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) pronunciou-se, pela primeira vez, sobre a produção e utilização de conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) enquadrados em programas de informação televisivos, apelando a uma maior transparência. “Os órgãos de comunicação social que utilizem IA devem seguir códigos de boas práticas e tornar explícito para o público se estes sistemas são utilizados apenas como adjuvantes em tarefas ou se substituem o trabalho jornalístico na produção de conteúdos”, defende o regulador dos media em comunicado de imprensa.

A tomada de posição vem no seguimento de uma queixa recebida após o processo eleitoral de março. “Na Deliberação ERC/2024/178 (OUT-TV), que resulta da apreciação de uma exposição reencaminhada pela Comissão Nacional de Eleições relativa à rubrica Pulsómetro integrada no programa Decisão 24, a ERC afirma a necessidade da CNN Portugal elaborar e publicar uma carta de princípios sobre a utilização de IA na sua redação, caso prossiga a produção de conteúdos de programas de informação jornalística com recurso a ferramentas de IA”, refere o documento.

“Esta medida visa garantir a integridade, quer dos conteúdos decorrentes dessa tecnologia, quer das prerrogativas inerentes à atividade jornalística, e tornar transparentes perante os espetadores o tipo de tarefas que são executadas por estes sistemas, editoriais e/ou não editoriais”, esclarece ainda a ERC, relembrando os 10 princípios gerais que constam da Carta de Paris sobre Jornalismo e IA. “Devem orientar a utilização destas ferramentas na prática jornalística, designadamente a necessidade de respeito pelos preceitos éticos fundadores do jornalismo”, recomenda também a deliberação da ERC.

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