Elena Hermosilla, directora ibérica de marketing e comunicação da Discovery Networks
Investimento de 1,3 mil milhões de euros do Eurosport nos Jogos Olímpicos “catapulta-nos para a frente dos canais desportivos”
Lisboa foi o palco escolhido para mais uma edição do D-Day, iniciativa do Discovery Channel que conta com a operadora NOS como parceira. Pretexto para uma breve entrevista com Elena Hermosilla, directora ibérica de marketing e comunicação da Discovery Networks
Pedro Durães
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“Estamos muito satisfeitos com os nossos resultados, uma vez que o Discovery Channel é o canal líder em factual em Portugal já há vários anos e o TLC tem sido regularmente o canal factual feminino número um em Portugal”, analisa Elena Hermosilla, directora ibérica de marketing e comunicação da Discovery Networks quando questionada sobre a forma como o grupo vê o desempenho dos canais que disponibiliza actualmente no mercado português. No entanto, mais do que a satisfação com os resultados dos dois canais de “factual”, a responsável destaca a aposta que está a ser feita no canal desportivo Eurosport, que “tem um novo posicionamento para um público mais jovem”. “Será este ano e até 2024 o canal dos Jogos Olímpicos”, sublinha, adiantando que “o investimento foi de 1,3 mil milhões de euros pelos direitos da maior competição do mundo e catapulta-nos para a frente dos canais desportivos”.
Meios & Publicidade (M&P): Esta é a segunda edição do D-Day, tendo a primeira acontecido há já alguns anos. O que vos levou a retomar este projecto?
Elena Hermosilla (EH): A primeira edição foi um sucesso, tivemos mais de 3 mil inscritos e há muito que queríamos repetir o evento. Encontrámos o parceiro perfeito para realizar a segunda edição do D-Day, a NOS, que já tinha sido nosso parceiro na primeira edição e em outros grandes eventos que temos feito e que está alinhada com os nossos objectivos e com a nossa filosofia. Por outro lado, faz parte da nossa estratégia de marketing para o Discovery Channel estar mais perto do nosso público e criar oportunidades para conhecer melhor quem nos vê, os seus interesses e as suas paixões. O D-Day coloca os espectadores com espírito Discovery a viver várias experiências que estão relacionadas com os conteúdos mais conhecidos e acarinhados do canal. É quase como um showroom do canal espalhado pela cidade de Lisboa.
M&P: Em que aspectos esta edição será diferente da anterior? Quais as principais novidades?
EH: Em quatro anos muita coisa mudou, especialmente na área da tecnologia. Posso dizer que há quatro anos eram utilizados QR Codes na aplicação e neste momento isso já faz parte do passado. A aplicação D-Day, que será descarregada por todos os participantes, é uma prova de que estamos sempre a inovar e a melhorar no Discovery. A mecânica de jogo foi melhorada, as experiências são diferentes e fomos mais longe na criatividade de todo o evento, onde os participantes serão surpreendidos. O capitão de equipa terá de ser cliente da NOS, o que vai significar uma ajuda importante no jogo, mais não posso dizer… O envolvimento do nosso parceiro NOS foi determinante para levar o evento a um patamar superior em vários níveis, como por exemplo pelo facto de termos a nível tecnológico uma oferta única para que o jogo seja ainda mais dinâmico: a oferta dos dados ao capitão de equipa durante todo o evento.
M&P: O grupo Discovery Communications Network conta com vários canais em Portugal, desde o Discovery Channel ao TLC, passando pelos canais Eurosport. Qual a importância do mercado português para o grupo?
EH: O mercado português é bastante diferente do espanhol e é um mercado muito interessante uma vez que a penetração do cabo em Portugal tem números bem perto dos 90 por cento. A Discovery Networks tem uma excelente relação com os seus afiliados e tem distribuição em todas as operadoras nacionais, o que mostra o interesse nos nossos canais e a qualidade dos nossos conteúdos. O Discovery Channel tem investido milhões em séries de grande qualidade que são top de audiência mundiais como Manhunt: Unabomber, com actores como Sam Worthington, Chris Noth, Paul Bettany e outras produções que tocam temas fundamentais dos nossos tempos. O documentário Mosquito, que foi uma das maiores estreias globais em 2017 e que teve a participação de Bill Gates, é um exemplo do trabalho que o Discovery tem vindo a fazer para alertar consciências e melhorar o mundo em que vivemos. Recentemente, nos Estados Unidos, o Discovery bateu recordes de audiência com Harley and the Davidsons a ser a série mais vista, com 4.4 milhões de espectadores. Ao nível da comunicação inovámos em 2017 quando convidámos o Michael Phelps a nadar com um tubarão branco e comparámos a velocidade de cada um. E este ano iremos voltar a surpreender. O Eurosport, por seu lado, será este ano e até 2024 o canal dos Jogos Olímpicos. O investimento foi de 1,3 mil milhões de euros pelos direitos da maior competição do mundo e catapulta-nos para a frente dos canais desportivos com um dos conteúdos mais desejados do público.
M&P: Ao nível das audiências, estão satisfeitos com o desempenho dos canais em Portugal?
EH: Estamos muito satisfeitos com os nossos resultados, uma vez que o Discovery Channel é o canal líder em factual em Portugal já há vários anos e o TLC tem sido regularmente o canal factual feminino número um em Portugal. O Eurosport tem um novo posicionamento para um público mais jovem e mais participativo e isso mostra-se por exemplo nos nossos resultados do snooker, onde em 2017 batemos os recordes de audiência deste conteúdo. Mas somos ambiciosos e estamos sempre a ver novas oportunidades para crescer e inovar. Esta é a filosofia do grupo Discovery e em Portugal não somos diferentes. Somos ambiciosos, curiosos e inteligentes, sempre alerta a novas formas de crescimento.
M&P: A disponibilização de novos canais do vosso portfólio no mercado português é algo que equacionem a médio prazo?
EH: Como dizia, somos um grupo dinâmico e sempre atento a novas formas de crescer e inovar. Temos excelentes canais no nosso portfólio internacional e, se se verificar que é uma excelente oportunidade e que faz sentido estrategicamente lançar um desses canais em Portugal, faremos isso.
M&P: Quais as novidades que podemos esperar ao nível da programação para este ano que agora está a arrancar?
EH: A maior novidade para este ano é sem dúvida os Jogos Olímpicos no canal Eurosport. Um investimento grande que fez com que o Europort se tornasse na casa dos Jogos Olímpicos até 2024. Vamos trazer a experiência a um nível nunca vivido anteriormente. A tecnologia e inovação a que a Discovery nos habituou aliou-se à grande qualidade dos profissionais do Eurosport e os resultados serão verdadeiramente surpreendentes. As parcerias feitas com marcas como a Samsung, o Snapchat ou a Bridgestone são exemplos do compromisso que fazemos para levar aos nosso fãs os melhores conteúdos, em várias plataformas, de forma a que possam aceder ao Eurosport onde quer que estejam.
M&P: O lançamento da vossa plataforma de streaming DPlay no mercado português, onde têm já disponível o Eurosport Player, é algo que esteja nos planos do grupo a médio prazo?
EH: O Eurosport Player está no mercado nacional como complemento do canal. No que respeita ao DPlay ainda não temos previsão para Portugal. Vai ser um ano fortíssimo de marketing, com bastantes novidades mas, por enquanto, ainda não temos informação quanto ao DPlay.
O que é o D-Day?
Após uma primeira edição em 2013, este ano marca o regresso a Portugal do evento D-Day, que transforma a capital portuguesa numa plataforma de jogo para uma competição por equipas ao estilo de um peddy papper digital. A iniciativa decorre este sábado, dia 28 de Janeiro, com partida do Pátio da Galé, em Lisboa, com as equipas a terem seguir as indicações mostradas numa aplicação e conquistar o maior número de pontos, respondendo a perguntas e superando provas e experiências espalhadas entre a zona do Marquês de Pombal e a Praça do Comércio. “Em cada esquina, os participantes poderão ser surpreendidos e esse é verdadeiramente o espírito Discovery. Aliar a tecnologia, com o uso de uma app especial criada especificamente para o evento, à curiosidade, inteligência e rapidez é o repto que deixamos a todos os participantes”, explica ao M&P Elena Hermosilla, sublinhando que “o evento vai decorrer na zona central de Lisboa e o cenário não podia ser melhor”.
As equipas são compostas por duas a quatro pessoas e os desafios estão relacionados com a programação do Discovery Channel, com a NOS e com a própria cidade de Lisboa num total de 150 pontos de geolocalização e 10 experiências. Os vencedores terão como prémio iPhones X desbloqueados para todas as redes, para além da oferta de seis mensalidades de um pacote de serviços com televisão da NOS. Os segundos classificados terão direito a um Huawei Mate 10 Lite e três mensalidades para cada elemento da equipa e os terceiros um Samsung J7e uma mensalidade. Pela primeira vez haverá ainda um prémio de participação, que será uma mensalidade do serviço de subscrição de conteúdos NOS Play.